Diversos

Mãe conta drama de enterrar filho degolado em Alcaçuz

Famílias aguardam liberação dos corpos no Itep. Foto: Sumaia Villela/Agência Brasil

O massacre ocorrido na penitenciária de Alcaçuz no dia 14 de janeiro, que deixou pelo menos 26 mortos, expôs falhas no sistema penitenciário, a dor da perda e questionamentos das famílias das vítimas. A Agência Brasil ouviu histórias de quem perdeu filhos, maridos, primos e amigos. Um dos dramas que os parentes enfrentam é enterrar os corpos degolados.

Cansada e desgastada, a dona de casa Eliene Pereira, 45 anos, de Santa Cruz, município a cerca de 120 km de Natal, enterrou o corpo do filho no dia 20 de janeiro. Ela precisou ir à capital potiguar por três dias seguidos para reconhecer Diego Felipe Pereira da Silva, 25 anos, e liberar o corpo no Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep). O jovem foi degolado durante a rebelião e recomendaram que a mãe aguardasse as buscas pela cabeça. Na sexta-feira, ela recebeu uma ligação comunicando a mudança.

“Eu fui, quando cheguei lá reconheci o corpo mesmo, porque tinha visto só por imagem. Levei na funerária, abriram o saco, aí conheci que era ele mesmo, meu menino. Sem a cabeça. Ela [a funcionária do ITEP] mandou trazer eu ‘truxe’ sem a cabeça. Fazer o quê?”, conta. “Era horrível o corpo do meu filho, fiquei muito comovida. Mas enquanto eu não visse eu não acreditava. Queria ver ele, ver as pernas, os braços. Mesmo que não tivesse a cabeça, mas eu queria ver a realidade”.

Por causa do estado avançado de decomposição, a funerária recomendou a Eliene que não realizasse o velório e enterrasse o corpo o quanto antes, sem despedida, à noite, sem a família e os amigos. Mesmo assim, a mãe levou o filho à sua casa pela úlitma vez. “Meu filho passou um ano fora. Está fazendo justamente hoje, um ano e um mês. Ia sair em março”, disse ela há uma semana. “Eles me deram o caixão vedado todinho e colocaram um produto. Até falaram ‘não sei como a senhora vai aguentar passar a noite com ele dentro de casa’. Eu disse ‘pode deixar, se ele tiver podre como for eu quero que ele passe a noite em casa’”.

No dia seguinte, nas primeiras horas da manhã, Eliene levou o corpo de Diego ao cemitério. Rodeada de curiosos, Eliene pediu para ver o filho pela última vez antes de enterrar o corpo. Não havia mortalha, roupa, nada. O saco do necrotério encobria o corpo. “[O caixão] passou uns 5 minutos aberto. Comecei a endoidecer, puxando ele de dentro do saco. Aí pronto, fecharam e enterraram. É muito difícil enterrar um filho sem a cabeça.”

Outras famílias ainda tinham esperança de que a cabeça fosse encontrada, e adiaram o enterro. A esposa do detento M.P.S.N., morto aos 22 anos, que preferiu manter o anonimato dela e do marido, também não viu o corpo, só imagens. “É uma decisão que tem de ser tomada por toda a família. Ele tem uma família que o amava muito, assim como eu também o amo muito. Eu não queria que fosse dessa maneira, mas acho que o sofrimento será maior se não sepultar”, disse a universitária.

Com a voz fraca, pausada, a estudante prefere falar do futuro com que o casal sonhou. Namorados desde a adolescência, ela tentava mostrar a M.P. que ele deveria deixar a delinquência. “Quando eu o conheci, voltei a estudar para incentivar. Comecei minha faculdade. Isso deixava ele muito feliz, era uma força que eu dava para ele, estudando e trabalhando, mostrando para ele que tem como você viver dignamente sem querer o que não é seu”.

O marido dela estava preso por dois crimes: o roubo de uma moto, com pena no semiaberto. Depois, ele foi preso novamente por subtrair um celular e migrou para o regime fechado. Há três anos estava preso em Alcaçuz, dos quais dois anos e cinco meses no Pavilhão 4 – onde ocorreu o massacre. Sairia no fim do ano, segundo a esposa. “Já estava tudo planejado pela gente, a família, para quando ele saísse. Perto da faculdade que eu faço tem uma escola de Ensino de Jovens e Adultos. A gente já tinha combinado que ele voltaria a estudar lá. Já tinha falado com amigos para conseguir um emprego para ele”, lembra.

