Política

“Se Cunha é malvado, é meu malvado favorito”, diz Marco Feliciano

deputado-federal-marco-feliciano-psc-sp-1460575539171_615x300“Você vai falar com o pastor agora.” Quando o assessor passa o telefone ao deputado Marco Feliciano (PSC-SP), avisa que, além do político, está ali a liderança religiosa. E ela é parte importante das opiniões de Feliciano, membro da comissão de impeachment para quem Deus e as igrejas tiveram um papel na crítica ao governo.

“As igrejas começaram a se mover. Elas eram apolíticas, né? Até que começaram a perceber que a política podia (se) movimentar atrapalhando a fé delas.”

Figura polêmica por suas posições contrárias ao casamento homossexual e ao aborto, o deputado votou na segunda-feira pela aprovação do parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO), favorável à abertura do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Em entrevista à BBC Brasil, ele diz que “seu sonho primário” é ver o PT perder o governo e chama o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de “meu malvado favorito”, elogiando-o por ter aceitado o pedido de impeachment.

“O Cunha, todo mundo chama de malvado, né? Se ele é malvado, para mim é meu malvado favorito. Porque ele colocou o impeachment para andar.”

O deputado também defendeu as várias menções religiosas durante a última reunião da comissão, que começou com seu presidente, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), entoando a oração de São Francisco de Assis. Para Feliciano, isso não feriria o princípio do Estado laico.

“Graças a Deus por o Estado ser laico. O Parlamento não começa a sessão sem o presidente ficar de pé e dizer: ‘sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro’.”

Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

BBC Brasil – Como você avalia a aprovação do parecer de Jovair Arantes na comissão do impeachment?

Marco Feliciano – Foi uma surpresa. Nós temos um grupo que trabalha de manhã, de noite, de madrugada, em prol do impeachment. E acreditávamos que teríamos entre 33 e 35 votos. Tivemos 38. Isso nos deixou com muita esperança de que o impeachment vai ser aprovado no dia 17.

BBC Brasil – Essa surpresa se deve a deputados que não tinham revelado sua posição?

Marco Feliciano – Exato. Foram deputados que nem acreditávamos que estavam em dúvida, acreditávamos que estavam do lado do governo. De repente, estava no painelzinho o nome deles, votando a favor. Foi muito legal.

A princípio tivemos um pouco de receio porque alguns partidos tinham declarado que iriam liberar o pessoal dentro da comissão (para votar como quisessem) e na hora desistiram, votaram contra o impeachment. Subiu aquele friozinho na boca do estômago, né? Mas de repente ficou melhor do que o esperado, exatamente por essa atitude do partido de ter traído os próprios deputados. Isso criou uma revolta e os deputados votaram pelo Brasil.

BBC Brasil – Depois desse resultado, acredita que o impeachment vai passar na Câmara?

Marco Feliciano – O trabalho é árduo, porque o governo está jogando pesado. Tem muito deputado que deixou de decidir, porque sabe que pode ter algum benefício com o governo. Nosso sentimento é que o deputado que tiver juízo não vai querer dar um tiro no pé, a exemplo do impeachment do Collor. Dos deputados que votaram contra (o afastamento do presidente em 1992), só temos dois no Congresso.

O restante não se elegeu nem para síndico de prédio, com exceção de um, o (senador Ronaldo) Caiado (DEM-GO), que está no Senado. Todos que votaram contra o impeachment foram punidos pela população. Neste momento, o Parlamento tem que ouvir o grito do povo.

BBC Brasil – O presidente da comissão começou sua fala na segunda-feira citando uma oração de São Francisco. Houve críticas de que isso não seria adequado porque o Estado é laico. O que acha dessas ponderações?

Marco Feliciano – É um mantra recitado pela esquerda, de que o Estado é laico. É de fato e graças a Deus por o Estado ser laico. O Estado laico protege o seu direito de fé e o meu. Posso fazer o que quiser em nome da minha fé e ninguém pode tolher meu direito. O preâmbulo da nossa Constituição Federal começa com Deus. O Parlamento não começa a sessão sem o presidente ficar de pé e dizer: “sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro”. Se você olhar atrás do presidente da nossa Casa, vai ver uma imagem de Cristo pendurada.

