Trânsito

Linhas 24 e 35/85 mudam de itinerários aos domingos e feriados em Natal

Foto: Josenilson Rodrigues

A partir deste domingo (17), as linhas 24 (Planalto/Ribeira, via Av. Prudente de Morais) e 35/85 (Soledade/Candelária, via Av. Prudente de Morais) vão mudar de itinerário. A informação é da Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU).

Segundo o órgão, as mudanças consistem no retorno das linhas para suas origens a partir do shopping Midway Mall e serão aplicadas apenas nos domingos e feriados. Isso vai ocorrer devido a baixa demanda de passageiros existente em alguns trechos que essas linhas passam atualmente nesses dias.

Com as mudanças, a linha 24 passa a fazer o itinerário Planalto/Lagoa Nova, via Av. Prudente de Morais e realizará o seguinte itinerário: a linha vem do Planalto pelo itinerário já praticado pela Av. Prudente de Morais e entra na Av. Bernardo Vieira, acessando a Av. Sen. Salgado Filho, Av. Miguel Castro e retorna para Av. Prudente de Morais, de onde segue o itinerário atualmente praticado com destino ao Planalto.

Já a linha 35/85 passa a fazer o itinerário Soledade/Lagoa Nova, via Av. Prudente de Morais e realizará o trajeto praticado pela Av. Prudente de Morais até a altura da Av. Nascimento de Castro, onde entra e segue para a Rua São José, Av. Antônio Basílio, Av. Xavier da Silveira, Av. Bernardo Vieira e volta para Av. Prudente de Morais, onde segue com destino ao Soledade.

Em caso de dúvidas os usuários podem ligar para o Alô STTU – no telefone 156 – ou perguntar pelo Twitter oficial, o @156Natal.

Opinião dos leitores

  1. Matou candelária….Além dos roubos e arrastões, agora o povo não tem onibus que preste nos domingos e feriados

  2. Terminou de matar Candelária, transforma logo em um bairro comercial, dado que o 43 passa de hora em hora aos domingos.

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Esporte

Globo vence América e assume liderança do 2º turno da Copa RN; veja classificação

Gol da Águia de Ceará-Mirim foi marcado pelo meia Chiclete, ais 38 minutos do primeiro tempo. Resultado põe o Tricolor na primeira colocação, com 11 pontos

Reprodução: FNF

Jogando em casa, o Globo FC conseguiu fazer valer o mando de campo e venceu o América por 1 a 0, na noite desta quarta-feira (13). O gol da Águia de Ceará-Mirim foi marcado aos 38 minutos do primeiro tempo, pelo meia Chiclete.

O resultado colocou o Tricolor de volta à liderança da Copa RN, com 11 pontos. O Alvirrubro caiu para a terceira posição, com nove pontos, mesma pontuação do Potiguar, que fica na segunda posição, em razão do maior número de gols marcados (10 a 8).

Na próxima rodada, o Globo vai a Mossoró para enfrentar o Potiguar no Estádio Nogueirão, em duelo agendado para o próximo domingo (17). Já o América joga no sábado (16) contra o Força e Luz, às 19h, na Arena das Dunas, em Natal.

Reprodução: FNF

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Judiciário

Uma MP contra o golpe do STF: pacote anticrime surge como esperança para salvar a Lava-Jato

A Lava Jato depende do pacote anticrime para reverter o golpe do STF.

Como essa parte do pacote não trata propriamente de questões de direito penal, porém, talvez ela possa ser implementada desde já por meio de Medida Provisória.

Para sanar os danos causados pelo Supremo, Sergio Moro tem de levar imediatamente uma MP a Jair Bolsonaro.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. SÓ NÃO ROUBARAM MAIS O BRASIL PORQUE FOI DESCOBERTO ESSA ROUBALHEIRA NA PETROBRAS, BNDES, BANCO DO BRASIL, CAIXA ECONÔMICA, ESTATAIS,… LULA E O PT ROUBARAM O BRASIL QUE ESTÁ FALTANDO DINHEIRO PRA PAGAR SALÁRIOS, APOSENTADORIAS, PENSIONISTAS,…

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Política

EUA: Bolsonaro viaja dia 17 acompanhado por seis ministros

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Na primeira visita ao exterior de caráter bilateral, o presidente Jair Bolsonaro viaja com uma comitiva de seis ministros, no próximo domingo (17), para Washington, capital dos Estados Unidos. Ele retorna ao Brasil no próximo dia 20. O encontro com o presidente norte-americano Donald Trump, na Casa Branca, está marcado para o dia 19.

“A visita é a primeira de caráter bilateral realizada pelo nosso presidente ao exterior demonstrando a prioridade que o governo atribui à construção de uma sólida parceira com os Estados Unidos da América”, afirmou o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros.

Rêgo Barros disse que a ênfase da agenda externa brasileira é reforçar a relação com os países que podem contribuir com o desenvolvimento, a prosperidade, o bem-estar e a segurança dos brasileiros.

“A viagem aos Estados Unidos tem por objetivo de promover uma agenda de resultados positivos em diversas áreas, destravando temas que já estavam na pauta e abrindo novas oportunidades”, afirmou o porta-voz, em coletiva de imprensa.

A viagem aos Estados Unidos inaugura uma intensa agenda internacional do presidente, que este mês ainda deve visitar Israel e Chile.

Encontro

Na Casa Branca, Bolsonaro será recebido por Trump que apresentará sua equipe. Em seguida, vão para o Salão Roosevelt, onde o presidente brasileiro assina o livro de visitas. Em seguida, os presidentes se reúnem no Salão Oval onde terão um encontro privado.

Depois, haverá uma reunião ampliada entre as duas equipes, seguida de um almoço de trabalho. Ao final, Bolsonaro e Trump darão uma declaração conjunta à imprensa, no Rose Garden, o jardim da Casa Branca, encerrando o encontro bilateral.

O presidente dos EUA, Donald Trump, de o presidente Jair Bolsonaro se reúne no próximo dia 19, na Casa Branca, em Washington, EUA – Reuters/Carlos Barria/Direitos Reservados

Ministros

Bolsonaro viaja acompanhado por seis ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Paulo Guedes (Economia), Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Tereza Cristina (Agricultura) e Ricardo Salles (Meio Ambiente). Também deve integrar a comitiva o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

O presidente ficará hospedado na Blair House, palácio que faz parte do complexo da Casa Branca. No local já se hospedaram os presidentes Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso.

Segundo o porta-voz, boa parte da agenda de trabalho do presidente nos EUA, incluindo audiências e reuniões, ocorrerá na própria Blair House.

Acordos

De acordo com Rêgo Barros, os governos brasileiro e norte-americano poderão assinar acordos ao longo deste dia. O porta-voz, no entanto, não adiantou que acordos seriam esses. Ainda na Câmara de Comércio, parte da comitiva brasileira participará dos paineis “Bolsonaro e Trump: novo começo das relações Brasil e Estados Unidos” e “O futuro da economia brasileira”.

Na terça-feira (19) a agenda começa com uma reunião com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luís Almagro. Na pauta, um dos temas deverá ser a crise humanitária na Venezuela.

À tarde Bolsonaro e comitiva se dirigem à Casa Branca, para o encontro com Trump. Após a reunião bilateral, o presidente brasileiro seguirá para o Cemitério Nacional de Arlington, onde estão enterrados mais de 400 mil militares que participaram das guerras pelos EUA. No local, o presidente participará de uma cerimônia e depositará flores sobre túmulo do solado desconhecido.

A agenda de Bolsonaro prossegue com um encontro com líderes religiosos, na Blair House, seguida de um jantar de trabalho. Após o jantar, na noite do dia 19, a comitiva brasileira embarca de volta para o Brasil. A chegada em Brasília está prevista para a manhã do dia 20.