Agora, a viúva diz que o próprio futuro está incerto. “Tudo o que eu planejava era para viver com ele. O concurso que eu pensava em passar fora do Rio Grande do Norte era para ir com ele. Não há mais para quê seguir esses planos. Minha cabeça está muito confusa”.

“Tenho que ter direitos”

Além da dor da perda, todos reclamam do que chamam de omissão do Estado, de uma possível facilitação do ataque e do julgamento da sociedade. Muitas famílias relatam que entre os mortos no presídio nem todos tinham ligação com a facção Sindicato do Crime do RN, que controla o Pavilhão 4 e é rival do Primeiro Comando da Capital (PCC).

“Nem todos que morreram eram integrantes dessa facção criminosa. Muitos só estavam ali cumprindo sua pena para sair e lutar contra todo esse sistema e tentar se recuperar. Porque a mídia […]eu tinha escolhido não falar sobre isso, porque eles não divulgam o que a gente diz, só o que a sociedade quer ver. Porque, para todo mundo, quem morreu ali foram marginais, bandidos. Bandido bom é bandido morto. Mas desde que esse bandido não seja seu irmão, seu marido, seu primo”, disse a esposa de M.P.

A estudante também questiona as circunstâncias do ataque, porque desde novembro o marido havia contado que tinha medo. Para ela, as mortes poderiam ter sido evitadas. “Quando aconteceu o massacre em Manaus foi quando eu fiquei com mais medo e pedi para ele sair mesmo. Ele dizia ‘mas amor, eu não sou de nada disso’. ‘Mas quando eles vierem não vão perguntar quem é e quem não é’, disse para ele. “Aí ele falou que ia pensar. Quando pediu [a transferência] não era mais autorizado ninguém sair”. A viúva disse que a conversa foi no dia 8 de março.

A dona de casa Eliene também questiona por que o filho foi transferido para Alcaçuz. Diego foi preso pelo furto de uma bolsa. Cumpriu um ano na cadeia de Santa Cruz até ganhar o direito do semiaberto. Ele passou três noites dormindo no centro de detenção; na quarta, anunciou que ficaria em casa para, segundo a mãe, ficar perto da família. “Eu insistia, mas ele é meio teimoso. Quando foi um mês vieram pegar ele. Aí colocaram ele logo num canto daquele, perigoso, Alcaçuz. Porque eu acho assim, meu filho nunca vendeu droga, nunca matou gente, era um menino do semiaberto. Só porque não foi dormir botaram junto de uma facção daquela. Meu filho não tinha nenhuma facção. Meu filho era usuário [de droga], somente. Eu achei muito errado, muito”.

Diego também avisava para a mãe há meses que a situação estava tensa e havia ameaça de invasão do prédio por membros do PCC. “Ele estava dizendo que estava muito perigoso: ‘peça para mim voltar pro [pavilhão] 2’. Ele estava lá e botaram pro 4. Eu disse: ‘termina aí tua cadeia nesse pavilhão’. Ele disse: ‘mãe, tá a maior bagunça aqui, o PCC quer invadir e matar a gente. Chore por eu (sic), porque eu posso não chegar em casa vivo’”, narra Eliene.

Investigação

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte investiga como começou o massacre, e como os presos do Pavilhão 5 – presídio Rogério Coutinho Madruga, – conseguiram chegar até o Pavilhão 4. Para as famílias, o Estado já sabia do conflito iminente e não o impediu. “Com certeza o governo é responsável. Lá era para ter segurança. Meu filho não foi vivo para lá? Era para ter voltado vivo. E o governo era para ter garantido. Ele não tinha nada a ver com as brigas lá. Ele não tava preso? Eles tavam tudo solto lá, igual que fosse no meio da rua. As celas de lá não tinham portão, nada. Não era para ser tudo dentro das grades, fechadinho? E o total de presos era muito grande lá”, argumenta a dona de casa de Santa Cruz.

“Que órgão eu procuro, a senhora sabe?” – perguntou a dona de casa à repórter. Sem saber quais são seus direitos, mas decidida a lutar por eles, Eliene tentará ser indenizada. “Foi um filho que eu perdi. Meu filho. É um pedaço de mim meu filho. Tenho que ter direitos”.