Os constituintes de 1988 que disseram que o Estado era laico permitiram que houvesse a fé cristã. Nosso país é laico, mas temos 90% de pessoas cristãs, então esse mantra recitado pela esquerda entra na cabeça e às vezes acaba quase convencendo, sabia? É a mesma coisa quando dizem que todo mundo prega o ódio. Na verdade, não é ódio. É indignação. Quando você fala um pouco mais áspero, eles chamam de fascista. Não é fascismo, é indignação.

BBC Brasil – Indignação contra o governo?

Marco Feliciano – Eles estão com metade do povo deles presa. A presidenta nunca soube de nada, os ministros do Lula caíram todos por corrupção e ninguém viu nada. Parece até magia negra, viu?

O Estado é laico, mas não é laicista. Laicismo é ateísmo. Se vivêssemos num Estado ateu, se você falasse o nome de Deus poderia ser apedrejada na rua. O Estado é laico, graças a Deus. Só Deus para ajudar a gente.

BBC Brasil – O senhor vê um elemento divino nessa questão do impeachment?

Marco Feliciano – Agora vai falar o pastor e não o deputado. Acredito que há um mundo espiritual que de vez em quando entra em contato com o mundo natural. A presidenta não disse um dia que se faz o diabo para se manter na política? Pois bem. Se ela pode usar o diabo para se manter na política, só tem uma força que contrapõe o diabo: é Deus. Então, a gente ora. Temos um grupo de pastores, de deputados cristãos, tem a frente católica que faz a missa. E a nossa oração é para que Deus ilumine nosso país. Creio que Deus resolveu olhar para o nosso país.

Depois que esse governo tocou nas nossas crianças com a ideologia de gênero implantada nas escolas, depois que começou a pregar um Estado marxista através das universidades… Para o comunista o Estado tem que ser Deus. Só que esse pessoal esbarra numa força invisível. Quando o fiel tem um problema, não vai bater na porta do governo, vai para uma igreja e sai fazendo uma oração. E, quando faz uma oração, não me pergunte como, as coisas melhoram.

BBC Brasil – Quando você diz que “Deus resolveu olhar para o país”, fala especificamente da marcha do processo de impeachment?

Marco Feliciano – Três anos atrás a presidente Dilma tinha 75% de aprovação. O país era a 6ª maior economia do mundo. Quem olhava para o Brasil, o via como a esperança do mundo.

Em 2013, fui perseguido por movimentos sociais que são mantidos pelo PT, PCdoB e PSOL. Então, tenho uma visão (sobre isso). Fiquei 90 dias em todos os jornais por causa de uma comissãozinha (ele foi presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias) que não prestava para nada.

Um homem que nunca fez mal a ninguém, sendo perseguido em avião! Enquanto (os movimentos) estavam tocando no político, estava tudo bem. Mas quando a mídia tendenciosa, os intelectuais e os políticos deram asa para esses movimentos, que começaram a entrar nas igrejas, tirar roupa, dar beijo na boca… Eles pararam de tocar no político e começaram a tocar naquilo que há de mais puro: a fé do ser humano. Nesse momento, cometeram um erro terrível.

BBC Brasil – Quais acha que foram as consequências?

Marco Feliciano – Começou a descambar. A perseguição comigo começou em março e foi até maio. Terminou quando eu disse que sairia da comissão se o José Genoíno e o João Paulo Cunha fossem presos, se deixassem a Comissão de Constituição e Justiça. Eles estavam condenados e foram presos. Depois pararam de me perseguir. O William Boner falou no Jornal Nacional e o Brasil virou do meu lado, porque falei uma verdade. No dia 5 de junho houve a primeira manifestação em Brasília. Quem fez? Nós, evangélicos. Foi o evento (por) toda a perseguição que eu sofria. Uma semana depois, começaram as manifestações de rua.

