Diversos

Termina nesta segunda o prazo da Sesap para fazer reforma do prédio, alerta sindicato

Por interino

Termina nesta segunda-feira (16) o prazo dado pela 2ª Vara do Trabalho de Natal para que o governo do estado conclua uma série de reformas no prédio onde funciona a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). No dia 17 de fevereiro, o juiz Luciano Athayde condenou o Estado a pagar de R$ 2 milhões por danos morais coletivos e deu prazo de 90 dias para que o governo executasse uma reforma do prédio, com medidas como mudança de elevadores e reforma elétrica (veja abaixo todos os itens).

A ação civil pública (Processo nº 0001049-75.2014.5.21.0002 – 2ª. Vara do Trabalho de Natal/RN) foi movida pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra o Estado do Rio Grande do Norte, em virtude da falta de condições de funcionamento do prédio e o Sindsaúde entrou como assistente no processo.

O prédio da Sesap já passou por princípios de incêndios, em decorrência das falhas na parte elétrica, vazamentos e outras ameaças. O Sindsaúde e os servidores haviam obtido o compromisso do ex-secretário de Saúde, Ricardo Lagreca, de efetuar a mudança da sede da Sesap para outro local.

VEJA AS MEDIDAS EXIGIDAS PELA JUSTIÇA

I- No prazo de 30 (trinta), o cumprimento das seguintes obrigações, sob pena de INTERDIÇÃO do prédio da SESAP:

1) AVALIAÇÃO, por empresa especializada contratada, das condições das estruturas de concreto e ferragens, com a análise qualitativa das estruturas de concreto armado, com a emissão de parecer técnico/laudo de inspeção predial sobre a segurança do prédio, considerando-se um cenário de remoção de infiltrações e rachaduras existentes nas paredes de edificação e de recuperação dos pilares de concreto, que apresentam fissuras/rachaduras com exposição da armadura de aço;

2) AVALIAÇÃO, por empresa contratada, especializada em engenharia elétrica, das estruturas elétricas do prédio, com elaboração de Relatório Técnico de Inspeção (RTI), que contenha o cronograma de implementação das medidas de segurança nas instalações elétricas da edificação;

3) ORGANIZAR, a partir do Relatório Técnico de Inspeção (RTI) mencionado no item anterior, um Prontuário de Instalações Elétricas (PIE). Tanto o Relatório Técnico de Inspeção (RTI) quanto o Prontuário de Instalações Elétricas (PIE) deverão ser 59
realizados por profissionais legalmente habilitados, com as devidas anotações de responsabilidade técnica validadas pelo CREA/RN e com responsabilidade para emissão de laudo de proteção contra descargas atmosféricas. O Prontuário de Instalações Elétricas (PIE) deverá contemplar as seguintes exigências:

a) manter esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas, com especificação das cargas instaladas, pontos de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção da rede elétrica;
b) reunir a documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos;
c) conter relatório técnico atualizado das inspeções, com recomendações e cronogramas de adequação; e
d) apresentar laudo técnico de conformidade das instalações elétricas, assinado por profissional legalmente habilitado, após a execução das seguintes medidas: correção e redimensionamento das instalações elétricas do prédio, eliminação de todas as fiações expostas, substituição de tomadas e interruptores defeituosos, colocação de sinalização liga/desliga para os disjuntores, identificando cada circuito, eliminação de todas as ligações / chaves / circuitos inoperantes e substituição de todas as chaves de alimentação das máquinas e equipamentos por chaves, nas quais possa ser colocado cadeado, quando estiver desligada, de modo a impedir o acionamento acidental.

4) ELIMINAR vazamentos nas tubulações de água que percorrem o interior da subestação;

5) PROVER todas as luminárias de lâmpadas fluorescentes, que não possuírem lentes ou difusor, de suporte de segurança que garanta a sustentação das lâmpadas em caso de acidentes.

6) ELABORAR E EXECUTAR projeto das instalações preventivas de proteção contra incêndio, explosão e controle de pânico, assinado por profissional legalmente habilitado.

7) APRESENTAR laudo técnico de conformidade das instalações e equipamentos de combate a incêndio da edificação e áreas de risco, assinado por profissionais habilitados, e certificado de aprovação emitido pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Norte;

8) REALIZAR Plano de Manutenção de Hidrantes (PMH), elaborado por Engenheiro Civil ou Engenheiro de Segurança do Trabalho, com respectiva emissão de ART – Anotação de Responsabilidade Técnica.

9) REALIZAR substituição das caixas de mangueiras defeituosas e EQUIPAR as caixas de mangueira com dois lances de mangueira de 1 e ½’, duas chaves de acoplamento, 1 esguicho jato sólido e 1 esguicho regulável.

10) REALIZAR substituição dos acoplamentos de hidrantes defeituosos e colocar acoplamentos nos hidrantes que estão sem esse acessório.

11) ADOTAR sistema de pressurização para os hidrantes e manter os hidrantes em locais de fácil acesso, com todos os seus componentes e em perfeito estado de conservação e recarga.

12) REGULAR a pressão hidrostática dos extintores de incêndio e hidrantes.

13) FAZER a recarga de todos os extintores de incêndio;
1.14) INSTALAR, nas saídas de emergência, dispositivos de travamento que permitam fácil abertura do interior do estabelecimento.
1.15) INSERIR sinalização de segurança nos equipamentos de combate a incêndio, e INSTALAR nas aberturas, saídas e vias de passagem placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída (item 23.3 da Norma Regulamentadora nº 23, do Ministério do Trabalho e Emprego).
1.16) INSTALAR alarme de incêndio e iluminação de emergência nos corredores, escadas e passagem de níveis.
1.17) DESOBSTRUIR E SINALIZAR ADEQUADAMENTE as rotas de fuga, além de retorná-las ao seu tamanho original

II – No prazo de 60 (sessenta) dias, o cumprimento das seguintes obrigações, SOB PENA DE INTERDIÇÃO DO PRÉDIO DA SESAP:

1) EXECUÇÃO, por empresa de engenharia contratada, das obras de reforma do prédio da SESAP, cujo objeto será a correção de todas as irregularidades constatadas no Laudo de Inspeção Predial, Relatório Técnico de Inspeção (RTI), no Prontuário de Instalações Elétricas (PIE) e nas fiscalizações do CEREST e do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte.

2) PROTEGER as correias de transmissão de força de todas as máquinas e equipamentos elétricos, conforme exigido pela Norma Regulamentadora nº 12 do Ministério do Trabalho e Emprego (NR 12);

3) ADAPTAR os elevadores da edificação, de forma a observar a ABNT NBR 15597:2010, protegendo as partes móveis dos motores dos elevadores, e, em caso de impossibilidade de adaptação dos elevadores existentes, ADQUIRIR E INSTALAR elevadores novos.

4) ADQUIRIR gerador elétrico para o prédio.
III – No prazo de 90 (noventa) dias, o cumprimento das seguintes obrigações:

1) ELABORAR Plano de Prevenção de Incêndios, nos termos do item 23.1.1. da Norma Regulamentadora nº 23, do Ministério do Trabalho e Emprego, com informações detalhadas aos servidores e empregados terceirizados sobre:
a) utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;
b) procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança;
c) dispositivos de alarme existentes.

2) INSTITUIR E TREINAR brigada de incêndio, composta por servidores da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Norte e empregados “terceirizados”, com o dimensionamento previsto na NBR 14.726/2006;

3) MANTER atualizado o Prontuário de Instalações Elétricas contendo, no mínimo, os dispositivos exigidos no item 10.2.4 da Norma Regulamentadora nº 10, do Ministério do Trabalho e Emprego (NR 10);

4) REALIZAR a manutenção preventiva, periodicamente, nas instalações elétricas, mediante contratação de empresa prestadora dos serviços de manutenção, que somente poderá ser habilitada em procedimento licitatório, e contratada se comprovar que seus técnicos concluíram o Curso de NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE. No contrato deve ser previsto o fornecimento, pela contratada, aos seus empregados, dos EPIs – Equipamentos de Proteção Individual, tipo luvas de alta tensão e roupa de manobra com capuz, com C.A. – Certificado de Aprovação junto ao MTE – Ministério do Trabalho e Emprego, e a ELABORAÇÃO de Roteiro de Normas e Procedimentos para trabalhos com eletricidade, além da constituição de SESMT e CIPA, e elaboração de PPRA e PCMSO, com capítulo específico para o tomador de serviços SESAP.
2.5) MANTER, em todo o prédio da SESAP, os níveis de ruído, de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no INMETRO; índice de temperatura efetiva entre 20°C (vinte graus Celsius) e 23°C (vinte e três graus Celsius); c) 65
velocidade do ar não superior a 0,75m/s; e umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento (itens 17.5.2, 17.5.2.1 e 17.5.2.2, da Norma Regulamentadora nº17, do Ministério do Trabalho e Emprego).

5) MANTER, nos locais de trabalho, os valores de iluminância estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO, e MANTER, nos locais de trabalho, iluminação adequada, natural ou artificial, geral (que deve ser uniformemente distribuída e difusa) ou suplementar, apropriada à natureza das atividades, devendo ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos (itens 17.5.3, 17.5.3.1, 17.5.3.2, 17.5.3.3, 17.5.3.4 da Norma Regulamentadora nº 17, do Ministério do Trabalho e Emprego);

6) ADEQUAR as áreas de vivência, ambientes de repouso e instalações sanitárias do prédio da SESAP às disposições da Norma Regulamentadora nº 24 do Ministério do Trabalho e Emprego (NR 24);

8) ELABORAR e IMPLEMENTAR o Plano de Manutenção, Operação e Controles dos Sistemas de Climatização da Edificação (PMOC), assinado por profissional legalmente habilitado;

9) EXIGIR da empresa prestadora dos serviços de manutenção e limpeza dos sistemas de condicionadores de ar, certificados e cronograma anual de limpeza dos dutos de ar;

10) REALIZAR manutenção e limpeza dos componentes do sistema de climatização, conforme frequência mínima estabelecida pela RE nº 9, de 16 de janeiro de 2003 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA;

11) ELABORAR Análise Ergonômica do Trabalho, para a adequação das condições ambientais de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, conforme estabelecido na Norma Regulamentadora nº 17 do Ministério do Trabalho e Emprego (NR 17);

IV – No prazo de 120 (dias), o cumprimento das seguintes obrigações:

1) DOTAR o ambiente de trabalho de bancadas, mesas e escrivaninhas que proporcionem ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação e atendam aos seguintes requisitos mínimos (itens 17.3.1, 17.3.2, 17.3.3, 17.3.4, 17.3.5, 17.4.2, 17.4.3 da Norma Regulamentadora nº 17, do Ministério do Trabalho e Emprego):
a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento;
b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador;
c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais.
d) suporte para os pés e para documentos.
e) terminais de vídeo de computador com condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos e proporcionando corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador;
f) teclado independente e móvel, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas e observando a distância tela, teclado e suporte para documentos em relação ao olho do trabalhador, de modo que as três distâncias sejam aproximadamente iguais;
g) teclado e tela serem posicionados em superfície de trabalho com altura ajustável;
g) para o trabalho que deva ser executado em pé, devem ser disponibilizados, próximo ao posto de trabalho, assentos para descanso.

2) DOTAR todos os postos de trabalho de assentos, inclusive naqueles em que o trabalho é executado predominantemente em pé, com os seguintes requisitos mínimos de conforto (item 17.3.3 da Norma Regulamentadora nº 17, do Ministério do Trabalho e Emprego):
a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;
b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;
c) borda frontal arredondada;
d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar.

Assessoria SindSaúde

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Rogerio Marinho critica fala de Lula sobre operação policial no Rio

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Em pronunciamento no Plenário na terça-feira (4), o senador Rogerio Marinho (PL-RN) criticou a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a operação policial no Rio de Janeiro, durante entrevista em Belém. Segundo o parlamentar, o presidente desrespeitou as forças de segurança ao classificar como “matança” a ação policial nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em 121 mortos, entre eles quatro policiais.

— O Lula precisa agradar a sua base eleitoral, que glamoriza o crime, que relativiza o combate à marginalidade, que defende a descriminalização das drogas, que pretende fazer do bandido uma vítima da sociedade, e não o contrário. O presidente esquece que a maioria da nossa sociedade quer lei, quer ordem, quer disciplina, quer viver em paz, quer criar seus filhos e quer proteção contra o crime organizado. Não quer viver em territórios faccionados — afirmou.

O senador também criticou a aprovação da medida provisória que trata da política energética nacional (MP 1.304/2025). Ele disse que o texto foi votado sem discussão suficiente no Congresso e beneficia grupos privados do setor elétrico, enquanto transfere os custos ao consumidor.

— Nós estamos literalmente afogados e embriagados numa irresponsabilidade fiscal. Nós vamos ter que pagar essa conta. Estamos vendendo o almoço para pagar o jantar e, literalmente, rolando uma dívida que será paga pelas gerações futuras — declarou.

Com informações de Agência Senado

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Lula e Castro não se falam e acentuam distância na pauta de segurança

Foto: Guito Moreto

Mais de uma semana após a operação policial que resultou em 121 mortes nos complexos do Alemão e da Penha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), ainda não se falaram. O silêncio escancara o pior momento da relação entre os dois desde 2023 e simboliza a falta de coordenação entre os governos federal e estadual na área de segurança pública. A falta de diálogo também trava pautas conjuntas no Congresso e emperra ações integradas de combate à criminalidade.

O mal-estar cresceu depois que Lula classificou a operação como uma “matança”, em contraponto às reiteradas defesas de Castro à ação da polícia. A fala do presidente encerrou tentativas de aproximação articuladas por auxiliares de ambos, que tentavam tratar também de temas fiscais. Em resposta indireta, o governador afirmou a aliados ter “jogado Lula na lona” e organizou um encontro com outros governadores, anunciando a criação de um “Consórcio da Paz” — movimento visto mais como gesto político do que prático.

As divergências entre Lula e Castro não são novas. O petista já havia criticado uma ação policial que matou um adolescente na Cidade de Deus e defende maior presença da União na segurança, por meio da PEC da Segurança, medida rejeitada por governadores que enxergam invasão de competências estaduais. O embate mais recente envolve o projeto que equipara facções criminosas como CV e PCC a grupos terroristas — pauta apoiada por Castro e rechaçada pelo Planalto.

A tensão atual remete a uma longa tradição de choques entre presidentes e governadores do Rio, marcada por episódios de desconfiança e disputas políticas. De Brizola e Garotinho a Witzel, poucos conseguiram manter diálogo estável com o Planalto. Um dos raros momentos de cooperação ocorreu no governo Lula com Sérgio Cabral, quando foi criado o projeto das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). Desde então, as relações voltaram a oscilar entre atritos e afastamentos — cenário que se repete agora, em meio à crise da segurança fluminense.

Com informações do O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Helicóptero e tropas especiais reforçam ação da PM na operação “Mãe Luíza Segura”

Vídeo: Divulgação

O CIOPAER (Centro Integrado de Operações Aéreas) divulgou novas imagens da operação “Mãe Luíza Segura”, realizada na noite desta quarta-feira (5) no bairro de Mãe Luíza, Zona Leste de Natal. A ação contou com o apoio de equipes do Batalhão de Choque (BPChoque) e do Bope, e teve como foco o patrulhamento aéreo e terrestre em áreas dominadas por facções criminosas.

As forças de segurança intensificaram as ações após uma madrugada de tiroteios que espalhou pânico entre os moradores. Helicópteros sobrevoaram o bairro durante a tarde/noite, iluminando becos e vielas, enquanto tropas em solo faziam incursões em pontos estratégicos.

De acordo com informações da Polícia Militar, a operação busca conter a atuação de criminosos ligados ao Comando Vermelho e restabelecer a sensação de segurança na comunidade. Os confrontos recentes seriam resultado de disputas entre facções rivais pela área.

As imagens captadas pelo CIOPAER mostram a movimentação das equipes durante a operação, que segue com reforço policial na região.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Discurso de Janja na COP30 é marcado por dados falsos sobre a Amazônia

 

View this post on Instagram

 

A post shared by Janja Silva (@janjalula)

Vídeo: Reprodução/Instagram @janjalula

Durante participação em um evento paralelo da COP30, em Belém (PA), a primeira-dama Janja Lula da Silva fez um discurso marcado por imprecisões sobre a Amazônia. Em tom simbólico e político, Janja afirmou que a região seria o “coração do planeta”, com “quase 50 milhões de habitantes”, “400 povos indígenas” e “mais de 300 idiomas” — números que divergem dos dados oficiais.

Segundo o IBGE (2024), a Amazônia Legal reúne cerca de 30,1 milhões de habitantes, e não 50 milhões, como dito pela primeira-dama. Já o Censo 2022 aponta a existência de 305 etnias indígenas e 274 línguas em todo o território nacional — não apenas na região amazônica. O estado do Amazonas, por exemplo, tem população estimada em 4,3 milhões.

O discurso de Janja, feito em tom festivo, foi alvo de críticas de especialistas e ambientalistas, que apontaram uso político e falta de rigor técnico. Para analistas, o evento, que deveria ter foco nas políticas ambientais e na preservação da floresta, acabou sendo transformado em um ato de exaltação ao governo.

Durante a fala, a primeira-dama também destacou pautas de gênero e inclusão, defendendo maior participação de mulheres nas decisões ambientais. No entanto, o excesso de slogans e dados incorretos ofuscou a mensagem central, e o vídeo da fala rapidamente repercutiu nas redes sociais, gerando debates sobre a condução política da imagem do governo na COP30.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Nenhum diretor indicado por Lula votou para cortar taxa Selic em 2025

Foto: Pablo Porciúncula/AFP

Nenhum dos sete diretores do Banco Central indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva votou pela redução da taxa básica de juros, a Selic, em 2025. Na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) realizada nesta quarta-feira (5), o colegiado decidiu manter os juros em 15% ao ano pela terceira vez consecutiva — decisão unânime entre os nove integrantes.

Desde o início do ano, o Copom se reuniu sete vezes, e em todas as ocasiões houve consenso entre os diretores para manter ou elevar o patamar da taxa. A Selic acumulou alta de 12,25% para 15% ao longo de 2025, mesmo após o governo Lula ter conquistado maioria nas cadeiras do BC em janeiro. O presidente indicou nomes como Gabriel Galípolo, Ailton Aquino, Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira, entre outros.

A posição firme do Copom contrasta com o discurso do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que defende espaço para cortes e considera os juros atuais “insustentáveis”. Haddad afirmou recentemente que, se integrasse o comitê, teria votado por reduzir a Selic. Mesmo assim, poupou críticas diretas a Galípolo, justificando que o novo presidente do BC ainda enfrenta reflexos da transição de gestão iniciada no fim de 2024.

Galípolo, por sua vez, tem defendido a manutenção da Selic elevada por um “período prolongado”, alegando necessidade de estabilidade e previsibilidade. Ele elogiou a convivência com o ex-presidente Roberto Campos Neto, classificando a troca de comando no BC como “exemplar”. Com mais duas indicações previstas para 2025, Lula completará a substituição dos diretores herdados do governo Jair Bolsonaro, consolidando a sua maioria na autoridade monetária.

Com informações do Poder 360

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Vitória de socialista em Nova York inspira ala do PT que quer Lula mais à esquerda em 2026

Foto: Mark Schiefelbein/AP

A eleição de Zohran Mamdani como novo prefeito de Nova York empolgou setores do PT, que veem na vitória do socialista um sinal de que é possível reconquistar o eleitorado com pautas mais à esquerda. No partido, cresce a pressão para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adote, nas próximas disputas, um discurso mais ideológico e menos voltado ao centro político.

Mamdani venceu defendendo congelamento de aluguéis, passe livre no transporte municipal e creches universais — propostas consideradas radicais nos Estados Unidos. A estratégia, na avaliação de dirigentes petistas, mostrou que posições firmes podem mobilizar os jovens e setores populares, algo que o PT teria deixado de lado ao buscar moderação em eleições recentes.

O senador Humberto Costa, secretário de Relações Internacionais do partido, disse que o resultado reforça a importância de o PT “recuperar a utopia socialista”. Já o deputado Rui Falcão, ex-presidente da sigla, defende que o partido volte a falar abertamente de suas pautas históricas. “Se não se diferenciar, o PT perde a juventude e votos”, afirmou.

Petistas também querem estudar a estratégia de comunicação de Mamdani, que mesclou radicalismo programático com linguagem leve e empática. O novo prefeito, nascido em Uganda e de origem indiana, tornou-se o primeiro muçulmano a comandar Nova York e um dos mais jovens da história da cidade.

Com informações do Estadão

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Secretário de Segurança diz que facções não podem ser tratadas como terroristas: “Não têm viés político”

Foto: reprodução/Agência Brasil

O secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, afirmou nesta quarta-feira (5) que as facções criminosas brasileiras não se enquadram no conceito de terrorismo, por não possuírem motivação política, religiosa ou étnica. A declaração reforça o posicionamento do governo federal contra o projeto que busca equiparar facções a grupos terroristas.

Sarrubbo defendeu que o PL Antifacção, proposto pelo governo, não deve ser apensado ao texto do deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), que prevê essa equiparação. Segundo ele, além de não contribuir no combate ao crime, a medida poderia expor o Brasil a riscos diplomáticos, já que classificações desse tipo podem gerar sanções internacionais e embargos financeiros.

“Trabalhamos com cooperação internacional, e para isso não precisamos declarar as nossas facções como terroristas”, afirmou o secretário. “Isso só serve para nos deixar vulneráveis em relação a países estrangeiros e a organizações internacionais.”

Sarrubbo destacou ainda que o projeto do governo, que trata de novos tipos penais e medidas cautelares, foi elaborado com a participação da sociedade civil e das forças de segurança, e deve tramitar de forma independente. Ele também comentou a instalação da CPI do Crime Organizado, dizendo que a comissão pode ser positiva se ajudar a aperfeiçoar as estratégias contra facções e milícias.

Com informações da Folha de S.Paulo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Gleisi articula com Hugo Motta para frear projeto que classifica facções como terroristas

Foto: Gil Ferreira/SRI

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, iniciou uma ofensiva política para impedir o avanço do projeto de lei que pretende equiparar facções criminosas a organizações terroristas. A proposta vem ganhando força na Câmara dos Deputados, mas o governo tenta conter sua tramitação por considerar o texto excessivamente amplo e de risco político.

Segundo apuração da coluna do Igor Gadelha, do Metrópoles, Gleisi ligou na quarta-feira (5) para o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), e para outros dirigentes partidários, pedindo que o texto não fosse votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A movimentação surtiu efeito: Motta conversou com o presidente da Câmara e com o chefe da CCJ, Paulo Azi (União-BA), que concordou em adiar a análise da proposta.