Agência Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. De fato, é um drama enterrar um filho sem a cabeça, entretanto, bom seria que fosse contado o primeiro drama familiar, que deve ter sido quando o filho ingressou no mundo do crime. Esse, sim, seria mais proveitoso que todos os pais e filhos tomassem conhecimento.

  2. Não tiro a dor sofrimento de uma mae, mais indenização por que mataram e um absurdo, quantos poilicias e pessoa de bens estes vermes já mataram, indenização e uma vergonha, vão trabalhar, e deixar de serem vermes

  3. Já vai começar o mimimi de peninha de bandido, e o vitimismo dos familiares!!!
    Pena mesmo eu tenho do cidadão de bem que é morto por estes cabras safados, das famílias que são destruídas por esta bandidagem, dos filhos órfãos que tem o direito de crescer com seus pais tirados por criminosos cruéis, que matam às vezes por simples prazer ou mesmo para roubar um celular.
    Acho que os corpos destes meliantes tinham que ter sido expostos em praça pública, para que servissem de exemplo para os que pensam em entrar na chamada vida loka, pois o resultado é este.

    1. Saiba interpretar um texto meu amigo…

      Não fala para ter pena de bandido, mas fala da vida de quem perdeu e não tem nada a ver com a vida do crime e no fundo só queria o bem de quem morreu e o queriam longe da vida criminosa. Tenha respeito pelos pais dos que morreram.

    2. Tenho respeito e pena dos familiares das vítimas desses monstros !!!!
      Se esses bandidos não respeitaram seus pais e não tiveram pena das suas famílias não sou eu que vou ter, é triste mais é a realidade, é uma questão de escolha, vivemos em um País que grande parte da população vive em condições de pobreza e só uns poucos escolhem a vida do crime, então que paguem pelas suas escolhas!!!

  4. Normal que quem era ligado a esses bandidos sintam saudade.
    Mas pergunto: a sociedade é obrigada a conviver com bandidos? E o dono da moto roubada, o quanto suou para comprar? Aí vem o bonitão rouba e vamos ter peninha?
    Simples assim: quando um bandido morre está evitando definitivamente que ele volte a cometer crimes.

    1. Exato. Morto não pratica assaltos, homicídios, estupros etc….

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Geral

Título de eleitor: termina nesta quarta-feira (8) prazo para emitir ou regularizar documento

Foto: TRE-MS/Arquivo g1

Termina nesta quarta-feira (8) o prazo para emissão ou regularização do título de eleitor. Passado o fim do prazo, serviços como atualização de dados pessoais e transferência de município ou local de votação ficam indisponíveis.

Em 6 de outubro de 2024, tem eleições para prefeito e vereadores nos 5.570 municípios brasileiros. O segundo está marcado para 27 de outubro.

atendimento presencial pode ser agendado pela internet.

Além do atendimento presencial, os eleitores podem usar o autoatendimento eletrônico. O serviço, no entanto, está bloqueado para quem não fez a biometria, como é o caso de quem vai emitir o título pela primeira vez.

O autoatendimento eletrônico deve ser feito no site do TSE.

Documentos necessários para emitir ou regularizar o título de eleitor

  • Documento oficial de identidade com foto ou certidão de nascimento ou de casamento
  • Comprovante de residência, que deverá estar em nome do requerente, ou dos pais, ou do cônjuge do requerente (desde que possuam o mesmo sobrenome)
  • Se houver débito com a Justiça Eleitoral, levar o comprovante de pagamento
  • Se o requerente for do gênero masculino, levar o comprovante de quitação do serviço militar (o alistamento é obrigatório a partir dos 18 anos, mas jovens eleitores de 16 e 17 anos podem tirar o título e exercer seu direito ao voto)

Quem não votou nas últimas eleições e possui multa com a Justiça Eleitoral pode regularizar sua situação pela internet.

Transferência do título para outra cidade ou outro local de votação

O eleitor que deseja transferir seu título ou transferir o seu local de votação dentro da mesma cidade, seja pelo autoatendimento ou atendimento presencial, deve primeiro consultar a sua situação eleitoral. Esse serviço também segue a regra da biometria, ou seja, quem nunca realizou a coleta deve optar pelo atendimento presencial.

