Diversos

Concursos: 21 órgãos abrem inscrições nesta segunda para mais de 2,3 mil vagas

Pelo menos 21 órgãos abrem as inscrições nesta semana para 2,3 mil vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários chegam a R$ 19.787,66.

Câmara Municipal de Sobrália (MG)

  • Inscrições: até 09/04/2019
  • 8 vagas
  • Salários de até R$2.500,00
  • Cargos de nível fundamental, médio e superior
  • Veja o edital

Prefeitura de Braúnas (MG)

  • Inscrições: até 22/03/2019
  • 11 vagas
  • Salários de até R$1.511,62
  • Cargos de nível fundamental, médio e superior
  • Veja o edital

Prefeitura de Estiva (MG)

  • Inscrições: até 09/04/2019
  • 12 vagas
  • Salários de até R$2.898,50
  • Cargos de nível fundamental, médio e superior
  • Veja o edital

Prefeitura de Lagoa Nova (RN)

  • Inscrições: até 22/03/2019
  • 5 vagas
  • Salários de até R$11.865,00
  • Cargos de nível superior
  • Veja o edital

Prefeitura de Muriaé (MG)

  • Inscrições: até 21/03/2019
  • 6 vagas
  • Salários de até R$1.531,05
  • Cargos de nível médio e superior
  • Veja o edital

Prefeitura de Olímpia (SP)

  • Inscrições: até 15/04/2019
  • 160 vagas
  • Salários de até R$4.074,59
  • Cargos de nível fundamental, médio e superior
  • Veja o edital

Prefeitura de Parnamirim (RN)

  • Inscrições: até 01/04/2019
  • 810 vagas
  • Salários de até R$5.000,00
  • Cargos de nível médio e superior
  • Veja o edital

Prefeitura de Poço Fundo (MG)

  • Inscrições: até 10/04/2019
  • 16 vagas
  • Salários de até R$2.177,47
  • Cargos de nível médio e superior
  • Veja o edital

Prefeitura de Princesa Isabel (PB)

  • Inscrições: até 05/04/2019
  • 223 vagas
  • Salários de até R$2.455,35
  • Cargos de nível fundamental, médio e superior
  • Veja o edital

Prefeitura de Santa Terezinha (PB)

  • Inscrições: até 29/03/2019
  • 73 vagas
  • Salários de até R$1.500,00
  • Cargos de nível fundamental, médio e superior
  • Veja o edital

Prefeitura de Sorocaba (SP)

  • Inscrições: até 15/04/2019
  • 40 vagas
  • Salários de até R$2.696,57
  • Cargos de nível médio
  • Veja o edital

Prefeitura do Rio de Janeiro

  • Inscrições: até 21/03/2019
  • 112 vagas
  • Salários de até R$2.148,00
  • Cargos de nível fundamental, médio e superior
  • Veja o edital

Secretaria de Estado da Fazenda da Bahia

  • Inscrições: até 05/04/2019
  • 60 vagas
  • Salários de até R$9.459,45
  • Cargos de nível superior
  • Veja o edital

Superintendência de Limpeza Urbana do Distrito Federal

  • Inscrições: até 01/04/2019
  • 150 vagas
  • Salários de até R$5.070,00
  • Cargos de nível superior
  • Veja o edital

Tribunal de Justiça de Santa Catarina

  • Inscrições: até 12/04/2019
  • 192 vagas
  • Cargos de nível médio e superior
  • Veja o edital

Universidade Estadual de Montes Claros (MG)

  • Inscrições: até 11/04/2019
  • 96 vagas
  • Salários de até R$1.719,07
  • Cargos de nível médio e superior
  • Veja o edital

Secretaria de Estado da Educação e Desporto de Roraima

  • Inscrições: até 12/03/2019
  • 206 vagas
  • Salários de até R$1.200,00
  • Cargos de nível médio
  • Veja o edital

Prefeitura de Brusque (SC)

  • Inscrições: até 15/03/2019
  • 5 vagas
  • Salários de até R$1.474,87
  • Cargos de nível médio
  • Veja o edital

Prefeitura de Cajati (SP)

  • Inscrições: até 25/03/2019
  • 55 vagas
  • Salários de até R$19.787,66
  • Cargos de nível fundamental, médio e superior
  • Veja o edital

Alfândega da Receita Federal em Belo Horizonte

  • Inscrições: até 25/03/2019
  • 112 vagas
  • Cargos de nível médio e superior
  • Veja o edital

Prefeitura de Jordânia (MG)

  • Inscrições: até 22/03/2019
  • 42 vagas
  • Salários de até R$3.222,00
  • Cargos de nível médio e superior
  • Veja o edital

G1

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Maduro atribui apagão na Venezuela à ataque hacker dos Estados Unidos

Em seu primeiro pronunciamento desde o início do apagão que começou na quinta-feira (7) na Venezuela, Nicolás Maduro atribuiu a um ataque hacker o blecaute. “Foi utilizada uma tecnologia de alto nível que só os Estados Unidos possuem”, disse. Oposição e imprensa atribuem a queda de energia ao sucateamento da rede de energia elétrica do país.

Durante manifestação pró-governo em Caracas, Maduro disse que foi informado na tarde de quinta (7) sobre uma falha geral do sistema elétrico. Segundo ele, um ataque cibernético impediu a restituição da energia elétrica.

“Às 19h do mesmo dia se encaminhava o processo de recuperação quando recebemos um ataque cibernético internacional contra o cérebro de nossa empresa de eletricidade que automaticamente derrubou todo o processo de reconexão”, disse Nicolás Maduro.

No ato, Maduro disse ainda que há infiltrados na empresa elétrica e que os envolvidos serão identificados e julgados pela Justiça nacional. “A empresa de energia deve ser liberada de sabotadores, infiltrados e conspiradores para proteger seu sistema de ataques cibernéticos do exterior”, disse.

No Twitter, o presidente venezuelano já havia responsabilizado os Estados Unidos pela “guerra elétrica” que estaria por trás do blecaute. “A guerra elétrica anunciada e dirigida pelo imperialismo estadounidense contra o nosso povo será derrotada”, afirmou em post feito no primeiro dia sem luz.

G1

Opinião dos leitores

  1. E ainda tem muita gente pra defender esse homem, isso é um absurdo ,eles irão acabar na miséria por própria incompetência.

  2. Quanta idiotice desse TIRANO TIDADOR , ainda tem imbecil PTralhas que idolatra esse FDP, esse merece o mesmo destino do 9 dedos ; CADEIA

  3. Venezuela não está assim pq o socialismo foi mal em plantado, está assim pq o socialismo em fim foi emplastado

    1. Raimundo, estás de sacanagem ou fostes educado pelo PT??? Não seria implantado e enfim?

    2. Depois de estatizarem/nacionalizarem o que restava do setor petrolífero e de quase toda indústria de base do país (cimento, metalurgia, siderurgia, eletricidade); de fazer o mesmo com setores de bancos e telecomunicações. De expropriarem terras, fábricas, inclusive de alimentos e até hotéis e cadeias de supermercado; depois de botar um monte de miliciano para achacar o empresariado de lá, com tabelamentos sobre câmbio, preços e contratos; depois de encher essas listadas empresas de partidários… a culpa pela desgraça é dos americanos. Não importando que, apesar do embargos, sejam os yankes os maiores compradores do petróleo venezeulano (sendo os EUA o país de quem mais compram) e de se ouvir falar em escassez de produtos há mais de dez anos por lá… PARABÉNS, SOCIALISMO IMPLEMENTADO COM SUCESSSO.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Acidente

Avião da Ethiopian Airlines cai com 157 pessoas a bordo

Um avião da Ethiopian Airlines com destino a Nairobi, no Quénia, caiu neste domingo (10) pouco depois de descolar de Adis Abeba, Etiópia. Seguiam 157 pessoas a bordo.

A Ethiopian Airlines confirmou a queda do avião que transportava 149 passageiros e oito tripulantes.

De acordo com informações divulgadas na imprensa internacional, o acidente com o avião Boeing 737 – que realizava um voo regular entre Adis Abeba e Nairobi – ocorreu às 8h44(hora local), apenas 6 minutos depois da descolagem na capital da Etiópia.

A Ethiopian Airlines informou que decorrem operações de busca e resgate na zona da queda do aperelho, nos arredores da cidade de Bishoftu.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Reunião com Trump será grande oportunidade para retomar laços, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite deste sábado, 9, em sua conta no Twitter que irá no dia 19 de março para os Estados Unidos, onde vai encontrar-se com o presidente americano Donald Trump. “Será uma grande oportunidade de retomar os fortes laços entre nossas nações na busca de um ocidente com liberdade e prosperidade. Temos muito a somar!”, escreveu o presidente brasileiro.

