Política

Senado aprova projeto para quebra de patente de vacinas e remédios

Foto: REPRODUÇÃO / PIXABAY

O Senado aprovou nesta quarta-feira (11), por 61 votos contra 13, o projeto de lei que possibilita ao governo federal quebrar temporariamente a patentes de vacinas e medicamentos durante o enfrentamento de emergências. O projeto agora irá à sanção presidencial.

O PL 12/2021, de autoria do senador senador Paulo Paim (PT-RS), altera a Lei de Propriedade Industrial (Lei 9.279, de 1996). A quebra das patentes poderá acontecer em casos de declaração de emergência nacional, internacional, declarados pelo poder Executivo, ou de calamidade pública, reconhecido pelo Congresso Nacional.

Por conta da pandemia de covid-19, o tema tem sido alvo de debate por causa da desigualdade mundial no acesso às vacinas contra covid. Os EUA já se manifestaram a favor da quebra de patentes, posição contrária do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

A medida foi ainda alvo de julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal), que derrubou o trecho da Lei de Propriedade Industrial onde é a vigência de patentes é estabelecida por mais de 20 anos.

R7, com informações da Agência Senado

Opinião dos leitores

  1. Adivinha qual o partido? Se você disse PT, acertou! Qual é o efeito colateral? Os laboratórios vão pegar as malinhas e investir em pesquisa em outros países. Simples assim. Esses dementes acham pouco todo o mal que fizeram ao país, não tem nada ruim que esses canalhas não consigam piorar.

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Saúde

Covid-19: isenção de impostos para remédios é prorrogada até junho

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

A Câmara de Comércio Exterior do Ministério da Economia (Camex) prorrogou até junho de 2021 a isenção do Imposto de Importação para remédios e insumos utilizados para produtos empregados no combate à covid-19.

O órgão havia zerado a alíquota do tributo para 298 medicamentos e insumos por meio de uma decisão publicada pela Resolução No 17 de 2020. O prazo para a isenção seria o dia 31 de dezembro. A nova vigência vai até 30 de junho do ano que vem.

Em comunicado oficial sobre a decisão, o Ministério da Economia disse que a medida tem o intuito de ampliar a oferta de medicamentos com a redução de custos ocasionada pela retirada dos gastos com o Imposto de Importação.

A resolução prorrogada também estabeleceu que os órgãos responsáveis pelo licenciamento ou fiscalização deem preferência e prioridade à análise e eventual liberação destes medicamentos ou insumos.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. O presidente Bolsonaro sempre preocupado com a saúde e bem-estar da população.
    Parabéns Mito.
    MITO 2022

  2. Mais uma ação do governo Bolsonaro que a grande mídia e a esquerdalha fazem questão de ignorar. Mas, continuam com suas mentiras e com o mimimi. Até quando?

    1. Nossa imprensa é muito vigarista mesmo. A Camex já havia zerado essas tafiifas de importação desde o começo da pandemia. Mas foi so ó governo, recentemente, mexer nas de armas que se fez um alarde.

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Saúde

RESULTADOS ANIMADORES: Estudo com coquetel de remédios tem boa resposta contra a covid-19 e pacientes ficam livres da doença em sete dias

FOTO: GETTY IMAGES

Por ser um estudo do tipo clínico randomizado controlado; por já envolver testes com humanos; e por ter passado pelo peer review (uma revisão independente por especialistas que não são os mesmos a assinar o artigo), trata-se de uma publicação com critérios de excelência na pesquisa científica.

O artigo, assinado por mais de 40 cientistas liderados pelo professor da Universidade de Hong Kong Kwok-Yung Yuen, mostra que a combinação tripla eliminou o coronavírus em média sete dias após o início do tratamento — tempo significativamente menor do que o grupo controle, que foi tratado apenas com lopinavir-ritonavir e precisou de 12 dias para que o vírus não pudesse mais ser detectado em teste molecular RT-PCR.

O grupo que recebeu a combinação interferon beta 1-b, lopinavir-ritonavir e ribavirin tinha 86 pacientes; e o grupo controle, 41.

Os autores também perceberam melhores resultados da combinação tripla no tempo para desaparecimento de sintomas (quatro dias, versus oito no grupo controle); e para alta do hospital (nove dias versus 14,5).

Cautela com os resultados

Os pacientes envolvidos tinham casos leves e moderados de covid-19 e receberam tratamento por 14 dias. Os efeitos adversos foram considerados leves e semelhantes nos dois grupos (relatado por cerca de metade dos participantes de cada grupo), incluindo principalmente diarreia, febre e náuseas.

Os efeitos adversos foram considerados leves e semelhantes nos dois grupos (relatado por cerca de metade dos participantes de cada grupo), incluindo principalmente diarreia, febre e náuseas.

“Apesar destes resultados animadores, precisamos confirmar em uma fase mais ampla, a 3, que o interferon beta-1b sozinho ou em combinação com outros medicamentos é eficaz em doentes mais graves”, afirmou Kwok-Yung Yuen em comunicado à imprensa.

Os resultados divulgados agora correspondem ao que é classificado como fase 2 de estudos clínicos, envolvendo algumas centenas de pacientes doentes com a patologia para a qual se busca tratamento.

Ele também é caracterizado como um estudo randomizado controlado porque as pessoas testadas foram divididas aleatoriamente em um grupo que recebe o tratamento em questão; e um grupo controle, que recebe outro tratamento — neste caso, a combinação lopinavir-ritonavir, apenas.

Os pacientes são recrutados aleatoriamente para evitar que haja um viés de confirmação (uma tendência de interpretar ou orientar os resultados de modo que confirme a hipótese inicial ou as certezas do pesquisador).

Outra característica deste estudo é que ele foi open label, ou seja, tanto os pesquisadores quanto participantes tinham conhecimento dos tratamentos recebidos e não havia um grupo recebendo placebo — isto é considerado uma limitação pelos próprios autores.

Os 127 pacientes envolvidos foram diagnosticados com covid-19 através de testes e foram internados entre 10 de fevereiro e 20 de março — em Hong Kong, toda pessoa que tem resultado positivo para o novo coronavírus é hospitalizada.

O grupo teste recebeu uma combinação de lopinavir-ritonavir (400mg/100mg) e ribavirin (400mg) a cada 12 horas, além de três doses injetadas de interferon beta-1b em dias alternados; já o grupo controle recebeu apenas o lopinavir-ritonavir a cada 12 horas.

Neste período, eles continuaram recebendo tratamento padrão para covid-19, como ventilação, diálise e antibióticos.

