Jornalismo

Estudante baleado durante atentado em escola de Goiânia diz que perdoa atirador, mas ‘nada justifica’

Hyago, 13 anos, se recupara com a família após ser baleado durante atentado em escola de Goiânia Goiás (Foto: Giovanna Dourado/TV Anhanguera)

O estudante Hyago Marques, de 13 anos, baleado durante ataque em colégio, afirmou em entrevista à TV Anhanguera que perdoa seu colega autor dos disparos. No entanto, ele afirma que ainda está chateado pelos amigos que seguem internados e os que morreram no atentado. “Eu perdoo, mas acho que nada justifica a reação dele”, disse.

O adolescente recebeu alta do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) na manhã deste domingo (22). Já em casa, o garoto agradece por estar se recuperando bem e agora perto dos familiares.

“Saí do hospital doido para chegar em casa para ficar perto dos meus amigos, ficar perto dos meus pais, porque lá subia um de cada vez e não estava muito legal. Eu gosto muito de família reunida. Agora vai ter um churrasco e é isso que eu queria, ficar perto de todo mundo, conversar com todo mundo e falar que eu estou bem”, completou.

Hyago contou que quer voltar logo à rotina normal e espera que as colegas de sala que também foram baleadas se recuperem logo. “Eu penso em voltar para a escola, penso em ter meus amigos de volta, brincar como fazia antes e que eles melhorem logo para todo mundo ficar bem e confortar a família deles também”, afirmou

Pai do garoto, o microempresário Thiago Barbosa Gomes contou que está muito aliviado por ver o filho bem e se recuperando em casa.

“Hoje foi o melhor domingo das nossas vidas. Buscando ele no Hugo, saindo de lá perfeito, sem sequelas, andando, conversando. Para mim não tem alívio melhor. Anda estou muito chateado pelos outros que ainda estão no hospital, mas pedindo a Deus que saiam da mesma forma que meu filho saiu: andando, sorrindo e saúdável”, agradeceu.

Tiros

O crime aconteceu na manhã de sexta-feira (20) em uma sala de aula do 8º ano do Colégio Goyases, no Conjunto Riviera, em Goiânia. Além dos feridos, morreram João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, ambos de 13 anos. Eles foram enterrados neste sábado. O pai de João Pedro disse que perdoa o atirador.

O coronel da Polícia Militar Anésio Barbosa da Cruz informou que o autor dos disparos era alvo de chacotas de colegas. “Ele estaria sofrendo bullying, se revoltou contra isso, pegou a arma em casa e efetuou os disparos”, disse.

Um aluno de 15 anos, que estava na sala no momento do tiroteio, também contou que o adolescente era vítima de piadas maldosas.

  • Entenda o que é possível fazer para combater a prática do bullying

O menor está apreendido apreendido na Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai). A Justiça acatou pedido do MP e determinou a internação provisória dele por 45 dias.

Tenente-coronel Marcelo Granja, assessor de imprensa da Polícia Militar, revelou ao G1 a conversa que teve com o pai do autor dos disparos, que é major da corporação. Segundo ele, o policial – seu amigo há mais de 15 anos – ainda está profundamente abalado com o que aconteceu.

O assessor informou que tanto o major quando a esposa, que também é policial e dona da arma usada pelo adolescente, serão ouvidos pela Corregedoria da PM. A oitiva deve ocorrer na próxima semana, mas ainda não há data definida.

Feridos

Antes de ser liberado, o pai do garoto, Thiago Barbosa Gomes, fez um vídeo do filho em que o garoto dizia estar bem e se recuperando. Na gravação, o garoto afirma que pode até “jogar bola”.

Além dele, três estudantes do 8º ano também ficaram feridas. No Hugo, ainda estão internadas Isadora de Morais, 14, e Marcela Rocha Macedo, 13. No entanto, a assessoria de imprensa da unidade de saúde informou não irá mais divulgar informações sobre elas a pedido dos familiares.

G1 conseguiu contato, no sábado (21), com um parente de Isadora, que levou um tiro no tórax que perfurou o pulmão e já foi operada. A pessoa, que preferiu não se identificar, havia dito que ela segue com estado grave, mas “em melhora e estabilizando”.

Já Marcela, segundo o boletim divulgado às 10h de sábado, tem quadro regular e respira espontaneamente. Ela foi transferida para a UTI para melhor observação.

A única que não está internada no Hugo é Lara Fleury Borges, de 14 anos, que, até sábado, estava se recuperando em um apartamento do Hospital dos Acidentados. De acordo com a unidade de saúde, ela foi operada para reconstruir o osso do antebraço, onde foi baleada. O quadro dela é considerado bom.

G1

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Jornalismo

Ministro da Defesa descarta intervenção militar no Brasil

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, descartou neste sábado (21) a possibilidade de haver uma intervenção militar no Brasil por conta da crise política no país.

O ministro participou neste sábado de uma cerimônia que marcou o fim da operação do Brasil na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) e conversou com jornalistas sobre os rumores da participação militar no contexto político do país alimentados por alguns setores da sociedade.

“Existe paz e tranquilidade dentro dos quartéis e nas Forças Armadas. Resumo o que as Forças Armadas entendem para o momento da seguinte maneira: dentro da Constituição, tudo, fora da Constituição, absolutamente nada”, afirmou o ministro, descartando a possibilidade de uma intervenção militar no Brasil.