No tuíte, Bolsonaro afirma: “No próximo dia 19/03 embarco para os EUA, onde, dentre outros compromissos, me encontrarei com o Presidente @realDonaldTrump.”

A reunião com Trump havia sido confirmada na sexta-feira à noite pela Casa Branca em comunicado oficial.

Opinião dos leitores

  1. Trump vai sabotar de vez a soja do Brasil! Bem feito!!! Os minions só servem para amar o seu santo!!

  2. Só digo duas coisas: CHINA – SOJA.

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

    1. E aí? Você é um petista escroto que mora fora do Brasil, por acaso? Petistas doentes torcendo para tudo dar errado. Classe de brasileiros asquerosos. Distância desse povo é coisa salutar.

    2. Cala a boca vagabundo seu ladrao preferido está na cadeia

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Paulo Guedes: ‘Os políticos têm de controlar 100% do orçamento’

Em plena guerra para aprovar a reforma da Previdência, o ministro da Economia, Paulo Guedes, diz que o governo articula a tramitação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) no Senado para mudar o chamado pacto federativo, acabando com as despesas obrigatórias e as vinculações orçamentárias. Em entrevista ao Estado na sexta-feira, a primeira para um veículo de comunicação nacional desde que tomou posse no cargo, realizada na representação do Ministério da Fazenda no Rio, ele afirma que a proposta dará aos políticos 100% do controle sobre os orçamentos da União, Estados e municípios, e não deverá prejudicar a aprovação da reforma da Previdência.

Pronto há mais de seis meses, o projeto chegou a ser anunciado como Plano B de Guedes caso a reforma da Previdência não fosse aprovada, mas acabou ganhando vida própria, diante do rombo registrado nas finanças de prefeitos e governadores em todo o País. “Os políticos têm de assumir as suas responsabilidades, as suas atribuições e os seus recursos”, diz. A seguir, os principais trechos da entrevista, que se estendeu por quase três horas:

O governo está completando 70 dias, a reforma da Previdência foi encaminhada ao Congresso e há muito o que falar sobre isso. Agora, nós vamos entrar também em alguns temas que não são ligados à economia, mas estão na ordem do dia e podem afetar a agenda econômica.

Vamos tentar fazer um negócio de um nível bacana, mexendo em tudo. Mas, antes de a gente começar, gostaria de falar uma coisa introdutória, que é um rastro do Fórum Econômico Mundial, em Davos. Ao contrário da percepção que prosperou lá fora, de que o Brasil e a democracia corriam perigo, para mim o que estava acontecendo era isso: a dinâmica de uma grande sociedade aberta. Para mim, o fenômeno que estava ocorrendo no Brasil era algo virtuoso. Depois de 30 anos de hegemonia da social-democracia, finalmente estava aparecendo a outra perna. Você precisava de uma liberal democracia, como uma aliança de conservadores com liberais. Em Davos, um pouco do trabalho que tive foi mostrar o que estava acontecendo aqui, porque acho que a paixão que vigorou durante a campanha eleitoral projetou uma imagem inadequada do Brasil lá fora.

O sr. se surpreendeu com a imagem negativa do governo lá fora?

Não, eu sabia que teria duas etapas. A primeira etapa, aqui dentro, era “desalckmizar” o mercado. Não adiantava ficar indo lá fora, porque quem vota estava aqui dentro. Só tinha de mostrar que haveria um programa consequente, que havia mesmo uma aproximação da ordem com o progresso. Ideias liberais de um lado e uma agenda de costumes, de valores, de família, do outro. É uma democracia rica quando você tem essas possibilidades. Acho que seríamos uma democracia pobre se tivesse só o outro lado.

Qual a sua opinião sobre a fala do presidente Jair Bolsonaro de que a democracia no Brasil depende dos militares?

Quem deu a interpretação do que eu acho que ele pensa foi o (vice-presidente) Mourão. Ele falou o seguinte: os militares não querem democracia na Venezuela. Pronto, acabou, não tem. Os militares no Brasil querem a democracia. Acabou, tem. Foi isso que ele falou, que é uma obviedade.

Esse tipo de coisa não atrapalha seu projeto para a economia?

Acredito num processo virtuoso. Não posso deixar uma frase derrubar tudo. Tem uma democracia funcionando, com uma agenda de costumes de um lado. O presidente ganhou a eleição dizendo “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” e o Paulo Guedes dizendo que vai privatizar. Foi essa agenda que ganhou a eleição.

Essa é a questão. O sr. está focado na sua agenda econômica. Mas nesses pouco mais de dois meses a impressão é de que o presidente está focado em outra coisa.

Minha visão: nós vamos aprovar essa reforma da Previdência. Na quinta-feira, estava conversando com meu time e me correspondendo com parlamentares, com o Rodrigo Maia (presidente da Câmara dos Deputados), com todo mundo, e falando: “O presidente vai fazer a parte dele”. Tenho segurança disso, porque acredito na dinâmica de uma sociedade aberta.

Nesses dois meses, houve muito vai e vem do governo, recuo de nomeação, ministro envolvido em suspeita de operações ilegais na campanha, ministro demitido. As reformas não ficam em segundo plano?

É um governo que veio de fora do establishment. Não é uma transição suave. Esse barulho é natural. O governo está se comportando bem politicamente? É claro que uma agenda econômica é mais delineável que a agenda política, porque a velha política perdeu o eixo. O eixo era compra de voto mercenário no varejo e ele se esfacelou com a Lava Jato. Agora, são dois novos eixos. O primeiro é temático, que foi muito explorado na campanha: bons costumes, família, segurança. O lado de lá fala que o presidente está distribuindo vídeo pornográfico. O lado de cá diz que o presidente está dizendo à tribo dele que continua atento aos costumes e à turma que usa dinheiro público para expressar “arte”. É uma disputa temática válida. Ele está mobilizando os temas que aqueceram sua campanha.

Só que o outro lado parece que não mudou. O governo está recebendo pedidos de cargos, pedidos de emendas. Isso não é o velho toma lá dá cá?

Tive total liberdade para montar o meu time. Agora, o parlamentar eleito tem direito de pedir participação nos orçamentos. Mais até do que isso: estamos articulando a apresentação da PEC (proposta de emenda constitucional) do pacto federativo no Senado. Queremos devolver o protagonismo orçamentário da classe política. O que não é normal é o parlamentar falar “me dá um cargo aí porque quero pegar um dinheiro para mim”. Agora, pedir dinheiro para educação, para fazer saneamento, esgoto nas comunidades, é absolutamente normal.

O governo então não dará cargos ou emendas em troca de apoio?

Calma. Vocês estão notando que o eixo está mudando? Vai acabar tudo num dia só ou isso é um processo, no qual novos eixos são criados e os mais sérios vão aderindo? Pelas contas do ministro Onyx Lorenzoni, que é responsável pela coordenação política, temos 260 votos para a reforma da Previdência. Explicitamente a favor são 160 votos, e mais 100 que dizem que estão juntos do governo (nos bastidores). Isso sem nenhuma negociação espúria. Faltam 48 votos. Dizem aí que estão pedindo isso e aquilo. Claro que tem quem peça. Agora, há pedidos que são legítimos – e acho até que é pouco. Uma classe política que tem um orçamento da União de R$ 1,5 trilhão para alocar e supostamente está contente em sair com R$ 15 milhões para cada um, para favorecer suas bases eleitorais? Acho que esses caras estão fora da realidade. Se fosse um deputado na Alemanha, ele estava disputando R$ 1,5 trilhão, e não R$ 7,7 bilhões (R$ 15 milhões para cada um dos 513 deputados).

O sr. traça um quadro otimista para a reforma da Previdência, mas alguns parlamentares, incluindo o Rodrigo Maia, têm dito que não haveria condições de aprová-la hoje, porque a articulação está com problemas.

Isso é avaliação dele. O Rodrigo Maia é o especialista. Aparentemente, eu não entendo de política. É claro que a nova política terá de valorizar os partidos. Política é feita por partidos. Agora esses partidos não podem ser mercenários. Têm de ser temáticos e programáticos. É um choque do antigo com o novo e não adianta acusar o governo de não querer fazer política como antigamente. Claro que não! Fomos eleitos para não fazer. Aquele jeito de fazer política está na cadeia e está perdendo eleição. Qual o jeito novo? Não sabemos. Vamos aprender juntos. Vamos valorizar os partidos? Está certo o Rodrigo Maia ao dizer isso. Vamos negociar cargos? Não está certo se for isso. E dinheiro? Vocês deveriam ter todo o dinheiro do orçamento. Aliás, a principal função política é controlar os recursos públicos. É aí que entra a PEC do pacto federativo.