Diferente de outras síndromes respiratórias, como Sars e Mers, em que antivirais podem combater o vírus antes do pico dos sintomas (entre 7 a 10 dias após o início), na covid-19, o aumento da carga viral coincide com a piora dos sintomas, logo nos primeiros dias da doença.

Isso é semelhante ao que ocorre com a influenza, sobre a qual já se sabe que uma combinação medicamentosa, em vez de apenas um medicamento, por ser mais eficaz. Por isso a aposta na combinação tripla interferon beta 1-b, lopinavir-ritonavir e ribavirin.

No surto de SARS em 2003, a combinação lopinavir-ritonavir (normalmente usada contra o HIV) e o ribavirin (usado contra a hepatite C) reduziu significativamente a ocorrência de insuficiência respiratória e mortes em pacientes hospitalizados. Já o interferon beta 1-b, desenvolvido para tratar da esclerose múltipla, também levou a redução da carga viral e melhora nos pulmões em testes com animais para MERS.

“Estas descobertas sugerem que o interferon beta 1-b pode ser um componente essencial desta combinação de tratamentos e válido investigá-lo mais no tratamento da covid-19”, diz a coautora Jenny Lo, do Hospital Ruttonjee, em Hong Kong.

“Os interferons são proteínas que ocorrem naturalmente, produzidas em reação a uma infecção viral. A esperança é que o interferon beta-1b aumente a capacidade do organismo de combater o novo coronavírus”

Fora da equipe responsável pela publicação no Lancet, Sarah Shalhoub, pesquisadora da Universidade Ocidental do Canadá, enviou por escrito à imprensa um comentário sobre o artigo.

“A maioria dos estudos publicados até agora foram do tipo retrospectivos ou observacionais. Portanto, esse estudo controlado e randomizado, com objetivo prospectivo, agrega um valor significativo ao acúmulo de evidências sobre tratamentos, eliminando uma série de limitações inerentes aos estudos retrospectivos. ”

“No entanto, como os autores reconhecem, são necessários estudos futuros para examinar a eficácia do interferon beta-1b sozinho ou em combinação com outros medicamentos para tratar pacientes graves com covid-19, além de uma comparação com placebo.”

BBC

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Polícia

Motoboy é assaltado enquanto fazia entrega de remédios na Zona Sul de Natal

Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

O portal G1-RN destaca nesta quarta-feira(15) que um motoentregador foi assaltado na noite dessa terça-feira (14) enquanto passava pela Avenida Jaguarari, no bairro de Lagoa Nova, Zona Sul de Natal. A vítima que trabalha para uma farmácia de manipulação estava fazendo a entrega de medicamentos de 15 pacientes quando foi abordado por bandidos. Veja detalhes aqui em reportagem completa.

 

Opinião dos leitores

  1. Prenderam o trabalhador e soltaram os bandidos. Esse Brasil não serve para 90% dos brasileiros.
    O Brasil precisa e deve ser passado a limpo, não podemos ter bandidos soltos a qualquer pretexto. Tudo é usado como justificativa para soltar bandido e prender o cidadão.
    O fatos estão aí, são de conhecimento público, nem precisa entrar em detalhes.
    Até mudar a jurisprudência para favorecer político e poder soltar condenado em segundo grau, fizeram. Esse Brasil não é dos brasileiros trabalhadores, honestos, guerreiros, ele pertence a quem tem condenação e precisa estar sob o manto da impunidade

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Saúde

Vacinas, remédios e controle: as possibilidades de tratamento e prevenção ao coronavírus até aqui

Foto: GettyImages

A propagação do novo coronavírus e a disparada no número de mortos pela doença covid-19 faz com que laboratórios, cientistas, médicos e governantes se apressem em busca de remédios e vacinas para conter a pandemia.

Dezenas de substâncias com potencial de tratamento, de antiretrovirais a corticóides, estão sendo testadas, e alguns países começam a mostrar bons resultados no controle da propagação do vírus.

Conheça, a seguir, as principais luzes no fim do túnel da crise causada pela pandemia, que, no Brasil, até aqui já infectou quase mil pessoas e causou ao menos sete mortes.

Na última quarta-feira (18), a China informou que não registrou nenhum caso de transmissão local do novo coronavírus nas 24h anteriores. Foi a primeira vez que isso ocorreu desde o início da epidemia de covid-19 no país, há três meses.

Isso não significa que não tenha havido novos casos; autoridades disseram que 34 pessoas ficaram doentes, mas vindo de outros países. Mesmo assim, é um feito que pode sinalizar o início de uma reviravolta.

Na China, já foram notificados 80.928 casos do novo coronavírus, com 3.245 mortes.

A Coreia do Sul também avançou no controle do coronavírus. O país chegou a ter quase mil novos casos da doença por dia, mas conseguiu controlar a difusão e hoje registra cerca de uma centena de novos casos por dia.

Remédios

Hidroxicloroquina: a substância foi criada em 1945 a partir da cloroquina, um derivado do quinino, a primeira substância com efeito comprovado contra a malária.

Como explicou em sua conta no Twitter o psiquiatra e professor da Unicamp Luís Fernando Tófoli, o quinino foi isolado no século 19, mas desde o século 17 já era usado por indígenas peruanos como um fitoterápico – eles consumiam a planta cinchona, rica em quinino, a mesma substância da água tônica.

A hidroxicloroquina, “neta” da cloroquina, é há décadas utilizada para tratar malária e também doenças oncológicas e reumatológicas. Seu efeito antiviral já havia sido confirmado no tratamento de outras SARS (síndromes respiratórias agudas) no início do século.

Agora, estudos na China e na França publicados nos últimos dias sugerem que possa ser empregada contra a covid-19.

Após 6 dias, a percentagem de pacientes que receberam HCQ e continuaram com covid-19 caiu para 25%.

Melhor ainda, esse total caiu a 0% na combinação entre a hidroxicloroquina e o antibiótico azitromicina.

Há ressalvas: a amostragem foi muito pequena, a quantidade de pessoas testadas foi baixa, de 20 pessoas, seis das quais receberam as duas drogas combinadas.

Por outro lado, ao contrário de novos remédios, que precisam passar por extensas baterias de testes antes de serem usados em larga escala em humanos, esse já está aprovado para outras finalidades. Na prática, bastariam “canetadas” de autoridades para que estivesse disponível em pouco tempo.

Remdesivir: o remédio desenvolvido pelo laboratório Gilead Sciences foi criado para o tratamento do ebola e não funcionou, mas está sendo testado para o novo coronavírus. Os resultados da primeira onda de provas, com 761 pacientes, devem ser publicados nas próximas semanas.