A primeira grande manifestação do Brasil não foi dos movimentos sociais, fomos nós, evangélicos, (que fizemos). Duas semanas depois começou o Movimento Passe Livre e não parou mais. De lá para cá, olha o que aconteceu com o governo.

A fé foi tão forte que olha quem Deus usa: um elemento surpresa, um juiz do Paraná. Que vai procurar um negócio de Lava Jato e de repente puxa um fio. Já viu juiz se dobrar em cima de ações? Mas esse menino resolveu ler e, no meio da leitura, saltou um nome, que era o da Petrobras.

Foram forças que estão fora do controle do homem. O nosso governo aparelhou tudo, é só você olhar os votos do Supremo Tribunal Federal. Mas não conseguiu aparelhar um juizinho lá do Paraná. E hoje virou uma personalidade tão forte que o brasileiro encontrou nele uma esperança de honestidade.

BBC Brasil – Qual é o papel das igrejas no movimento pró-impeachment?

Marco Feliciano – As igrejas começaram a se mover. Elas eram apolíticas, né? Até que começaram a perceber que a política podia (se) movimentar atrapalhando a fé delas. Por exemplo, o PL 122, a lei que criminalizava a homofobia. Havia artigos que proibiam você de citar qualquer texto que fosse contrário ao homossexualismo. Como ficaria a Bíblia? Um padre ou pastor que falasse qualquer coisa poderia ser preso. As igrejas começaram a acordar.

Todavia, não é unanimidade. Temos dentro do movimento os evangélicos progressistas. É parecido com aquele grupo da Igreja Católica que ajudou a fundar o PT, a Teologia da Libertação. Eles são contra (o impeachment). Mas a grande maioria do movimento neopentecostal aderiu ao movimento. Você vê, o PRB (que vai votar a favor do impeachment) é da Igreja Universal. Era da situação, tinha ministério. Deixaram tudo e vieram para cá.

BBC Brasil – Muitas reportagens mostraram que boa parte dos deputados integrantes da comissão de impeachment são réus em processos e receberam doações de empresas da Lava Jato. O senhor recebeu doação da OAS e teve a prestação de contas reprovada. Como responde a isso?

Marco Feliciano – Nas minhas prestações de contas, vencemos tudo, graças a Deus. Tenho uma pendência na Justiça que é por culpa do PT. Em 2013, o PT, junto com o PSOL, me processou por racismo, homofobia, danos morais. Me acusaram de ter pastores dentro do meu gabinete, como se fosse crime.

Meu reduto é evangélico. Quem pode ser meu assessor senão aqueles que são evangélicos? (Mas não tenho) nenhum processo por improbidade, desvio. Sobre as empresas que estavam na Lava Jato: meu partido parece que recebeu alguma coisa da OAS, né? Na minha conta, acho que mandaram R$ 6 mil. Isso entrou na prestação de contas de maneira legal.

BBC Brasil – Após o processo de impeachment, como consideraria ideal para o futuro do país? Um governo Temer, novas eleições?

Marco Feliciano – O que almejo nesse momento, meu sonho primário, é ver o PT perder o governo. Esse é o meu sonho. O que vier daí, qualquer coisa, é lucro. Não é que eu queira o Temer, só que qualquer coisa é melhor do que o PT.

Alguém perguntou para mim: o que você acha do Cunha? O Cunha, todo mundo chama de malvado, né? Se ele é malvado, para mim é meu malvado favorito. Porque foi ele colocou o impeachment para andar. Não importa o porquê, o motivo, o que importa é que ele teve coragem, peitou esse governo. Na política, você tem que ter um lado. Não pode ficar em cima do muro. Tenho dois lados na política: o ruim e o menos ruim. Neste momento, estou com o menos ruim.

BBC Brasil – Você vai se candidatar à prefeitura de São Paulo pelo PSC?

Marco Feliciano – Está tudo certo ainda. Lançamos meu nome e eu sai até bem pontuado na primeira pesquisa. Estou dependendo de um sinal verde do partido. Por mim, já estou dentro. Vamos para briga.