Que PEC é essa?

Os políticos vão entender que, em vez de discutir R$ 15 milhões ou R$ 5 milhões de emendas, vão discutir R$ 1,5 trilhão de orçamento da União, mais os orçamentos dos municípios e dos Estados. A classe política hoje está sob opinião pública desfavorável: muitos privilégios, aposentadoria, salários, estabilidade, assessoria, moradia, uma porção de coisas, e não tem atribuições nem obrigações. É inequívoco isso. A eleição do Bolsonaro foi uma crítica à velha política. Essa classe política brasileira vai se reinventar, porque eles são capazes, são inteligentes. Estão percebendo que o caminho mudou. Pergunte à classe política se em algum lugar do mundo o sujeito é eleito para comandar 4% ou 100% do orçamento? Se a proposta é menos Brasília e mais Brasil, preciso do pacto federativo para fazer o dinheiro chegar lá. Todo mundo com quem a gente conversa está entendendo que o caminho é esse.

No ministério, a gente ouve que o senhor mandou dizer para não falar nada das outras medidas agora, por conta da reforma da Previdência.

Não, não. Nós vamos falar das outras medidas, sim. Por exemplo: vamos lançar o pacto federativo já. Os governadores e os prefeitos, que estão todos quebrados, dizem “pelo amor de Deus, pelo amor de Deus, faz alguma coisa”. Eles estão devendo para o funcionalismo, para fornecedores. Não estão pagando dívidas. Está caótico o quadro financeiro de Estados e municípios. Isso significa que o timing político é já. Então, nós vamos mandar o pacto federativo também para o Congresso agora, mas pelo Senado.

Quando?

Por mim, é sempre o mais rápido possível. Mas quem manda é o presidente, o Onyx e o Congresso.

Se o governo federal vai perder recursos (com o pacto federativo), como sobrará dinheiro para pagar as contas, que já estão no vermelho?

Aí é que está. Está tudo arrumadinho. Vocês vão entender. Durante toda a campanha fizemos uma porção de coisas. Agora, tem o timing político das coisas. Ao contrário do que parece, existe um relacionamento harmônico dos Poderes hoje. Vocês podem dizer que não. Mas eu estou vendo isso.

O que é, afinal, esse pacto federativo?

São os representantes do povo reassumindo o controle orçamentário. É a desvinculação, a desindexação, a desobrigação e a descentralização dos recursos das receitas e das despesas. Isso chegou até a ser veiculado como plano B, caso não fosse aprovada a reforma da Previdência, lá atrás, mas são dois projetos diferentes.

Isso não vai concorrer com a tramitação da Previdência, que é a prioridade?

São dois projetos grandes e importantes. Um entrando pelo Senado, outro pela Câmara. Eu até achava que a gente iria segurar um pouco para fazer uma coisa de cada vez. Só que a situação político-financeira de Estados e municípios está pedindo isso já.

O senhor quer acabar com todas as despesas obrigatórias?

Claro. A desvinculação eu quero total. Aí vamos ver quanto dá, mas vou tentar. Os políticos têm de assumir as suas responsabilidades, as suas atribuições e os seus recursos. Eles são gestores públicos e sabem o desafio que têm. Hoje o cara está sentado lá numa prefeitura, no governo do Estado, vendo subir isso, subir aquilo, sendo obrigado a fazer isso, fazer aquilo, e percebendo que ele não manda nada. Eles têm de mudar isso, assumir o protagonismo.

O pacto federativo vai dar dinheiro imediato a Estados e municípios?

Ele vai ter duas dimensões importantes. Uma é de curto prazo, sim. Tem de vir um balão de oxigênio, mas ele é condicionado às reformas em nível estadual e municipal. Estamos chamando de Plano Mansueto (em referência ao secretário do Tesouro, Mansueto Almeida), que é um especialista nisso. É uma antecipação de receitas para quem fizer o ajuste. Por isso é que preciso desamarrar, desindexar, desvincular os orçamentos. Se você devolver o poder de decisão para os prefeitos e governadores, eles vão poder fazer o que é mais urgente para cada um.

Como vão funcionar esses adiantamentos?

Vou dar um exemplo que já está sendo analisado. Um Estado está fazendo um programa de ajuste que parece que vai assegurar a ele R$ 4 bilhões. Então, em vez de ele ter os R$ 4 bilhões lá na frente só, ele poderá ter uma antecipação entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões, para sobreviver enquanto seu pacote não funciona.

O senhor já conversou sobre esse projeto com o presidente?

Claro. A campanha toda foi mais Brasil, menos Brasília. Esse é o pacto federativo. Eu espero total apoio do presidente. Até agora recebi apoio total para fazer as equipes e estou recebendo apoio para a reforma da Previdência. Todo mundo sabe que o presidente tem lá as suas preferências. Agora, ele está muito consciente das suas responsabilidades – e para ele não é fácil. Antes da reforma, ele falava que a idade mínima de aposentadoria para as mulheres deveria ser 60 anos. Não obstante, ele apoiou a reforma com 62.

Mas na primeira semana falou do nada que podia baixar para 60, sem ninguém pedir.

Como cidadão, ele pode achar isso, mas como presidente mandou com 62. Por que ele não bateu na mesa conosco e mandou abaixar para 60? Bastava ele fazer isso. Ele não é político convencional que fala que quer 65, para depois o pessoal falar que quer 60 e no final fechar com 62. É transparente. Ele diz que a sua preferência é essa mas entendeu que a sua responsabilidade exige que a idade mínima seja 62 e deixa isso ser negociado.

E como vai passar 62 se o presidente diz que aceita 60?

É ele quem vota ou os 500 deputados?

No plano federal, como o governo vai equacionar suas contas?

Vou privatizar, reduzir dívida. Todo mundo bateu palma quando a Petrobrás vendeu ativos, reduziu a dívida e passou a valer dez vezes mais. Eu quero fazer isso com os ativos do Estado, inclusive os imóveis. Nós temos metas.

Quais são as metas de sua equipe?

O Joaquim Levy, no BNDES, por exemplo, tem de devolver R$ 126 bilhões para o Tesouro neste ano, sendo pelo menos a metade no primeiro semestre. Não sei se ele quer, mas vai ter de devolver. A mensagem para o BNDES é que ele tem de despedalar e ir para uma atuação qualitativa. Ele vai ajudar o Programa de Parcerias de Investimento (PPI), refazendo a infraestrutura nacional com empréstimos internacionais e investimentos privados. O Levy vai ajudar também as privatizações e a reestruturar Estados e municípios com a venda de estatais.

No governo federal, qual vai ser a lista de prioridades da privatização?

De novo, eu gostaria de vender tudo e reduzir dívida. Agora, quem tem voto não sou eu, é o presidente. Aí ele diz: “Não vai vender a Petrobrás, não vai vender o Banco do Brasil…”

Correios, Eletrobrás…

Não sei, não.

O sr. ainda mantém a meta de zerar o déficit do governo neste ano?

A minha função é essa. Há dois tipos de mentalidade. Não vou dar nome aos bois. Uma é assim: se você acha que o buraco vai dar uns R$ 160 bilhões, coloca R$ 160 bilhões na meta. Aí qualquer coisa que conseguir a menos que isso vai deixar o mercado muito feliz e dizer que nós somos muito bons. A minha é a gente dizer que vai ser zero e, se disserem que é impossível, nós falamos que vamos tentar o impossível. Se der tudo errado e o déficit ficar em R$ 60 bilhões ou R$ 70 bilhões, é menos da metade do que os caras que diziam ter feito um belo trabalho.

Onde entra o crescimento econômico? O PIB fechou 2018 com crescimento de apenas 1,1%. O que o governo está fazendo para alavancar o crescimento?

O modelo acabou. Não existe alavanca. Você tem de fazer as reformas. Quer fazer o que a Dilma fez? Não tem mágica. Tem de fazer a coisa certa. Isso significa a classe política assumir suas responsabilidades orçamentárias. Não é ficar escondido atrás de um documento escrito há 30 anos e jogar a culpa nele. Como um político pode dizer que a culpa é da Constituição? Então, faça uma Proposta de Emenda Constitucional.

Tem muita gente que fala que o governo não está fazendo nada pelos pobres e a esquerda está deitando e rolando com isso.