O remédio já foi utilizado em pacientes nos Estados Unidos e, segundo informações, teve efeito positivo sobre as condições clínicas, embora não tenha eliminado o vírus.

Em seu favor, justamente por ser estudado e desenvolvido desde as epidemias de ebola, na África, nos anos 1990, o Remdesivir já está em um estágio mais avançado de desenvolvimento. A Universidade de Nebraska, por exemplo, já está conduzindo testes clínicos para o coronavírus.

Actemra: esse remédio, da fabricante Roche, foi aprovado pela China para o tratamento de complicações decorrentes da infecção por coronavírus. A família de drogas à qual o Actemra pertence tem habilidade de prevenir reações exageradas do sistema imunológico sobre as infecções e inflamações o pulmão que, até aqui, são as principais causas de mortes por covid-19.

A droga está em fase de testes pré-clínicos com 188 pacientes infectados por coronavírus, na China. Os testes oficiais devem começar em maio.

Favilavir: foi a primeira droga antiviral aprovada na China contra o coronavírus. Passou bem por testes pré-clínicos envolvendo 70 pacientes na província chinesa de Shenzhen e agora aguarda novos testes.

Galidesivir: o antiviral da fabricante Biocryst Pharma mostrou ampla atividade contra diversos patógenos, incluindo o coronavírus. Sua atuação inibe o processo de reprodução do vírus, e, por isso, já foi usado, com sucesso, em pacientes com ebola, zika e febre amarela. Como o Remdesivir, essa droga está em estágio avançado de desenvolvimento.

Vacinas

Diversos laboratórios em todo o mundo estão correndo contra o tempo para tentar descobrir uma vacina que permita imunizar as populações contra o novo coronavírus.

Em 12 de março, a companhia biofarmacêutica Medicago, do Canadá, anunciou ter desenvolvido uma partícula similar ao SARS-Cov-2, o nome científico do novo coronavírus. A empresa já faz testes pré-clínicos e discute com autoridades de saúde para realizar testes em humanos em julho.

A companhia I-Mab Biopharma, dos EUA, também está desenvolvendo um anticorpo neutralizador chamado TJM2 que tem demonstrado ser útil para prevenir efeitos colaterais graves da infecção por coronavírus. A droga não elimina o vírus, mas evita um mecanismo do sistema imunológico humano responsável por gerar inflamação crônica – que, quando localizada no pulmão, é a principal causa de morte.

AT-100: a proteína recombinada criada pelo laboratório Airway Therapeutics tem se mostrado eficiente em estudos pré-clínicos para reduzir os processos de inflamação e infecção dos pulmões, e, ao mesmo tempo, tem melhorado a resposta do sistema imunológico dos doentes.

BPI-002: a molécula criada pela fabricante Americana BeyondSpring demonstrou, em laboratório, a habilidade de ativar células chamadas CD4+, que, por sua vez, auxiliam outras células, chamadas CD8+, a gerar uma resposta eficiente do sistema imunológico humano.

Se combinada com outras vacinas, essa droga pode ser capaz de gerar imunidade a infeções por coronavírus.

MERS CoV: a vacina desenvolvida para a MERS, uma espécie de avô do novo coronavírus que surgiu no Oriente Médio por volta de 2012, foi criada pelo laboratório Novavax e agora é uma das maiores apostas para vacina.

Globo, via Valor Investe

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Saúde

Remédios têm resultados positivos em pesquisas para o tratamento do coronavírus; veja 4 possibilidades

Ilustração histórica criada pelo governo dos Estados Unidos promove o tratamento da malária usando a cloroquina como método preventivo — Foto: CDC

Quatro medicamentos apresentaram resultados positivos em pesquisas científicas no tratamento da Covid-19, doença causada pelo coronavírus. Esses remédios atuam em diferentes estágios de contaminação das células. Os resultados ainda são preliminares.

São eles:

Cloroquina
Remdesivir
Lopinavir/Ritonavir
Favipiravir

Este último foi divulgado nesta quarta-feira (18) e é vendido comercialmente no Japão com o nome de “Avigan”. Ele foi desenvolvido pela empresa Toyama Chemical, do grupo Fujifilm, e é usado há mais de 5 anos contra a Influenza.

Consultada, a Anvisa informou que não existe pedido de registro ou mesmo de pesquisa clínica envolvendo o produto no Brasil. O Remdesivir também não tem uso liberado no mundo. Já a Cloroquina e o Lopinavir/Ritonavir existem no país.

Medicamentos em testes:

Favipiravir

O favinapiravir é um inibidor da enzima RNA polimerase, responsável pela síntese do RNA e que pode replicar o genoma de vírus como o coronavírus dentro das células. “O favipiravir não deixa que o material genético do vírus se reproduza”, explicou o infectologista Renato Grinbaum.

Autoridades médicas chinesas anunciaram que o remédio foi eficiente contra a doença e não apresentou efeitos colaterais. Pessoas que estavam com o vírus apresentaram um resultado negativo – o micro-organismo não foi mais detectado – depois de 4 dias de uso do favinapiravir. Pacientes tratados com o medicamento também apresentaram uma melhora nas funções pulmonares.

Cloroquina

A cloroquina é um remédio usado para o tratamento da malária desde a década de 1930. Ela também foi usada no tratamento de doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide.

A droga passou por testes laboratoriais e impediu a entrada do vírus nas células, além de evitar a disseminação das células infectadas. Um estudo publicado pela “Nature” mostrou que a cloroquina bloqueia a infecção por vírus porque altera o pH das estruturas necessárias para o vírus entrar na célula.

“A cloroquina deixa o pH das vesículas internas das células mais alcalino. Os estudos indicam que o fato de alcalinizar essas vesículas impacta na multiplicação do vírus no interior das células. Por modificar drasticamente o interior das células, ela mexe com vários receptores que o vírus usa para se modificar”, explicou o imunologista do Instituto de Ciências Biomédicas da USP Claudio Marinho.

A ação anti-inflamatória do remédio também pode ser efetiva contra o vírus. “A cloroquina diminui a resposta inflamatória que o nosso corpo usa pra destruir o vírus”, disse o professor especialista em medicina tropical da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Marcelo Burattini.

Remdesivir

O Remdesivir é um remédio que age evitando a síntese do RNA (material genético) do vírus nas células, de acordo com Burattini.

