Por interino
O ministro da Fazenda Henrique Meirelles disse nesta segunda-feira (30) que as taxas de juros deverão cair como consequência da aplicação das medidas econômicas anunciadas na semana passada, que visam, de acordo com o governo, estabilizar a economia, permitindo que o crescimento seja retomado. Hoje, a taxa básica de juros está em 14,25% ao ano.
“É correto de se esperar que, com a estabilização, […] a taxa possa ir caindo normalmente. Cai como consequência das medidas, não como medida voluntarista”, disse o ministro em evento realizado em São Paulo.
Uma das medidas a que se refere Meirelles é a apresentação da proposta de emenda à constituição que limita o crescimento do gasto público. Para o ministro, com o aumento da previsibilidade, o risco país diminui, abrindo espaço para a redução dos juros.
Mais uma vez, o ministro da Fazenda reforçou que o governo discute aumento de impostos, “se necessário”, e que uma possível elevação não será descartada no futuro de “maneira nenhuma”. No entanto, como já havia dito anteriormente, se houver alta de impostos será temporária.
Déficit
Meirelles também aproveitou o encontro com empresários para detalhar, mais uma vez, as medidas econômicas anunciadas na semana passada e garantiu que a meta de déficit de R$ 170 bilhões enviada ao Congresso foi calculada com rigor e precisão.
Porém, por se tratar de uma previsão, poderão haver divergências. “Qual será a receita real da regularização de capitais do exterior? Qual será o resultado da renegociação da dívida dos estados? Em resumo, tudo isso são questões a serem equacionadas. Mas é uma avaliação realista.”
Medidas econômicas
Na semana passada, o presidente em exercício, Michel Temer, anunciou medidas para tentar conter o crescimento dos gastos públicos e retomar o crescimento da economia brasileira. O anúncio acontece um dia depois de Temer entregar ao Congresso pedido de autorização para que o governo registre em 2016 um rombo recorde de R$ 170,5 bilhões em suas contas.
A primeira ação proposta foi a devolução, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de pelo menos R$ 100 bilhões em recursos repassados pelo Tesouro Nacional nos últimos anos. Temer também anunciou que vai propor o limite para aumento dos gastos públicos, a suspensão de novos subsídios, a extinção do fundo soberano e o apoio ao um projeto que muda as regras para exploração do petróleo no pré-sal.
G1
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