UOL

Opinião dos leitores

  1. Finalmente uma notícia de político que não diz que ele roubou, é investigado ou réu em alguma ação do poder público. O Parlamento é para ter representantes de toda a sociedade. Na ditadura é que não é assim. Parabéns Feliciano, por ser um dos poucos deputados honestos deste país.

  2. Gostaria de saber qual o Estado do deputado cunha, para transferir meu titulo de eleitor para votar nele, este sim merece um voto

  3. So tem você Feliciano e Bolsomito nesse país ????????

  4. Se existe um traço em comum entre Feliciano e a meliância (combinação de meliante com militância) petista, este é o "não ter medo de ser feliz"…

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Geral

Ministério da Agricultura reconhece RN como estado livre da febre aftosa sem vacinação

Foto: Reprodução

Uma portaria do Ministério da Agricultura e Agropecuária (Mapa), publicada nesta quinta-feira (2), mudou o status do Rio Grande do Norte para um estado livre da Febre Aftosa sem vacinação. A medida foi celebrada por gestores e produtores rurais locais.

Com o reconhecimento, o Rio Grande do Norte passa a compor a lista de estados que, a partir do próximo semestre, não dependerão mais de campanhas de vacinação contra a doença, porque seu rebanho bovino e bubalino alcançou um número significativo de animais imunizados.
Segundo o titular da Secretaria Estadual de Agricultura Pecuária e Pesca, Guilherme Saldanha, o RN possui um rebanho de qualidade, embora pequeno, quando comparado a outros estados.

Com o status de livre da aftosa, os produtores locais têm maior facilidade de transporte dos animais dentro do país e até mesmo para exportação.

“No dia 1º de maio, na maior exposição de gado Zebu do Brasil, animais do RN foram vencedores em várias categorias, entre várias raças. Sem esse reconhecimento do Mapa, esses animais ficariam proibidos de serem transportados do nosso estado para outros estados do país. O momento agora é de celebrar o que essa portaria vai proporcionar de avanço econômico para pequenos, médios e grandes criadores ”, comemorou Saldanha.

G1RN

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Saúde

Brasil recebe primeiro lote de vacinas atualizadas contra a Covid-19

Foto: Divulgação

O Brasil recebeu o primeiro lote de vacinas atualizadas contra a variante da Covid-19 nesta quinta-feira (2). As 12,5 milhões de doses, da Moderna e da Pfizer, foram adquiridas pelo Ministério da Saúde após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em dezembro de 2023.

O lote dos imunizantes chegou ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, na manhã desta quinta-feira, por volta das 7h20.

O Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) deve fazer a inspeção dos produtos e disponibilizar para todas as regiões do país seguindo o Plano Nacional de Imunização.

“A vacinação contra a Covid-19 ainda é importante, mesmo com a diminuição do número de casos graves. Pessoas com 60 anos ou mais, pessoas vivendo em instituições de longa permanência, pessoas imunocomprometidas, indígenas e ribeirinhos são os grupos prioritários para receber a vacina atualizada”, afirmou Nísia Trindade, ministra da Saúde.

O Ministério reforçou a importância da vacinação, principalmente em crianças de seis meses a menores de cinco anos, que devem ser vacinadas contra a Covid-19. O esquema vacinal para esse grupo é de três doses, com intervalos de quatro e oito semanas entre a primeira e a segunda, e entre a segunda e a terceira doses, respectivamente.

Além da vacinação, o Ministério da Saúde também oferece o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para o tratamento da Covid-19 em pessoas com mais de 65 anos e pacientes imunossuprimidos com mais de 18 anos.

CNN

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Judiciário

Justiça determina que Governo do RN reforme delegacia na Zona Sul de Natal

Foto: Reprodução

Os desembargadores da 2ª Turma da 3ª Câmara Cível, à unanimidade de votos, negaram recurso interposto pela Secretaria da Administração do Rio Grande do Norte contra sentença proferida pelo Juízo da 3ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Natal que determinou ao Estado a realização de realocação da 5ª Delegacia de Polícia, localizada atualmente na Rua São José de Campestre, nº 2593, Lagoa Nova, em Natal, para um imóvel que atenda as normas de acessibilidade para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.

