Economia

Oposição cobra demissão de Graça Foster e de diretores da Petrobras

Líderes da oposição cobraram nesta sexta-feira (12) a demissão da presidente da Petobras, Graça Foster, e de todos os demais integrantes da diretoria da estatal.

O novo pedido de afastamento ocorre após a informação de que uma gerente da Petrobras advertiu a atual diretoria sobre uma série de irregularidades em contratos da empresa muito antes do início da Operação Lava Jato, segundo reportagem publicada no jornal “Valor Econômico” desta sexta-feira (12).

De acordo com a publicação, Venina Velosa da Fonseca, que foi subordinada do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, um dos acusados por desvios na estatal, enviou denúncias por e-mail à presidente da Petrobras, Graça Foster, e ao diretor que substituiu Costa, José Carlos Cosenza.

A informação surge dois dias depois de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disparar duras críticas à gestão da Petrobras, sugerindo até a substituição de sua diretoria, comandada por Graça Foster, amiga da presidente Dilma Rousseff.

Na próxima semana, a oposição vai tentar emplacar no relatório final da CPI do Congresso que investiga a estatal responsabilização administrativa do Conselho da Petrobras por irregularidades na gestão. Dilma era presidente do conselho na época.

Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), a demissão de Graça e dos demais diretores é umas medidas que já deveria ter sido tomada pelo Planalto desde que veio à tona o esquema de corrupção investigado pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato, que envolve políticos, partidos e grandes empreiteiras.

“Mais essa revelação mostra que o governo foi alertado inúmeras vezes, inclusive pela CPI do Senado, mas fechou os olhos e conviveu com toda essa corrupção”, disse o tucano. “Isso mostra que houve cumplicidade com as irregularidades”, completou.

Segundo o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), não há mais clima para a permanência de Graça. “É um enredo estarrecedor. Não há mais qualquer desculpa para a permanência de Graça Foster na Presidência da Petrobras. Se tiver o mínimo de juízo, a presidente Dilma tem a obrigação de demitir sua protegida e toda a diretoria da empresa. Se não o fizer, vai sinalizar que também faz parte da quadrilha que saqueou a Petrobras”, disse.

O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), também reforçou o discurso. “O copo já transbordou há muito tempo. A saída de Graça já deveria ter ocorrido. Ela vai sair menor do que entrou e ainda com o carimbo de conivente”, afirmou.

O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), disse que Graça não tem credibilidade para tocar a empresa. “É uma notícia muito grave e desmancha a tese de que ela desconhecia a corrupção. Isso mostra que não houve uma providência tomada para frear as irregularidades”.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Pra quê esse exagero, eles não sabiam de nada, por isso aconteceu essas coisinhas imperceptíveis. As investigações ficam se preocupando com detalhes, ora, ora, ora, a diretoria estava ocupada desmentindo as acusações, por isso não tiveram tempo de fazer nada, muito menos tomar conhecimento.
    A incompetência administrativa é grande, mas por outro lado, existe muita competência.
    A bichinha, tadinha, mais uma pobre vítima da oposição.

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Finanças

TCU deve decidir nesta quarta se bloqueia bens de Graça Foster

O Tribunal de Contas da União (TCU) deve decidir nesta quarta-feira, 20, se determina o bloqueio dos bens da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, como fez com os demais diretores e ex-diretores da estatal que responderão a um processo na corte sobre a aquisição da refinaria de Pasadena (EUA). O ministro relator, José Jorge, incluiu o caso na pauta da sessão de amanhã.

Há duas semanas, o ministro se manifestou pela inclusão de Graça e também do ex-diretor Jorge Zelada, na lista dos supostos responsáveis pelo prejuízo causado à empresa com a operação de compra da refinaria do Texas – que inclui por exemplo José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da estatal, Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava Jato e Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional. No total, o TCU estima prejuízo de US$ 792,3 milhões aos cofres da Petrobras.

Apesar de entender que não há dúvida sobre a necessidade de citar Graça Foster para apresentar defesa no caso, José Jorge pediu, no último dia 6, a retirada do processo da pauta antes de submeter o caso ao plenário, após sustentação oral realizada pelo advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Adams.