Um comprovante de vínculo com o município, seja residencial, familiar, profissional, comunitário ou afetivo, deve ser apresentado na opção de transferir o local de voto.

Regularização do título de eleitor

Para regularizar o título é preciso escolher a opção “regularize seu título eleitoral cancelado” no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Atualização de dados pessoais

Quem deseja apenas atualizar seus dados pessoais também deve obter o cadastro biométrico. Tendo a biometria, a atualização pode ser feita pelo autoatendimento online. Quem não possui, deve agendar um atendimento presencial.

 

 

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Geral

Cármen Lúcia é eleita presidente do TSE e vai comandar as eleições de 2024; ministra substitui Moraes a partir de junho

Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) elegeu, nesta terça-feira (7), a ministra Cármen Lúcia como nova presidente da Corte.

Ela vai assumir o lugar de Alexandre de Moraes, que deixa o tribunal em 3 de junho. Na mesma votação, Nunes Marques foi definido vice-presidente.

A escolha é simbólica. Por tradição, assume a posição de presidente o magistrado do Supremo Tribunal Federal (STF) com mandato há mais tempo no TSE. O resultado foi anunciado por Moraes.

Após o anúncio do resultado da eleição, Cármen disse que irá se comprometer “a honrar a Constituição, as leis da República”. “E nos comprometendo inteiramente com o respeito e absoluta dedicação aqui no TSE”.

“Que a Justiça Eleitoral brasileira continue a cumprir sua função constitucional em benefício da democracia brasileira”, afirmou Cármen Lúcia.

Moraes elogiou a colega e disse ter “grande alegria e honra” de passar o posto para a ministra.

CNN Brasil

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Judiciário

‘Algema é uma ofensa além da prisão’, diz Cármen Lúcia em julgamento para definir regras para uso em menores de idade

Foto: Sergio Lima/Poder 360

A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia disse, durante julgamento da 1ª Turma nesta 3ª feira (7.mai.2024), que o uso da algema é “uma ofensa além da prisão”, ao tratar do caso de uma menor de idade algemada durante audiência de apresentação. Ela ressaltou que a utilização deve ser “motivada” e não por “comodidade”.

“É algo extremamente grave para ser utilizado e, portanto, tem que ter as condições excepcionais devidamente motivadas, e não por comodidade para se saber que não vai acontecer nada”, disse a relatora do caso.

A ministra pontuou ainda que o episódio é “gravíssimo” e ressaltou haver uma insensibilidade de muitos juízes em “mandar algemar” em vez de pedir medidas e providências para os fóruns brasileiros terem condições de realizar suas funções.

Outra questão levantada pela ministra foi sobre a condição de mínima dignidade a que a menor, apreendida por ato infracional análogo ao tráfico de drogas, foi internada. A parte reclamada, o juiz da Vara Única da Comarca de Sapucaia, alega a inexistência de delegacias especializadas para apuração de ato infracionais nas comarcas no interior do Rio de Janeiro.

O pedido para que o processo -que tramita em segredo de justiça- viesse à Turma foi da própria ministra, que destacou sua preocupação com o caso e, por isso, não o considerou objeto de uma decisão monocrática.

O STF já possui uma interpretação a respeito do tema, prevista na súmula vinculante 11: Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado”.

A relatora votou por julgar improcedente o recurso da defesa da menor de idade, visto que a condição para o uso de algemas foi motivada. O juiz afirma que a agressividade comportamental foi determinante, além da “diferenciada compleição física” da jovem, que poderia ferir a si própria, segundo os policiais.

A ministra, contudo, ressaltou que a palavra dos policiais não vai de encontro com o que diz a defesa e, para que o uso das algemas seja excepcional, e não arbitrário, propôs que fossem definidas condições que somassem à súmula, por conta da “reiteração de reclamações” do tema ao STF.

A relatora propôs, portanto, que a Corte fixe algumas condições explicitando como se deveria proceder para dar comprimento integral à súmula e para que o STF possa encaminhar as condições ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para que este adote providências no sentido de esmiuçar procedimentos que precisam ser observados por todos os juízes brasileiros.

Poder 360

Opinião dos leitores

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Geral

Ministra Anielle Franco usa tragédia no RS para pedir votos e depois apaga publicação em rede social

Imagem: reprodução/X

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, publicou na tarde desta terça-feira no X (antigo Twitter) um texto “sobre a importância do seu voto”, no qual exalta a atuação do governo Lula diante da tragédia no Rio Grande do Sul, citando o investimento de 1,5 bilhão de reais para saúde, adiantamento de benefícios sociais, auxílio aos desabrigados, garantia de alimentos e energia.

“Ações necessárias que só um governo que se preocupa com as pessoas faz.Amanhã é o último dia para regularizar ou tirar o título de eleitor para votar nestas eleições. Se você ainda não fez isso ou conhece quem ainda não tenha feito, corre pra fazer. Votar em quem atua em prol da vida das pessoas e do povo brasileiro é o que faz a realidade mudar”, escreveu a ministra, acrescentando o site do TSE para que interessados obtenham mais informações.

Cerca de uma hora após a publicação, o post havia sido apagado da conta de Anielle na rede social — onde prints do texto passaram a circular, com críticas à manifestação.

Às 16h35, a assessoria da ministra informou que a publicação foi retirada do ar “porque se tratavam de dois assuntos diferentes e originalmente tinham sido pensados para postagens separadas”. “Agora já foram repostados da forma adequada”, complementou.

Radar – Veja

Opinião dos leitores

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Geral

Bolsonaro cancela todas as viagens de maio para tratar problemas de saúde

Foto: REUTERS/Adriano Machado

O ex-presidente Jair Bolsonaro cancelou todos os compromissos do mês de maio após ser internado em São Paulo na noite da última segunda-feira (6).

Até então, estavam previstas até o final do mês viagens ao Pará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte. Desde fevereiro deste ano, o ex-presidente já visitou dezenas de cidades brasileiras, fazendo as vezes de cabo eleitoral e alavancando eventos com candidatos do Partido Liberal (PL) para as eleições municipais deste ano.

Em vídeo divulgado nesta terça-feira (7), Bolsonaro aparece caminhando nos corredores do hospital Vila Nova Star, na zona sul da capital paulista, e conversando com pacientes. Ele foi transferido às pressas de Manaus para São Paulo após apresentar quadro de obstrução intestinal e de erisipela, um tipo de infecção de pele.

Segundo o advogado e ex-ministro da Secretaria de Comunicação, Fabio Wajngarten, Bolsonaro passou bem a noite e deverá continuar realizando exames.

Forte desconforto
Inicialmente, os sintomas de Bolsonaro eram apenas relacionados à erisipela e a equipe médica de Manaus cogitava uma transferência para um hospital de Brasília. No entanto, a junta decidiu pela ida a São Paulo após o ex-presidente sentir um forte desconforto intestinal nas primeiras horas da segunda.

“O presidente segue estável, hoje caminhou no hospital, para prevenir outras intercorrências, e a transferência dele é para que ele mantenha o tratamento com antibiótico venoso, mais próximo da família também”, declarou um dos médicos do Hospital Santa Júlia, em Manaus.

Com informações de Veja

Opinião dos leitores

  1. O enturimento dessa vez foi grande ! Isso foi uma desculpa pra fugir de cena e não ser cobrado pelos passeios de jet-ski que fazia enquanto a BA estava inundada? Sempre um covarde !

    1. Esquerdopata realmente é incapaz de enxergar os fatos, a um palmo a frente do nariz.

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Solidariedade

Empresa potiguar oferece serviços de saúde gratuitos para afetados no Rio Grande do Sul


A situação trágica no Rio Grande do Sul tem mobilizado ajuda em todas as partes do Brasil. Do Rio Grande do Norte, a empresa potiguar de terceirização, Justiz, que é responsável pelo atendimento médico em Unidades Básicas de Saúde e Unidade de Pronto Atendimento em Canoas, cidade localizada a 20km de Porto Alegre, está ofertando de forma gratuita, consulta médica online para a população gaúcha afetada pelas inundações.

A empresa adquiriu uma plataforma de telemedicina para viabilizar os atendimentos com clínicos gerais, psicólogos, psiquiatras e enfermeiros que atuam no RN e se voluntariaram para esta operação. A população do Rio Grande do Sul receberá pelas redes sociais (mesmo que não siga o perfil da empresa) o endereço para cadastro na plataforma para ter acesso aos especialistas.

Para os empresários da Justiz Terceirização, a medida visa acolher as pessoas que precisam de atendimento médico, mas não possuem ou não podem se dirigir aos espaços públicos, em virtude dos alagamentos. “Vimos as imagens de como ficaram as unidades de saúde do município e ouvimos relatos de histórias difíceis que nos estimularam a buscar uma alternativa de auxílio, dentro da nossa área de atuação”, explicam Brenda e Raul Justiz.

Canoas vive uma dos piores cenários de devastação

A mídia local estima que cerca de 60% da população do município foi impactada com o volume de água, que alagou locais públicos, incluindo os que oferecem serviços de saúde pública. No município foi decretado situação de calamidade pública nível 3, determinado por desastre de grande intensidade.

Opinião dos leitores

  1. Atenção para os FAKES espalhados pela extrema direita!!!!!! Doações não tem cobrança de impostos – Não está sendo exigida nota fiscal de doações – Veículos de apoio ao salvamento não estão sendo multados – Não há recolhimento de jet skis e barcos de quem não tem habilitação – Helicópteros não estão sendo impedidos de ajudar em resgates – Governo Federal não patrocinou show da Madonna no Rio – Marmitas não estão sendo fiscalizadas. Não repassem fakes.

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Polícia

VÍDEO: Homem é preso pela segunda vez em três dias na comunidade da Guarita em Natal

Um homem foi preso em Natal pela terceira vez somente nesta semana. A prisão ocorrida nesta terça-feira (7) ocorreu na comunidade da Guarita. O homem portava drogas e se desfez dos entorpecentes e de um simulacro ao perceber a chegada de policiais militares da ROCAM.

O homem detido negou à reportagem do Via Certa Natal que portava o simulacro. Ele também admitiu passagens pela polícia por tráfico de drogas e que também havia sido preso há dois dias.

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Geral

VÍDEO: “Não penetrou nada, diante de Deus, eu só lambi”, confessa homem que abusou sexualmente de sobrinha de apenas 6 anos em Areia Branca

“Eu tentei acariciar ela, na minha lascívia, mas eu não toquei nela. Não penetrou nada, diante de Deus, eu só lambi”. O relato é de um tio que confessou ter abusado sexualmente da sobrinha, de apenas 6 anos. O homem foi confrontado pela irmã, que é mãe da menina. Em um vídeo que começou a circular nas redes sociais nesta terça-feira (7), a mulher questiona o irmão que, inicialmente, tenta negar a situação.

O caso aconteceu no domingo (5), na cidade de Areia Branca, a aproximadamente 273 quilômetros de Natal. Desconfiada da atitude do irmão, a mulher gravou uma conversa na qual ele confessa ter praticado o ato libidinoso contra a própria sobrinha. Tentando se defender do confronto da irmã, ele pede compreensão e diz estar passando “por um momento difícil no casamento”.

“Eu não toquei nele, nem cheguei a me masturbar”, relatou o homem. A mãe da criança afirma que a menina tem marcas pelo corpo. “O corpo dela está marcado. Ela está toda vermelha. As partes íntimas dela estão todas marcadas”, detalha a irmã do homem.

“Eu peguei ela, peguei o coelho (um brinquedo) e coloquei na cama. Eu peço perdão. Eu vou dizer a você: eu tentei acariciar ela, na minha lascívia, mas eu não toquei nela. Não penetrou nada, diante de Deus, eu só lambi”, confessou. A Polícia Civil está investigando o caso.

Com informações de Ponta Negra News

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Geral

Temporais no RS causam prejuízo de R$ 4,6 bilhões, afetando 78% dos municípios

Foto: RICARDO STUCKERT/PR

As tempestades que atingem o Rio Grande do Sul desde 29 de abril resultaram em prejuízos financeiros que ultrapassam a marca de R$ 4,6 bilhões, de acordo com um levantamento da CNM (Confederação Nacional dos Municípios) divulgado nesta terça-feira (7). O relatório aponta que 99,8 mil residências foram danificadas ou destruídas, e o número de mortos chegou a 90, afetando 78% dos municípios do estado.

A CNM ressalta que o valor dos danos pode aumentar à medida que outros municípios reportem suas perdas, considerando que muitos ainda estão envolvidos em atividades de resgate e assistência emergencial às vítimas.

Segundo a Defesa Civil Estadual, 388 municípios foram afetados, dos quais 336 receberam reconhecimento de calamidade pública pelos governos estadual e federal. Destes, 159 municípios emitiram decretos no S2iD (Sistema Integrado de Informações sobre Desastres) do governo federal, enquanto 177 ainda não forneceram dados sobre os prejuízos.

A CNM destaca que a maioria dos municípios que emitiram decretos no S2iD começou a informar os valores dos danos, à medida que as águas começaram a baixar em algumas regiões.

Previsão de mais chuva para o Rio Grande do Sul

Nesta terça-feira, as chuvas avançam para o sul do Rio Grande do Sul. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de “Grande Perigo” para o extremo sudeste do estado, alertando para a possibilidade de chuvas de granizo e ventos com intensidade superior a 100 km/h.

Na quarta-feira, a formação de um ciclone extratropical, movendo-se rapidamente em direção ao oceano, estenderá uma frente fria, causando instabilidade em outras regiões do estado.

São esperadas quedas acentuadas nas temperaturas máximas, acompanhadas por rajadas de vento que podem superar os 80 km/h, além de chuvas variando entre 20 e 50 mm em diversas áreas do estado.

R7

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Brasil

MP pede que Alexandre Nardoni, condenado por matar a filha, volte à prisão

Foto: Agência Brasi

Condenado a 30 anos de prisão pela morte da filha, Isabella, Alexandre Nardoni deixou a penitenciária de Tremembé no fim da tarde da segunda-feira (6). Nesta terça (7), o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) entrou com recurso contra a decisão da Justiça que permitiu a saída de Nardoni da prisão em cumprimento do regime aberto. O órgão também entrou com medida cautelar com efeito suspensivo em que pede a volta imediata do réu para o regime semiaberto no presídio, até o julgamento do recurso.

A defesa de Nardoni disse que agirá para “evitar qualquer injustiça”. O MP-SP protocolou um recurso de agravo contra a execução ainda na segunda-feira, no Departamento Estadual de Execução Criminal da 9ª Região Administrativa, em São José dos Campos, alegando que o réu não comprovou, de forma cabal, que não representa risco para a sociedade.

A promotoria do caso considera que Nardoni praticou “crime hediondo bárbaro ao matar a filha de 5 anos, demonstrou frieza emocional, insensibilidade acentuada, caráter manifestamente dissimulado e ausência de arrependimento”. O documento cita ainda indicação psiquiátrica de que o réu possui “impulsividade latente”, além de exibir elementos de transtorno de personalidade.

Ministério Público argumentou pela sustação da progressão ao regime aberto, com a manutenção do acusado em regime intermediário e submissão ao teste de Rorschach e a exame psiquiátrico profundo e conclusivo, que possa averiguar possível transtorno de personalidade e a possibilidade de progressão ao regime aberto.

teste de Rorschach, popularmente conhecido como “teste do borrão de tinta”, é uma técnica de avaliação psicológica que consiste em dar respostas sobre o que se parecem manchas de tinta apresentadas em pranchas com linhas simétricas. A partir das respostas, seria possível obter um quadro amplo da dinâmica psicológica do indivíduo testado.

A medida cautelar para atribuição de efeito suspensivo, também protocolada pelo MP-SP, requer que o Tribunal de Justiça determine o imediato retorno de Alexandre Nardoni ao regime semiaberto, que implica em permanecer na prisão, podendo trabalhar e estudar fora, até o julgamento do recurso.

Em decisão publicada na segunda-feira, o juiz José Loureiro Sobrinho apontou que Nardoni completou o tempo necessário para a progressão de regime, após ficar 16 anos preso.

Segundo o magistrado, apesar dos apontamentos do Ministério Público, a gravidade do delito praticado pelo réu não deve ser obstáculo à sua busca pela ressocialização através da progressão de regime. Nardoni estava no semiaberto, com direito a saídas temporárias para visitar familiares.

O advogado Roberto Podval, que defende Nardoni, disse que “a defesa lamenta a atitude de alguns promotores que se preocupam mais com os holofotes do que com a Justiça”. “Estamos atentos e trabalhando para evitar qualquer injustiça”, afirmou.

Fonte: Jovem Pan

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