A farmacêutica americana Gilead detém a patente de uso do Remdesivir. Seus testes clínicos começaram em 2015 para um série de vírus, entre eles a malária e a influenza, mas ele não é uma droga aprovada para uso.

“A Gilead ofereceu o remédio para teste em um pequeno grupo de pacientes em colaboração com as autoridades chinesas e os resultados foram promissores, mas ainda são muito preliminares”, disse o professor Burattini.

Segundo o professor, o Remdesivir já foi usado compassivamente por duas vezes: em 2016 e em 2018, durante surtos do Ebola. Ele foi aprovado para testes nos Estados Unidos, mas ainda não há resultados conclusivos, feitos com uma amostragem grande de pacientes.

Lopinavir e Ritonavir

É um dos componentes de coquetéis antivirais. Foi usado no Brasil nos anos 1980 e 1990 para tratar o HIV. “Era muito popular no Brasil, mas foi abandonado porque surgiram drogas de novas gerações que são mais efetivas e têm menos efeitos colaterais”, disse Burattini.

O Lopinavir impede a formação da Protease, enzima responsável pela quebra da proteína, explicou Grinbaum. Já o Ritonavir é um remédio complementar, que impede que o Lopinavir seja destruído pelo fígado.

“O inibidor de protease quebra grandes cadeias proteicas em pequenos pedaços. Isso é importante para impedir a montagem final do vírus na célula, porque o vírus se insere no nosso genoma celular e passa a comandar a célula, seu genoma usa o nosso material celular para fazer cópias dele mesmo”, explicou Burattini.

O inibidor de protease impede que o vírus tenha sua cadeia quebrada e as proteínas reestruturadas em novos vírus. Em comparação com os outros medicamentos, o Lopinavir atua em uma fase mais tardia da infecção.

“Os inibidores têm potencial de causar efeitos adversos razoavelmente importantes porque interferem em funções celulares, mesmo que muito específicas”, explicou o professor. O composto pode causar toxicidade no fígado, intolerância gastrointestinal, náuseas e vômito.

G1

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Saúde

Saiba quais remédios têm ibuprofeno, não recomendado contra o coronavírus

Foto: (Bloomberg/Getty Images)

Um estudo publicado no periódico científico The Lancet que alertou sobre uso de ibuprofeno no tratamento de pacientes contaminados com o novo coronavírus (Covid-19) fez a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomendar o uso do medicamento. Abaixo está uma lista de quais remédios levam o ativo em sua composição.

Anti-inflamatório utilizado para baixar a febre dos pacientes, o ibuprofeno causa a ativação do receptor EAC2. Esse processo pode potencializar a ação do vírus para infectar outras células do corpo humano.

Além da OMS, especialistas procurados pela EXAME também se posicionaram contra o uso. Em entrevista recente, Luís Fernando Aranha, infectologista da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, afirmou que o “o temor é que o ibuprofeno possa piorar o quadro de um paciente já infectado com o novo coronavírus”.

Vale lembrar que antes de suspender o uso de alguma medicação é preciso buscar orientação médica.

Confira abaixo a lista de remédios que contêm ibuprofeno:

  • Advil
  • Algiflex
  • Algi-Reumatril
  • Alivium
  • Buprovil
  • Buscofem
  • Dalsy
  • Doraliv
  • Doraplax
  • Febsen
  • Ibuflex
  • Ibufran
  • Ibuliv
  • Ibupril
  • Ibuprofan
  • Ibuprofeno
  • Ibupromed
  • Ibuprotrat
  • Ibuvix
  • Iquego-Ibuprofeno
  • Lombalgina
  • Motrim
  • Novalfem
  • Otiun
  • Parartrin
  • Spidufen
  • Uniprofeno

 

Exame

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Diversos

Serviço da Nota Potiguar indica ao consumidor farmácias com remédios mais baratos

Um novo serviço está disponível para os usuários do aplicativo Nota Potiguar, o Menor Preço Medicamentos, que faz uma busca e indica as farmácias onde o remédio está com os preços mais baratos. A ferramenta foi adicionada neste mês ao serviço Menor Preço, que já relacionava os postos de gasolina com preços mais baixos na localidade em que o consumidor desejar. Apenas digitando o nome do medicamento (nome fantasia ou princípio ativo), é possível obter uma relação de farmácias onde o produto foi comercializado com valores mais em conta. Um estímulo e tanto ao hábito de pesquisar antes de comprar para economizar.

A expectativa do Governo do Estado é ampliar o mix de produtos que podem ser pesquisados pela população nesse serviço da Nota Potiguar, que sugere onde o consumidor pode adquirir produtos por preços mais baixos baseado nas notas fiscais pedidas pelos usuários. Inicialmente, a campanha começou com preços de combustíveis e agora estão sendo inseridos outros produtos: medicamentos. Basta pesquisar o remédio por cidade que o app verifica onde foi vendido pelo menor custo, assim como já acontece com os combustíveis.

O serviço Menor Preço depende diretamente dos pedidos de inclusão do CPF na nota e mostra o menor valor entre os estabelecimentos que emitiram nota fiscal a pedido dos usuários da campanha. Então, quanto mais o consumidor exigir o documento fiscl das compras em todos os estabelecimentos, maior é a chance de mostrar o menor preço do produto de forma mais assertiva.

Promovida pelo Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN), a campanha Nota Potiguar faz parte das ações do Programa de Educação e Cidadania Fiscal do Rio Grande do Norte, premiando e dando vantagens a quem exige a nota fiscal. A campanha já está no oitavo mês e os vencedores do sétimo sorteio já foram divulgados.

Sétimo sorteio

Cinco ganhadores de Natal e um de Parnamirim foram os contemplados. Eles vão ganhar prêmios em dinheiro no total de R$ 118 mil e as entidades beneficentes escolhidas também vão ganhar metade da premiação, além de recursos extras advindos da participação na campanha. O programa estimula o cidadão a solicitar a nota fiscal com a inclusão do CPF em troca de prêmios e vantagens.

Os sorteados foram Cristovão Francisco dos Santos (R$ 50 mil), Cynthia Hatsue Kitayama Cabral (R$ 30 mil), Francisca Rodrigues da Silva (R$ 20 mil) Alisson Pereira de Amorim (R$ 10 mil) e Francisco de Freitas Santos (R$ 4 mil) – todos da capital. De Parnamirim, o ganhador foi Pedro Ildefonso de Azevedo Júnior (R$ 4 mil). As instituições escolhidas por esses ganhadores foram o Hospital Infantil Varela Santiago, a Associação de Deficientes Visuais do Rio Grande Do Norte (ADEVIRN), a Casa da Criança de Pau dos Ferros, o Grupo de Apoio à Criança com Câncer, Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva e o Abrigo Dispensário Professor Pedro Gurgel de Caicó. Essas entidades beneficentes receberão respectivamente metade do valor correspondente a cada prêmio e recursos do rateio de R$ 100 mil, que é feito entre as instituições cadastradas na campanha.

Esse sorteio da Nota Potiguar foi baseado nos números da Loteria Federal do dia 22 de janeiro. Para participar, basta baixar o aplicativo Nota Potiguar, disponível para os sistemas operacionais Android e iOS, e solicitar a inclusão no CPF na nota no momento das compras. Cada R$ 50 acumulados valem um ponto e que dá direto a bilhetes do sorteio e outras vantagens.

Opinião dos leitores

  1. Falando em nota potiguar… vejo que falta orientação quanto ao resgate do desconto no ipva. No meu, por exemplo, não veio.

  2. Este serviço que indica remédio mais barato é conversa, quando vc vai na farmácia o preço é outro.

  3. A secretaria de Tributação e o Nota Potiguar dando um show de prestação de serviço ao cidadão.

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Economia

Remédios genéricos e similares: aprenda a fazer trocas na receita médica e gastar menos

 Foto: Shutterstock/Perfectlab

Remédios genéricos custam, no mínimo, 35% menos do que medicamentos de referência — como determina a lei — e podem ser uma boa opção para quem quer economizar na farmácia. Os similares também costumam ser alternativas mais baratas, embora não haja regras para precificação deles. Entender a diferença entre esses três tipos de produtos farmacêuticos é importante para saber quando se pode fazer trocas na receita médica e comprar um no lugar do outro.

Medicamentos de referência são mais caros porque são inovadores. São resultado de anos de pesquisa de laboratórios farmacêuticos que desenvolveram a droga, fizeram testes para comprovar a eficácia dela e investiram na divulgação do produto. Para garantir o retorno financeiro às empresas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ao registrar esses remédios, concede a elas o direito de comercialização exclusiva por 20 anos. Após esse período, a patente é quebrada, e então podem surgir os similares e os genéricos.

Segundo o farmacêutico Jonatas Meireles da Silva, coordenador da Seccional da Baixada Fluminense e Serrana do Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro (CRF-RJ), medicamentos genéricos e similares são “cópias” dos de referência e custam menos justamente porque pulam toda a fase de pesquisa e testes. A diferença entre eles é que o genérico é vendido com o nome do princípio ativo, e a embalagem apresenta uma faixa amarela com a letra G, para indicar a classificação do produto. Já o similar tem nome comercial e a logomarca do laboratório na caixa. A eficácia, no entanto, é a mesma.

— Genéricos e similares são bioequivalentes aos medicamentos de referência, ou seja, contêm a mesma droga, que age da mesma forma no organismo — explica o farmacêutico.

Como fazer trocas na receita médica

Por isso, sempre que na receita médica estiver escrito o nome do remédio de referência, ele pode ser substituído tanto pelo genérico quanto pelo similar. Em geral, os genéricos são as opções mais baratas, os similares têm preço intermediário, e os de referência são os mais caros.

Em contrapartida, se o medicamento prescrito for o similar, ele não pode ser trocado pelo genérico, apenas pelo de referência. De acordo com Silva, isso ocorre porque os testes de equivalência do remédio similar são realizados em relação à referência, não com o genérico.

Pelo mesmo motivo, só se pode substituir os genéricos pelas drogas de referência, já que os testes comparativos são feitos entre esses dois tipos de medicamentos, sem considerar os similares.

Para conseguir economizar nas drogarias, o paciente deve se informar o máximo possível sobre o tratamento na consulta com o médico. Vale pedir ao profissional que escreva na receita todas as opções de medicamentos, para garantir que se possa comprar aquele que seja eficaz e mais barato.

— Conversar com o farmacêutico também é importante para ter as dúvidas esclarecidas. Hoje, muitas farmácias dispõem de uma sala de atendimento para isso — ressalta Silva.

Economia de R$ 200

A leitora Thaíssa Santos adora economizar Foto: Marcelo Regua / Agência O Globo

A administradora Thaissa da Silva Santos, de 29 anos, vai com frequência à farmácia para comprar medicamentos de uso pessoal e para a avó. Além de pesquisar preços em, pelo menos, três estabelecimentos antes de levar qualquer remédio para casa, ela fica atenta à possibilidade de fazer trocas nas receitas médicas para gastar menos.

— Eu procuro os similares, mas os que mais uso são os genéricos, que são mais em conta e fazem o mesmo efeito — diz Thaissa, que está no grupo de “caçadores de ofertas” do “Qual oferta”, plataforma dos jornais EXTRA, O Globo e Expresso que reúne, no impresso e no digital, as melhores promoções de supermercados, drogarias e lojas de departamento de Rio e Grande Rio.

Com essa estratégia, a administradora faz uma boa economia. Segundo ela, o genérico da dipirona — um dos analgésicos mais conhecidos — custa de R$ 4 a R$ 6, enquanto o medicamento de referência é comercializado, normalmente, entre R$ 10 e R$ 14. Já a lamotrigina, usada no tratamento da epilepsia, apresenta variação de preço de cerca de R$ 200 quando se compara o genérico e a referência.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Troque a receita e continue doente kkkkk
    Um monte de remédio q paga comissão ao balconista para trocar. É essa mania de achar que tudo é igual. Se refrigerante tem diferença. O cara toma um gole de refrigerante preto e diz logo se é ou não coca. De guaraná ai diz logo se é Antártica, ai quando é remédio que vai cuidar da saúde dele ou do filho ou da mãe ai o cara quer "o mais barato". Entenda, nem japonês é igual pq é parecido. Se vc quer trocar a sua receita troque, mas o risco é seu, depois não vá dizer que a culpa é do médico q passou o remédio errado!

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Saúde

Ministério da Saúde comprará remédio no setor privado, ao invés dos laboratórios públicos

Foto: Reprodução Internet

O Ministério da Saúde disse nesta terça-feira, 16, que, para garantir que não faltem medicamentos de distribuição obrigatória no Sistema Único de Saúde (SUS), os remédios que eram fornecidos por laboratórios públicos e tiveram contratos suspensos serão adquiridos da iniciativa privada.

A pasta da Saúde suspendeu, nas últimas três semanas, contratos com 7 laboratórios públicos nacionais para a produção de 18 medicamentos e uma vacina distribuídos gratuitamente pelo SUS. Documentos obtidos pelo Estado apontam que houve suspensão de projetos de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) destinados à fabricação de remédios para pacientes que sofrem de câncer e diabete, por exemplo.

Em nota, o ministério justificou que a suspensão das parcerias aconteceu por seis motivos principais: Recomendação de órgãos de controle (como a Controladoria-Geral da União e o Tribunal de Contas da União), decisão judicial, descumprimento de cronograma, falta de avanços esperados, falta de investimentos em estrutura ou solicitação de saída do parceiro privado.

Em nota nesta terça, a pasta disse que a etapa atual permite que os laboratórios públicos apresentem medidas para reestruturar o cronograma de ações e atividades dos contratos suspensos. “Trata-se de uma medida regular e recomendada pelos órgãos de controle, como Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria-Geral da União (CGU), além de estar prevista no marco regulatório das PDPs e realizada com normalidade. Toda e qualquer parceria que estiver em desacordo é suspensa para avaliação”.

A Associação de Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil (Alfob), porém, disse que foi pega de surpresa com as suspensões e vai ingressar com ações na Justiça contra a pasta.

“Para suspender um PDP precisa ter uma avaliação de um comitê técnico, de um comitê deliberativo, ter aprovação do grupo executivo do complexo industrial da saúde”, disse ao Estado o presidente da Bahiafarma, Ronaldo Ferreira Dias, que também preside a associação de laboratórios.

“Muitos dos laboratórios estão em fase de importação de insumo, ou desenvolvendo tecnologias,” afirmou Dias. Segundo o ministério, cinco das parcerias suspensas estavam em fase avançada para a aquisição dos medicamentos produzidos. O ministério informou ainda que vem realizando compras desses produtos “por outros meios previstos na legislação”, como pregões, licitações (ou dispensa desses processos) e outros mecanismos.

Economia

De acordo com cálculos da associação de laboratórios públicos as PDPs significaram, ao longo dos últimos oito anos, em mais de R$ 20 bilhões em economia para o Tesouro Nacional.

Por isso, para a entidade, a suspensão de 19 contratos “não apenas coloca em risco o abastecimento de medicamentos estratégicos”, mas também difere dos esforços de outros ministérios de aquisição de tecnologia pela indústria nacional.

Defendido como inovador, modelo enfrenta problemas

Defendidas por especialistas em inovação como um caminho para modernizar laboratórios públicos nacionais, as Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs) têm acumulado problemas em sua execução no País. Segundo dados do próprio Ministério da Saúde, não é a primeira vez que convênios do tipo são suspensos. Desde 2015, 46 PDPs já foram interrompidas. Hoje, 87 estão vigentes.

Em uma PDP, a farmacêutica privada firma acordo com o ministério, comprometendo-se a repassar a um laboratório público, em um período de cinco anos, tecnologia para a produção de um determinado produto. O laboratório privado, por sua vez, recebe como contrapartida a garantia de tornar-se o único fornecedor daquele item ao ministério durante os cinco anos da parceria.

No Brasil, as PDPs sofrem com as condições precárias de alguns laboratórios públicos, que nem sempre conseguem alcançar estrutura e tecnologia adequadas para assumir a produção dos medicamentos. Outro problema é que, ao fim da PDP, o produto foco da parceria pode já estar com a tecnologia ultrapassada. Para Fadlo Fraige Filho, presidente da Associação Nacional de Atenção ao Diabete (Anad), esse é o caso das insulinas que tiveram os contratos suspensos. “Insulinas de NPH são tecnologias antigas, de 30 anos atrás. Não há necessidade de o governo investir em uma fábrica que produz insulina de tecnologia ultrapassada”, defendeu ele, que não vê risco de desabastecimento.

Outro que acredita que a suspensão não afetará pacientes é Carlos Varaldo, do Grupo Otimismo de Apoio a Portadores de Hepatite. Ele diz que o sofosbuvir, usado no tratamento da hepatite C, que também teve seu processo de PDP suspensa, tem estoque garantido por um pregão realizado no início do ano. “Não nos interessa se é medicamento de PDP ou de marca. Queremos preço justo. Sou a favor (das PDPs), mas todo ano deveria ter uma licitação e, se houver medicamento mais barato, baixar (o preço).”

Estadão

Opinião dos leitores

  1. Nem precisa dizer que é uma nova forma antiga de roubar os cofres públicos. Não existe nenhuma relação público-privada que não seja promíscua.

    1. Bem que falei que era temporário, arrumado o desmanche do PT, as coisas volta a fluir normalmente.
      Outra coisa que é sempre bom lembrar.
      LULA TÁ PRESO BABACA.

      Kkkkkkk

    2. Boa pergunta pra vc mesmo responder.
      Kkkkkkkkkkkkllk
      Kkkkkkklllllllll
      Lula tá preso babaca.

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Judiciário

Maioria do STF autoriza, com várias restrições, fornecimento de remédios sem registro na Anvisa

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal ( STF ) votou para autorizar a possibilidade de juízes obrigarem o poder público a fornecer medicamentos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa ), desde que respeitados alguns critérios e vedados os remédios experimentais que ainda não passaram por testes. Como cada ministro está sugerindo restrições diferentes, os limites da decisão só serão conhecidos ao fim do julgamento. A ação analisada trata de um caso específico, mas têm repercussão geral. Assim, a decisão que for tomada terá de ser seguida por juízes e tribunais de todo o país.

O julgamento começou em setembro de 2016, quando votaram três ministros: o relator, Marco Aurélio Mello, mais Luís Roberto Barroso e Edson Fachin. Todos eles destacaram a necessidade de garantir a segurança dos medicamentos. Assim, a regra deve ser a necessidade de registro na Anvisa, mas eles também propuseram algumas exceções. Entre as regras sugeridas pelos ministros do STF estão a apresentação de um laudo médico demonstrando a indispensabilidade do medicamento e o registro em agências renomadas de outros países equivalentes à Anvisa.

Andrea Carla sente dores e teme perder o rim que recebeu há seis anos, por estar há três meses sem conseguir o remédio de que precisa Foto: Leo Caldas
Na época, o ministro Teori Zavascki pediu vista, adiando a conclusão do julgamento. Ele morreu em janeiro de 2017 e foi substituído por Alexandre de Moraes, que deu seu voto nesta quarta-feira. Em seguida, Rosa Weber, Luiz Fux e Cármen Lúcia também autorizaram o fornecimento de medicamentos sem registro em algumas situações. Assim, já são sete votos de um total de 11.

