Polícia

INSEGURANÇA NACIONAL: Explosões a caixas eletrônicos disparam no Rio de Janeiro

Um crime comum em São Paulo vem assustando a população do Rio de Janeiro: as explosões de caixas eletrônicos têm sido cada vez mais comuns no estado. O Ministério Público alega que há uma troca de informações e de experiências de uma facção de São Paulo, especialista de roubos a caixas eletrônicos com uma quadrilha no Rio de Janeiro. Criminosos que estão principalmente em Angra dos Reis, no Sul do estado.

De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública, os registros desse tipo de crime dispararam recentemente no Rio de Janeiro. Em 2015, foram 33 casos. Em 2016, 51, e só na semana passada, o Rio enfrentou 5 ataques.

Uma megaoperação com participação da Polícia Militar e do Ministério Público desarticulou uma quadrilha do Rio de Janeiro, na última quinta-feira (20). Segundo a investigação, que durou nove meses, o grupo movimentou cerca de R$2 milhões desde agosto de 2016.

Embora mais de 30 suspeitos tenham sido presos, na madrugada seguinte, bandidos destruíram caixas eletrônicos em Ipanema, área nobre da Zona Sul do Rio. Imagens da câmeta de segurança mostram a movimentação na porta da agência da caixa econômica às 3h30. É possível ver os bandidos fugindo, carregando um volume. Ninguém foi preso.

Para os promotores que investigam o crime organizado, o tipo de crime tem crescido e despertado o interesse dos bandidos porque a ação é rápida, o investimento é pequeno e o retorno financeiro é alto.

“Essas quadrilhas, elas são hoje fortemente armadas e elas cada vez mais agem de forma ousada. Não tem mais essa preocupação com o local, com o horário, diante dessa estrutura que eles adquiriram, a preocupação é com um local mais rentável. Certamente eles têm informação privilegiada do abastecimento do caixa e do retorno que aquela operação dará aos criminosos e a partir daí eles definem e executam sem nenhum tipo de dificuldade”, diz o promotor de justiça Fabiano Oliveira, da Gaeco.

Além de terem comparsas que informam se a rota de fuga está livre, sem polícia, eles colocam no caminho grampos para furar o pneu de viaturas.

“Sempre quando há a prisão de um líder, infelizmente do interior dos presídios, eles permanecem em comunicação com os seus comparsas que estão do lado de fora. Apesar da intensificação da repressão ao acesso a celulares por criminosos presos, mas a liderança ela é sempre substituída por alguém fisicamente na comunidade.”, diz Fabiano.

“É necessário, na minha opinião, que haja em primeiro lugar uma intensificação do policiamento ostensivo. Em segundo lugar, é preciso que haja uma investigação firme, uma investigação séria que vá profundamente nessas quadrilhas, identifique os seus integrantes e consiga realizar a prisão deles. É importante tb que o poder judiciário dê andamento a estes processos e que estes criminosos sejam efetivamente condenados e punidos e permaneçam presos”, afirma.

G1

 

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