Adams pediu para o tribunal dissociar os diretores envolvidos no caso para efeito de indisponibilidade de bens. Em seu voto, citou nominalmente Graça, o diretor Financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, e o ex-diretor de Exploração e Produção Guilherme Estrella como dirigentes que não precisariam ter os bens bloqueados. Ainda de acordo com o advogado-geral, o bloqueio patrimonial da presidente da estatal causaria repercussão negativa na empresa. Foi a primeira vez que um advogado-geral da União fez uma sustentação oral no TCU.

Amanhã, José Jorge deverá submeter ao plenário os embargos de declaração levados à corte pela Petrobras para discutir justamente a indisponibilidade dos bens dos dirigentes e ex-dirigentes. O relator poderá dizer aos colegas se alterou posicionamento anterior, em que pedia o bloqueio patrimonial dos envolvidos que terão de responder a um novo processo no TCU para apurar a culpa pelos prejuízos causados, incluindo Graça.

Mini-Pasadenas

Também está pautada para a sessão ordinária do TCU de amanhã a análise da investigação sobre a suspeita de superfaturamento na compra das usinas de Marialva (PR) e Passo Fundo (RS), pela Petrobras Combustível. Em maio, o tribunal determinou a abertura de auditoria para investigar indícios de que a estatal teria pago mais do que o preço de custo pela participação nas duas refinarias. A relatoria também é do ministro José Jorge.

A expectativa, contudo, é de que seja apenas submetido ao plenário o pedido da Secretaria de Controle Externo (Secex) de Estatais para ampliar o prazo da auditoria. O TCU concedeu, inicialmente, prazo de 90 dias, que se esgotam neste mês, mas a Secex pediu mais dois meses para concluir as investigações.

fonte: Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. engraçado que tal discutindo a uma semana se bloqueia ou nao, a essa altura ela ja tirou td !!! se fosse um cidadao comum, bloqueava para felois perguntar

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Diversos

Graça Foster diz que vai defender reajuste do preço dos combustíveis para 2014

A presidenta da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse hoje (12) que vai continuar a busca para reajustar os preços dos combustíveis produzidos pela empresa. Apesar de ressaltar que é preciso atenção ao mercado interno, a presidenta destacou que os preços dos derivados (gasolina e diesel) precisam estar alinhados ao mercado externo para a empresa conseguir manter a capacidade de investimento.

Ela reconhece a necessidade de moderação nos aumentos (dos preços dos derivados) e de não repassar para o consumidor interno a volatilidade do mercado externo, mas argumentou que a empresa não pode conviver com defasagens significativas.  “O fato de o real ter reduzido a depreciação frente ao dólar diminuiu a pressão, mas enquanto a paridade não for plena estaremos sempre defendendo o aumento [dos preços]. Estamos mantendo conversas sobre o assunto, de forma permanente, mas padronizada. Hoje, a orientação é não repassar a volatilidade para o mercado, mas não há paridade e nós precisamos considerar a possibilidade do aumento para entramos 2015 em melhores condições do que entramos este ano”, disse, ao detalhar o resultado do primeiro trimestre do ano da estatal.

A presidenta da Petrobras disse que a empresa mantém as projeções de investimentos para este ano, de aproximadamente US$ 40 milhões. Segundo ela, não está prevista redução dos investimentos em relação ao Plano de Negócios e Gestão 2014 – 2018, divulgado pela companhia.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Se for para alinhar os preços dos combustíveis ao mercado externo já sei que vai baixar para menos da metade.

    É isso que podemos esperar destes gestores que jogam fora bilhões da Petrobras com operações tenebrosas e manobras políticas mal feitas, alguém tem que pagar esta conta, adivinhem que é que vai pagar!!!

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Diversos

Graça Foster estava em reunião que aprovou compra de 50% de Pasadena

2014-706613533-2014-706528229-2014041446822.jpg_20140414.jpg_20140415A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster — que em depoimento na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado considerou que a compra da refinaria de Pasadena não foi um bom negócio —, participou de reunião da diretoria executiva da empresa em que foi discutida e aprovada por todos os membros a compra dos 50% restantes da companhia sediada no Texas.