A primeira coisa que estamos fazendo pelos pobres é assegurar todas as aposentadorias dos pobres, que iriam acabar com esse regime de privilégios. A segunda coisa que vamos fazer é dar um choque de emprego no País. Vamos reduzir e simplificar os impostos.

Quando?

Já. Nós estamos indo por ordem de timing político. Se a Previdência vai quebrar o Brasil, enfia a Previdência. Ah, os governadores e prefeitos estão desesperados. Enfia o pacto federativo. Aprovamos os dois? Aprovamos. Começa a simplificação dos impostos. Aliás, nós vamos começar a disparar tudo ao mesmo tempo. Vem uma pauta positiva aí: PEC do pacto federativo, simplificação e redução dos impostos, aceleração da privatização, desestatização do mercado de crédito, abertura da economia. Tem coisas que vocês não estão vendo. Vem aí o choque da energia barata em mercado. Isso vai permitir uma redução do custo de energia de quase 50%. É tanta coisa boa que tem que fico com pena do Brasil de ficar discutindo sexo dos anjos, ser tão pequenininho.

Como vai ser esse choque de energia?

É algo semelhante ao que foi o shale gas (gás de xisto) nos Estados Unidos. As conversas envolvem diversos órgãos do governo, alguns Estados, além da Petrobrás, e já estão avançadas. O grande problema é que hoje o gás que está sendo tirado dos campos todos não é aproveitado como deveria. Com o estímulo para a iniciativa privada investir no transporte por dutos e com o fim do monopólio de distribuição das estatais de gás, criando maior concorrência, o preço deverá cair, tanto para uso doméstico como industrial. Queremos um choque de reindustrialização com energia barata.

Quando o governo vai mandar ao Congresso o projeto com a reforma da Previdência dos militares?

Agora. Está tudo acertado. Vai dia 20. Todo mundo tem de estar dentro. Se os militares ficarem fora da conta, ninguém vai entender. Estamos indo para o sacrifício.

Até onde o governo admite negociar a reforma da Previdência?

A economia de R$ 1 trilhão é o piso. A reforma tem duas dimensões importantes. Quer reduzir a idade mínima das mulheres para 60 anos? A economia cai R$ 100 bilhões. Se cair a idade mínima das mulheres, não poderá mexer nas regras do rural, no BPC (Benefício de Prestação Continuada, pago a idosos de baixa renda). Se quer reduzir a idade da mulher, tira do militar. Se quer dar para o militar, tira do rural. No total, tem de dar R$ 1 trilhão.

Por quê?

Se não der uma economia de R$ 1 trilhão, estaremos assaltando as futuras gerações. Vamos deixar os pequenininhos pagando para a gente de novo. Vai estourar o regime e eu não consigo lançar a carteira verde amarela, para os jovens. Tem um custo de transição. Tem de ter potência fiscal.

O que acontecerá se o Congresso desidratar a reforma?

Derruba toda a pauta positiva. Eu terei muita dificuldade de lançar a capitalização (sistema de previdência em que cada um poupa para sua própria aposentadoria).

O senhor vai desistir da capitalização?

Não vou dizer que desisto. Mas é uma ameaça séria.

A proposta do fim da multa de 40% do FGTS para quem já está aposentado foi muito criticada.

Pareceu uma medida fraterna. O Rogério Marinho (secretário especial de Trabalho e Previdência) me disse que o cara depois que aposenta já atravessou o “corredor polonês”. Aí, ele quer arrumar um emprego e você ainda vai colocar um FGTS, uma multa. Esse cara já se aposentou. Deixa esse cara sossegado. É difícil para os velhinhos aumentarem a empregabilidade. Foi esse raciocínio que ele falou para mim. Parece razoável. Que ganho tem? Nenhum. O que ele vendeu para mim é isso e eu confio no bom senso dele.

E a mudança do BPC?

A mesma coisa. É ideia dele. Eu tinha as minhas exigências. Quero uma reforma com potência fiscal suficiente para eu poder bancar a transição para o regime de capitalização. Como eu resolvo isso? Só com os jovens – e tem de ter uma potência de R$ 1 trilhão para alavancar. A segunda exigência para viabilizar o sistema é acabar com os encargos trabalhistas. Essa reforma é só o começo. Vamos mexer mais. Já, Já. Mas primeiro eu preciso de uma potência fiscal para ter fôlego.

O BPC foi um bode na sala?

Não. Eu confio no Marinho. Cada medida tem uma razão. Se quem não contribuir ganhar a mesma coisa daquele que contribuiu, ninguém vai contribuir. O BPC tem de ser o seguinte: o cara não contribuiu, ganha um pouco menos do que quem contribuiu. Em compensação, o governo dá o benefício antes. Tem de ter uma diferença. Eu acho que, se em vez de fazer 60 anos (idade para começar a receber o benefício) e 70 anos (para ter o salário mínimo) colocar 62 anos e 68 anos, passa no Congresso. Além disso, se o valor de R$ 400 for para R$ 500 ou R$ 600, passa. O Marinho botou coisas porque só ele sabe o que é para negociar.

O senhor aceita subir o valor do BPC?

Sim. Tranquilo. Mas eu preciso é do R$ 1 trilhão.

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. Esse ministro é banqueiro sócio do enrolado Esteves do banco BTG Pactual. Precisa dizer mais alguma coisa?

    1. Fake news!!! Ele era CEO da Bozano Investimentos. A campanha acabou Raimundo Fagner. Canta putra!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Ernesto Araújo concede passaporte diplomático a ex-advogado de Lula

O Itamaraty concedeu no dia 27 de fevereiro passaporte diplomático a Sepúlveda Pertence, que até o meio do ano passado participava da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sepúlveda foi ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e procurador-geral da República. A pedido do STF, outros dois documentos foram concedidos: ao ex-ministro Eros Grau e sua mulher. O ato é assinado pelo ministro Ernesto Araújo.

Neste sábado, O GLOBO mostrou que a Câmara já concedeu 155 passaportes diplomáticos a deputados e parentes de parlamentares . Os documentos foram destinados a 78 representantes eleitos, enquanto 77 foram emitidos em nome de filhos, companheiros ou cônjuges.

A validade dos passaportes é de dois anos. O Supremo fez a solicitação no dia 12 de fevereiro para Eros Grau e sua mulher e no dia seguinte para Sepúlveda. Procurado na noite de sexta-feira, o Supremo não se manifestou. A concessão indiscriminada de passaportes diplomáticos a parentes de políticos já gerou polêmicas e provocou a cassação de documentos por ordem do Judiciário nos últimos anos .

Para o cidadão comum, o custo da emissão do documento é de R$ 257,25. Já o passaporte diplomático não custa nada à autoridade. Segundo o Itamaraty, o preço de custo por unidade é de R$ 65,35.

Os passaportes diplomáticos oferecem privilégios a quem viaja ao exterior, como a dispensa de filas e visto para alguns países e tratamento menos rigoroso de autoridades.

As concessões a parentes de autoridades são reguladas por portaria do Itamaraty. Entre os critérios para a emissão do documento está a demonstração de que o “requerente está desempenhando ou deverá desempenhar missão ou atividade continuada de especial interesse do país”.


O Globo

Opinião dos leitores

    1. Até a prima de terceiro grau de Lula tinha esse passaporte diplomático.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Posts ideológicos de Bolsonaro tomam espaço da Previdência, que tem resultados fracos nas redes

Com 9,3 milhões de seguidores no Facebook e 3,6 milhões no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro não tem priorizado os projetos mais urgentes do governo quando utiliza suas redes sociais para se comunicar, em especial quando se trata da reforma da Previdência . Postagens sobre temas culturais e ideológicos têm monopolizado o debate na internet e podem prejudicar as discussões políticas sobre a reforma — o que já tem causado preocupação em parlamentares da base.

Das últimas cem postagens do presidente — até anteontem —, apenas dez versavam sobre a reforma. O engajamento dos seguidores varia conforme os temas. Na última semana, as três postagens polêmicas sobre o carnaval feitas por Bolsonaro somaram 380 mil interações (a soma entre curtidas e compartilhamentos) no Twitter, enquanto as dez publicações sobre a reforma tiveram, juntas, 350 mil reações até a noite de sexta-feira. Tal desfecho tem desagradado a base, a ponto de o próprio Delegado Waldir, líder do PSL na Câmara, orientar os deputados federais do partido a opinar menos sobre questões culturais e depositar mais energia na articulação para a aprovação da reforma — sobretudo quando estiverem na tribuna.

