Após dias de incerteza, abandono de delegações e uma vistoria que parou as obras de emergência por um dia, a crise na Vila dos Atletas parece caminhar para o fim. Nesta quinta-feira, o diretor-geral de operações do Comitê Rio-2016, Rodrigo Tostes, anunciou que as intervenções estão concluídas — os 600 operários contratados para fazer reparos nos apartamentos foram dispensados. A alguns quilômetros dali, na Praia da Barra da Tijuca, onde jogou bola com jovens de um projeto social, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, minimizou os problemas e brincou com a correria:
— Conheço brasileiros um pouquinho, e sei que gostam de terminar as coisas no último segundo.
Ainda na noite de ontem, funcionários terminavam de fazer a limpeza em três prédios da vila, de um total de 31, para entregar às delegações. Agora, apenas uma equipe de manutenção fica no local para resolver problemas pontuais, o que já estava previsto. Hoje, pela manhã, todos os atletas já devem estar instalados.
— Concluímos os últimos três prédios. Estamos fazendo uma limpeza geral e vamos entregar tudo na reunião que acontece sempre às 20h. Só ficamos agora por coisas pontuais que podem vir a acontecer. A vila precisa entrar na operação dela normal o quanto antes — explicou Tostes, acrescentando que ainda não há uma estimativa sobre os valores gastos nos últimos dias.
“É SEMPRE ASSIM, EM QUALQUER OLIMPÍADA”
O diretor também afirmou que não há provas de que houve alguma ação proposital de funcionários envolvidos na obra da vila, com o intuito de prejudicar a entrega às delegações. O Comitê ainda estuda se vai cobrar o pagamento da Odebrecht e da Carvalho Hosken, construtoras e donas dos prédios.
Na quinta-feira, uma equipe do Ministério do Trabalho esteve na vila para investigar denúncias de más condições e jornadas excessivas de trabalho. Os auditores pediram documentos e, segundo Tostes, parte já foi entregue, e o restante será feito em breve. Ele não descartou que pudesse existir alguma irregularidade:
— Isso é responsabilidade das empresas. Claro que o comitê é corresponsável e, se ficar comprovado algo, vamos tomar as devidas providências. Mas garanto que ninguém trabalhou por mais de dez horas por dia.
Thomas Bach joga altinha com atletas olímpicos e alunos de escolinhas de futebol na praia da Barra – Wilton Junior / Agência Estado
Thomas Bach, que ganhou um quarto na vila, onde esteve na manhã de ontem, afirmou que obras de última hora aconteceram em todas as edições das olimpíadas:
— Sete, dez dias antes dos Jogos, nunca estava tudo 100%. Mas, para o COI, estes serão jogos fantásticos.
O dirigente destacou ainda os “progressos” dos últimos meses e afirmou que não vê nenhum motivo para preocupação.
— Sempre houve desafios. É sempre assim, em qualquer olimpíada, e não é diferente no Rio — concluiu Bach.
O Globo
A propria imprensa gosta de diminuir o nosso pais. Asdim ja aconteceu nos jogos Panamericanos, copa do mundo de futebol e agora nas olimpiadas. Toda obra sempre tem um percentual de problema em acabamento, parte hidráulica e elétrica.
Comitê inventando desculpas pra não passar vergonha e, tentando justificar um erro colocando como argumento outro erro.