Cronograma

Bolsonaro embarca às 8h do próximo domingo (17), da Base Aérea de Brasília. O voo até Washington terá duração aproximada de nove horas. Na capital norte-americana, o primeiro compromisso do presidente será um jantar, na noite de domingo, na Blair House, com autoridades e formadores de opinião, incluindo o filósofo brasileiro Olavo de Carvalho.

Na segunda-feira (18), Bolsonaro e sua comitiva terão compromissos na Câmara de Comércio dos Estados Unidos. Ministros brasileiros participarão de debate sobre investimentos setoriais. Parte da comitiva brasileira participará do painel “relações econômicas crescentes: foco em oportunidades de investimentos”. No mesmo local, o presidente brasileiro terá uma audiência com o ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry “Hank” Paulson.

Agência Brasil

 

Opinião dos leitores

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Judiciário

Pela lei, matadores de Suzano seriam enquadrados como terroristas

Se fossem capturados vivos, os dois assassinos da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), seriam enquadrados como terroristas, de acordo com a Lei Antiterrorismo em vigor desde 2016. O especialista em direito criminal Adib Abdouni confirma o entendimento. Segundo ele, a preparação para o crime, a participação de mais de um criminoso e o assassinato de pessoas a esmo caracterizam o ato de terrorismo.

O pior é que a legislação brasileira garantiria ao terrorista “dimenor”, Guilherme Taucci Monteiro, 17, apenas 3 anos de “internação”.

O terrorista “dimenor” ficaria internado por 3 anos porque não estaria cumprindo sentença de natureza penal. Seria “medida sócio-educativa”.

O criminalista Adib Abdouni também lembra que a investigação policial vai indicar se o crime teve “outros colaboradores”.

Condenado pelos dez assassinatos e outros crimes, Luiz Henrique de Castro, 25, o terrorista “dimaior”, ficaria preso no máximo por 30 anos.

A troca de mensagens dos terroristas de Suzano, nas redes sociais, mostra uma confusão mental que deveria preocupar as autoridades, educadores e até os próprios controladores de Facebook e etc.

CLÁUDIO HUMBERTO

Opinião dos leitores

    1. Diante de uma tragédia dessa, o ser, que se diz “humano” coloca política no meio. Isso pode ter o mesmo pensamento desse assassinos, se for para falar de política, eles eram apoiadores do seu MITO, BOLSONARO.

    2. Concordo que não se deve misturar as coisas, mais infelizmente ambos os lados terminam incluindo política em tudo, tanto a petralhada quanto a turma do mito exageram na defesa de seus ídolos.

    1. Se na escola tivesse um vigilante armado, ao primeiro disparo poderia ter reagido e evitado a morte de muitos. Mas no país da impunidade só quem pode está armado são os bandidos.

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Jornalismo

Senado aprova multa a empresa que não pagar igual para homem e mulher

O Senado aprovou na noite desta quarta-feira, 13, em regime de urgência, um projeto de lei que acrescenta à Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) uma multa às empresas que não pagarem salários iguais para homens e mulheres que desempenhem a mesma função e a mesma atividade. O projeto vai agora para o plenário da Câmara dos Deputados.

O texto prevê que os casos terão de ser apurados em processo judicial e que a funcionária deverá receber uma multa em valor correspondente ao dobro da diferença salarial verificada mês a mês. A punição também vale para discriminação por idade, cor ou situação familiar.

Para o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), autor do projeto de lei, a diferença salarial entre homem e mulher fere o princípio da isonomia previsto na Constituição Federal e na legislação vigente.

“Contudo, e apesar das inúmeras políticas de igualdade de gênero promovidas pelas mais diversas organizações, sejam públicas ou privadas, ainda se registram casos de discriminação contra a mulher no que se refere a remuneração”, diz o texto de autoria do senador.

O senador Paulo Paim (PT-RS), que leu o relatório do plenário do Senado, ressaltou ser uma luta histórica das mulheres brasileiras que não haja diferença por sexo, cor ou hierarquia familiar, mas que elas tenham direito ao mesmo salário por desempenharem as mesmas funções e atividades que os homens.

NOTÍCIAS AO MINUTO

Opinião dos leitores

  1. Outra lei ferrenha que ajudará a falencia da #globolixo kkkkkkkkkkkkk ou então vai baixar os salarios dos bixoes da imprensa kkkkkkkkkkk

  2. Isso só pode ser música para os meus ouvidos. É a melhor divulgação do ano. ?????. E como se não bastasse todo o trabalho que temos com casa etc….??

  3. Se o trabalho é meramente intelectual, lógico que tem que ganhar igual, agora se precisar usar um esforço físico, aí já percebe-se diferença no desempenho. Portanto isso pode até diminuir vagas de trabalho feminino.

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Judiciário

CRISE: Associação de procuradores defende Força-Tarefa e aponta excesso da Procuradora-Geral Raquel Dodge

A Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) publicou uma nota em defesa da atuação de procuradores da Força-Tarefa da Lava Jato, após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando o acordo firmado pelos procuradores e a Petrobrás, que prevê criação de um fundo de R$ 2,5 bilhões.

“Por sua atuação irrepreensível e pelos altos serviços prestados ao país, é reprovável qualquer tentativa de enfraquecimento institucional da Força-Tarefa e do Ministério Público Brasileiro”, afirmou, em nota, assinada pela diretoria da ANPR.

A nota não tem relação com as críticas do presidente do Supremo Tribunal Federal a procuradores, feitas em sessão do plenário, nesta quarta-feira, 13.

A diretoria da ANPR afirma que se criou um “impasse” sobre o destino dos recursos e isso pode significar a “devolução dos recursos”. Segundo o texto, a União não é “destinatário legítimo da multa que lhe foi imposta”.

“Afirmar ainda que os valores deveriam ser destinados à União ou a Petrobrás é equivocado. Afinal, como aponta o acordo com a SEC, a Petrobrás foi considerada responsável por falhar em detectar e expor os esquemas de corrupção e por prestar informações falsas aos órgãos americanos”, diz a associação

O órgão lembra que os valores seriam aplicados, principalmente, na prevenção da corrupção, em cidadania, em saúde e em educação.

O texto critica o procedimento adotado pela procuradora-geral, Raquel Dodge, a Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF). “Não é normal nem ordinário uma matéria de primeira instância do Ministério Público ser levada ao STF pela Procuradora-Geral da República”, disse. Para a associação, a ação é um “precedente negativo que qualquer Termo de Ajustamento de Conduta ou Acordo Judicial possa ser centralizado pela PGR, levado diretamente ao STF, violando a independência funcional e ignorando o rito jurídico ordinário”.

“A argumentação genérica utilizada pela PGR acerca dos atos sujeitos à ADPF permitiria que qualquer ato do Ministério Público, em qualquer grau de jurisdição, ou quem sabe, do Presidente da República, ou do Congresso Nacional, de Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores fosse passível de controle por esse instrumento”, diz a nota da ANPR.

Houve também “excesso” da PGR, segundo a nota.

“A cronologia demonstra o excesso da ação. A ADPF foi apresentada pela PGR depois de os procuradores naturais do caso terem anunciado, duas horas antes, publicamente, que reavaliariam, conjuntamente com o Executivo e o Legislativo, a questão. A ADPF apresentada pela PGR nasce prejudicada e se configura desnecessária tanto do ponto de vista jurídico quanto institucional”, diz a nota.

A nota da ANPR também defende os propósitos do acordo firmado entre a Força-Tarefa da Lava Jato e a Petrobrás e negou que procuradores iriam administrar o fundo bilionário.

“Não seriam os membros da força-tarefa que iriam gerir os recursos, já que a fundação tem personalidade própria. O fato do acordo prever a possibilidade de integrantes do MPF terem uma vaga no conselho curador, por óbvio, não basta a igualá-los à condição de gestor dos recursos, ao contrário do afirmado pela PGR”, disse.