Graça Foster aprovou a compra quando participou da reunião da diretoria executiva de 21 de fevereiro de 2008. Na época, ela era diretora de Gás.

No dia 15 deste mês, ao responder a um questionamento do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que a confrontava com uma declaração do ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli, para quem a aquisição de Pasadena tinha sido um bom negócio, Graças Foster foi taxativa:

— O que o Gabrielli reporta é que, à época, foi considerado um bom negócio. Eu, senador, sou uma engenheira, e, quando todas as cartas estão na mesa, a nossa decisão, de engenharia, fica mais fácil. Então, eu repito aqui o que disse: hoje, olhando aqueles dados, não foi um bom negócio. Não pode ser um bom negócio, quando você tem que tirar do seu resultado, você não passa, você faz um teste de impairment, você tira valor desse resultado, não há como reconhecer, na presente data, que você tenha feito um bom negócio, então não foi um bom negócio.

De acordo com a ata 4.685, à qual O GLOBO teve acesso, a diretoria estava reunida parra discutir a “aquisição dos remanescentes 50% de participação na Refinaria Pasadena”. Na ocasião, Nestor Cerveró, que era o diretor da área internacional da Petrobras, informou que, pela transação, a petroleira brasileira deveria desembolsar US$ 787,6 milhões.

Estavam presentes na ocasião, além de Gabrielli, Graça Foster e Cerveró, os diretores Almir Barbassa, Guilherme Estrella, Renato de Souza Duque e Paulo Roberto Costa.

Ao final da reunião, os diretores aprovaram as proposições formuladas e decidiram submeter a matéria ao Conselho de Administração, presidido na época por Dilma Rousseff. Não há registro de que Graça Foster se absteve ou se manifestou contrária à compra de Pasadena.

Em 3 de março de 2008, o Conselho de Administração se reuniu e foi informado da intenção da Petrobras de adquirir os 50% restantes da refinaria, mas não deliberou sobre o assunto e resolveu pedir mais informações sobre a negociação.

Já a diretoria executiva voltou a debater o tema em 8 de maio daquele ano e novamente decidiu enviar o assunto para o conselho. Graça Foster não participou desse encontro. Em 12 de maio de 2008, em outra reunião, o conselho voltou a ser informado sobre o andamento da transação, mas, segundo ata, “resolveu transferir a decisão para outra reunião”.

Em 20 de junho de 2008, o Conselho de Administração fez um outro encontro, no qual foi informado pela diretoria executiva de que a Petrobras havia instruído seus advogados a dar entrada num processo arbitral contra a Astra Oil, detentora dos outros 50% de Pasadena, para que a empresa belga assumisse suas obrigações de investir no empreendimento. Em dezembro de 2007, Cerveró havia assinado com a Astra um documento no qual concordava com o pagamento dos US$ 787,6 milhões. Mas depois, por causa de algumas pendências, essa proposta não foi adiante, e a estatal brasileira pediu um laudo arbitral.

Em 10 de abril de 2009, o laudo reconheceu o direito da Astra Oil de acionar a cláusula “put option”, que obrigava a Petrobras a adquirir a outra metade do negócio, e fixou um valor total de US$ 639 milhões para a aquisição dos 50% restantes de Pasadena. A Astra Oil não aceitou o resultado, e entrou na Justiça americana contra a Petrobras.

Estatal aguarda auditoria

Numa outra ata do Conselho de Administração à qual O GLOBO teve acesso, de 30 de julho de 2009, os conselheiros informam que resolveram dar continuidade ao processo, uma vez que a Astra não estaria aceitando dar quitação total à Petrobras e abrir mão das reclamações judiciais.

O conselho foi unânime em acatar uma orientação da diretoria executiva, que recomendava manter o processo e só pagar o valor à Astra se a empresa belga abrisse mão das reclamações na Justiça e desse plena quitação do negócio. A assessoria de imprensa da Presidência informou que o conselho nunca consentiu com a aquisição voluntária dos 50% remanescentes de Pasadena.