— Todas as questões ideológicas têm de ficar nas redes sociais, não acrescentam em nada — afirma, apesar das publicações de Bolsonaro

“Agenda dá like”
No Congresso, há apelos por uma mudança na postura nas redes sociais. O líder do PPS na Câmara, Daniel Coelho (PE), relata ter feito cobrança direta ao presidente em reunião com líderes partidários, feita no dia 26, por mais dedicação ao comunicar a reforma:

— Essa agenda conservadora, que ele tem insistido porque dá like , é um debate que ele sabe que ganha. O desafio dele agora é ganhar o debate sobre a Previdência, porque esse não está ganho. Tenho medo que a gente fique preso em uma agenda que não leve o Brasil a lugar nenhum.

Joice Hasselmann, líder do governo no Congresso, disse que há uma discussão sobre “baixar o tom em alguns temas específicos”. O ideal, segundo ela, é que os parlamentares da base foquem toda a energia na reforma, sem deixar de fazer contraponto com a oposição quando é necessário:

— Claro que o PSL sempre vai ter uma linha de confronto com o PT, mas não dá para transformar toda a discussão em um bate-boca interminável.

O barulho reverberado pelo presidente nas redes impactou diretamente o teor das discussões on-line sobre a reforma. Um relatório elaborado pelo instituto Ideia Big Data mostra que o nome do presidente foi mencionado mais de 3 milhões de vezes entre os dias 1º e 7 de março, sendo 1,7 milhão só na última quarta-feira — dia da publicação sobre o “ golden shower ” e a distribuição, pelo presidente, de um vídeo com atos obscenos durante um bloco de carnaval. No mesmo período, o termo “Previdência” foi citado apenas 135 mil vezes.

A diretora do instituto, Cristiana Brandão, avalia que uma queda no número de menções à Previdência era esperada por causa do feriado do carnaval, mas ressalta que as postagens de Bolsonaro prejudicaram ainda mais as discussões sobre o assunto:

— A maneira como o Bolsonaro se comportou nas redes sociais nos últimos dias é um indício de que a reforma não é prioritária. Ele esvaziou o debate mais importante.

Em razão da polêmica, as menções negativas a Bolsonaro nesse mesmo intervalo de sete dias foram mais do que o dobro das positivas (30% contra 13%), de acordo com a ferramenta Talkwalker . Isso fez com que a estratégia digital do Palácio do Planalto fosse alterada na última quinta-feira. Bolsonaro decidiu, então, fazer uma sequência de publicações sobre a Previdência. Ele também retomou uma prática recorrente no período de campanha: as transmissões ao vivo, que devem voltar a ser semanais. A mudança ocorreu após auxiliares próximos e integrantes da área de comunicação do Planalto conversarem com o presidente.

Eles tentaram explicar que as falas “atravessadas” e postagens polêmicas, por mais que dialoguem em certa medida com alguma parte de seu eleitorado, fizeram com que o governo tivesse de se explicar, gastando um tempo que poderia ser utilizado para dialogar e convencer a população sobre a necessidade da reforma.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Quanta bobagem por favor imprensa deixem nosso presidente trabalhar e parem de garimpar frases e palavras fora do contexto só para prejudicar o país.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Moro nomeia ‘mãe da Lava Jato’ para órgão que detectou transações de Queiroz

A nomeação de Érika Marena como conselheira no Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) indica que o órgão passará por mudanças, de acordo com tributaristas que conhecem a autarquia.

Marena, ex-delegada da Polícia Federal e apelidada de “mãe” da Operação Lava Jato, foi nomeada pelo ministro Sérgio Moro para ocupar o posto que foi de Camila Colares Bezerra, da Controladoria-Geral da União.

Foi Marena também que solicitou a prisão de Luiz Carlos Cancellier, ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina que se matou em 2017.

O Coaf foi o órgão que detectou movimentação bancária atípica de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) em seu mandato como deputado estadual.

A ex-delegada é chefe de um departamento do Ministério da Justiça. Tem “experiência reconhecida na recuperação de ativos e investigação de crimes financeiros”, segundo a pasta.

Marena é tecnicamente qualificada para o cargo, segundo os advogados, mas o fato de ser oriunda da Polícia Federal sinaliza que o órgão poderá virar um braço na polícia, nas palavras de um criminalista de um grande escritório.

O Coaf não precisa de autorização judicial para analisar movimentação financeira. Até o governo Temer, era vinculado à Fazenda.

A possibilidade de o órgão passar a investigar pode diminuir sua capacidade para produzir relatórios de inteligência, segundo uma tributarista.

Folhapress

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

PEC da Previdência antecipa reforma trabalhista de Bolsonaro

Especialistas em direito previdenciário que se debruçam sobre a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo estão se deparando com temas que dizem respeito à área trabalhista.

Advogados ouvidos pela Folha apontam que existe uma espécie de reforma trabalhista dentro da previdenciária.

Para Ives Gandra da Silva Martins Filho, ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho), a reforma da Previdência segue na linha do ajuste fiscal do teto de gastos quanto ao setor público e na linha da reforma trabalhista quanto ao setor privado.

“O novo governo está completando o que o anterior não conseguiu concluir”, diz.

As medidas identificadas até agora indicam a intenção de reduzir os custos de contratação do trabalhador formal, uma antiga reivindicação do setor empresarial.

Uma das mudanças com maior potencial de impacto envolve o custo previdenciário que recai sobre a folha de pagamento —e soma cerca de 30% do custo da mão de obra.

Pelo texto da reforma de Jair Bolsonaro (PSL) que está no Congresso, empregados poderão escolher se vão contribuir pelo atual regime de Previdência —de repartição, em que as pessoas na ativa sustentam o benefício dos aposentados— ou por um novo modelo de capitalização, no qual cada trabalhador faz sua
própria poupança.

A capitalização ainda seria regulamentada por lei complementar, mas a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Previdência já abre espaço para que o recolhimento dos empregadores seja facultativo nesse regime.

Hoje, o segurado pelo INSS recolhe de 8% a 11% sobre seu salário de contribuição, dependendo do valor da remuneração, enquanto o empresário recolhe 20% sobre a massa dos salários dos empregados.

A leitura é que a contribuição do empregador não será aplicada sobre o salário do funcionário que estiver no regime de capitalização, o que reduziria o custo de mão de obra para a empresa.

O trabalhador, por sua vez, ainda contribuiria, mas dentro de regras e com valores a serem definidos. A princípio, essas medidas iriam contra o objetivo da reforma de reduzir o rombo na Previdência, observa Maurício Tanabe, sócio do Campos Mellos Advogados.

Segundo ele, porém, o governo aposta que a queda do custo da mão de obra e a desburocratização vão trazer mais trabalhadores para a formalidade, aumentando a base de contribuição.

“Alinhado com o discurso de campanha, o governo aproveitou a reforma da Previdência para inserir dispositivos que diminuem a carga tributária da mão de obra formal”, diz.

A PEC traz também um norte para a contribuição no contrato intermitente (sem jornada fixa), que ficou de fora da reforma trabalhista de Michel Temer (MDB). De acordo com especialistas, a regra confere segurança para empregador e trabalhador.

Pela proposta, empregados que não alcançarem a contribuição mínima mensal exigida para sua categoria poderão usar o valor de uma contribuição que exceder o limite para cobrir essa diferença, ou agrupar recolhimentos baixos para atingir o valor necessário.

Hoje, os trabalhadores precisam fazer essa complementação do próprio bolso.

“O texto deixou claro o que vai acontecer. Do lado do empresário, o que gerava insegurança era saber se aquele trabalhador estaria ou não assegurado pela Previdência no caso de um acidente de trabalho, por exemplo”, diz Sarina Manata, assessora jurídica da FecomercioSP (federação do setor em São Paulo).

Bolsonaro e sua equipe econômica, capitaneada pelo ministro Paulo Guedes, sinalizam desde o ano passado a intenção de aprofundar a flexibilização das leis trabalhistas iniciada por Temer, quando uma reforma alterou mais de cem pontos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

De largada, Bolsonaro extinguiu o Ministério do Trabalho, colocando parte de suas atribuições sob as asas de Guedes, que, por sua vez, tirou a Previdência da Receita.

Para assumir sua Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, o ministro escolheu Rogério Marinho (PSDB-RN), que foi deputado federal e relator da reforma trabalhista.

Em nota, a secretaria disse que a PEC “propõe ajustes pontuais em temas de contato entre Previdência e trabalho”, mas disse não ser o objetivo antecipar medidas na área de trabalho e emprego.