ESTADÃO CONTEÚDO

Opinião dos leitores

  1. Essa turma de procuradores da lava jato tem um salário de marajá, eles ganham muito bem e dever deles trabalhar, esse dinheiro pode ser usado para saúde e segurança .

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Jornalismo

Massacre de Suzano revela culto às armas e estado de barbárie, dizem especialistas

Especialistas ouvidos pelo GLOBO avaliam que o ataque à Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, exige reflexões sobre violência que vão além de facilitar ou dificultar o acesso a armas de fogo. Com os atiradores Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, foram encontrados itens variados, como um revólver calibre .38 com numeração raspada, machados, equipamento para preparar coquetéis molotov e uma balestra — misto de espingarda com arco e flecha.

A origem dos armamentos ainda não foi totalmente esclarecida. Paulo Storani, antropólogo e ex-capitão do Bope, alerta que a conduta dos criminosos traz à tona um “estado de barbárie”.

— É uma tolice, neste momento, discutir a ferramenta utilizada antes de investigar a motivação por trás daquilo. Chamou a minha atenção o segundo rapaz, que entra com o machado e desfere golpes em pessoas que já estavam mortas. É um nível de selvageria inexplicável — afirmou Storani. — O problema é muito mais grave do que armar ou não a população. Estamos falando de um ambiente de falta de respeito à vida do outro.

O antropólogo classificou como “ideológica” a discussão sobre o impacto do acesso a armas de fogo no caso de quarta-feira. Após a tragédia, defensores do desarmamento criticaram a facilidade na posse de armas, ampliada por um decreto do presidente Jair Bolsonaro em janeiro. Já o senador Major Olímpio (PSL-SP), aliado de Bolsonaro, argumentou que os funcionários da escola teriam condições de reagir e encurtar a ação dos criminosos se estivessem armados. Para Storani, a rápida chegada da Polícia Militar — acionada primeiro por conta do tiroteio na concessionária de carros do tio de Guilherme, que também faleceu — foi o que evitou uma ação ainda mais brutal por parte dos criminosos.

José Ricardo Bandeira, presidente do Instituto de Criminalística e Ciências Policiais da América Latina (Inscrim), ressaltou que é preciso investigar como os atiradores tiveram acesso às armas. Na avaliação de Bandeiram, revólveres calibre .38 são comuns no mercado ilegal, muitas vezes desviados de empresas de segurança privada. O especialista também chamou atenção para os outros itens no arsenal carregado por Guilherme e Luiz Henrique.

— Arco e flecha e machado são equipamentos que você encontra em lojas esportivas ou na internet. E isso, quando cai em mãos erradas, causa problemas — pontuou Bandeira. — Caberia a cada estado uma legislação que restringisse esses artefatos. Como foi feito no Rio, por exemplo, que proibiu porte de arma branca com lâmina acima de 10cm.

A antropóloga Alba Zaluar afirma que o acesso a armas “tem que ser discutido de forma mais séria”. Para a especialista, pior do que a facilidade de acesso é a valorização do uso de armamentos como forma de resolução de conflitos. Zaluar criticou ainda retóricas políticas que, na sua avaliação, contribuem para gerar um clima mais bélico.

— Há um contexto político, um discurso que alimenta conflitos, o uso da violência. Tudo isso contribui para esse clima — afirmou.

O GLOBO

Opinião dos leitores

  1. Vamos criar os estatutos do debestamento, desmachadamento, desfaqueamento e o desmolotovamento ai sim resolve de vez a violencia no Brasil, eita me esqueci do estatuto do desgameamento.

  2. Até concordo em uma ação que desarme todo o pais… Literalmente todo o pais, sendo cumprido o Estatuto das Armas, em primeiro a população, depois as forças de segurança e por ultimo as forças armadas. Temos formas menos letais para conter agressões as pessoas e manter a nossa soberania.

    1. deviam tambem proibir o uso de carros pq sao armas e atropelam.. tambem o uso de avioes pq eles caem ou derrubam torres gêmeas… proibir as facas pq furam.. proibir as flechas pq matam e as baladadeiras.. mas a maconha vai ser liberada pq segundo alguns nao faz mal. desarmar toda a populacao, pode ser.. afinal quem ja manda é o narcoestado, milicias e a bandidagem que se aproveita da mente fantasiosa de alguns, e nao precisam obedecer as leis. So sobrarão os fortes. Talvez um pum seja a forma menos agressiva que funcione.. um pum de lula talvez la da prisao.

    2. Deviam proibir idiotas de se pronunciarem na internet, so na cabeça do maconheiro que pode se passar uma ideia dessas. PQP em que se transformou a humanidade.

  3. A esquerdalhada brasileira não perde a oportunidade de politizar uma tragédia… tenham mais respeito pelo sofrimento das famílias, petralhas vagabundos, esperem pelo menos passar a comoção.

  4. Ora.. o pessoal do mimimi questiona que em escolas nao deveria ter segurança armada.. mas o que aconteceu na escola, acontece em hospitais tb. Em hospitais, onde circulam adultos e crianças nao deveria ter segurança armada entao? Os intelectuais do mimimi vao alegar que a finalidade é diferente.. mas pelo que foi visto, as consequencias podem ser iguais. Será que continuar como está, morrendo crianças e com jornalistas mimimi induzindo reportagens ao erro, vai ajudar a salvar vidas e melhorar a sensacao de segurança? E a culpa do desajuste familiar foi de um video game? ou de um presidente que defende o direito a defesa pessoal, exatamente pra que haja uma chance de sobreviver num país em que segurança publica é so pra politico e juiz?

  5. Culto e incentivo a violência está nos jogos virtuais e cultura das facções criminosas, onde a vida humana e de um inseto não existe diferença; qto as armas, apenas os cidadãos de bem não tem acesso, mas caso queira passar pra o lado do crime se arma até os dentes. Tem é que preparar o cidadão pra se defender, pois com a ausência do estado, ele é o único refém.

    1. Jogos virtuais… um País que mata mais no trânsito que o resto do mundo civilizado apenas no trânsito, daí a culpa são de joguinhos.
      Esse massacre é um fds normal no RN dos últimos anos.

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Jornalismo

Transição da Previdência para militares será mais suave do que a de civis

O aumento, de 30 para 35 anos, no tempo mínimo de serviço deve valer apenas para quem ainda ingressar nas Forças Armadas e nas carreiras militares nos estados —Polícia Militar e Bombeiros.

O projeto de lei que muda a Previdência dos militares também deve prever uma transição para quem já está na ativa.

Integrantes das Forças Armadas, da Polícia Militar e dos Bombeiros terão de pagar um “pedágio” para entrar na reserva. Esse tempo extra de trabalho deve ser entre 15% e 20%.

Por exemplo, se um integrante do Exército já completou 25 anos de serviço, ele precisa trabalhar, pelas regras atuais, mais cinco anos.

Se a proposta do governo for aprovada, esse militar teria de trabalhar até 20% a mais do período restante.

Ou seja, seria acrescido um ano e ele entraria na reserva após mais seis anos de serviço.

O cálculo é limitado aos cinco anos de aumento no tempo mínimo de serviço.

Essa fórmula e a transição para aplicar as novas exigências foram alvo de discussão dentro do governo.

Por isso, a versão final do projeto de lei da reforma da Previdência dos militares ainda não foi apresentada ao presidente Jair Bolsonaro (PSL).

A equipe econômica e o núcleo militar do governo admitem que os militares não têm regime de aposentadoria, mas um sistema de proteção social.

Assim, as categorias precisam de regras especiais. Entrar na reserva, reforçam os militares, não equivale a se aposentar, pois eles podem ser convocados mesmo quando reservistas.

No entanto, a transição prevista para as Forças Armadas, os policiais militares e os bombeiros é mais flexível que as regras para trabalhadores da iniciativa privada e servidores.

No caso dos empregados do setor privado, o “pedágio” é de 50% para quem quiser se aposentar por tempo de contribuição. Isso será possível apenas para aqueles que precisariam de apenas mais dois anos para cumprir os requisitos (35 anos de contribuição, se homem, e 30 anos, se mulher).