O Acórdão do órgão fracionário do Tribunal de Justiça foi proferido nos autos de uma Ação Civil Pública ajuizada pela 70ª Promotoria Natal, do Ministério Público do RN e manteve o prazo de seis meses, contados do trânsito em julgado da decisão, para que o Estado proceda com a realocação da 5ª Delegacia de Polícia para o novo imóvel dotado de acessibilidade.

Consta nos autos que o Ministério Público instaurou Inquérito em 2015 para apurar ausência de acessibilidade no prédio onde funciona o 5º Distrito Policial de Natal e que perícia feita no imóvel constatando que o prédio “não atende às normas técnicas de acessibilidade vigentes, necessitando de diversas adaptações no sentido de garantir o acesso, circulação e utilização de seus ambientes, equipamentos e mobiliários por pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida”.

No documento, o Ministério Público destacou que a maioria das Delegacias de Polícia Civil do Estado estão em prédios que não têm acessibilidade, sendo o do 5º Distrito Policial locado e o proprietário prefere rescindir a locação do que realizar a reforma de adequação diante da inadimplência das parcelas de pagamento do contrato de aluguel. Por isso, o MPRN pediu pela realocação, no prazo de seis meses, para um imóvel adequado às normas de acessibilidade.

Tribuna do Norte

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Brasil

Decisão do TCU que autoriza sigilo em voos da FAB é vista como retrocesso na transparência

Foto: Cb Feitosa/Agência FAB

A decisão do TCU (Tribunal de Contas da União) que permite que autoridades deixem em sigilo informações sobre voos em aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) é frágil e tem origem em interpretação alargada da LAI (Lei de Acesso à Informação), afirmam especialistas ouvidos pela Folha.

Para eles, a decisão é um retrocesso que impacta a possibilidade de escrutínio sobre dados públicos e enfraquece a legislação que busca garantir maior transparência a ações estatais.

Na terça-feira (30), o TCU autorizou o sigilo de voos realizados pela Força Aérea em caso de altas autoridades. A corte de contas argumentou que a divulgação das informações poderia prejudicar a segurança dos agentes públicos, apontando que a LAI determina serem passíveis de sigilo “as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares”.

Folha de S. Paulo

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Comportamento

Pessoas preferem trair parceiro do que partido político, diz pesquisa

Foto: Reprodução/Ilustrativa

Ao se falar de uma pessoal infiel no âmbito dos relacionamentos, há uma crença de que ela teria a incapacidade de ser leal a combinados como uma característica geral em todas as áreas de sua vida — mas não é bem assim.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ashley Madison, a maioria das pessoas mantém a infidelidade apenas entre quatro paredes. Entre os homens, por exemplo, 87% preferem trair a parceira do que os ideais políticos.

O levantamento feito com os usuários da plataforma de encontros extraconjugais se baseou em uma lista com mais de 20 categorias, e questionou se os entrevistados eram mais propensos a trair a parceria ou o item citado.

No caso da política, a porcentagem geral foi de 80%, sendo 87% dos homens e 86% das mulheres que preferem trair o(a) amado ao partido político.

Além disso, para 85% é mais fácil ter um affair do que mudar seu pedido regular de café e 97% por cento dos entrevistados preferem trair seu parceiro do que preencher uma declaração de imposto de renda errada.

O que poderia explicar essa “preferência” por trair o parceiro do que ser infiel a outras particularidades da vida? O psicólogo e terapeuta s3xu4l André Almeida ressalta que a fidelidade é um valor e sua importância varia de pessoa para pessoa, de acordo com cultura, criação, noções de ética e moral, entre outros fatores.

“É importante a compreensão de que pessoas têm hierarquias de valores diferentes, e uns valores podem ser mais importantes que outros”, explica.

Logo, se a política, o conforto do café diário ou a retidão com a Receita Federal são valores mais importantes que a fidelidade sexual para uma pessoa, eles serão colocados acima dela — o que não gera juízo de valor por si só.