Luiz Guilherme Migliora, sócio do Veirano Advogados, diz ver similaridades entre as linhas propostas para a reforma da Previdência de agora e a trabalhista de 2017 —que quis reduzir custos empresariais e flexibilizar acordos.

“Estamos falando de um governo [Bolsonaro] que quer criar mecanismos para reduzir o custo dos empresários, o chamado ‘custo Brasil’, e a contribuição previdenciária é um grande elemento desse custo.”

Sólon Cunha, sócio do Mattos Filho e professor da FGV Direito SP, ressalta que referências ao mundo do trabalho aparecem também na proposta da reforma de isentar empresas de recolher o FGTS de aposentados que continuam trabalhando e pagar multa do fundo em caso de demissão desses empregados.

Cunha lembra que a reforma trabalhista impôs uma quarentena para contratados virarem terceirizados, mas excluiu os já aposentados da regra. “Isso foi uma primeira porta para terceirizar o aposentado imediatamente. A segunda acaba de ser aberta com a questão da multa.”

Marinho já indicou que o governo estuda ainda atrelar o sistema de capitalização a uma nova modalidade de contrato, a carteira verde e amarela.

A ideia é que ela garanta os direitos trabalhistas da Constituição, que são mais genéricos, oferecendo maior liberdade em sua aplicação.

Com menos custos, especialistas apontam que, na prática, a opção por uma carteira e seu respectivo regime previdenciário será menos do trabalhador e mais da empresa.

Sem um controle, “a tendência é a nova carteira se tornar a realidade”, diz Ivani Contini Bramante, desembargadora do TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo e região) e professora da Faculdade de Direito de São Bernardo.

Otávio Pinto e Silva, sócio do Siqueira Castro e professor da USP, lembra a instituição do FGTS, que tornou letra morta artigo da CLT assegurando estabilidade ao trabalhador com dez anos ou mais de empresa.

“Ele teria a opção de escolher. Na prática, ou concordava com o fundo ou não teria o emprego. É importante falar em alternativas para as empresas gerirem suas relações, mas, sem proteções mínimas, cria-se um mecanismo de negociação em que, muitas vezes, o trabalhador não tem opção de escolha real.”

Esses limites definidos pelo Estado, para especialistas, poderiam incluir a validade da carteira verde e amarela apenas para o primeiro emprego, limitação de prazo do contrato, porte das empresas elegíveis e percentual de cargos contratados pela carteira.

“Não existe negociação com uma pessoa em inferioridade técnica, econômica e jurídica. Se deixar o mercado regular, vamos ver o domínio do mais forte”, diz Jorge Pinheiro Castelo, advogado trabalhista e conselheiro estadual da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil).

BENEFÍCIOS NA REFORMA PARA OS EMPREGADORES

Desoneração da folha:

A PEC da reforma abre espaço para que o recolhimento dos empregadores seja facultativo na capitalização
Hoje, o segurado pelo INSS recolhe de 8% a 11% sobre seu salário de contribuição. Já o empregador recolhe, em sua maioria, 20% sobre a massa dos salários
Se a contribuição do empregador não for aplicada sobre o salário do funcionário da capitalização, o custo de mão de obra para a empresa cairá

Contrato intermitente:

A proposta regulamenta a contribuição previdenciária do trabalhador sem jornada fixa, tema que não foi contemplado na reforma trabalhista de Michel Temer (MDB)
Empregados que não alcançarem a contribuição mínima mensal exigida para sua categoria poderão ou usar o valor de uma contribuição que exceder o limite para cobrir essa diferença ou agrupar recolhimentos baixos para atingir o valor necessário
Segundo especialista, medida gerava insegurança para saber se o trabalhador teria direito à cobertura previdenciária em caso de acidente de trabalho

Desobrigação do FGTS:

A reforma acaba com a multa para os aposentados que forem demitidos após a aprovação das novas regras
Parte dos aposentados também perderá os depósitos mensais do FGTS
As medidas ampliariam o uso da mão de obra dos mais velhos

Folhapress

Opinião dos leitores

  1. Tudo que estão tentando ou melhor vão aprovar na reforma da previdência vai satisfazer os anseios dos empresários "só" e o trabalhador de uma forma geral "coitado" tenho muita dó. Observem que tudo que "aparentemente seria ou deveria ser bom para o trabalhador" eles fazem inúmeras comparações com os Estados Unidos principalmente, a população deve ficar atenta que é outra REALIDADE totalmente diferente e com certeza em nada vai melhorar para o povão.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Morre o médico Kerginaldo Trigueiro, viúvo de Giselda Trigueiro

O médico Kerginaldo Trigueiro, viúvo da médica Giselda Trigueiro, faleceu neste sábado (9) durante as comemorações dos 89 anos de vida.

De acordo com informações repassadas ao blog, durante as comemorações, ele teria se engasgado. Diante da cena parentes médicos, incluindo a filha, tentaram mantê-lo, mas sem êxito. Kerginaldo terminou falecendo.

Opinião dos leitores

  1. Quando alguém se deparar com uma cena dessas, ligue 193 Bombeiros
    Médicos estavam presentes nada poderam fazer sem experiência

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Famílias de Brumadinho receberão cesta básica mensal da Vale por 1 ano

Famílias residentes nas comunidades do Córrego do Feijão e do Parque da Cachoeira, em Brumadinho, atingidas pela lama que vazou de uma barragem de rejeitos da Vale em 25 de janeiro, receberão uma cesta básica mensal da mineradora pelo período de um ano. A medida, anunciada sexta-feira (8) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), foi acordada em audiência judicial.

A garantia da cesta básica junta-se a outros compromissos pactuados em um termo de ajuste preliminar (TAP) firmado no dia 20 de fevereiro. O acordo prevê o pagamento de auxílio mensal emergencial aos atingidos conforme os seguintes critérios: um salário mínimo por adulto, meio salário mínimo por adolescente e um quarto de salário mínimo por criança. Têm direito a receber tais valores todos os residentes em Brumadinho e nas localidades que estiverem a menos de 1 quilômetro do leito do Rio Paraopeba até a cidade de Pompéu, onde fica a represa de Retiro de Baixo. As quantias serão pagas durante um ano.

Negociado em audiências públicas conduzidas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o TAP foi proposto à Vale por instituições como o Ministério Público Federal, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Defensorias Públicas do estado e da União e Advocacia-Geral do estado e da União. O acordo também fixa a obrigação de a mineradora custear a contratação de assessoria técnica independente para fornecer suporte às pessoas atingidas pelo desastre ambiental.

As próprias vítimas escolherão as entidades que vão atendê-las. Assessorias técnicas independentes já prestam assistência aos atingidos pela tragédia de Mariana, em Minas Gerais, onde a obrigação de arcar com os custos da contratação é da Samarco, responsável pela barragem que se rompeu em novembro de 2015.

Outro compromisso assumido pela Vale diz respeito ao ressarcimento dos cofres do estado de Minas Gerais por todos os gastos emergenciais efetuados em decorrência do rompimento da barragem. A empresa concordou em depositar, em um prazo de 10 dias, o valor das multas aplicadas pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad), que giram em torno de R$ 99 milhões.O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também aplicou multas, que somam cerca de R$ 250 milhões.

Justiça trabalhista
Conforme o último boletim da Defesa Civil de Minas Gerais, divulgado ontem (8), 197 pessoas já foram encontradas sem vida em decorrência do rompimento da barragem e 111 estão desaparecidas. Grande parte das vítimas eram empregados da Vale e de empresas terceirizadas que prestavam serviço para a mineradora.

Na Justiça trabalhista, em audiências realizadas dentro de ação movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), a empresa também já assumiu alguns compromissos. Foi assegurada a manutenção do pagamento de dois terços dos salários de todos os empregados que morreram. Os valores serão repassados às famílias por um ano, ou até que seja fechado um acordo definitivo de indenização. Para os desaparecidos, por enquanto, está sendo pago o salário integral.

A Vale se comprometeu ainda a não realizar transferências para outras unidades em caso de discordância do trabalhador. Também garantiu o salário dos funcionários sobreviventes, inclusive dos terceirizados, até o fim deste ano. Outros compromissos assumidos pela mineradora com as vítimas estão relacionados com plano de saúde, atendimento psicológico e auxílios-funeral, creche e educação.

As divergência em torno do acordo definitivo de indenização persistem. A Vale mantém sua proposta, que inclui R$ 300 mil para cônjuges ou companheiros de trabalhadores mortos, R$ 300 mil para cada filho, R$ 150 mil para cada pai e mãe e R$ 75 mil para cada irmão. Além disso, para reparar os danos materiais, a empresa propõe manter o pagamento mensal correspondente a dois terços do salário do empregado até a data em que ele completaria 75 anos. A proposta da Vale foi recusada pelas famílias das vítimas que se reuniram em assembleia no mês passado.