O projeto de lei que afeta os militares também deve prever condições mais benéficas mesmo para quem ainda vai entrar nas carreiras.

Essas pessoas ainda devem ter direito a integralidade (aposentadorias com salário integral) e paridade (quando a aposentadoria é reajustada automaticamente de acordo com a remuneração de quem está na ativa).

Esses dois benefícios eram previstos para servidores públicos que ingressaram no funcionalismo até 2003. Mas, de acordo com a proposta de reforma da Previdência, os servidores mais antigos teriam de cumprir o requisito de idade mínima para manter a integralidade e a paridade.

Sem nenhuma transição, esses funcionários públicos só poderiam se aposentar com essas regras benéficas após completarem 65 anos, se homem, e 62 anos, se mulher.

Outra medida prevista para reduzir o déficit da Previdência para militares é o aumento de alíquotas cobradas sobre a remuneração. A contribuição deve subir de 7,5% para 10,5% de forma escalonada —em três anos. Uma alta de um ponto percentual por ano.

Esse aumento gradual é menos abrupto que as medidas propostas para o servidor civil.

No caso do funcionalismo, que paga atualmente uma alíquota de 11%, o aumento da taxa não será escalonado e pode chegar a 22% para quem recebe mais de R$ 39 mil por mês.

As pensões de militares, que hoje são isentas de tributação, passariam a ser taxadas em 10,5% se o projeto de lei que será enviado for aprovado. A medida valeria logo após a aprovação do texto.

A proposta deve ser enviada no dia 20 de março —último dia do prazo anunciado pelo governo. A previsão de economia com as medidas é de R$ 92,3 bilhões em dez anos.

O texto não deve prever idade mínima para militares entrarem na reserva.

Para 2019, o déficit do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) está previsto em R$ 218 bilhões; no regime dos militares, é de R$ 43,3 bilhões.

FOLHAPRESS

Opinião dos leitores

  1. Vergonha. Porque mais suave? E aja privilégios onde para esse povo. Vários militares já se aposentam com menos de 50 anos, alguns com menos que 40 é só ficar louco e vai pra reserva aposentado. É só olhar o caso dos matadores de Mariele, todos reformados com menos de 50 anos.

  2. "Entrar na reserva, reforçam os militares, não equivale a se aposentar, pois eles podem ser convocados mesmo quando reservistas" . Isso é uma falácia para enganar os trouxas, pois todos sabemos que, se porventura, o Brasil entrasse em guerra contra um País como a França ( sem levar em conta a OTAN, lógico) por exemplo, estaria derrotado e de joelhos em 06 horas.
    Será uma reforma para inglês ver.

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Jornalismo

Secretaria de Turismo esclarece os valores altíssimos pagos de diárias

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Sobre as informações que circularam na imprensa questionando os valores das diárias das servidoras que compõem o quadro da Empresa de Promoção e Turismo do RN (Emprotur), a secretária estadual de turismo do RN, Ana Maria da Costa, vem esclarecer que todas as diárias aplicadas foram utilizadas para participação de eventos internacionais com o objetivo de divulgar e promover o turismo estadual.

A participação do RN nas feiras é uma das principais demandas apresentadas pelo trade turístico. E uma das formas de aquecer a economia é através do incentivo às atividades que geram renda e aumentam a arrecadação no estado. As profissionais citadas não estavam fazendo turismo, mas sim prospectando turistas e desenvolvendo esta que é uma das mais importantes atividades econômicas geradoras de emprego e renda para os potiguares.

As diárias citadas nas reportagens são referentes às participações da titular da pasta, da diretora de marketing, Tereza Suyane França, e da gerente de promoção internacional, Nayara Santana, em feiras internacionais. Entre elas, a Vakantibeurs, em Utrech, na Holanda, que garantiu a consolidação do voo charter entre Amsterdã e Natal.

As diárias referem-se também à participação, em parceria com a Embratur, na maior feira de turismo do mundo, ITB Berlin, na Alemanha, e a presença na BTL Lisboa, em Portugal. Nesta última, ocorreram reuniões importantes e estratégicas para o Rio Grande do Norte. Destaque para o encontro da secretária com os presidentes da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) e da TAP Linhas Aéreas, que levantou a possibilidade de aumentar de três para cinco os voos semanais ligando Natal e Lisboa ainda no segundo semestre de 2019.

Os gastos divulgados nos valores das diárias são um direito do servidor quando está fora do seu ambiente de trabalho para cobertura de despesas com alimentação, hospedagens, seguro viagem, locomoção e telefonia, tudo na moeda local do país. No caso dos eventos apontados, todos aconteceram no continente europeu, tendo o cálculo da diária realizado com base no valor do euro. Em uma viagem de trabalho, o servidor recebe apenas as passagens aéreas, todos os demais gastos são custeados com as diárias fornecidas.

O investimento na promoção e divulgação do Rio Grande do Norte como destino turístico internacional ocorre com recursos do Projeto Governo Cidadão, através do contrato com o Banco Mundial, gerenciado pela Secretaria de Planejamento do RN e também com recursos próprios da Emprotur.

“A Secretaria de Turismo do RN tem um planejamento anual para a participação de feiras nacionais e internacionais, amplamente divulgado e debatido com o trade, com o objetivo de promovermos o nosso estado. Durante esses eventos acontecem reuniões e parcerias são estabelecidas para trazer mais turistas para o Rio Grande do Norte. É impossível divulgarmos o estado sem sair dele”, explicou a titular da Setur.

A secretária de turismo do estado não está sozinha no trabalho de divulgação do estado. Também participam dos eventos, tanto o trade turístico da cidade, que envolve hoteleiros e receptivos, quanto prefeitos e secretários de municípios turísticos. Para a BTL, está em Lisboa atualmente uma comitiva de 29 pessoas.

Ciente de que a atividade turística tem um peso relevante para a economia do Rio Grande do Norte, o Governo da professora Fátima Bezerra tem o entendimento que esses valores são investimentos com retorno garantido, visto que somente a captação do voo Amsterdã/Natal tem como expectativa, em seis meses, movimentar cerca de R$ 56,6 milhões na economia local.

Opinião dos leitores

  1. muita ignorancia nesses comentarios.
    qual è maior industria de RN? vcs sabem?…..entao respondam
    outro assunto è quanto dineiro recebem esse pessoal com essas diarias fora do pais….que nao foi dito….mas que eu sei……..
    a questao è: evento deve ter mas o custo tambem deve estar nos padroes ( que no Braisil nuncam se respeitam porquè tem aquele velho habito……alguem vai pagar )

  2. Falta de respeito com o povo,pagamento atrasado pode , viajar viroybprioridade ? Arrume primeiro a vida deste povo trabalhador que depende dos salários em dia. E não adianta dizer que é atraso da gestão anterior, porque se elegeu sabendo o Ó que estava pegando. Falta de responsabilidade.

  3. BG até gosto do seu blog mas me parece que sua matéria sobre este caso é tendenciosa….uma das maiores fontes de renda do nosso estado é o turismo e este investimento é inclusive pequeno se comparado aos nossos concorrentes. Pergunte ao trade do RN se a Secretária Ana Maria Costa não tem todo apoio e reconhecimento.
    Sem investimentos e divulgação profissional não teremos retorno.

    1. cocordo: o problema como sempre è se faz pouco e principalemte MAL FEITO.
      e faz tanto pra fazer mas a qualidade deixa a desejar ….esse è o problema porque?
      porque se colocam amigos de amigos e de politico para recompensar o agradar alguem….e assim por diante.
      fosse um pessoal prefissional treinado e prepardo com estudos espcifico e EXPERIENCIA ESPECIFICA NO RAMO…ai sim a musica seria bem diferente
      nossas belezas natirais nao tem nada que invejar a nehum outro lugar…..e contudo tempos menor indice de turismo ….uma derrota

  4. Não tem dinheiro pra pagar os servidores da saúde, mas pode pagar viagem pra Europa só pra fazer "marketing turístico" ? HAHAHA

  5. Explicação sem nexo, quer dizer que mesmo em estado de crise, o estado agora vai torrar o restinho das merrecas na área de turismo. Dá licença seu moço.