A assessoria de imprensa da Petrobras informou que a empresa não se manifestaria, porque a transação envolvendo Pasadena passa por uma auditoria interna, e a estatal só vai se manifestar depois de concluído o trabalho.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. O que eu acho engraçado é que havia uma cláusula no contrato dispondo da obrigatoriedade de compra da parte do outro sócio, em caso de desentendimento entre eles. Assim Petrobrás, vocês concordaram com essa palhaçada muito antes! O que a Justiça americana fez foi executar uma previsão contratual que VOCÊS aceitaram! E mesmo se não tivesse comprado a outra parte, o investimento inicial já era um prejuízo para uma petrolífera improdutiva como a de Pasadena. Ou vocês acham que iam vender para o Brasil se fosse algo que prestasse?

  2. Mas a PTbrás não vai apontar os responsáveis pelo péssimo negócio?
    Tem que haver uma CPI mesmo.

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Diversos

Presidente da Petrobras é eleita a mulher mais poderosa fora dos EUA pela Fortune

2013031990070A presidente da Petrobras, Graça Foster, foi eleita, pelo segundo ano consecutivo, a mulher mais poderosa do mundo dos negócios fora dos Estados Unidos pela revista Fortune.

O ranking, com 50 executivas, também inclui a presidente da companhia aérea TAM, Claudia Sender, na 23ª posição, e a brasileira Isela Constantini, presidente da General Motors (GM) para Argentina, Uruguai e Paraguai, na 37ª. As duas aparecem na lista pela primeira vez.

A publicação divide os rankings entre executivas de empresas americanas e internacionais. A lista dos Estados Unidos é liderada por Ginni Rometty, presidente da IBM, seguida por Indra Nooyi, comandante da PepsiCo no país, e Ellen Kullman, presidente da DuPont.

O ranking anual é feito pelos editores da revista, que consideram o alcance da empresa na economia mundial, a direção e saúde do negócio, a carreira da profissional e sua influência cultural e social.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Conseguir enfiar a Petrobras num poço de dívidas faz dela uma excelente administradora! Vergonha nacional.

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Cultura

Dilma, Eike e Graça Foster estão na lista dos mais influentes do mundo pela Times

A presidenta Dilma Rousseff foi novamente incluída na lista anual das 100 pessoas mais influentes do mundo, elaborada pela revista norte-americana Time. Além de Dilma, que figuoru na lista do ano passado, há mais dois brasileiros na relação: a presidenta da Petrobras, Graça Foster, e o empresário Eike Batista. O perfil de Dilma foi escrito pela presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, que não aparece na lista.

“Hoje, com a liderança de Dilma Rousseff, vimos um Brasil convencido de que seu interesse nacional está absolutamente ligado aos interesses de seus vizinhos”, diz Cristina Kirchner, no texto publicado na revista.

A lista da Time menciona ainda os presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, e Juan Manuel Santos, da Colômbia, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, a presidenta do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netaniahu.

No perfil, Cristina Kirchner destaca a personalidade forte e desafiadora de Dilma: “uma vez eu vi uma foto de Dilma Rousseff, aos 22 anos. Ela estava em pé na frente de um tribunal militar, em 1969, e os juízes escondiam seus rostos com as mãos. Ela exalava desafio.”

Em seguida, diz a presidenta argentina: “a mulher que eu conheci em 2003, quando ela se tornou ministra de governo [de Minas e Energia] do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tinha o mesmo compromisso [de desafio] que vi na menina [na foto de 1969].”

Cristina Kirchner relatou ainda que ela e Dilma compartilham “muitas experiências pessoais” comuns, como a herança imigrante, o ativismo, a militância jovem e os desafios enfrentados por “mulheres que tentam crescer em um espaço dominado pelos homens”. “Nós concordamos que a desigualdade social é o maior problema que enfrentam nossos países”, disse ela.

A lista completa com os 100 nomes das pessoas que mais influenciam no mundo pode ser vista na página da  revista na internet.

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