Doações

Além dos pagamentos acordados na esfera judicial, a Vale anunciou, três dias após a tragédia, a doação de R$ 100 mil para cada família que perdeu um parente. Um balanço divulgado pela mineradora no dia 25 de fevereiro mostrava que, até então, 264 pagamentos tinham sido feitos. Outra doação, no valor de R$ 50 mil, está sendo assegurada para as famílias que residiam na área de alagamento. Esses repasses não poderão ser deduzidas das futuras indenizações, que ainda serão calculadas.

A Vale prometeu também o pagamento de R$ 15 mil para pessoas que desenvolviam atividades produtivas ou comerciais na área atingida pela lama. As doações tiveram início de fevereiro, mas foram suspensas nove dias depois, a pedido da Defensoria Pública de Minas Gerais, que viu problemas na formulação dos termos de recebimento. Após ajustes por parte da mineradora, os repasses foram retomados no dia 20 de fevereiro.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. As famílias da tragédia da Vale vão receber 1 mísera cesta básbásica por 01 ano ..e os executivos da empresa que foral omissos ao não relatarem as irregularidades irão receber 80 milhões. .esse país está com os valores invertidos mesmo. Fala sério

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Reformas e segurança poderão fazer Bolsonaro tentar segundo mandato, diz Mourão

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Aprovar reformas e dar uma sensação maior de segurança à população poderão fazer o presidente Jair Bolsonaro tentar um segundo mandato, disse o vice-presidente Hamilton Mourão em entrevista à RedeTV exibida na noite de sexta-feira, 8. O vice destacou, no entanto, que Bolsonaro não pretende concorrer à reeleição neste momento.

“Se a gente, nos próximos dois anos, conseguir zerar o déficit fiscal, passar as reformas que forem necessárias, dar uma sensação de segurança maior às pessoas nas ruas, nós teremos cumprido grande parte da nossa tarefa e isso poderá acender no presidente a visão de que, para cumprir o trabalho, ele precisa de outro mandato”, declarou Mourão. Ele afirmou que, se Bolsonaro quiser, ele está disposto a concorrer a um novo mandato como vice na chapa.

Após uma semana de polêmicas com o presidente nas redes sociais, o vice tentou afastar o discurso que defende o impeachment de Bolsonaro. “Não quero crer nisso aí, até porque o presidente Bolsonaro jamais fará por merecer sofrer o impeachment”.

Militares.

Ao falar da mudança no sistema de aposentadoria dos militares, o vice declarou que o assunto já está “pacificado” nas Forças Armadas. Ele pontuou que o projeto a ser enviado ao Congresso até o próximo dia 20 vai estabelecer o aumento no tempo de serviço de 30 para 35 anos, o estabelecimento de contribuição para pensionistas e o aumento na alíquota de contribuição ao longo dos próximos dois ou três anos para se igualar aos civis. “O grupo militar, coerente com seu espírito de sacrifício, vai fazer parte dele para cooperar com o equilíbrio das contas no País”, disse Mourão.

Emendas

Questionado sobre a negociação com o Congresso para aprovação da reforma da Previdência e de outras propostas, Mourão alertou para o uso das emendas parlamentares como moeda de troca entre o governo e deputados e senadores. Para ele, o Planalto não pode usar o instrumento “pura e simplesmente como mero atendimento do curral eleitoral” e deve se diferenciar de governos anteriores ao conduzir o assunto. Ontem, o Broadcast Político revelou que o governo prometeu a deputados e senadores que fechará um cronograma de liberação das emendas ainda no primeiro semestre deste ano, durante a tramitação da reforma da Previdência, e garantiu que os recursos não serão contingenciados.

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. Só seus eleitores mesmo com catarata que acreditam que o Bolsonaro é diferente. Mal entrou e já pensa em reeleição. Como todo político querem ser eternos no poder. Assim como foi Lula. Nunca vi um político tão contraditório como esse. Nada que fala tem firmeza e continuidade, é uma mutação ambulante. Vergonha de ter uma pessoa dessa como presidente.

  2. Sempre existe uma desculpa para eles continuarem sendo candidatos, ajudar o povo, claro que o da sua família e isso independe do partido.

  3. Está muito recente na gestão, enquanto a PREVIDÊNCIA, literalmente deixa os pobres na miséria. Não tem sentido o empregado pagar 40(quarenta) anos de PREVIDÊNCIA e 70(setenta) anos de idade para ter 100% da sua aposentadoria. É ridículo.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

Raquel Dodge defende manutenção da prisão de ex-assessora que ‘blindava’ deputado

Foto: Nelson Jr./SCO/STF

A procuradora-geral, Raquel Dodge, manifestou-se pela manutenção da prisão preventiva de Andreia Cardoso do Nascimento, presa em novembro de 2018, na Operação Cadeia Velha. Ela é acusada de participar de “esquema de pagamento sistemático de propina a deputados estaduais, em troca de votos favoráveis na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, nos temas relacionados ao setor de transportes públicos”.

Andreia Cardoso foi denunciada pelos crimes de corrupção passiva qualificada e participação em organização criminosa. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria.

O parecer enviado ao Supremo foi no Habeas Corpus (HC) 160.697 interposto pela defesa contra decisão do ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, que manteve a prisão preventiva da ex-chefe de gabinete parlamentar.

A procuradora destaca que “todos os requisitos foram devidamente preenchidos e apontados na decisão pela prisão preventiva”.

Raquel assinala que a decisão que decretou a prisão preventiva examinou as provas de materialidade e indícios de autoria do delito, destacando participação fundamental e estratégica de Andreia Cardoso nas atividades da organização criminosa.

“O pedido de prisão preventiva formulado pelo Ministério Público Federal foi instruído com diversos elementos autônomos de corroboração e de prova, que conferem fidedignidade ao teor dos dados sobre a organização criminosa e da participação de Andreia Cardoso”, sustenta a Procuradoria.

Segundo a PGR, entre as provas usadas estão documentos e planilhas referentes à Hoya Corretora, ao sistema de contabilidade da Odebrecht, o Drousys, dados obtidos a partir do afastamento do sigilo telemático e bancário da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), conteúdo de aparelhos celulares apreendidos e outros.

A procuradora-geral sustenta que a prisão cautelar “é medida excepcional, mas inevitável quando a liberdade do agente põe em risco a ordem pública, a instrução processual ou a aplicação da lei penal”. “A custódia cautelar da paciente (Andreia) mostra-se suficientemente fundamentada na garantia da ordem pública, não havendo, portanto, como reconhecer o constrangimento ilegal”, assinala.

De acordo com o parecer, a denúncia destaca que Andreia, enquanto chefe de gabinete do deputado estadual Paulo César de Melo Sá, “teve atuação fundamental para blindar as atividades espúrias do político, no âmbito da Assembleia Legislativa do Rio”.

A acusação aponta que Andreia Cardoso “preservava o parlamentar do contato direto com os agentes responsáveis por entregar o dinheiro da propina que recebia em troca do favorecimento legislativo de interesses econômicos das empresas integrantes do núcleo econômico da organização criminosa, em especial as empresas da Fetranspor”.

Ainda segundo o Ministério Público Federal, “os pagamentos realizados pelo doleiro Álvaro José Novis, em favor de Paulo César de Melo Sá, foram recebidos pessoalmente por Andreia Cardoso, que algumas vezes foi auxiliada por seu irmão Fábio Cardoso do Nascimento, também servidor no gabinete do deputado Paulo César”.

Para Raquel, “o risco de reiteração delitiva é óbvio e inegável, e a necessidade da prisão cautelar se funda no risco de que a liberdade de Andreia Cardoso traz à ordem pública, sobretudo porque era a principal intermediária dos pagamentos feitos a um dos lideres do esquema ilícito implantado na Assembleia”.

A PGR explica que o fato de a acusada ter sido exonerada “não a impede de continuar a praticar os fatos descritos na denúncia”.

Outro lado

A reportagem está tentando contato com a defesa de Andreia Cardoso. O espaço está aberto para manifestação para todos os citados.