“Para que intervenção militar? Para resolver o problema da Previdência? Para resolver o problema democrático, que está resolvido? Para resolver o problema da inflação, que está sendo resolvido? Para resolver o problema do desemprego, que está caindo? Para que intervenção militar, se o Brasil está sendo passado a limpo? Temos a Lava Jato, que está punindo aqueles que são responsáveis pela corrupção”, acrescentou.

Jungmann declarou ainda que o Brasil vive um momento bom em que os corruptos estão sendo punidos, e que a situação atual do país é de democracia.

Jornal do Brasil

Opinião dos leitores

  1. Quase 200 milhões em corrupção dentro dos quarteis. Vão colocar a raposa pra tomar conta do galinheiro novamente? A última intervenção "provisória" durou 21 anos a acabamos assim.

  2. Pobre ministro, achando que tem conhecimento de causa e autorização pra falar em nome das Forças Armadas. Nem sabe que não participa das principais reuniões fechadas, onde são de fato discutido, as reais intenções e possibilidades de uma intervenção militar!

  3. Pessoal, a intervenção militar seria provisória, só pra arrumar a casa, prender os corruptos (maioria) . Depois o governo voltaria às mãos dos civis; mas, apenas civis fichas limpas!

  4. Embora não seja adepto de uma intervenção militar, o que vejo é que as forças armadas, hoje, não tem um comando para tentar tal aventura, pois para eles, seria realmente, uma aventura. Para ser sincero, o Brasil hoje, é um país sem comando, administrado por políticos, em sua enorme maioria, corruptos. O que se vê, no executivo, legislativo e judiciário, é uma verdadeira lástima. Algo que se pode intitular de corja.

  5. Por acaso se os militares resolverem fazer uma intervenção vão pedir licença ao Ministro? É o primeiro a ser retirado. Ele não tem preparo para tropa, é apenas uma personagem política em um cargo, imagine falar em nome das forças armadas.
    O ministro não passa de figura política em um mundo que ele não conhece.

  6. Será que está boa a segurança pública? as nossas fronteiras estão guarnecidas? O crime organizado é quem manda neste país sem governo. Governo Militar agora.

  7. "Os corruptos estão sendo punidos"… Só o que vi essa semana foi impunidade. Acho que estancaram a sangria já.

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Política

Conselho de Ética do Senado deve decidir futuro de Aécio Neves em novembro

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Passada a vitória no plenário do Senado, as próximas movimentações de Aécio Neves (PSDB-MG) agora devem girar em torno de uma vitória também no Conselho de Ética. A expectativa é que a Advocacia-Geral do Senado envie nesta semana ao presidente do Conselho de Ética da Casa, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), um parecer sobre a segunda denúncia apresentada pelo PT, que pede a cassação do mandato do senador tucano.

A dúvida, para João Alberto, é se, após o Conselho ter arquivado uma representação por quebra de decoro de autoria da Rede contra Aécio Neves, um outro partido poderia apresentar uma nova representação com o mesmo objetivo. A tendência é que a Advogacia do Senado entenda que não há fatos novos nessa segunda denúncia e recomende o arquivamento do caso.

“Parece evidente que estamos diante de um caso de quebra de decoro parlamentar. O Conselho de Ética é o foro competente para julgar isso. Há fatos novos, um segundo pedido de afastamento, que diferenciam da análise de nossa representação daquela anterior que foi arquivada. O senador Aécio terá todo direito de apresentar sua defesa, de modo que o Conselho defina o que fazer”, disse o líder da minoria no Senado, Humberto Costa (PT-PE).

“O Senado tem de se posicionar sobre isso, independentemente dos processos que correm na Justiça contra o representado. Todos os prazos já estão esgotados e esperamos que o presidente do Conselho de Ética se posicione nos próximos dias”, completou Costa.

Em julho, o presidente do Conselho de Ética decidiu não aceitar o pedido feito pela Rede. Após recurso, o caso foi a votação no colegiado, que confirmou o arquivamento com 11 votos favoráveis e quatro contrários.

O pedido de parecer ao jurídico do Senado é visto pelos autores da denúncia como uma manobra do presidente do Conselho de Ética, já que, regimentalmente, não há previsão para que a Advocacia-Geral do Senado se manifeste sobre os processos do colegiado, a quem cabe exclusivamente a decisão de acatar ou não a representação.

“A petição do PT em desfavor do senador Aécio Neves (PSDB-MG) segue o trâmite de praxe no Conselho e encontra-se na Advocacia-Geral do Senado para análise e parecer.

Com o parecer, o senador João Alberto Souza terá cinco dias para “admitir ou não a representação”, informou nota da assessoria do presidente do Conselho de Ética. Diante disso, o desfecho dessa segunda denúncia deve mesmo ficar para novembro.

 

 

Jornal do Brasil

Opinião dos leitores

  1. O PCC deve ter um conselho de ética, com certeza deve ser mais sério do que o da quadrilha do senado.

  2. CONSELHO DE ÉTICA NAQUELA CAS PODRE? O pseudo CONSELHO É COMPOSTO NA SUA GRANDE MAIORIA POR CORRUPTOS DO QUILATE DE AÉCIO E ENVOLVIDOS EM DENÚNCIAS NO STF. Portante não haverá julgamento naquele mar de lama, apenas reunião para salvar o BANDIDO MOR .

  3. Alguém por acaso tem dúvida sobre o resultado? Se tiver, por favor, vá tirando o cavalo da chuva. Ele escapa e será eleito em 2018. A nossa memória é muito curta.