Pouca vergonha – Metrópoles

Opinião dos leitores

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Economia

Calendário do Banco Central atrasa, e Pix automático pode ficar para 2025

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Principal lançamento do Banco Central previsto para 2024, o Pix automático, que possibilita pagamentos recorrentes, corre o risco de ficar para o ano que vem. Oficialmente, o cronograma indica que a nova função estará disponível no dia 28 de outubro, mas até agora nenhuma das etapas de desenvolvimento previstas para os quatro primeiros meses do ano foi cumprida.

Com o fim da operação-padrão de servidores do BC, integrantes da alta cúpula da autoridade monetária entendem que o ritmo de trabalho deve aumentar e permitir que o lançamento ocorra na data prevista, mas reconhecem que há riscos diante do apertado orçamento do órgão e da equipe reduzida.

Se o atraso for confirmado, a novidade pode ser lançada após o fim do mandato do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, que tem o Pix, lançado em 2020, como um dos principais legados de sua gestão.

Nos bastidores, no entanto, a sensação é de que é improvável o lançamento do Pix automático ainda este ano mesmo se a equipe e o orçamento forem reforçados. Seria preciso reduzir o tempo de desenvolvimento dos bancos e das empresas que pretendem aderir ao Pix automático.

O que prevê o Pix automático

O Pix automático deve facilitar o pagamento de produtos e serviços que são consumidos com periodicidade definida, como contas de luz, mensalidade de academia e escola, serviços de streaming e portais de notícia, e reduzir o custo de cobrança para as empresas.

O Globo

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Política

Boulos chama Nunes de “cara de pau” e defende Lula por pedir votos

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol-SP), disse nesta quinta-feira (2.mai.2024) que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) é “cara de pau“ e não tem “autoridade moral“ para fazer acusações sobre uso da máquina pública.

“Eu fico estarrecido com a cara de pau do prefeito Ricardo Nunes. Ele não tem autoridade moral para acusar ninguém em relação ao uso da máquina público. Ele está usando ela há um ano para fazer campanha eleitoral”, afirmou a jornalistas.

A declaração do psolista foi dada depois de o atual prefeito de São Paulo afirmar que irá à Justiça contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ele pedir votos a Boulos, seu principal adversário nas eleições municipais, em evento de comemoração ao Dia do Trabalho, na quarta-feira (1º.mai).

O ato contou com dinheiro da Petrobras, empresa estatal com ações listadas na Bolsa –o que pode configurar crime eleitoral.

Poder360

Opinião dos leitores

  1. O Mito fez isso dezenas de vezes quando presidente, essas mesmas pessoas que reclamam hj, achavam o máximo na época.

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Economia

ICMS do RN aumenta em R$ 150 milhões no 1º trimestre

Foto: Adriano Abreu

A arrecadação do Imposto de Circulação Sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) do Rio Grande do Norte subiu 8,05% no primeiro trimestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2023. Com um acréscimo de R$ 150 milhões, o recolhimento do tributo saltou de R$ 1,873 bilhões para R$ 2,023 bilhões. Os números estão no Boletim de Arrecadação de Tributos Estaduais do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

O levantamento mostra que janeiro foi o mês com melhor resultado até então, com R$ 804 milhões do imposto. Já fevereiro, apresentou queda, ficando em R$ 607 milhões, com uma recuperação em março, que totalizou quase R$ 612 milhões, ainda inferior ao mesmo mês de 2023 (R$ 615 milhões).

O ICMS Terciário, recolhido do setor de comércio e serviços, foi responsável por mais da metade da arrecadação do tributo, com R$ 1,1 bilhão (56,84%); seguido pelo ICMS do setor de petróleo e combustíveis, com 384,7 milhões (19,01%). Os dois foram os que aumentaram suas respectivas arrecadações em pouco mais de 1%. Já o setor secundário, que corresponde à Indústria, representou 12,79%, ou R$ 258,7 milhões na receita do imposto; o setor de energia elétrica, com R$ 189 milhões (9,34%); e o ICMS primário, ligado ao setor agropecuário, que ficou em R$ 41 milhões (2,03%), registraram quedas no período.

Tribuna do Norte

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Denúncia

[VÍDEO] GRAVE: Interno de Alcaçuz é flagrado do lado de fora da penitenciária

Foto: Reprodução

Denúncias contra o sistema penitenciário continuam no Rio Grande do Norte e imagens são divulgadas, que mostram interno de Alcaçuz do lado de fora da penitenciária.

Após Vilma Batista, presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Estado (Sindppen-RN), citar o secretário Elton Edi Xavier em algumas supostas situações, imagens foram divulgadas que questionam a segurança do sistema.

  • Imagem mostra o que era pra ser um preso, supostamente dirigindo uma viatura do sistema penitenciário dentro da governadoria do estado na BR-101 em Natal
  • Imagens mostram o movimento que é feito com detentos sem segurança alguma apenas com um agente na viatura.
  • Imagens mostram a manutenção que presos fizeram no portão principal de alcaçuz sem segurança alguma na frente da unidade.

Confira abaixo:

Com informações de Via Certa Natal

Opinião dos leitores

  1. E as ações da corja direitopata continuam a todo vapor!
    Já prestaram atenção, como tem “fugido” bandido das penitenciárias?
    Estranho…
    Só sendo demente pra não perceber.
    E as greves?
    Tipo, no governo do canalha fascista, foram quatro anos sem aumento para os professores e agora todo mundo faz greve!
    Por que não fizeram a quatro anos atrás?
    Tudo orquestrado só sendo muito imbecil pra não perceber.
    Vivemos num país dividido entre esquerda e doentes mentais. Essas ações vão continuar portanto que o atual governo se cerque de todos os cuidados com essa raça traiçoeira que planeja golpe, gosta de depredar o patrimônio público mas faz papel de otário acampando em frente á quartéis!

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Brasil

Com 300 mil sem luz no RS, ministro de Minas e Energia está em Roma

Foto: Governo do RS

Em meio a 300 mil pessoas sem energia elétrica no Rio Grande do Sul, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, está em Roma nesta quinta-feira (2/5) para encontrar o Papa Francisco. Mais cedo, Lula e seis ministros foram ao estado, que enfrenta chuvas históricas e já confirmou 24 mortes.

Silveira viajou na quarta-feira (1º/5) para Roma. Nesta quinta-feira (2/5), encontrará o embaixador do Brasil no Vaticano, Everton Vargas. Trata-se do único compromisso registrado na agenda oficial do ministro até o momento nesta semana. Na sexta-feira (3/5), Silveira encontrará o Papa Francisco.

Chuvas em proporções históricas atingem o Rio Grande do Sul desde o último sábado (27/4). Até o momento, 300 mil clientes estão sem energia elétrica. Segundo as concessionárias RGE e CEEE Equatorial, não há previsão de retorno do serviço. Os municípios gaúchos mais atingidos pela falta de luz são São Lourenço do Sul, Balneário Pinhal, Alvorada e a capital Porto Alegre.

Guilherme Amado – Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Má rapá…esses políticos não tem jeito…
    No desgoverno do bozo, Petrópolis no rio de janeiro se acabando em chuvas e deslizamentos e o tonto do presidente na Rússia!
    Fazendo porra nenhuma!
    E pra não perder a viagem, prestou homenagens aos soldados comunistas realizando um sonho para desespero da gadolândia imunda que dessa vez não teve como encontrar argumentos para defende-lo…
    No desespero, ainda disseram que ele foi intermediar a guerra entre Rússia e Ucrânia…rsrs
    Logo um pateta daqueles!
    Enfim, Rússia e Ucrânia ainda estão em guerra (por causa do imbecil do Zelensky – só podia ser judeu…) e nossos governantes adorando viajar enquanto o povo precisa deles aqui.

    1. Bóris, o senhor esqueceu na época da tragédia na Bahia, que o Mito Maior, O Messias, estava andando de Jetski e não teve quem fizesse ele desmarcar as férias. Mas naquela época tava tudo certo, a moralidade chegou agora no Brasil.

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