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. Aí está a prova de como se é tendencioso na notícia. Porque não sai o partido desse corrupto? Com certeza ele não é do PSL, se fosse, com certeza, já o colocava como deputado do PSL ligado a fulano que mora em frente a condomínio de bolsonaro. É uma palhaçada em cima da outra, canalhisse sem limites.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

IRPF 2019: Saiba quanto a Receita arrecada e para onde vai o dinheiro

Os brasileiros que precisam declaram o Imposto de Renda 2019 têm até o dia 30 de abril para enviar o documento à Receita Federal. A declaração é a forma como o órgão controla a tributação das pessoas físicas – e rendeu R$ 18,445 bilhões aos cofres públicos só no ano passado, segundo dados da Receita.

Ao todo, em 2018, quando se leva em conta todas as formas de arrecadação de imposto sobre a renda, entraram R$ 396,836 bilhões para os cofres do governo, sendo R$ 34,540 bilhões oriundos de pessoa física.

Uma parte do que o governo arrecada com o valor do imposto pago nas declarações é dividido com Estados e municípios por meio das transferências constitucionais – ou seja, obrigatórias –, pelos fundos de participação.

Em 2018, segundo o Tesouro Nacional, o governo repassou R$ 83 bilhões via Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e R$ 71,4 bilhões via Fundo de Participação dos Estados (FPE) – o Imposto de Renda é apenas um dos tributos que compõe esses fundos.

Segundo a professora de finanças do Insper Camila Boscov, não há uma destinação específica, definida por lei, para o dinheiro arrecadado com o imposto de renda. Dessa forma, ele pode financiar diversas políticas públicas, como saúde e educação.

Quem deve declarar?

A Receita Federal espera receber 30,5 milhões de declarações dentro do prazo legal neste ano. O prazo vai até 7 de março.

Deve declarar o IR neste ano quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018. O valor é o mesmo da declaração do IR do ano passado.

Também deve declarar

Contribuinte que recebeu rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 40 mil no ano passado;

Quem obteve, em qualquer mês de 2018, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;

Quem teve, em 2018, receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 em atividade rural;

Quem tinha, até 31 de dezembro de 2018, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil;

Quem passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês do ano passado e nessa condição encontrava-se em 31 de dezembro de 2018;

Quem optou pela isenção do imposto incidente em valor obtido na venda de imóveis residenciais cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no país, no prazo de 180 dias, contado da celebração do contrato de venda.


G1

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Mesmo pressionado, Bolsonaro resiste a exonerar ministro do Turismo

As denúncias envolvendo o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, iniciaram uma queda de braço no governo. De um lado, o presidente Jair Bolsonaro, que resiste a afastá-lo, e, de outro, auxiliares diretos, incluindo os militares, que desde a época da transição não defendiam o nome de Álvaro Antônio para o cargo. O pente-fino dos militares identificou que o ministro poderia dar dor de cabeça para o presidente antes mesmo de ele ser nomeado, mas a escolha atendeu a apelo do PSL, sigla do presidente.

A Polícia Federal e o Ministério Público investigam a suspeita de uso de candidaturas laranjas em Minas Gerais. Em depoimento, pelo menos uma delas relatou que recebeu do então candidato a deputado federal um pedido para que devolvesse parte dos valores recebidos do fundo eleitoral. Outras quatro mulheres também procuraram os investigadores pedindo para prestar depoimento nesse mesmo sentido.

Interlocutores diretos do presidente se preocupam com um desgaste prolongado com o surgimento de mais denúncias contra o ministro.

Ao ser questionado ontem por jornalistas sobre se o caso não estaria gerando constrangimentos ao governo, Bolsonaro respondeu: “Deixa as investigações continuarem”. Em seguida, o presidente encerrou a rápida coletiva de imprensa, concedida após cerimônia na qual seis embaixadores entregaram as credenciais ao Planalto.

No fim da tarde, o porta-voz do governo, Otávio do Rêgo Barros, também ao ser questionado pela imprensa, repetiu o chefe. “Ficou claro que o presidente aguarda o desenrolar dos fatos na Justiça”, disse. O porta-voz informou ainda que Bolsonaro e Álvaro Antonio não conversaram ontem sobre o assunto. “Hoje (ontem) pela manhã comentamos (o episódio) e ele não tinha contato estabelecido face to face.”

A entrada de Álvaro Antônio no governo foi considerada uma cartada do PSL, que colocou seu nome “goela abaixo” do presidente e dos militares. Na ocasião, o empresário Gilson Machado estava cotado para assumir a pasta, por ser, segundo auxiliares do Planalto, um nome técnico que ajudaria o setor, principalmente no Nordeste. Seu nome era dado como certo, mas Bolsonaro acabou escolhendo Álvaro. Na época, o escolhido disse que sua nomeação não contemplava nenhum partido ou Estado, mas que havia sido indicado pela Frente Parlamentar em Defesa do Turismo, da qual faz parte.

Investigação

A suspeita de uso de candidaturas laranjas pelo PSL, em que Álvaro Antonio aparece como figura central, é alvo de investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, que estão na fase de coleta de depoimentos.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, já afirmou que, caso fique comprovado que o ministro cometeu irregularidades, ele será demitido.

O titular do Turismo nega as acusações. Ele afirma que as candidatas “mentem” quando dizem que ele ou sua assessoria propuseram durante a campanha que elas devolvessem dinheiro do fundo eleitoral.

A lei eleitoral obriga os partidos a destinarem um porcentual dos recursos para as candidatas. O objetivo é aumentar a participação delas na política. Por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2018 os partidos deveriam repassar pelo menos 30% dos recursos para as candidaturas femininas. As apurações da Polícia Federal estão concentradas em Pernambuco e em Minas Gerais, onde a Justiça Eleitoral autorizou as investigações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Equipe econômica de Bolsonaro prepara modificações no Sine

A equipe econômica prepara uma remodelação do Sistema Nacional de Emprego (Sine) que vai permitir que pessoas ou empresas invistam na operação dessas agências para intermediação de emprego. A meta de longo prazo é construir um sistema misto, com unidades operadas por Estados e prefeituras (hoje os únicos conveniados) e empresas privadas, que poderão ganhar dinheiro com os serviços prestados – cobrando apenas dos empregadores.

A adoção do modelo é o passo seguinte ao compartilhamento da base de currículos do Sine com empresas, na tentativa de melhorar os índices de sucesso na alocação dos trabalhadores nas vagas disponíveis, medida elencada nas prioridades dos cem primeiros dias do governo.

Apesar de uma rede com bastante capilaridade – são 1,4 mil em todo o País -, as agências do Sine responderam em média por apenas 3% das admissões formais registradas no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em 2018. Há lugares com índice melhor, como o Ceará (12%), mas também há quem registre desempenho muito pior, como o Estado do Rio de Janeiro (0,6%).

“O Sine hoje é todo público, e a gente quer passar para um sistema misto, você poder abrir uma agência do Sine com o seu dinheiro e ganhar dinheiro com isso”, diz o secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério da Economia, Fernando de Holanda Barbosa Filho.

Desempenho

No modelo atual, os governos estaduais e municipais firmam convênios com o governo federal para operar as agências do Sine. Para isso, recebem transferências em valores “bem modestos”, reconhece o secretário. A questão é que o dinheiro entra independentemente do desempenho das agências. “Temos dificuldades em captar a vaga (oferecida pelo empregador), nosso conveniado não tem nenhum estímulo, ele recebe o dinheiro arrumando ou não”, explica Barbosa Filho.

No modelo misto, os governos estaduais e municipais poderiam continuar operando, mas haveria um contrato de gestão para remunerar conforme o desempenho, ou seja, pela quantidade de pessoas que conseguiram emprego com a ajuda das agências. Esse contrato também seria firmado com os entes privados que quiserem operar dentro do Sine.

Os operadores das agências, públicos e privados, também poderiam cobrar pelos seus serviços – mas sempre do empregador. A mudança no modelo dependerá do envio, no futuro, de um projeto de lei. Por enquanto, os esforços da equipe estão concentrados em medidas que podem ser adotadas de imediato, sem depender do Congresso Nacional. Uma delas é a abertura da base de dados do Sine para as empresas de recrutamento.

O secretário assegura que as empresas recrutadoras não terão acesso a informações sensíveis, como nome, telefone, endereço, gênero ou raça. Só poderão operar com base em dados como escolaridade e experiência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. Eu acredito…que se for cobrar das empresas aí que não vamos conseguir recolocar no mercado de trabalho…pq temos que insistir bastante para empresa aceitar…nossos trabalhadores…acredito deveria cobrar um valor símbolico dos trabalhadores que vão postar o seguro desemprego e este dinheiro ser revertido para unidade..para compra de produtos indispensáveis…como por exemplo papel higiênico… açúcar.. pó de café…pq atualmente o Estado não envia nada para o município…e antes tínhamos…esta ajuda

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *