Em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), a ex-mulher de Orlando Diniz, Danielle Paraiso de Andrade Schneider, relatou detalhes dos hábitos de consumo do ex-marido. Entre eles, o de pagar todas as despesas pessoais em espécie. Segundo ela, em viagens internacionais, Diniz costumava levar mais de US$ 10 mil em dinheiro vivo e mantinha “gastos elevados”. Danielle declarou ainda que perguntava ao então marido a origem do dinheiro, que ele afirmava vir de “consultorias”.
Ela foi uma das testemunhas a revelar aos procuradores a relação do ex-marido com o ex-governador Sérgio Cabral. Em seu testemunho, atesta que “para o sucesso de suas empresas contava com a ajuda de Cabral, que lhe indicaria vários clientes”. De acordo com a investigação, o presidente da Fecomércio “adeiriu à Organização Criminosa de Cabral para lavar dinheiro próprio”. O esquema incluia “contratos para dar aparência de licitude ao dinheiro arrecadado pela Organização Criminosa, um grande volume de movimentação financeira e repasse a pessoas jurídicas, com contratos fictícios, sobre serviços não executados”.
Danielle e Diniz foram casados por oito anos. Viviam entre o apartamento no Leblon, vizinhos ao então governador Sérgio Cabral, e a casa de praia em Mangaratiba. Entre obras de arte caras e vinhos raros, o casal mantinha uma vida de luxo. O casal se separou em 2015.
A ex-mulher de Diniz relatou ainda detalhes do período de 17 anos que trabalhou no SENAC. Em 2008, começou a se relacionar com o presidente da Fecomércio. Ela, então, relata que, a partir de 2014, Diniz passou a exercer controle sobre os diretores do chamado sistema S — antes, segundo ela, seu papel era de “representação institucional”. Nenhuma negociação superior a R$ 2 mil era realizada sem autorização dele, relatou ela ao MPF. Ela deu ainda detalhes sobre a contratação do advogado Roberto Teixeira, compadre do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Danielle não é a primeira ex-mulher a ajudar a desvendar esquemas ou supostos crimes de empresários e políticos. Em São Paulo, Nilcéia Pitta, ex do então prefeito Celso Pitta, foi peça-chave na investigação que tornou seu ex-marido réu em treze ações civis públicas, em 2000. Ele chegou a perder o cargo na Justiça no caso conhecido como “escândalo dos precatórios”. O desvio, segundo a Justiça chegou a R$ 3,8 bilhões. Pitta morreu em 2009.
O GLOBO
Pense num negócio perigo pra corrupto!
Pensou?
Pensou na PF. No ministério público federal. Em Sérgio Moro.
Errou!
É divórcio!
Primeiro mandamento do corrupto: seja fiel e agrade sua esposa!
Oh Brasil véi rico de povo besta!
A mulher deve saber do marido, apenas o básico, pois quando se separa, vira a pior inimiga deste. Isso vem desde a época de Sansão e dalila e ela nem precisou ser "ex" para destruir seu marido.