  4. Se a maioria dos membros do conselho pertencerem ao PMDB,PSDB E DEM esse Aecio pode dormir tranquilo.

  5. O pau que dá em Chico, bate também em Francisco, portanto, se com a medida que estão medindo um ,medirem TB o outro, vai sobrar muito pouco, principalmente dos acusadores, que em outrora eram governo, sou decepcionado com o nosso congresso, porém respeito a todos e exijo que a quem for de direito, que apurem e punam os culpados.

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Educação

Escolas têm até novembro para avaliar alunos para programa Mais Educação

Brasília No quadro-negro da sala de aula da professora Elieth Portilho estão fotos de pássaros e frutas do Cerrado. As cartilhas falam de temas rurais e práticas do campo e foram elaboradas pela professora e os

O Ministério da Educação (MEC) prorrogou o prazo para que as escolas façam a avaliação dos estudantes inscritos no Novo Mais Educação e lancem os resultados no sistema de monitoramento do programa. O prazo, que terminaria na semana passada, vai até 17 de novembro. No total, são cerca de 4 milhões de alunos participantes, em 38 mil escolas de todo o país.

Segundo o MEC, a avaliação é importante para ajustar o programa e para que os professores possam ter um parâmetro de onde os alunos estão na aprendizagem e também para avaliar o resultado de suas práticas pedagógicas em sala de aula.

O Programa Novo Mais Educação é uma estratégia do MEC para melhorar a aprendizagem em língua portuguesa e matemática no ensino fundamental, com a ampliação da jornada escolar de crianças e adolescentes. A prioridade é para alunos que tenham mais dificuldades de aprendizagem e escolas com baixos indicadores educacionais.

Estsa é a segunda avaliação realizada pelo programa. A primeira, que ocorreu entre abril e julho deste ano, teve o cadastro de 35 mil escolas. Os estudantes fizeram avaliações de língua portuguesa e matemática extraídas do próprio sistema.

 

Agência Brasil

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Política

Relatório final da Operação Acrônimo indicia oito pessoas e tem caixa dois de Pimentel

Jorge WilliamA PF botou um ponto final no inquérito policial da Operação Acrônimo. O relatório, de 59 páginas, assinado pela delegada Denisse Ribeiro, indicia oito pessoas.

Entre elas, o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho, a mulher do governador Fernando Pimentel, Carolina Oliveira, o consultor de crises Mario Rosa e o ex-diretor do Casino (dona do Pão de Açúcar) Ulisses Kameyama.

De acordo com o relatório, Luciano Coutinho auxiliou Pimentel em um pleito que o então ministro da Indústria e Comércio teria feito para prejudicar Abilio Diniz. Na ocasião, Abilio vivia em plena guerra societária com o Casino.

Já Pimentel se safou. Não foi indiciado — ao menos por enquanto. Apesar disso, um trecho do relatório é bastante peremptório:

“Tal organização criminosa é coordenada e integrada por Fernando Pimentel que, em razão de seu cargo facilitou a atuação de outros integrantes do grupo criminoso, ora usando sua influência política junto ao Ministério da Indústria e Comércio para favorecer e atender aos interesses do grupo, ora atuando por intermédio de outros agentes públicos”.

A delegada afirma que “o grupo criminoso” atuou “na doação para o caixa 2 da campanha eleitoral” de Pimentel ao governo de Minas Gerais. Mais: diz que Pimentel recebeu “vantagens indevidas”.

O relatório já foi enviado ao ministro Herman Benjamin, do STJ. Em breve, será encaminhado à PGR. Se a Procuradoria resolver, por exemplo, que Fernando Pimentel deve ser indiciado — e ela tem esse poder — o caso permanece no STJ. Se continuar como está, irá para as mãos do juiz Walisney de Souza, da Justiça Federal de Brasília.

O Globo

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Educação

Enem 2017: esquema para análise das redações terá 9 mil corretores

 (Foto: Arquivo/Marcelo Brandt/G1)

Uma enorme operação logística foi montada pelo governo federal para garantir que não haja sobressaltos entre 5 de novembro, quando os 6,1 milhões de candidatos da edição 2017 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) fizerem a prova de redação, e 19 de janeiro de 2018, quando está programada a divulgação das notas do exame.

Isso porque cada redação terá que ser corrigida por pelo menos duas pessoas – três, caso haja discreprância entre as duas primeiras notas, e mais uma banca presencial com outros três professores, se a discrepância das notas persistir.

Neste ano, a tarefa de correção compete a um consórcio com três empresas: Cesgranrio, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Fundação Vunesp.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que na quinta-feira (19) realizou uma simulação de segurança para testar a logística do processo, explicou o passo a passo de como cada prova de redação vai sair das mãos dos candidatos, chegar até as mãos dos corretores, voltar corrigida ao Inep e depois ser divulgada ao público, tudo isso em um período previsto de 75 dias:

1- Coleta, transporte e entrega das provas

Número de pessoas envolvidas: 19 mil funcionários dos Correios

Como funciona: Depois do fim das provas, os fiscais e coordenadores dos locais de provas guardam o cartão de resposta e a folha de redação de cada candidato de volta aos malotes, e os Correios se encarregam de fazer o transporte até o Rio de Janeiro. É a primeira fase do que o Inep chama de “operação reversa”, ou seja, o caminho de volta das provas preenchidas pelos candidatos até o governo federal.

2- Separação e digitalização das provas

Número de pessoas envolvidas: 700 funcionários do consórcio

Como funciona: No Rio de Janeiro, os malotes serão entregues para o consórcio. Segundo o Inep informou ao G1, a entrega ocorrerá em dois galpões, um da Cesgranrio e um da FGV. A partir daí, a segunda etapa é a separação e digitalização das provas. Para isso, a Cesgranrio vai contar com 500 funcionários, e a FGV, 200.

A digitalização das provas objetivas é feita com um “sistema de reconhecimento”, que, segundo o Inep, extrai os dados das respostas das questões de múltipla escolha. Uma base de dados com as respostas dos candidatos é criada a partir desta extração e, depois, a correção é feita aplicando a metodologia da Teoria da Resposta ao Item. O Inep afirma que esse processo é feito duas vezes, uma pela Cesgranrio e outra pela própria autarquia do MEC, para conferência das respostas.

Já a digitalização das folhas de redação inclui um procedimento no qual cada prova é “descaracterizada”, para que o corretor não consiga identificar a autoria do texto.

3- Correção das provas de redação

Número de pessoas envolvidas: 9 mil corretores coordenados pela Vunesp

Como funciona: Depois de digitalizar as provas de redação, a Cesgranrio e a FGV enviam as cópias digitais de cada prova à Fundação Vunesp, sediada em São Paulo, que tem a responsabilidade de realizar a correção. Para isso, 9 mil corretores serão mobilizados.

Cada prova será avaliada por, pelo menos, dois avaliadores, de forma independente, sem que um conheça a nota atribuída pelo outro. Esses dois professores avaliam o desempenho do participante de acordo com as cinco competências. Cada avaliador atribuirá uma nota entre 0 e 200 pontos para cada uma das cinco competências, e a soma desses pontos comporá a nota total de cada avaliador, que pode chegar a 1.000 pontos. A nota final do participante será a média aritmética das notas totais atribuídas pelos dois avaliadores.

Caso a nota final de cada avaliador tenha discrepância de mais de 100 pontos, ou caso a nota de cada avaliador em uma das competências tenha discrepância de mais de 80 pontos, a redação passará por um terceiro avaliador. Se a discrepância persistir, uma banca presencial com três professores avaliará a redação mais uma vez, para definir a nota final do candidato.

4- Processamento dos resultados

Depois de corrigidas, o consórcio devolve as notas das duas provas (objetivas e de redação) ao Inep, que fica incumbido de processar os resultados e gerar o Boletim de Desempenho. De acordo com o governo federal, a divulgação do boletim deve acontecer em 19 de janeiro de 2018.

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Diversos

Mega-Sena acumula e pode pagar R$ 16 milhões na próxima quarta

Ninguém acertou as 6 dezenas do concurso 1.980 da Mega-Sena que foi sorteado neste sábado (21) no município de Assis Chateaubriand (PR). A estimativa de prêmio para o próximo concurso é de R$ 16.000.000.

Veja as dezenas sorteadas: 12 – 16 – 17 – 18 – 34 – 37.

A quina teve 77 apostas ganhadoras, com o valor de R$ 22.167,05 para cada um. A quadra teve 4.689 apostas ganhadoras, com o valor de R$ 520,02 para cada um.

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Acidente

FOTO: Ônibus da banda Grafith sai da pista em Santa Maria, na BR-304

Ônibus da Banda Grafith saiu da pista na manhã deste domingo, 22, no município de Santa Maria, na BR-304. A barra do volante teria quebrado durante a viagem e o motorista perdeu o controle. Ninguém ficou ferido.

Opinião dos leitores

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Política

Eventual candidatura de Luciano Huck ao Planalto sai do anedotário

Uma eventual candidatura de Luciano Huck ao Planalto saiu do anedotário. Na última semana, o apresentador tornou-se assunto central em conversas de grandes investidores e analistas do mercado. Ele é visto como a alternativa mais palatável entre os outsiders. Representaria o pensamento liberal para a economia, sem conservadorismo nos costumes. No mundo político, movimento semelhante. Pesquisas que chegaram a ele e a partidos indicam forte potencial de voto no Nordeste.

O apresentador tem feito uma série de reuniões reservadas com alguns dos mais influentes empresários e economistas do país. Sempre ouve mais do que fala. Não evidencia intenção de ser candidato, mas diz que quer conhecer projetos para o país. Armínio Fraga faz às vezes de cicerone.

Huck costuma contar experiências em tom motivacional. Tem dito que a vida é dividida em fases e que chegou o momento de ele “retribuir” o que recebeu do país.
Cartas na mesa Ele também pede análises sobre nomes que estão cotados ao Planalto, como o governador Geraldo Alckmin e o prefeito de SP, João Doria, do PSDB.

O apresentador conversou com publicitários. Ouviu que tem apelo entre os mais pobres e que não precisaria antecipar a campanha. Por ser extremamente conhecido, teria condições de se apresentar para o jogo às vésperas da partida.

O assédio do PIB a Huck virou motivo de gracejo entre analistas do mercado financeiro. Os empresários que estimulam sua candidatura têm sido chamados de “viúvas de Doria”.

 

Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

  1. Melhor do que qualquer lixo de carreira que vive da politica.. Lula passou os ultimos 30 anos entre sindicato e politica… nunca produziu nada e nem sabe o que é trabalho. Nao deixa de ser um artista da mentira.. esse huck pelo menos alem de artista é empresario, filantropo.

  2. Kkkkk, tão inventando tudo pra Bolsonaro não ganhar, isso não vai acontecer!!! Esse país precisa de um homem DIREITO !!!! Bolsonaro presidente!!

  3. É preciso, que haja mais, bagagem no futuro gestor do nosso país, não substmo Luciano Huck, porém temos um dos maiores apresentadores da atualidade, por ser excelente no que faz, o mundo político é bem diferente, há muito jogo de interesse, é necessário muita habilidade política, jogo desleal, pois muitas vezes é necessário ceder aos interesses de uma minoria, sacrificando há muitos sem voz e sem vez.

  4. Os partidos e os candidatos apostam muito alto na irracionalidade dos eleitores brasileiros e não tem perdido nenhuma

    1. O povo tá desesperado por qqr coisa q seja diferente do que a está lá agora. E não os culpo pois no cenário atual eh vem complicado de ver algo acontecer, estando qm está o poder. A quadrilha mais do q nunca se instituiu e demais partidos já não tem força pra barra-los ou fazer campanha contra. E assim.todoa dá o vendidos.

  5. Huck forte no Nordeste já está incomodando a jararaca. Ele já está falando M… por aí, disse que o congresso vai ser o seu Caldeirão, e que Ana Maria Braga deveria se candidatar a presidente e o Louro a vice. O Luiz tá pirando devez.

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Política

Lìder catalão rejeita decisão da Espanha e convoca Parlamento

O presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, disse neste sábado (21) que convocará o Parlamento para “debater e decidir” uma resposta às medidas anunciadas pelo primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, contra o processo de independência.

Durante pronunciamento público horas depois do premier informar que iria destituir o líder separatista e todo o seu gabinete e convocaria eleições regionais em até seis meses, Puigdemont afirmou que a reunião também servirá para “defender as instituições” catalães.

O governante disse que convocará o Parlamento para que à tentativa de “liquidar” a autonomia catalã e para combater o que considera uma tentativa do Executivo da Espanha de governar a Catalunha.

“Peço ao parlamento que se encontre em uma sessão plenária durante a qual nós, os representantes da soberania dos cidadãos, poderemos decidir sobre essa tentativa de liquidar nosso governo, nossa democracia e, em consequência, nossas ações”, declarou.

“Não podemos aceitar este ataque”, declarou o líder separatista, ressaltando que Madri que “humilhar” a Catalunha. Para Puidgemont, o governo espanhol “se situa fora do Estado de direito”.

O líder ainda acrescentou que, com todas estas iniciativas, “o governo espanhol, com o apoio do Partido Socialista e do Ciudadanos, lançou o pior ataque às instituições e ao povo da Catalunha desde os decretos do ditador militar Francisco Franco, abolindo a Generalitat”.

Antes do seu discurso, Puidgemont participou de uma grande manifestação no centro de Barcelona contra as medidas decididas pelo governo espanhol. Mais de 450 mil pessoas foram às ruas e entoaram gritos de “independência” no protesto organizado com o lema “Em defesa dos direitos e das liberdades”.

 

(ANSA)

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Política

Caixa 2 ronda partidos mesmo com fundo público

A criação de um fundo público bilionário para o financiamento das eleições de 2018 não deve acabar com uma prática antiga no País: o chamado caixa 2, uso de recursos não declarados durante a campanha. Essa é a avaliação feita por dirigentes e líderes partidários das 12 maiores legendas nacionais.

O jornal ‘O Estado de S. Paulo’ ouviu políticos do PMDB, PT, PSDB, PSD, PP, DEM PR, PTB, Podemos, PRB, PDT e PSB e, praticamente por unanimidade, todos admitiram que o caixa 2 continuará existindo.

Na esteira das revelações da Operação Lava Jato, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu proibir a doação empresarial a candidatos em 2015. Diante da necessidade de financiar as campanhas e da constatação de que a arrecadação por pessoa física ainda não emplacou no País, o Congresso articulou a aprovação de um fundo eleitoral que pode chegar a R$ 2 bilhões.

A avaliação, no entanto, é de que o dinheiro não será suficiente para cobrir gastos de campanha, especialmente de grandes partidos, que costumam lançar candidato à Presidência e a governos estaduais. Pelos valores declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a eleição de 2014 custou R$ 5,1 bilhões.

“Vai existir caixa 2? Vai. Mas está todo mundo com medo, com o tanto de empresário preso. Quem tem um pouquinho de juízo vai pensar duas vezes”, afirmou o presidente do PDT, Carlos Lupi.

Por outro lado, há a leitura de que a decisão do Congresso de aprovar um teto de gastos para as campanhas deve servir como um termômetro e facilitar a fiscalização do TSE. “Não podemos ter uma visão ‘Poliana’ de que o fundo vai acabar com o caixa 2, mas esperamos maior agilidade e punição da Justiça Eleitoral”, disse o deputado Danilo Forte (PSB-CE).

Para o presidente do PSB, Carlos Siqueira, com as novas regras, será mais fácil perceber os excessos de quem estará infringindo a lei. “Quem quiser fazer caixa 2, que faça, e vá parar onde estão os que faltaram com a ética antes”, afirmou.

Barateamento. O discurso entre a classe política é de que o cenário atual também terá de refletir em um barateamento das campanhas, que costumam alcançar cifras milionárias. “Os partidos vão ter de se adequar, reduzir os gastos de campanha”, afirmou a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR). Em 2014, a campanha de Dilma Rousseff custou R$ 318 milhões – a mais cara desde a redemocratização, em 1985.

“Com fundo ou sem fundo, tem de haver o barateamento das campanhas. O grande problema é o alto custo das eleições”, disse o líder do PMDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP). O vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), argumenta ainda que a doação da pessoa física terá de ser estimulada. “Os candidatos vão ter de aprender a arrecadar pela internet”, disse.

Há, no entanto, quem afirme que os recursos do novo fundo serão suficientes. Essa é a avaliação de siglas de porte médio, que focam as eleições gerais na disputa por vagas no Congresso. “O fundo vai ser totalmente suficiente. Quem economizou no Fundo Partidário ainda poderá contar com esse dinheiro para bancar as campanhas”, disse o líder do PR na Câmara, deputado José Rocha (BA).

Segundo o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, o dinheiro do fundo a que o partido terá direito, cerca de R$ 70 milhões, é quase o dobro do usado para eleger a bancada de 25 deputados do partido em 2014.

Mesmo assim, já começa uma discussão no Congresso para que os recursos do novo fundo sejam ampliados na Comissão Mista de Orçamento (CMO). A deputada Renata Abreu (SP), presidente do Podemos, disse que está estudando se o fundo poderá ser abastecido por outras fontes. “Lá na comissão, enquanto eu for presidente, não cederei a nenhuma pressão”, disse o senador Dário Berger (PMDB-SC). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Judiciário

Troca de ministros deixa TSE com perfil mais rígido

Em 2018, os brasileiros elegerão presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e distritais. No mesmo ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tem a função de organizar as votações e de punir excessos de campanhas, sofrerá uma mudança brusca de perfil. Quatro das sete cadeiras do tribunal terão seus ocupantes substituídos. Advogados que atuam para partidos vislumbram que a dança das cadeiras deixará o tribunal mais rígido, com maior disposição para aplicar penas duras a candidatos que eventualmente descumprirem as regras.

— Pode ser que a gente tenha um TSE mais rigoroso no ano que vem, estamos atentos a isso — disse um advogado que costuma atuar na Corte.

— Historicamente, temos verificado que a Justiça Eleitoral tem sido naturalmente mais rígida a cada eleição. A minha expectativa, independentemente da formação do tribunal, é que isso vá acontecer mesmo — concordou o advogado Flávio Henrique Costa Pereira, que também é especialista em direito eleitoral.

A atual composição do TSE absolveu a chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer, mesmo admitindo a existência de fartos indícios de que os candidatos cometeram crimes na campanha de 2014. Na ocasião, a Corte lançou mão de argumentos técnicos para tomar a decisão. Por quatro votos a três, os ministros declararam que as provas mais contundentes não poderiam ser levadas em conta porque foram inseridas no processo fora do prazo.

Maior defensor da absolvição ao longo do julgamento, o atual presidente da TSE, Gilmar Mendes, disse que cassação deve ocorrer apenas em “situações inequívocas”. O ministro alertou que o processo era especial, porque se tratava de mandato presidencial. Por isso, não poderia ser tratado como outras causas que chegam à Justiça.

O mandato de Gilmar termina em fevereiro. Ele será substituído na presidência por Luiz Fux, o atual vice-presidente. Fux disse ao GLOBO em agosto que pretende montar uma estrutura no TSE para fazer auditorias e perícias enquanto os candidatos prestarem contas parciais das campanhas do ano que vem. Ele também anunciou que buscará a cooperação de outros órgãos do poder público, como a Receita Federal.

Os outros dois integrantes do TSE em cadeiras reservadas para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) serão Rosa Weber, que continua, e Luís Roberto Barroso, que tomará posse no tribunal em fevereiro, substituindo Gilmar. No STF, o trio já é visto como linha dura, pelo menos em temas criminais. Recentemente, eles votaram pelo afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato e pela imposição do recolhimento noturno.

Fux e Barroso votaram, no ano passado, pela possibilidade de que réus condenados por tribunais de segunda instância sejam presos, sem a possibilidade de recorrer em liberdade. Rosa votou para que os réus recorram em liberdade, mas, recentemente, anunciou que pensa em mudar de posição em eventual novo julgamento.

Fux presidirá o TSE até agosto e planejará a maior parte das eleições. Rosa assumirá o cargo já na reta final das campanhas, que terminam com as eleições de outubro. Em agosto, com a saída de Fux, Edson Fachin, que também é do STF, vai para o TSE. Como relator da Lava-Jato, Fachin tem assumido posições rígidas em relação aos investigados. Recentemente, mandou prender os delatores da JBS, os executivos Joesley e Wesley Batista e Ricardo Saud, depois que a Procuradoria-Geral da República rescindiu o acordo delação.

FUTURO MINISTRO: CORRUPÇÃO É “PUNHALADA PELAS COSTAS”

As duas cadeiras do TSE reservadas a ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) também terão outros ocupantes. Herman Benjamin sai em outubro de 2017 e será substituído por Jorge Mussi. Napoleão Nunes Maia sai em agosto de 2018 para dar lugar a Og Fernandes. Mussi costuma tomar decisões duras em direito penal, sem ignorar o viés político de suas posições.

Em 2015, no julgamento de um pedido de habeas corpus do empreiteiro Marcelo Odebrecht, Mussi não somente votou contra o benefício, como fez um desabafo contra a corrupção.

— Os brasileiros não aguentam mais ser apunhalados pelas costas de maneira sórdida. Já chega, basta! — protestou.

Os dois ocupantes das cadeiras do TSE reservadas para advogados, Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira, continuarão nos cargos. Os dois concordaram com Gilmar no julgamento da chapa Dilma-Temer e votaram pela absolvição. O quarto voto a favor dos candidatos foi de Napoleão. Por outro lado, o voto mais contundente pela condenação foi do relator do processo, Herman Benjamin. A expectativa dos advogados da área é que Mussi siga o legado do antecessor.

QUEM SAI: Gilmar Mendes (fevereiro de 2018); Luiz Fux (agosto de 2018); Herman Benjamin (outubro 2017) e Napoleão Nunes Maia (agosto de 2018)

QUEM ENTRA: Luiz Roberto Barroso (no lugar de Gilmar); Edson Fachin (Fux); Jorge Mussi (Herman Benjamin) e Og Fernandes (Napoleão)

O Globo

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Polícia

RN chega a marca de 2.000 assassinatos em menos de um ano

O RN atingiu a incrível e assombrosa marca de 2000 assassinatos no ano. Nunca se matou tanto na história do estado. O total de assassinatos é 25,8% maior que a quantidade registrada no mesmo período do ano passado, uma média assustadora de 6,80 mortes por dia.

A capital Natal, com 524 mortes, é a cidade potiguar mais violenta.

Cerca de 78% dos assassinatos estão relacionados com o tráfico de drogas, de acordo com Sheila Freitas, secretária de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed).

Se faz necessário políticas públicas eficazes de enfrentamento à criminalidade e também de transformação social.
Veja gráfico abaixo do Observatório da Violência Letal Intencional, juntamente com a UFERSA, através do professor Thaddeu Brandão.

Opinião dos leitores

  1. Enquanto no período do governo militar, que chamam de ditadura, morreu em média 400 pessoas que pertenciam a organização comunistas, enquanto nessa falsa democracia , só no Rio Grande do Norte , já chega a quase 2.000 , mortes por causa do crime organizado . Esta sim ! É uma verdadeira ditadura disfarçada, que aprisiona , e causa o pânico nas pessoas trabalhadores de bem .

  2. Os vagabundos piram. 78 % possuem ligação com o tráfico de drogas.
    E ainda tem maconheiro que é doido pra que as drogas sejam descriminalizadas…kkkkk

  3. 78% relacionado com tráfico. Isso vindo da SESED, pois não interessa ao instituto adentrar nas estatísticas.

  4. Os políticos adoram esses números, a campanha vem aí, será que vão eleger os mesmo Ladrões e Corruptos.

  5. Fiz as contas. Se mantida a mesma taxa ao até dezembro, Natal chega a 73,44 homicídios
    por 100 mil habitantes. Nos coloca em sexto lugar no ranking MUNDIAL de homicídios.

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Judiciário

Suposição de que Dodge veio para salvar Temer ganha nova estatura

A estreia da procuradora-geral da República em expor sua orientação pessoal, e não mais como rescaldos do antecessor Rodrigo Janot, não resultou favorável a ela nem a nós.

A menos que Raquel Dodge apresente comprovação, ao menos indícios aceitáveis, da novidade que disse, a suposição de que vem para salvar Michel Temer ganha nova estatura. Não pode mais ser vista como precipitada ou interessada.

A meio dos motivos contrários à liberação de Geddel Vieira Lima, preso em Brasília, Dodge aponta-o como líder da organização criminosa hoje central no noticiário. A forma verbal “parece” atuar como chefe não altera o ineditismo da qualificação. Nem diminui os efeitos benéficos dessa novidade para Temer: dado como chefe, Geddel livra superiores hierárquicos de tal acusação e, de quebra, teria embaraços para um acordo de delação premiada temida por Temer.

Geddel nunca foi considerado “o chefe”. Mesmo a ideia de organização, a que procuradores recorrem com facilidade porque os ajuda na explicação do crime, além de aumentar as penas, não é correta nesse caso. Cada um dos incriminados integrantes do PMDB, seus doleiros e intermediários é um livre-atirador que, para certos golpes, uniu-se a outros, mas seu objetivo de ganho era individual. Além da ambição desse ganho nada os aproximou. O perigoso Geddel é um desses há 30 anos. Compuseram uma organização, nem propriamente uma quadrilha. Sociedade, isso sim, ocasional mas frequente.

 

Opinião dos leitores

  1. Só lembrando que o chefe da quadrilha não é Geddel Vieira Lima e, sim, o próprio Michel Temer. Ou seja, ela está, com isso, desvirtuando a real linha de investigação e assim livrará nosso querido presidente de futuros processos.

  2. A eleição da nova Procuradora foi mais uma artimanha do Temeroso para salvar o próprio pescoço da forca…. e ainda tem brasileiros que acreditam em Papai Noel, Mula sem cabeça, etc….

  3. Chorão daquele não tem estrutura pra ser líder de nada. Pra estrutura de desvios associados ao PMDB ele não saberia nem por onde começar. Tem alguém maior acima dele. Essa de Geddel ser líder foi uma ótima estratégia pra começar a abafar as coisas…

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Jornalismo

Trabalho escravo: com portaria, governo fez mudança que tramita no Congresso há 14 anos

Há 14 anos, tramitam no Congresso Nacional propostas que alteram o conceito de trabalho escravo na legislação brasileira. A mudança, que enfrenta resistência para aprovação, foi efetivada pelo governo Michel Temer, na última semana, por meio de uma portaria – instrumento que não exige consulta ao Poder Legislativo.

A medida, publicada na segunda-feira (16), não muda a lei brasileira, mas altera os parâmetros que devem ser observados na fiscalização. Antes da mudança, eram usados conceitos da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Código Penal para determinar o que é trabalho escravo.

A lei brasileira define como condição análoga à de escravo:

Submissão a trabalhos forçados;
Jornada exaustiva;

Condições degradantes de trabalho;
Restrição da locomoção em razão de dívida.