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Jornalismo

Obsessão por game, abandono dos pais e bullying marcaram vida de atirador

No cômodo de paredes sem acabamento, o aparelho de televisão que domina o pequeno ambiente exibe os retratos de Guilherme Taucci Monteiro, 17, e de Luiz Henrique de Castro, 25, sobre uma tarja onde se lê: “Assassinos mataram oito em escola de Suzano”.

Diante da tela, Tatiana Taucci, 35, esfrega as mãos, agitada, antes de levá-las ao rosto. “Como é que pode meu filho ser chamado de assassino, meu Deus? Isso é chocante”, lamenta. Segundos depois, ela mesma conclui: “Mas do que é que vão chamar ele se matou toda essa gente na escola?”.

Guilherme e Luiz invadiram a Escola Estadual Professor Raul Brasil, onde estudaram, na manhã desta quarta-feira (13), e abriram fogo contra coordenadora pedagógica, inspetora e alunos, matando sete pessoas e ferindo outras onze.

No caminho até o colégio, Guilherme parou na loja do tio, Jorge Antônio Moraes, irmão de sua mãe, onde já havia trabalhado, e atirou contra ele. O tio morreu no hospital.

“Cheguei na escola gritando pelo meu filho, dizendo que tinham machucado ele. Quando me contaram o que tinha acontecido, meu mundo caiu”, diz.

“Perdi meu filho e meu irmão. Não dá nem pra acreditar… Minha vida acabou”, diz ela, sentada na cadeira em que, conta, Guilherme passava as madrugadas jogando no computador.

“Ele tinha internet, TV a cabo, tinha tudo. E o bobão faz isso?”, revolta-se. “Estou com muita raiva, de tudo.”
A família diz nunca ter desconfiado de que Guilherme pudesse ter algum tipo de comportamento violento. “Nosso relacionamento até que não era ruim. Mas a gente quase não conversava”, revela a mãe.

“A única coisa é que ele era pirado nesse bagulho de jogo de computador. Ele ficava paranoico e gritava para a tela: vou te matar, vou te matar!

Desempregada há dois anos e mãe de outras quatro crianças, duas das quais moram na mesma casa onde Guilherme vivia, Tatiana batalha contra uma dependência química de longa data, que a leva a passar boa parte do tempo nas ruas.

Fruto de um relacionamento breve entre Tatiana e Rogério Machado Monteiro, Guilherme foi criado pelos avós, Benedito Luiz Cardoso e Arlete Taucci, numa casa de tijolo aparente, entulhada de móveis e objetos, no bairro Jardim Imperador.

“O pai e a mãe não estavam muito aí pra ele, sabe?”, diz o avô, antes de ser repreendido pela filha. “Agora a culpa é minha? Culpa é sua, que criou ele”.

Com a morte da avó, quatro meses atrás, Guilherme passou a dar sinais de tristeza permanente. “Acho que ele ficou deprimido”, arrisca a tia.

O quarto de Guilherme fica nos fundos da casa, atravessando a lavanderia onde se acumulam roupas, jornais, latas, baldes, ripas de madeira, bicicletas de criança e uma gaiola com um pequeno pássaro.

Ao sair pela manhã para o atentado, Guilherme deixou no chão, ao lado do beliche onde dormia, uma foto queimada, que a mãe reconheceu como sendo sua com o pai do adolescente.

Do chão, a mãe recolhe uma sacola em que encontra mais de cinco caixas vazias de Bis de chocolate branco. “Ele tinha problemas de acne. Também, comendo chocolate desse jeito”, diz ela, como se falasse consigo mesma.

Segundo Tatiana, Guilherme abandonou a escola no ano passado, a um ano de concluir o ensino médio, porque dizia não aguentar mais ser “zoado por causa das espinhas do rosto”.

O avô pagou um tratamento para o neto, e sua pele “melhorou muito”. “Ontem mesmo, quando ele chegou da rua de noite, eu esquentei o jantar pra ele. Estava tudo bem”, lembra o avô, com a voz embargada. Guilherme comeu arroz, feijão e hambúrguer. “Ele adorava hambúrguer.”

Na mesma calçada da casa do adolescente, poucos metros depois, vivia Luiz Henrique, com os pais e irmãos. Eles moravam nos fundos da casa do avô, uma construção térrea de pintura alegre e jardim cuidado.

Luiz Henrique havia acabado de começar a trabalhar com o pai, que atua no ramo da jardinagem.
O avô, de 85 anos, teve de ser sedado quando soube que o neto havia protagonizado um massacre. “Ninguém consegue acreditar”, comentou um amigo da família, que preferiu não se identificar.

Guilherme e Luiz se conheceram na infância e, desde então, andavam sempre juntos.

“Eram meninos normais. Falavam bom dia, boa tarde, boa noite. Não usavam drogas”, conta o motorista Cássio Nogueira, 39, vizinho que os viu crescer. “Nunca percebi nenhum traço que indicasse que esse tipo de comportamento poderia ocorrer. Estamos todos ainda em choque.”

Os programas da dupla dos últimos tempos eram passeios pelo shopping e visitas regulares à LAN house do bairro, onde costumavam jogar video-games de tiros.

“Por aqui passam cerca de cem pessoas por dia, e quase todos jogam games de tiros. Se isso determinasse alguma coisa, todas essas pessoas seriam assassinas”, pondera Tatiane Motta, 27, que trabalhou até mês passado como atendente da LAN house frequentada pela dupla.

Ela conta que Guilherme e Luiz jogavam videogames no espaço ao menos três vezes por semana. Eram conhecidos por serem fechados, seletivos e xingarem muito e em voz alta durante as partidas.

Um dia, a atendente percebeu um pingente com a suástica nazista no pescoço de um deles. “Levei um susto”, diz. Os clientes passaram a ser vistos com cautela.

A mãe e o avô de Guilherme dizem nunca terem visto o menino ostentar esse tipo de símbolo.

A tia e vizinha Karina Mendes, 27, diz que está com medo de represálias. “A gente entra nas redes sociais e só vê gente xingando eles e dizendo que a culpa é da família, que temos todos de morrer também”, afirma. “Eu entendo a revolta das pessoas, mas não podemos pagar por aquilo que não fizemos. Estamos todos sofrendo, mas estamos com muito medo também.”

FOLHAPRESS

Opinião dos leitores

  1. A culpa é dos jogos eletrônicos, não é do Estado leniente, falta de fiscalização, família desestruturada, bullying e falta de propósito, é dos games. Acabem com os video games que Natal voltará ser aquela idílica província dos tempos de mão branca.

    Só que não.

    1. A culpa é de tudo isso, ou melhor do conjunto da obra, os games violentos, Estado leniente, famílias desestruturadas, bullying, falta de Deus, educação desvirtuada, falta de fiscalização tudo isso contribui para este tipo de tragédia, que está a cada dia mais comun em nosso País.

  2. Obsessão por games (violentos), abandono dos pais, bullying marcaram a vida do atirador, mais a culpa só recai sobre a arma. Arma que por sinal foi adquirida de forma clandestina.
    Só um imbecil por completo não enxerga que hoje as armas não são proibidas no Brasil, pois em 30 min se consegue comprar uma arma clandestina, enquanto no mercado formal e legal, não se consegue nem em 30 dias.
    A facilidade é tanta que um moleque de 17 anos,com limitações financeiras, sem vida pregressa envolvida em crimes, conseguiu comprar uma arma e um tanto de munição que quiz.
    No Brasil, só é proibido ter arma lícita!!!!!
    Com a palavra os hipocritas de plantão!!!