Moraes destacou que o direito universal à saúde não significa o provimento gratuito de qualquer tratamento. Ele destacou que é preciso levar em conta também o orçamento e criticou a excessiva judicialiação da saúde. Ele entende que, caso haja um pedido na Justiça para fornecer medicamento sem registro na Anvisa, uma eventual decisão favorável do magistrado deve ser direcionada primeiramente à agência, para que ela cumpra os prazos estipulados em lei.

— Na hipótese de pleito judicial de medicamento não registrado vedado pela lei a tutela judicial inicial deverá inicialmente limitar-se a determinar que a Anvisa analise a possibilidade de registro no prazo máximo de 365 dias, na categoria ordinária, e 180 dias quando se tratar da categoria prioritária, tratamento de doença rara e ultra rara, sendo possível o prazo de 90 dias se não houver necessidade de diligencias no processo administrativo — disse Moraes.

Segundo o ministro, se a Anvisa não tiver concluído a análise dentro do prazo, aí sim o juiz poderá determinar seu fornecimento, mas observados alguns critérios. Moraes propôs: a existência de laudo médico comprovando a necessidade do medicamento, registro em agências renomadas no exterior, inexistência de substituto registrado no Brasil, e falta de condições financeiras do paciente.

Na pauta de julgamentos desta quarta-feira, também há outros dois processos que tratam de assuntos semelhantes, mas o STF ainda não retomou sua análise. Uma dessas ações aborda o fornecimento de medicamentos de alto custo com registro, e outro discute a quem cabe o ônus das decisões tomadas no âmbito da chamada “judicialização da saúde”. Nesse último caso, os governadores reclamam que os estados estão sobrecarregados, e querem direcionar as demandas para a União. Ambas as ações também tem repercussão geral.

O Globo

 

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Saúde

Ministro da Saúde encontrou no início de janeiro estoque zerado de remédios para doenças raras e transplantados

Reprodução: Instagram

Presidente Jair Bolsonaro(PSL) informou através das redes sociais nesta terça-feira(21) a grave constatação do ministro da saúde no início de janeiro, ao encontrar zerado o estoque de remédios para doenças raras e transplantados.

Bolsonaro ainda destacou o gasto anual com esses medicamentos na casa dos R$ 15 bilhões. Ainda informa que a recomposição do estoque e distribuição aos pacientes deve ser normalizada até junho.

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Saúde

Fim da epidemia de Aids pode estar próximo: remédios conseguem prevenir transmissão do HIV

Foto: Latinstock

Um estudo europeu com cerca de 1.000 casais de homens gays que fizeram sexo sem preservativos — em que um dos parceiros possuía o vírus HIV e estava tomando medicamentos antirretrovirais para suprimi-lo — mostrou que o tratamento pode prevenir a transmissão do vírus pela via sexual.

O estudo prova, segundo os pesquisadores, que utilizar a terapia antirretroviral para suprimir o vírus da Aids para níveis indetectáveis também significa que o vírus não pode ser transmitido através de relação sexual.

— Nossas descobertas apresentam evidências conclusivas para homens gays de que o risco da transmissão do HIV com o supressor ART é zero — afirmou Alison Rodger, professora da University College London, que co-liderou a pesquisa.

Rodger acrescentou que essa “mensagem poderosa” poderia ajudar a acabar com a pandemia do HIV ao prevenir a transmissão do vírus em populações de alto risco. Apenas no estudo, por exemplo, os pesquisadores estimam que o tratamento antirretroviral supressor preveniu aproximadamente 472 transmissões de HIV durante oito anos.

A pesquisa, publicada no jornal médico científico Lancet nesta quinta-feira, avaliava o risco da transmissão do HIV entre casais homossexuais compostos por homens em que um dos parceiros é HIV-positivo e o outro é HIV-negativo e que não usam preservativos.

Cura da doença

Em março deste ano, um homem britânico tornou-se a segunda esperança de cura da Aids . Após receber células-tronco da medula óssea de doador com resistência à infecção pelo vírus, ele foi considerado “funcionalmente curado”.

O Globo

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Economia

Remédios devem ficar mais caros a partir desta terça-feira

remedio_dinheiro_200x150O brasileiro deve gastar mais para comprar remédios a partir deste terça-feira (31). Isto por que o Ministério da Saúde, se cumprir o anúncio de dias atrás, divulgará o reajuste para os medicamentos, que deve recair sobre cerca de 9 mil itens. A expectativa é de que o percentual de aumento fique em torno de 7%, embora a Câmara de Regulação de Medicamentos (Cmed) assegure que será menor que inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses, no entanto, está beirando justamente este percentual.

Em 2014, o reajuste foi de até 5,68%. Na época, representantes farmacêuticos reclamaram que, na prática, o aumento médio foi de 3,52%. O possível reajuste, porém, não deve atingir o bolso do consumidor de forma imediata. Isto ocorre por que os fabricantes e distribuidoras dos medicamentos demoram alguns dias para enviar os catálogos com os valores atualizados. Com isso, o ideal é que o consumidor pesquise bem antes de decidir o local das compras.

Medicamentos do nível 1 serão reajustados no máximo, possivelmente, em 7,7%. Nesta categoria estão incluídas drogas bastante comercializadas, como omeprazol, metformina, sinvastatina, dipirona e amoxicilina. No segundo nível, 2, remédios considerados de concorrência mediana, como o risedross, o percentual será de 6,35%. Já os de menor concorrência ou aqueles ainda protegidos por patentes, como ritalina, buscopan e aerolin, terão aumento de 5%.

O consumidor pode conferir, no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), uma lista de 2014 sobre a classificação de cada remédio, e, portanto, o possível aumento no preço de cada um. Para a maioria dos medicamentos, a classificação não será alterada.

De acordo com o ministério, os medicamentos não terão impactos de preços expressivos porque houve alteração na fórmula de cálculo. Agora, serão usados a inflação, a produtividade, o custo dos produtos usados pela indústria farmacêutica e a concorrência do mercado. Com esta medida, o governo tenta adequar os valores à realidade de mercado nacional. Antes, eram utilizados a inflação e a participação de genéricos no mercado.

Via Diário de Pernambuco

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Saúde

ICMS menor reduziria preço de remédio, afirma entidade

No cenário de guerra fiscal e discussão sobre a queda do ICMS, a indústria farmacêutica também quer alíquota menor de medicamentos no Estado de São Paulo. De início, o recuo seria de 18% para 12%, e depois para 7%.

O Sindusfarma (sindicato do setor) apresentará ao governador Geraldo Alckmin um levantamento, já levado ao secretário Andrea Calabi (Fazenda), sobre a diminuição do número O soro, cuja alíquota era de 18%, foi para 12% e baixou para 7%, é um bom exemplo, compara. “Se cai a tributação, sou obrigado a repassar a queda na mesma proporção para o de farmacêuticas no Estado.

O Estado perdeu 58 indústrias do setor de 2007 a 2011. Muitas empresas têm se mudado em busca de menos imposto. Cidades fronteiriças ainda estão perto do consumo paulista e têm boa estrutura, diz o presidente-executivo Nelson Mussolini.

“Seria uma jogada política interessante. O governo faria duas benfeitorias: baixaria o preço de medicamentos e manteria as farmacêuticas no Estado com seus empregos.”

Com ICMS menor, os preços de remédios cairiam, diz. “A população, porém, transforma a economia em novas compras. Não prejudicaria a arrecadação”, acrescenta.

O aumento dos remédios dado em abril praticamente zeraria se o imposto diminuísse, calcula o executivo. Os preços dos genéricos subiram 6,4%. No setor, a alta foi de, em média, 4,5%.

preço, pela lei que regula as farmacêuticas”, diz.

“Somos controlados pelo governo. Não ocorreria como na desoneração da cesta básica, [cujo preço não acompanhou a desoneração].”

O setor é o quinto que mais paga ICMS em São Paulo, segundo Mussolini.

Maria Cristina Frias

Da Folha

Opinião dos leitores

  1. Por isso mais do que nunca comparar preços de remédios e medicamentos é essencial, eu sempre utilizei o CLiquefarma para isso e agora usarei mais ainda!

  2. Espero que o ICMS possa ser alterado para beneficiar quem compra! sempre uso este site para comparar preços e encontrar o mais barato http://www.multifarmas.com.br nao ser se o ICMS tem impacto nestes itens mas espero que haja muita briga e que possamos comparar para sempre termos o opcoes.

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Saúde

Remédios simples podem levar a intoxicações graves

Eles são acessíveis, relativamente baratos, fáceis de tomar, provocam alívio quase imediato e, para muitos, parecem totalmente inofensivos. No entanto, especialistas alertam que o uso abusivo de alguns medicamentos simples, como descongestionantes nasais, anti-inflamatórios, analgésicos e antibióticos, pode levar a intoxicações graves ou ao retorno dos sintomas desagradáveis. Os seus riscos também preocupam a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que admite falhas no controle da venda de remédios e informa que deverá partir para uma nova estratégia: mais campanhas e maior fiscalização nas farmácias.

Informações do Datasus 2012 mostram que o consumo excessivo de medicamentos é a principal causa de intoxicação no país: 9.869 (37%) casos até junho. A curva cresceu 135% de 2007 — início dos registros de intoxicações exógenas (onde inclui-se a por remédio) — a 2011, ano que registrou 63.308 casos no Brasil. Crianças entre 1 e 4 anos são as mais afetadas (cerca de 30%).

Alerta para os descongestionantes

— Por experiência, sabemos que os descongestionantes são os principais causadores de intoxicações por uso acidental, especialmente em crianças — disse a coordenadora clínica do Centro de Controle de Intoxicações da UFF, Lília Ribeiro Guerra. — Noto as intoxicações aumentarem a cada dia, mas não há uma política eficiente de prevenção. Além disso, o nosso centro hoje é o único do estado do Rio.

Somente depois do susto de ter a sobrinha Ana Clara Costa, de 14 anos, internada por três dias na UTI do Hospital Quinta D’Or, Solange Costa se convenceu do perigo do uso indiscriminado de descongestionante nasal:

— A Clara começou a usá-lo por causa de uma gripe há dois anos. Como é vendido sem receita, virou um vício. Um dia ela começou a passar mal, a ter tonteiras, ver tudo escuro, chegou a desmaiar no chuveiro. Os batimentos foram a 40 por minuto e a pressão caiu muito rápido. Foi a 7 por 4 — conta.

Segundo a pediatra da emergência que atendeu Ana Clara, Sabrina Barreira, este não foi o primeiro caso de intoxicação por descongestionante nasal.

— Já atendi crianças intoxicadas com a nafazolina, presente em alguns descongestionantes, e que precisa de receita médica. Esta substância não pode ser administrada para crianças abaixo de 12 anos. A versão infantil é composta de cloreto de sódio, que serve apenas para limpar o nariz. Os alérgicos adultos o usam com frequência, mas eles podem ter efeito rebote, ou seja, podem levar ao aumento da congestão nasal.

Nova audiência pública este mês

A coordenadora da Cardiologia do Quinta D’Or, Jacqueline Sampaio, lembra que, até para adultos, o uso não deve ser feito sem prescrição médica.

— Indivíduos cardiopatas, hipertensos, podem ter aceleração do coração, mesmo em doses normais. Há, portanto, pessoas que não podem usá-lo.

Em 2010, a ANVISA determinou a venda de antibióticos com retenção de receita médica para combater as bactérias superresistentes. Apesar de não necessitarem prescrição para venda, analgésicos e anti-inflamatórios também preocupam a agência. Dados dos últimos dois meses do IMS Health, empresa de consultoria em marketing farmacêutico, mostram que Dorflex, Neosaldina e Torsilax foram os mais vendidos no país. A ANVISA chegou a determinar que os comprimidos ficassem atrás do balcão das farmácias. Por não ter surtido efeito, a decisão foi revogada.

— A ANVISA dá um passo à frente e dois atrás — criticou a coordenadora do Sistema Nacional de Informações Toxico Farmacológicas da Fiocruz, Rosany Bochner, que ainda cobrou embalagens de remédios mais seguras e um maior controle das propagandas.

Segundo o diretor-presidente da ANVISA, Dirceu Barbano, em 27 de setembro haverá em Brasília uma audiência pública para discutir a venda consciente de remédios. Ele reconhece a necessidade de campanhas e as falhas no controle das farmácias, e diz que a retenção de receitas não é a melhor saída.

— Deve ser zero o número de punição por venda indiscriminada de droga tarjada. Há uma cultura de convivência passiva da farmácia e dos agentes de vigilância. Num curto prazo, queremos mudar o comportamento, aumentando o controle e as atitudes educativas — afirma Barbano. — Temos capacidade de controle de fabricação e distribuição com rigor de países desenvolvidos, mas nas farmácias vivemos uma fragilidade de país subdesenvolvido.

 

 

Da Agência O Globo

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