Agora, a portaria estabelece quatro pontos específicos para definir trabalho escravo:
Submissão a trabalho exigido sob ameaça de punição;

Restrição de transporte para reter trabalhador no local de trabalho em razão de dívida;

Uso de segurança armada para reter trabalhador em razão de dívida;
Retenção da documentação pessoal do trabalhador.

Entidades que representam auditores fiscais do trabalho, juízes e procuradores criticam a mudança feita pelo governo e avaliam que a nova regra é um retrocesso no combate ao trabalho escravo no país.

O atual conceito de trabalho escravo, previsto no Código Penal, foi instituído em 2003. No mesmo ano, foi apresentado um projeto pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) que visava promover alterações nas normas.

A proposta foi aprovada no Senado em 2005 e seguiu para a Câmara, onde ficou parada por dez anos, até ser aprovada pela Comissão de Agricultura. Desde 2015, não houve andamento na tramitação.

Outro texto, que traz mudança semelhante à colocada em prática pela portaria do governo, foi apresentado em 2015 pelo deputado Dilceu Sperafico (PP-PR). Na apresentação da proposta, ele trouxe a mesma justificativa dada agora pelo governo, de que a mudança traria segurança jurídica.

“A legislação brasileira não fornece critérios claros que ajudem a caracterizar criminalmente o trabalho análogo ao de escravo. (…) Justamente essa falta de definição dos conceitos causa temor e insegurança jurídica”, argumentou o deputado, quando o texto foi apresentado.

 

G1

Opinião dos leitores

  1. SOLUÇÃO SEM TRAUMAS:

    OS FISCAIS SÓ PODERIAM MULTAR APOS A TERCEIRA REINCIDÊNCIA DO ORIENTADO .

    AS FISCALIZAÇÕES (AS 3 PRIMEIRAS) SERIAM TODAS ORIENTATIVAS QUANTO AOS PROCEDIMENTOS QUE DEVEM SER ADOTADOS PARA SANAR AS IRREGULARIDADES APONTADAS.

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Política

‘Puxadores’ de voto rendem R$ 390 milhões aos seus partidos. Russomanno, Tiririca, Bolsonaro e Feliciano os principais

Os puxadores de voto da eleição de 2014 se transformaram em um tesouro para os partidos políticos. Graças ao aumento de recursos do Fundo Partidário e à criação de um fundo eleitoral para bancar as campanhas de 2018, os 30 deputados mais votados vão render aos cofres das legendas cerca de R$ 390 milhões em quatro anos.

Derrotado na eleição para prefeito de São Paulo em 2012 e 2016 e campeão de votos para a Câmara dos Deputados – em números absolutos – em 2014, Celso Russomanno é também um cheque ambulante de quase R$ 59 milhões para seu partido, o PRB.

Na campanha eleitoral, o Diretório Nacional do PRB destinou apenas R$ 100 mil para custear os gastos de Russomanno. Ou seja, se a eleição fosse um investimento, o PRB teria obtido um retorno de 58.600% em quatro anos.

Os próximos no ranking de mais votados na eleição passada, Tiririca (SP) e Jair Bolsonaro (RJ), vão render R$ 39,2 milhões e R$ 17,9 milhões para PR e PP, respectivamente, no período entre 2015 e 2018.

O que explica o fenômeno são as regras de distribuição das verbas do Fundo Partidário e do fundo especial de financiamento de campanha, ambos formados por recursos públicos. O primeiro serve para custear o funcionamento dos partidos – banca gastos com funcionários, aluguéis, viagens de dirigentes, campanhas eleitorais etc. O segundo, criado recentemente em lei aprovada pelo Congresso Nacional na reforma política, vai custear especificamente despesas de candidatos a cargos eletivos.

Entre os critérios de distribuição dos dois fundos está o número de votos de cada partido para a Câmara dos Deputados. E cada voto nominal para um candidato conta também como voto no partido – uma regra que muitos eleitores ignoram.

No caso do Fundo Partidário, 95% do dinheiro é distribuído de acordo com o número de votos de cada partido para a Câmara. Já o fundo eleitoral terá 35% de seus recursos rateados segundo o mesmo critério.

Fonte de receita. Isso faz com que os puxadores de votos sejam também importantes fontes de receita para os partidos políticos. Russomanno, por exemplo, recebeu sozinho 35% dos votos do PRB para a Câmara em 2014. Isso significa que o parlamentar responderá por 35% dos R$ 170 milhões que o PRB receberá dos cofres públicos por seu desempenho nas urnas na eleição passada.

Mais votado no PR, Tiririca será o responsável por 18% dos recursos destinados a seu partido entre 2015 e 2018. Ele foi o candidato preferido de pouco mais de 1 milhão de eleitores paulistas. No caso de Bolsonaro, que teve 465 mil votos ao concorrer pelo PP do Rio, essa taxa será de 7,2%.

O deputado mais votado pelo PMDB em 2014 foi Eduardo Cunha, também do Rio. Apesar de ele ter sido cassado e preso por envolvimento em corrupção revelado pela Operação Lava Jato, seus 233 mil votos continuarão rendendo dinheiro ao PMDB até o próximo ano. No total, serão quase R$ 9 milhões entre 2015 e 2018.

ESTADÃO CONTEÚDO

Opinião dos leitores

  1. A democracia brasileira é uma farsa que se sustenta apenas no imaginário dos ingenuos e ignorantes

  2. Uma nova forma lícita de ganhar dinheiro com os nossos votos !
    Simples e fácil, não vote em FDP nenhum !

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