  3. Folhapress é muito fraquinha… induzir o leitor a pensar que a culpa é de um video game (desocupacao de lazer); em vez de analizar o ambiente familiar de desajuste (ausencia de familia estavel), desemprego (causada por uma crise desde 2010), da TV e um problema de saude mental (talvez depressao) é muita demagogia do jornal. A folha caiu muito de qualidade… por isso é tao criticada quando defendia o criminoso lula com argumentos fracos.

    1. O vídeo game tem sim uma parcela grande de culpa, com estes jogos violentos que banalizam a morte e estimulam serial killers.
      Jovens com uma estrutura emocional frágil, confundem o real com o virtual, e tendem a copiar seus" heróis" estes jogos.

  4. A família não tem q morrer. Mas deveria ter olhado para eles com mais cuidado. Todos dos sinais estavam claros. O ambiente descrito pela reportagem deixa bem claro q , pelo menos um deles não vivia em um lugar saudável para o psicológico. Lugares assim denotam um abandono do "eu" claramente e há que se investigar a questão do suástica TB, já que estava presente no massacre de columbine ocorrido já há algum tempo. As autoridades precisam descobrir quem, através da internet, manipula e recruta esses jovens para cometer essas atrocidades. Estamos todos muito chocados, esse caso não é isolado, vide o da igreja há pouco tempo atrás, e mais mortes irão acontecer se as autoridades de segurança não se antenarem pra essa rede de massacres. A resposta está na internet. Procurem pelo amor de Deus.

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Política

Para porta-voz da Presidência, ataque em escola não tem relação com flexibilização de posse de armas

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, afirmou nesta quarta-feira (13) que a morte de oito pessoas em uma escola no interior de São Paulo não tem relação com o decreto assinado por Jair Bolsonaro (PSL), que flexibiliza a posse de armas no Brasil.

“O evento em São Paulo não tem relação direta com os projetos propostos pelo nosso presidente no seu programa de governo e a partir da sua assunção do governo, capitaneados também pelo Ministério da Segurança”, disse Rêgo Barros ao ser consultado sobre se há relação entre a medida que facilitou a posse de armas e o ataque a uma escola em Suzano, no interior paulista, nesta quarta.

O porta-voz ainda foi questionado sobre se o governo pretende fazer alguma ação por meio do Ministério da Educação.

“Naturalmente nós estamos muito tocados pelo evento e nós estamos a imaginar onde nós podemos colaborar para que coisas semelhantes a essa jamais retornem a acontecer no nosso país. Mas no momento, o governo não tem como adiantar e sequer teve tempo de pensar sobre eventuais campanhas ou coisas semelhantes”, respondeu.

Um homem e um adolescente mataram ao menos oito pessoas e feriram outras dez em um ataque a tiros na escola estadual Professor Raul Brasil em Suzano, no estado de São Paulo, na manhã desta quarta. As vítimas são cinco alunos, duas funcionárias e o dono de uma locadora de carro próxima ao local. Os atiradores são ex-alunos da instituição e também morreram.

Após mais de seis horas de silêncio, Bolsonaro lamentou a morte de oito pessoas em mensagem nas redes sociais, na qual definiu a tragédia como monstruosidade e covardia e prestou condolências aos familiares das vítimas do ataque a tiros.

“Presto minhas condolências aos familiares das vítimas do desumano atendado ocorrido hoje na escola Professor Raul Brasil, em Suzano. Uma monstruosidade e covardia sem tamanho. Que Deus conforte o coração de todos”, escreveu.

A manifestação do presidente ocorreu depois de integrantes de sua equipe ministerial já terem se pronunciado. Mais cedo, o ministro da Secretaria-Geral, Floriano Peixoto, classificou o episódio como “tristíssimo”. E o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, desejou sentimentos às famílias das vítimas.

Folhapress

Opinião dos leitores

  1. Todos falando de liberação de armas esso e aquilo. Entretanto, não falam da omissão dos pais ou ate mesmo como era a vida em família.

  2. Esquerdopatas sem noção. A única arma de fogo apreendida foi um revólver com numeração raspada. Ilegal, portanto. As demais armas foram machado, besta, arco e flecha, coquetéis molotov… Lei alguma será capaz de evitar a ação de malucos. Nem me venham com esse papo furado de que a educação é a solução. O que precisa ser feito é dar condição de defesa ao cidadão de bem. Tragédias desse naipe só terminam quando seus autores são abatidos. Essa é a realidade.

  3. Não se trata de idiotice desses esquerdopatas. Claro que não. É a velha má fé, o antigo hábito dessa corja de "falsear" a verdade (perdoem o eufemismo), única maneira que eles encontram para divulgar suas asneiras por ai. Os dois malucos (crápulas, criminosos) foram pegos com um revólver com numeração apagada (ilegalíssimo, portanto), besta, arco e flecha, machado, coquetéis molotov… Ou seja, absolutamente nada a ver com o uso legal e autorizado de armas de fogo. Ao contrário, a presença de alguém legalmente armado teria minimizado a barbárie pois esse tipo de crime só costuma cessar com o abate de seus autores. É sempre assim. Bastaria alguém "do bem" armado por perto desses crápulas e a história seria diferente, com algumas vidas poupadas. É imprescindível proporcionar ao cidadão de bem a chance de defender a si e a sua família.

  4. Claro que não tem, pois essa "flexibilização" não mudou nada de fato em relação ao posse de armas, visto que só quem tem muita disponibilidade financeira pode adquirir e manter uma.
    Os mais pobres continuam adquirindo por meios clandestinos. Não mudou foi coisa nenhuma.

  5. Lógico que não tem nada a ver! Tem a ver com as ideias de Gandhi, Madre Teresa de Calcutá, de Buda, de Jesus…
    Todo capim e alfafa é pouco para a tal espécie bolsominion.

    1. E as inúmeras tragédias semelhantes ocorridas em anos anteriores, têm alguma relação com as ideias do Bolsonaro? A arma utilizada por um dos envolvidos era legalizada? Já foi comprovado que esse ataque era planejado pelos facínoras há pelo menos um ano e meio, ou seja, desde 2017, bem antes do Bolsonaro sequer ser candidado a Presidente. O resto é invencionice de quem não se conforma com a derrota eleitoral.

    2. A LEI do DESARMAMENTO IMPEDIU que esses assassinos tivesse armas?
      A LEI do DESARMAMENTO IMPEDIU que esses assassinos estivesses com armas a mais de 06 meses, inclusive anunciado a venda delas pela internet?
      A LEI do DESARMAMENTO IMPEDIU que esses os assassinos de MARIELLE tivesse armas estocadas?
      Se alguém na escola tivesse porte de arma e estivesse armado, quando o ataque covarde começou, não poderia ter atirado neles e defendido os desarmados, evitado tantos assassinatos?

    3. Gostaria de saber se nas últimas tragedias similares acontecidas no Brasil, em alguma foi utilizada pelo menos uma arma legalizada.
      Se mantiverem a coerência(coisa que não é o forte deles) esses hipocritas de plantão, vão pedir o fim do comércio de arco e flecha, machado, gasolina e porque não dá locação de veiculos, afinal um carro locado foi utilizado para cometer esta barbárie.

  6. Todo mundo sabe que tem relação. As armas estavam guardadas na casa desses bandidos tal como prevêem a lei aprovada pelo governo Fakenaro

    1. Arma ilegal, numeração raspada, arma de bandido e não de cidadão de bem, pense antes de falar besteiras.
      Armas não matam o que matam são pessoas.

    2. Jose, vc precisa de tratamento. Nao ha nenhuma relacao.. a nao ser com o desemprego causado pela matriz economica de Dilma/PT nos ultimos anos e que muitos desajustes familiares… e da politica desajustada social, que resultou em uma sociedade com muito problema de depressao (saude mental) e inuteis. A culpa nao é do bozo.. é do PT e sua corja de analfabetos que se acham intelectuais e desejam um Estado interventor. A arma é ilegal que os marginais adquiriram, a familia esta desajustada, pais de um usuarios de drogas, do outro desempregado, etc. Va estudar que vc ganha mais. E lula ta preso, viu? A arma nao substitui a segurançå publica, mas da direito a defesa pessoal.

  7. Esse ataque tem a ver com o liberalismo que o PT implantou durante o tempo que permaceu no poder,o povo pode tudo em nome da democracia ,na empresa onde trabalhamos tem regras, normas, porquê na sociedade não pode ter?

    1. Desculpe mas não entendi. As armas estão liberadas agora???? Se não estão, como ocorreu? Amigo, louco é louco, eles conseguiram as armas que queriam mesmo não podendo comprar, não tem nada a ver com liberação de armas, ocorre que hoje as armas estão somente com os bandidos e o cidadão de bem está desarmado e chupando o dedo

    2. Claro que não, vai dar o direito ao cidadão de bem se proteger é proteger sua família e patrimônio.

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Economia

Governo pode adiar proposta de desvinculação do Orçamento, diz Guedes

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O envio ao Congresso da proposta de descentraliza os recursos federais e desvincula todo o Orçamento da União pode ser adiada caso prejudique as discussões da reforma da Previdência, disse hoje (13) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em discurso de transmissão de cargo para o novo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, o ministro adiantou alguns pontos da proposta.

“Se o pacto federativo for atrapalhar a Previdência, a proposta pode ser retirada. Mas estamos falando de uma agenda positiva [a descentralização dos recursos]”, afirmou Guedes. Segundo ele, os problemas financeiros de diversos estados anteciparam as discussões em torno do assunto, mas ele defendeu a descentralização dos recursos como agenda positiva para o governo.

Segundo Guedes, o Orçamento federal seria totalmente desvinculado (sem recursos carimbados), desindexado (sem correções automáticas) e desobrigado (sem mínimos constitucionais). A destinação das verbas seria completamente determinada pelo Congresso Nacional. No entanto, a proposta da equipe econômica não prevê shutdown (paralisação de serviços públicos) em caso de falta de acordo político.

“Não teve acordo político? Então paga apenas o que gastou no ano anterior [repetindo em valores nominais o Orçamento anterior]. Não precisa nem shutdown como nos Estados Unidos”, disse o ministro para uma plateia de políticos, empresários e agentes do mercado financeiro.

Segundo Guedes, o principal problema do Brasil atualmente é o inchaço do setor público, não o setor privado. Ele defendeu o fim de privilégios para os servidores públicos. “Se o servidor público virar cidadão como qualquer outro, a [uma eventual] crise acaba em um ano”, disse. Ele acrescentou que o governo pode reduzir a folha de pagamento se deixar de repor os cerca de 50% de servidores previstos para se aposentarem nos próximos quatro anos e investir em tecnologia e digitalização para manter os serviços públicos.

Protagonismo

A desvinculação completa do Orçamento, avaliou Guedes, daria mais protagonismo à classe política. Segundo o ministro, o aumento da responsabilidade reduziria o envolvimento de políticos com a corrupção. “Os políticos reconhecem que têm que assumir o Orçamento. Somos maduros o suficiente para descarimbar o dinheiro”, ressaltou.

Em relação às críticas de que o fim dos mínimos constitucionais significaria menos gastos em saúde e educação, o ministro afirmou que a proposta pode ter um efeito contrário. Isso porque a descentralização dos recursos da União para estados e municípios traria mais dinheiro para os governos locais. “Quem quiser ficar com o dinheiro carimbado fica. Quem não quiser terá uma nova opção. Não vai reduzir os recursos para uma área, poderá se gastar até mesmo o triplo se essa for a decisão”, alegou.

O ministro ainda lançou a ideia de formação de um Conselho Fiscal da República para deliberar sobre o orçamento da União. “Gostaria que esse conselho fosse mais importante que o Conselho de Política Monetária (Copom)”, afirmou.

Dizendo-se confiante na democracia brasileira e na solidez das instituições, Guedes disse que o país está descobrindo uma nova forma de fazer política “A velha política morreu. Não sabemos qual é a nova. Não é um presidente ou um indivíduo que vai fazer. É um processo”, declarou. Para ele, o novo pacto federativo ajudaria nesse processo. “A função do deputado não é arrumar boquinha [no governo federal], é descer dinheiro para base”, acrescentou.

Em relação às conversas com a classe política, Guedes disse que nos primeiros meses de governo manteve conversas republicanas com parlamentares e governadores de diversos partidos, inclusive da oposição. “Vejo poderes independentes no Brasil e acredito que institucionalmente o país melhora”, opinou. “Um sinal dessa melhora é um presidente extraordinário do Banco Central ser substituído por outro também extraordinário.”

Estatais

Guedes disse que o secretário especial de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia, Salim Mattar, refez as contas e que a soma de todos os ativos e participações da União em empresas estatais está em R$ 1,25 trilhão. “Durante a campanha [eleitoral], muita gente botou em dúvida esse valor, mas o Salim confirmou que está parecido com nossas estimativas”, argumentou.

O ministro reiterou a promessa de fazer um programa gradual de redução de tributos posteriormente às reformas da Previdência e do pacto federativo. Segundo ele, a desoneração pretende criar oportunidades e reduzir as desigualdades. “Vamos reduzir alíquotas e horizontalizar as cobranças. Vamos abrir a economia, mas isso não será de forma linear, porque antes é preciso desonerar o setor produtivo e o empreendedor”, estimou.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Ministro muito preparado, essa medida seria a solução para estados e municípios.

    1. Acho que perdidos estão vocês, que torcem contra o Brasil. O governo está no caminho certíssimo e foi para isso que foi eleito. Tem que cumprir suas promessas de campanha e não se incomodar com gente como vc. O Brasil tem pressa para sair do atoleiro em que sucessivos governos de esquerda nos meteram.

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Judiciário

STF adia decisão sobre Justiça Eleitoral julgar crimes da Lava Jato

O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou para amanhã (14) a conclusão do julgamento sobre a competência da Justiça Eleitoral para conduzir inquéritos de políticos investigados na Operação Lava Jato. Até o momento, o placar do julgamento está em 2 votos a 1 a favor do envio das acusações para a Justiça Eleitoral quando envolverem simultaneamente caixa 2 de campanha e outros crimes comuns, como corrupção e lavagem de dinheiro. Faltam os votos de oito ministros.

A Corte começou a definir hoje se a competência para julgar crimes comuns conexos a crimes eleitorais é da Justiça Eleitoral ou Federal. Nas investigações da Lava Jato, a maioria dos políticos respondem pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e caixa 2 de campanha.

Até o momento, o relator do caso, ministro Marco Aurélio, e Alexandre de Moraes votaram a favor do envio de todas as acusações para a Justiça Eleitoral. Segundo os ministros, a competência da Justiça Eleitoral para julgar os crimes conexos está na jurisprudência da Corte há 30 anos. A punição prevista para crimes eleitorais é mais branda em relação aos crimes comuns.

Em seguida, Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato no STF, votou a favor do fatiamento das investigações. Segundo ele, a Justiça Eleitoral deve julgar somente casos envolvendo crime de caixa 2 de campanhas eleitorais. Os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, os mais praticados por políticos investigados na operação, devem ser processados pela Justiça Federal.

Representação contra procurador

Na semana passada, a força-tarefa da Lava Jato afirmou que o julgamento poderá ter efeito nas investigações e nos processos que estão em andamento nos desdobramentos da operação, que ocorrem em São Paulo e no Rio de Janeiro, além do Paraná. Para a Lava Jato, um eventual resultado negativo para o MPF poderá “acabar com as investigações”. Segundo o procurador Deltan Dallagnol, o julgamento afetará o futuro dos processos da operação.

As declarações provocaram irritação em integrantes da Corte. No início da sessão, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, criticou os procuradores e anunciou vai entrar com uma representação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e na corregedoria do Ministério Público Federal (MPF) contra o procurador Diogo Castor, um dos integrantes da equipe.

A medida foi tomada pelo ministro durante a sessão, após tomar conhecimento, por meio de um dos advogados que atuam no processo, de um artigo assinado pelo procurador e publicado em um site de notícias, no qual Castor questionou a competência desse ramo da Justiça para atuar em casos de corrupção. Segundo Castor, a Justiça Eleitoral, “historicamente, não condena ou manda ninguém para prisão”

Caso

A questão é decidida com base no inquérito que investiga o ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes e o deputado federal Pedro Paulo Carvalho Teixeira (DEM-RJ) pelo suposto recebimento de R$ 18 milhões da empreiteira Odebrecht para as campanhas eleitorais.

Segundo as investigações, Paes teria recebido R$ 15 milhões em doações ilegais no pleito de 2012. Em 2010, Pedro Paulo teria recebido R$ 3 milhões para campanha e mais R$ 300 mil na campanha à reeleição, em 2014.

Os ministros julgam um recurso protocolado pela defesa dos acusados contra decisão individual do ministro Marco Aurélio, que enviou as investigações para a Justiça do Rio. Os advogados sustentam que o caso deve permanecer na Corte, mesmo após a decisão que limitou o foro privilegiado para as infrações penais que ocorreram em razão da função e cometidas durante o mandato.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. "Justiça eleitoral" não passa de mera excrescência. Só mais uma "jabuticaba" – tão vistosa quanto custosa – do país de Macunaíma.

  2. Essa corja do STF tá arrumando um jeito de aliviar a barra dos politicos.
    Cambada sem vergonha.

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Polícia

Criminosos explodem dois carros-fortes e roubam dinheiro em rodovia do Seridó

Dois carros-fortes foram alvo de bandidos no fim da tarde desta quarta-feira (13) na rodovia estadual que liga os municípios de São João do Sabugi e Caicó, na região Seridó.

De acordo com as primeiras informações, os criminosos interceptaram dois carros-fortes na estrada, explodiram e levaram o dinheiro que estava no veículo. Um ônibus foi colocado na pista para dificultar o acesso da Polícia Militar ao local, mas ainda não se sabe se o feito foi antes ou após ocorrido. A PM informou que os agentes que conduziam o veículo não ficaram feridos e estão bem.

Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada para o local e a Polícia Militar da Paraíba está fazendo buscas na região.

Ainda não há informações sobre o valor roubado pelos bandidos.

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Polícia

O que as redes sociais dizem sobre um dos atiradores do ataque em Suzano

Um amante de armas, um apoiador de Jair Bolsonaro, um fã de Walking Dead. É assim como se mostra nas redes sociais Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, um dos dois atiradores da Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo. Antes do tiroteio, o adolescente, que se identificava como “Guilherme Alan” no Facebook, publicou 30 fotos em que veste as mesmas roupas usadas no atentado, inclusive a máscara de caveira. Também aparece nas imagens portando uma arma e mostrando o dedo do meio. O perfil foi retirado do ar na tarde desta quarta-feira 13.

“Um amor: Armas”, “Eu Amo Armas” e “Portal Armas de Fogo” são algumas das páginas com as quais o jovem mais interagia. Ele costumava curtir fotos de armas de fogo e facas, arsenais de armas e vídeos de atiradores. Há um mês, ingressou no grupo “Comércio e divulgação de facas artesanais #cutelaria em geral”. Com mais de 13 mil membros, o grupo é dedicado aos amantes das cutelaria, que discorrem sobre a fabricação de facas.

Outro traço constante em seu perfil é o apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Durante a campanha, Guilherme curtiu conteúdos como a mensagem “O meu candidato é apoiado pela polícia, o seu é procurado por ela”, que aparece junto a uma foto do presidente abraçado a policiais. Vários dos posts feitos na página oficial do presidente no Facebook também foram curtidos por ele. Em um, de 2018, Bolsonaro aparece comemorando o aumento da pena de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da SIlva. Em outra, aparece em uma foto com Ueli Maure, presidente da Suíça.

A admiração se estendia a outros membros da família. Além de postagens da página oficial de Eduardo Bolsonaro, o jovem também interagia com conteúdos como uma imagem em que o filho do presidente aparece segurando uma arma de alto calibre com a frase “Às vezes me pego pensando, por que o MST nunca invadiu minha propriedade?”. A postagem é da página Bolsonaro Opressor 2.0.

Sobre a vereadora Marielle Franco, assassinada no ano passado, Guilherme curtiu um post da página do delegado Roberto Monteiro que diz “trate bandidos como vítimas, e um dia a vítima será você”.

Além das cruzadas contra o feminismo e a favor do armamentismo, Guilherme se mostrava um jovem comum nas redes sociais. Com frequência, o adolescente comentava em publicações que falavam sobre a WWE, que produz programas de luta livre. Também curtia fotos sobre séries de televisão que assistia. Entre elas estavam Hannibal, protagonizada por Mads Mikkelsen, e principalmente o seriado Walking Dead, de quem Guilherme demonstrava ser bastante fã.

Não parava por aí: como qualquer adolescente, Guilherme também tinha seus gostos musicais. A banda canadense de rock Three Days Grace parecia ser sua predileta. O que mais aparecia em seu perfil, porém, eram os videogames. O jovem compartilhava imagens e curtia memes de games de tiro em primeira pessoa, como os da série Call of Duty e Ghost Recon.

Por outro lado, o jovem também dava indícios de que passava por problemas psicológicos. “Quando você faz uma piada sobre suicídio e todo mundo ri, mas na verdade é um relato sobre a sua vida”, diz uma postagem de 2018, da página Sadboys 1998, curtida por ele. Outra, da página “A Morte”, faz piada com pessoas que recusam convites para sair porque não têm autoestima para aparecer em público.

Época

Opinião dos leitores

  1. Não tem nada haver os lunáticos por armas, terem matado tantas pessoas inocentes, pq as pessoas são tão preocupados em atingir políticos e esquecem de olharem pra se, pra suas famílias, pra seus vizinhos, observem o comportamento dos jovens de hoje, qualquer um, pode fazer isso que aconteceu em São Paulo, vamos criticar menos e observar mais, tentar ajudar a esses jovens, eles estão precisando de ajuda psicológica, dar mais valor as pessoas, respeitarem mais, ouvirem mais os problemas que estamos vivendo atualmente em nosso país.
    As vezes convivemos com pessoas psicopatas e não sabemos!
    Reflitam mais, ajudem mais a quem está vivendo momentos tristes, garanto que vai ajudar muito mais!

  2. O problema do brasileiro é de natureza existencial e de complexo de identidade.
    O cara gosta de armas, vota em quem gosta de armas e quer matar bandidos, detesta os direitos humanos, odeia os trabalhadores e é contra os direitos das minorias, mas mesmo assim, não se assume como fascista, radical e preconceituoso. Quer ser conhecido como um cara normal e amigão da vizinhança. É brincadeira!

  3. O terrorista é fã de Eduardo Bolsonaro. Não me surpreendo, aliás defender essa famiglia virou rotina para os bandidos do país.

  4. Quantos BANDIDOS USAM ESSA MASCARA??? Admiram esse imbecil….sao favoraveis as armas ….sao homofobicos….um LOUCO DESVAIRADO QUE TEM SEGUIDORES…MEU DEUS…PRECISAM SE TRATAR

  5. A mensagem é subliminar mais uma vez.
    Dentro dessa ótica o Lula ladrão gerou a horda de assaltantes que hoje fazem do Brasil esse país de criminosos.

  6. Só uma dúvida: Se alguém for simpatizante de Lula, será que vai ser apaixonado pela corrupção e robaleira? Hipocrisia…

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