Paulo Azi confirmou que, por enquanto, o projeto ficará parado. “Não podemos pautar nas próximas semanas, porque a Câmara vai funcionar de forma remota. E não dá para tratar desse assunto sem uma discussão”, disse o deputado. Segundo ele, o presidente da Câmara ainda avaliará o rito da proposta e se ela será apensada a outro texto de interesse do governo.

O governo federal já havia deixado claro seu posicionamento contrário. Em visita recente ao Congresso, Gleisi declarou que o Executivo é “terminantemente contra” a equiparação de facções a grupos terroristas, defendendo que o combate ao crime organizado ocorra dentro das leis já existentes e sem ampliar o conceito de terrorismo.

Com informações do Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Câmara acelera projeto que derruba resolução sobre aborto em casos de violência sexual

Foto: Wilton Junior/Estadão

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (5), regime de urgência para o projeto que susta uma resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). O texto do conselho trata do atendimento a vítimas de violência sexual e garante o acesso de crianças e adolescentes à informação sobre a possibilidade de aborto legal. A votação terminou com 313 votos a favor, 119 contrários e uma abstenção, permitindo que o projeto avance de forma acelerada.

A resolução do Conanda autoriza a realização do aborto sem a necessidade de boletim de ocorrência ou autorização judicial, além de considerar discriminatória a recusa de médicos em realizar o procedimento com base na descrença no relato da vítima. O projeto que busca anular a medida foi apresentado pela deputada Chris Tonietto (PL-RJ), conhecida por sua militância contra o aborto, e conta com forte apoio das bancadas evangélica e católica.

O relator da proposta, Luiz Gastão (PSD-CE), presidente da Frente Parlamentar Católica, classificou a resolução como “uma afronta ao direito de acesso do nascituro ao Judiciário” e afirmou que o texto “protege o estuprador”. Para ele, o Conanda “extrapolou os limites legais e o bom senso” ao dispensar a autorização judicial. Deputados da bancada religiosa demonstraram preocupação com a possibilidade de hospitais confessionais serem obrigados a realizar o procedimento.

Por outro lado, parlamentares de esquerda criticaram duramente o projeto, afirmando que ele representa um retrocesso na proteção às vítimas. “É uma proposta cruel contra meninas que sofreram estupro”, disse a deputada Maria do Rosário (PT-RS). Já o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Eli Borges (PL-TO), reforçou o discurso contrário ao aborto: “Se a mãe não quer, arrume um jeito de adotar, mas nunca assassinar criança no ventre da mãe”.

Com informações do Estadão

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Gilmar Mendes critica politização do combate ao crime e descarta nova lei antiterrorismo

Foto: CNN Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou nesta quarta-feira (5), durante o 1º Fórum de Buenos Aires, que não há necessidade de uma nova lei antiterrorismo no Brasil. Para ele, o debate sobre o tema está sendo conduzido com “excesso de politização”, e o enfrentamento à criminalidade deve ocorrer dentro dos limites da institucionalidade.

Gilmar ressaltou que o Judiciário já desempenha papel ativo no combate ao crime organizado, especialmente na transferência de presos perigosos, mas admitiu falhas no cumprimento de ordens judiciais, sobretudo no Rio de Janeiro. O ministro também destacou a importância da visita recente de Alexandre de Moraes ao estado, classificando a iniciativa como um passo relevante para reforçar a integração entre Judiciário, Ministério Público e governos locais.

Ao comentar a megaoperação policial no Rio de Janeiro, Gilmar defendeu cautela nas análises e disse que o caso está sendo investigado. Ele aproveitou para criticar a ausência de UPPs e políticas públicas permanentes nas comunidades, observando que, sem presença contínua do Estado, novas operações acabam se tornando inevitáveis.

Apesar de reconhecer que o país enfrenta um momento “difícil”, o ministro afirmou confiar na capacidade das instituições brasileiras de responder a ameaças à democracia. “Resolvemos problemas sérios durante o governo Bolsonaro e teremos condições de enfrentar os desafios atuais”, declarou.

Com informações da CNN Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *