Economia

O RN foi o único estado do Nordeste que a indústria virou 2011 com saldo negativo. Cadê você Bendito?

Enquanto o Governo do Estado só fala em Aeroporto e Copa do Mundo, a indústria do RN vai encolhendo, empregos vão se perdendo e o PIB do RN virando piada Nacional. O que foi que “Bendito” Gama veio fazer aqui realmente?  Segue excelente reportagem da Tribuna do Norte:

A indústria de transformação brasileira encolheu. Os números divulgados por entidades como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Confederação Nacional da Indústria (CNI) na última semana mostram isso. Produção, exportação e empregos no setor industrial fecharam o ano em queda, reduzindo a participação da indústria de transformação no PIB nacional a níveis semelhantes aos registrados no início do processo de industrialização, na era JK. As projeções para 2012 não são muito animadoras. A produção industrial e o faturamento da indústria já iniciaram 2012 em queda. O resultado se vê em cada estado: demissões, principalmente no segmento têxtil e de confecção. No Rio Grande do Norte, não foi diferente. O estado foi o que mais sofreu com a crise na região. No Nordeste, foi o único que fechou com saldo negativo, apresentando o pior desempenho dos últimos nove anos. O governo federal, no entanto, sinalizou que tomará medidas para frear a queda e reverter o quadro.

Produção, exportação e empregos no setor industrial fecharam o ano em queda, reduzindo participação da indústria de transformação no PIB nacional a níveis semelhantes aos do início do processo de industrialização

A participação da indústria de transformação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu de 16,2% para 14,6%, no último ano. O percentual só foi menor em 1956, no governo de Juscelino Kubitschek, quando o setor respondeu por 13,8% do PIB, segundo matéria veiculada na Folha de São Paulo. Na década de 80, a indústria representava quase 30% do PIB nacional. O dado é preocupante e as projeções não muito animadoras, mas não apenas no âmbito nacional. “O que ocorreu no Brasil, ocorre no Rio Grande do Norte”, diz o presidente da Federação das Indústrias do estado, Amaro Sales. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda não divulgou números para medir o desempenho da atividade em plano local, mas os efeitos da desaceleração são percebidos em áreas sensíveis como o mercado de trabalho.

Em todo o país, postos com carteira assinada foram fechados.  “A indústria encolheu em todo o país”, ressaltou Flávio Castelo Branco, economista chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em entrevista à TRIBUNA DO NORTE. O Rio Grande do Norte foi, entretanto, o que mais sofreu na região Nordeste. A indústria de transformação potiguar foi a única que fechou o ano com um saldo de empregos – diferença entre contratações e demissões – negativo. O saldo de 2011 (-2.578) foi o pior em nove anos, desde que o Ministério do Trabalho passou a registrar a geração de emprego, ano a ano. No RN, a indústria de transformação demitiu 29,7 mil pessoas no último ano. Com exceção de Alagoas, onde o saldo de empregos na indústria subiu em 2011, todos os outros registraram recuo na geração de emprego. No Ceará, a retração chegou a 85,5%. Ainda assim, todos conseguiram manter alguns postos abertos. O RN não.

Federação das Indústrias do RN Fiern, Associação Brasileira de Incentivo ao Desenvolvimento Sustentável da Indústria e governo do estado se reúnem este mês para elaborar o plano de industrialização do estado e tentar reverter o quadro. Sandra Cavalcanti, gerente da unidade de Economia e Estatística da Federação das Indústrias no RN, lembra que o setor que mais vem sofrendo com a enxurrada de importações – uma das razões por trás da queda da participação da indústria no PIB nacional – é o de têxteis e vestuário. “E esta é a cadeia industrial que mais emprega no RN depois da construção civil”. O segmento demitiu quase 10 mil pessoas no ano passado, fechando 2011 com um saldo negativo de quase cinco mil postos de trabalho com carteira assinada.

O setor começou 2011 com 31.840 empregados com carteira assinada, no estado. Hoje são 26.629, 16,3% ou 5.211 a menos – sem levar em consideração os postos informais fechados. Número que deve ficar ainda maior, de acordo com José Nogueira Filho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Fiação e Tecelagem do RN.

A Coteminas vai desativar, gradualmente, a unidade de São Gonçalo do Amarante, que emprega hoje 1,6 mil funcionários. Parte da produção e dos empregados será transferida para Macaíba. A outra parte será capacitada para trabalhar em outros setores.

O Grupo, um dos maiores do país no segmento, decidiu construir um complexo imobiliário no local da antiga fábrica. Josué Gomes, presidente da Coteminas, em passagem pelo RN, preferiu não relacionar a desativação da unidade (e a construção do complexo) à crise enfrentada pelo setor. “Digamos apenas que o projeto seria viável mesmo que o segmento têxtil estivesse bem”, respondeu à TRIBUNA DO NORTE, logo após apresentação do projeto. A equipe de reportagem entrou em contato com a Coteminas para esclarecer quando a unidade começará a ser desativada, mas não obteve retorno. Segundo José Nogueira Filho, depois da crise de 2008, “a indústria têxtil e de confecções no estado só perdeu”.

Mesmo com incentivos, cenário é ruim

“O ano foi desastroso para a indústria têxtil e de confecções”. É assim que Fernando Valente Pimentel, diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), define 2011 para o segmento. No último ano, a produção da indústria têxtil despencou quase 15%. A do setor de confecções caiu 4%. Fernando relembra que alta do preço da pluma de algodão, no ano passado, reduziu  estoques e sufocou capital de giro das indústrias têxteis. Para 2012, a ABIT espera um crescimento de 1,5% a 2% indústria têxtil em 2012, mas reconhece que “não será possível recuperar a produção perdida no ano passado”.

A ABIT tem discutido junto ao governo federal estratégias para mudar o cenário. Medidas que, segundo Pimentel, se apoiarão em dois pilares: resgate da competitividade – com redução de tributos, redução da tarifa de energia, desoneração do investimento – e salvaguarda contra a entrada de produtos importados. “Usaremos todo um arsenal de medidas para defesa e ataque contra a concorrência desleal”, afirmou, à TN.

Apesar do desempenho ruim, Pimentel garante que a indústria têxtil do Brasil não vai acabar. “Estamos trabalhando, na verdade, para que ela possa voltar a crescer”. O que o Brasil não pode, afirma, é tolerar a concorrência desleal nem “entregar o mercado em tempos de crise”. Ele lembra que as importações, que podem parecer uma solução à primeira vista, podem se tornar um grave problema a longo prazo.  Para o diretor superintendente da ABIT, o país não pode continuar criando obstáculos para quem produz aqui dentro e facilidades para quem produz lá fora.

O governo federal já sinalizou que tomará medidas de caráter emergencial para estimular a produção industrial. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, por exemplo, anunciou sexta-feira, que o  governo ampliará a desoneração da folha de pagamento do setor. Desta vez, todos os setores industriais que quiserem poderão participar da rodada de desoneração.

Segundo Sandra Cavalcanti, da Fiern, o governo já indicou que reduzirá impostos de investimento, desonerará a folha de pagamento de outros setores, a exemplo do que ocorreu com têxteis, calçados e softwares, e acelerará o investimento público no segundo semestre. “Também deverá criar linhas de crédito específicas para setores que vem perdendo a competitividade”. Para Castelo Branco, economista chefe da CNI, a recente redução dos juros, de 10,5% para 9,75% ao ano, mostra a preocupação do Banco Central com o cenário e pode contribuir para melhorar o desempenho do setor.

Para Amaro Sales, as medidas tomadas até o momento – como a desoneração da folha de pagamento para setores que empregam mão de obra de forma maciça em troca de parte do faturamento – não foram suficientes para reverter o quadro. Sem competitividade, indústrias acabarão trocando homens por máquinas, num processo semelhante ao que já ocorre nos canaviais, afirma Amaro. Para Ambrósio Lins, presidente da Federação dos Trabalhadores em Agricultura do RN (Fetarn), a mecanização é “um caminho sem volta”, ao menos nos canaviais. Usinas são obrigadas, por lei, a mecanizar colheita, dispensando a queima. Mas a estratégia pode ser adotada por outros setores diante da queda de competitividade.

Para o economista e chefe da unidade potiguar do IBGE, Aldemir Freire, 2012 não será um ano fácil para a indústria.  “Espero que as medidas tomadas pelo governo federal consigam melhorar o desempenho do setor”. Depois completa: “só não sei se será um desempenho muito melhor”.

Setor começa o ano com o pé esquerdo

A indústria de transformação estagnou em 2011, segundo Flávio Castelo Branco, economista chefe da CNI. O crescimento não ultrapassou 0,1%. Essa foi uma das razões de o PIB nacional ter crescido apenas 2,7%, ante os 7,5% de crescimento no ano anterior. A indústria, considerando os quatro subsetores (extrativo; eletricidade-gás-água; construção civil e indústria de transformação), cresceu 1,6%. Em 2010, havia crescido 10,1%. “O desempenho foi bastante frustrante”, resume Castelo Branco. A CNI já projetava um crescimento de 2,6 ou 2,8% para a indústria em 2012, mas está refazendo os cálculos. “Estamos preocupados com o que vai acontecer”, confessa Amaro Sales, presidente da Fiern. E há motivos para isso.

A produção industrial caiu 2,1% em janeiro, em relação ao mês anterior. Este foi o maior recuo desde dezembro de 2008, auge da crise internacional. O faturamento da indústria caiu 1,4% em janeiro em comparação com dezembro. Os primeiros dados de 2012, segundo Castelo Branco, mostram que o quadro de baixa atividade se manterá.  “O cenário já se desenha”, complementa Amaro.

Para Sandra Cavalcanti, da unidade de Economia e Estatística da Fiern, as medidas de contenção do consumo, como restrição ao crédito e aumento da taxa de juros, tomadas pelo Banco Central no início de 2011, com o intuito de conter a inflação, se refletiram no menor ritmo de crescimento da indústria, e por extensão, da economia brasileira. “Além disso, fomos surpreendidos com o agravamento da crise europeia no segundo semestre de 2011”. A valorização do real, uma das consequências da crise, também é apontada como vilã. Em 2011, o real era a quarta moeda mais valorizada do mundo segundo a revista inglesa The Economist. Real valorizado, explica Sandra, reduz competitividade dos produtos brasileiros e facilita a entrada de produtos importados. “Estamos deixando de adquirir insumos, matérias-primas, máquinas e equipamentos produzidos internamente, porque os importados ficaram muito mais baratos”, explica.

No Rio Grande do Norte, as exportações do segmento têxtil e de confecções, o mais afetado em todo o país, por exemplo, recuaram 40%, enquanto as importações, sem incluir o algodão, cresceram 57%, no ano passado. Neste cenário, destacam-se as importações de peças de vestuário e confecções que cresceram 915% no mesmo período. Boa parte destes produtos vem da China – economia que mais cresce no mundo, mas que também já dá sinais de retração (país estima crescimento menor em 2012).  Entretanto, outros fatores contribuem para a desindustrialização precoce do Brasil.

Infraestrutura reduz competitividade

Além dos problemas ‘graves e imediatos’, Rio Grande do Norte e Brasil lidam com problemas latentes, como infraestrutura deficitária, ressalta Sandra Cavalcanti, da Fiern. O mesmo pensamento é defendido por Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Estudo divulgado pela LCA Consultores, ainda em 2011, revelou que o Brasil poderia mais que dobrar o Produto Interno Bruto (PIB) por habitante e atingir níveis de países como a Coreia do Sul, se reduzisse as ineficiências que tiram a competitividade do País. “Falta de infraestrutura e complexidade do sistema tributário dividem o primeiro lugar no pódio dos principais obstáculos para ampliar a competitividade”, disse o economista responsável pelo estudo, Bráulio Borges, em entrevista ao Estado de São Paulo, durante a divulgação da pesquisa.

O Rio Grande do Norte ainda tem um longo caminho a percorrer, neste sentido. As rodovias estaduais receberam nota zero em avaliação realizada pelo grupo inglês The Economist em todo o país, no ano passado. O estado ficou abaixo da média nacional nas oito categorias avaliadas, incluindo ambientes político e econômico, política para investimentos estrangeiros, infraestrutura, recursos humanos, sustentabilidade, tributos e inovação. Segundo o estudo, o RN tem uma das dez piores redes de estradas do Brasil.

Estudo

A CNI, em parceria com a Fiern, deverá concluir até junho estudo que identifica os gargalos na infraestrutura, transporte e logística do RN e de todos os estados nordestinos. A pesquisa avalia a condição das rodovias, ferrovias, portos e aeroportos e indica que projetos deverão ser priorizados dentro e fora do estado, para tornar estados mais competitivos.

“Precisamos privatizar mais”, afirma Amaro Sales, presidente da Fiern. Ele reconhece, entretanto, que investir em infraestrutura não basta.

A indústria tem reivindicado redução nos custos trabalhistas e previdenciários, no custo industrial de energia elétrica e na carga tributária, que já alcança 36% do PIB. Assunto foi debatido na última sexta-feira, na Fiern.

Micro e pequenos buscam inovação

Enquanto o governo federal tenta proteger os grandes, micro e pequenos, que representam 97% da indústria potiguar, se movimentam, em busca de maior competitividade. Para reduzir custos de produção e colocar o produto nas prateleiras a um preço mais baixo, João Vidal de Lucena, proprietário da Polpa de Frutas Naturelle, trouxe sua fábrica para o Rio Grande do Norte. No RN, o empresário paraibano encontrou matéria-prima e água abundante. Na Paraíba, pagava R$ 40 por uma caixa de cajá. No RN, passou a pagar R$ 25. A economia se refletiu no preço do produto.

Doze anos depois Vidal dá mais um passo em busca de competitividade. Agora quer inserir a inovação na fábrica. Ele foi um dos micro e pequenos que aderiram ao programa Agentes Locais de Inovação (ALI), do Sebrae. A segunda fase do programa, que quer atingir 1,6 mil empresas em 2012, tem como objetivo tornar indústria mais competitiva. Ana Clara Melo de Negreiros Fraga, proprietária da  Sinalize Comunicação Visual, também deu o mesmo passo.

Ela pretende aumentar equipe e entrar e m novos mercados. Mas sabe que ter preço competitivo não é suficiente. “É preciso trazer a inovação para dentro da empresa, se não os concorrentes avançam e nós não”. Há 16 anos no mercado, ela pretende contratar mais quatro funcionários este ano. Tudo vai depender do mercado. “Problemas todos temos, grandes ou pequenos, o que precisamos é de soluções”.

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Política

Fátima faz troca e anuncia Alexandre Motta como novo secretário de Saúde do RN

Foto: Reprodução 

O médico infectologista Alexandre Motta será o novo secretário de Saúde Pública (Sesap) do Rio Grande do Norte. O anúncio foi feito pela governadora Fátima Bezerra nas redes sociais, em que também agradeceu a médica Lyane Ramalho, que deixará o comando da pasta.

“Dr. Alexandre Motta será o novo sec. de Saúde do RN. Médico infectologista, com vasta experiência no SUS, substituirá a Dra. Lyane, a quem agradeço pelo empenho e dedicação à frente da Sesap. Desejo a ele uma gestão profícua e comprometida com o fortalecimento do SUS!”, escreveu Fátima nas redes sociais.

Tribuna do Norte

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Política

VÍDEO: Prefeito promete climatizar todas as salas de aula até o fim da gestão

Durante a leitura da mensagem anual na Câmara Municipal, o prefeito Paulinho Freire anunciou que todas as salas de aula da rede municipal de Natal serão climatizadas até o fim de sua gestão. Segundo ele, a medida visa garantir um ambiente mais adequado para o ensino, contribuindo para a qualidade da educação na cidade.

“Estamos investindo na reestruturação das nossas escolas. A ampliação da climatização das salas de aula reforça nosso compromisso com um ambiente escolar mais acolhedor e propício para o aprendizado”, declarou.

Além da climatização, Freire destacou que todas as crianças matriculadas na rede municipal receberão fardamento no início de março e que a fila de espera para creches foi zerada nos primeiros 50 dias de gestão.

O prefeito também mencionou a parceria com o Instituto Ayrton Senna e o programa “Avança Educando”, voltado para incentivo a estudantes e profissionais da educação, com o objetivo de melhorar o desempenho acadêmico.

96 FM

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Geral

Papa Francisco tem pneumonia bilateral, diz Vaticano


Foto: REUTERS/Remo Casilli

O papa Francisco foi diagnosticado com uma pneumonia bilateral, afirmou o Vaticano nesta terça-feira (18). O comunicado afirma que o pontífice “continua a apresentar um quadro complexo”.

A pneumonia bilateral afeta os dois pulmões e é considerada um pouco mais grave que a pneumonia comum. Isso acontece porque a capacidade respiratória fica mais comprometida, o que pode afetar outros órgãos e a própria consciência do paciente.

Mais cedo, a Santa Sé havia cancelado toda a agenda de atividades do papa para próximo fim de semana por conta da hospitalização.

“Exames laboratoriais, radiografias de tórax e as condições clínicas do Santo Padre continuam apresentando um quadro complexo. A infecção polimicrobiana, que surgiu num contexto de bronquiectasia [dilatação permanente dos brônquios] e bronquite asmática, e que exigiu o uso de antibioticoterapia com cortisona, torna o tratamento terapêutico mais complexo”, diz o boletim médico.

Também segundo o comunicado, Francisco está de bom humor.

Francisco foi hospitalizado para tratar uma bronquite que se desenvolveu para uma infecção polimicrobiana das vias respiratórias (leia mais abaixo). Em boletim na segunda-feira (17), médicos disseram que seu quadro clínico é complexo.

O Vaticano divulgou um novo boletim nesta terça em que diz que o papa teve uma “noite pacífica” e comeu café da manhã nesta manhã.
A agenda do fim de semana foi cancelada porque não há previsão de alta, segundo o Vaticano — na segunda, médicos disseram que sua internação deverá ser longa.

Francisco entrou no quinto dia de internação nesta terça, no hospital Policlinica Gemelli, em Roma.

O último boletim sobre a saúde do pontífice, divulgado na tarde de segunda-feira, afirmava que o papa não tinha febre e seu estado era estável.

“O Santo Padre continua afebril e continua a terapia prescrita. As condições clínicas são estáveis. Esta manhã recebeu a Eucaristia e posteriormente dedicou-se a algumas atividades de trabalho e leitura de textos”, detalha o comunicado.

Ainda segundo o Vaticano, o papa ficou “comovido com as numerosas mensagens de carinho” que recebeu, além de mensagens e desenhos com votos de melhoras de fiéis que também estão internados no hospital:

“O Papa Francisco está comovido com as numerosas mensagens de carinho e de proximidade que continua a receber nestas horas; em particular, deseja expressar o seu agradecimento aos que se encontram atualmente internados no hospital, pelo carinho e amor que expressam através dos desenhos e mensagens de bons votos. Ele ora por eles e pede que orem por ele”.

Também de acordo com a Santa Sé, o tratamento foi alterado após o diagnóstico.

Mais cedo, às 9h, outro comunicado informou que o pontífice, de 88 anos, que assumiu o posto em 2013, está com uma infecção polimicrobiana das vias respiratórias e que sua situação clínica é “complexa”.

“Os resultados dos testes realizados nos últimos dias e hoje demonstraram uma infecção polimicrobiana do trato respiratório que levou a uma nova modificação da terapia. Todos os exames realizados até o momento são indicativos de um quadro clínico complexo que exigirá internação hospitalar adequada”, diz a íntegra do boletim.

Por causa da internação de Francisco, o Vaticano também informou que a audiência geral da próxima quarta-feira (19) foi cancelada.

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Política

Prefeitura de São Gonçalo do Amarante e Zurich Airport discutem parceria para impulsionar investimentos

Foto: Divulgação 

O prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado, reuniu-se nesta terça-feira (18) com representantes da Zurich Airport para fortalecer a parceria público-privada e fomentar novos investimentos no município. O encontro aconteceu no Gabinete do Prefeito e contou com a presença da diretora de Operações, Artemis Papanika, do gerente de Engenharia, Manutenção e Sustentabilidade, Anderson Pinheiro, e do gerente de Operações, André Lima.

Participaram da reunião os secretários municipais: Mario David (Gabinete Civil), Carlos Leão (Defesa Social), Juseni Tavares (Desenvolvimento Econômico), Marcio Barbosa (Infraestrutura), Valério França (Tributação), Hélio Dantas (Meio Ambiente e Urbanismo) e Ledson França (Comunicação e Eventos).

Entre os temas debatidos, destacaram-se a modernização da infraestrutura aeroportuária, o incentivo ao artesanato local e a implantação de um projeto de energia fotovoltaica. As iniciativas visam consolidar o Aeroporto Internacional de São Gonçalo como um polo estratégico para o desenvolvimento econômico do estado e da região.

Para o prefeito Jaime Calado, a parceria com a Zurich Airport é essencial para gerar novas oportunidades de emprego e garantir um crescimento sustentável. “Nosso objetivo é transformar São Gonçalo do Amarante em um destino atrativo para investimentos, promovendo melhorias estruturais e impulsionando o desenvolvimento econômico”, afirmou.

A Zurich Airport reafirmou seu compromisso com o município e ressaltou o potencial de crescimento da cidade. O encontro representa mais um avanço na relação entre o setor público e privado, contribuindo para o progresso da região.

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Geral

[VÍDEO] Bolsonaro sobre PGR: “Não tenho nenhuma preocupação com as acusações, zero”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta terça-feira (18),  que está tranquilo em relação ao parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a trama golpista, que deve apresentar a primeira denúncia ainda nesta semana, segundo apuração da CNN.

“Olha pra minha cara, não tenho nenhuma preocupação com as acusações, zero”, disse o ex-presidente após almoço com líderes da oposição.

Jair Bolsonaro já foi indiciado três vezes. O último, pela Polícia Federal, ocorreu em novembro de 2024, junto com outros 39 nomes, incluindo ex-ministros e militares de alta patente, como os generais Braga Netto e Augusto Heleno.

Ele é acusado de cometer crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Juntos, as penas para os crimes somam 28 anos de prisão.

Se a PGR admitir todos os crimes e as denúncias forem aceitas, os investigados se tornarão réus e o Supremo Tribunal Federal irá realizar o julgamento de mérito das acusações.

CNN Brasil

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Geral

Paulinho reforça aliança política com Rogério, Styvenson e Álvaro rumo a 2026

Foto: Elpidio Júnior

O prefeito de Natal, Paulinho Freire (União), tem reforçado cada vez mais sua sintonia com os senadores Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (PSDB) e o ex-prefeito Álvaro Dias (Republicanos), consolidando uma aliança que promete ser decisiva para as eleições de 2026. Em declarações recentes, Paulinho tem reiterado sua lealdade ao grupo político e sua disposição para atuar ao lado de Rogério e Álvaro na construção de um projeto para o Rio Grande do Norte. Nos bastidores, o grupo tem se mantido unido e em constante diálogo.

A parceria entre os quatro líderes já se mostrou vitoriosa em diversas frentes, incluindo a gestão municipal e a atuação política no estado. Agora, a expectativa cresce sobre os próximos passos desse grupo, que deve desempenhar um papel central no tabuleiro eleitoral potiguar.

Paulinho Freire, que assumiu a prefeitura de Natal recentemente, tem mantido uma gestão alinhada com as diretrizes de seu antecessor, Álvaro Dias, e fortalecido os laços com Rogério Marinho, um dos principais nomes da oposição ao governo federal. Nos bastidores, a permanência dessa unidade política é vista como um indicativo de que a disputa de 2026 já começa a ser desenhada.

A aliança entre Paulinho, Rogério, Styvenson e Álvaro se consolida em meio às movimentações políticas no estado, e o posicionamento do grupo deve ser um dos principais pontos de atenção na corrida eleitoral dos próximos anos. Enquanto isso, a reafirmação de Paulinho Freire como parte desse projeto político sinaliza que a oposição potiguar estará ainda mais estruturada para os desafios que virão.

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Geral

Incêndio no Projac afeta cidade cenográfica de novela da Globo

Foto: reprodução

Um incêndio atinge uma área da Cidade Cenográfica nos Estúdios Globo no bairro da Curicica, na zona oeste do Rio de Janeiro, na tarde desta terça-feira (18). A área afetada faz parte das gravações da novela Dona de Mim, segundo informou a TV Globo.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo acontece em um galpão, na Estrada do Bandeirantes, altura do número 6.700. Equipes foram acionadas para atender a ocorrência por volta das 14h05.

A corporação informou que cerca de 40 militares de sete unidades trabalham no combate às chamas. Além de 13 viaturas, os Bombeiros também trabalham com o apoio de drones com câmeras térmicas.

Em um vídeo compartilhado nas redes sociais é possível ver as chamas destruindo parte do lugar onde acontece o incêndio.

Em nota, a TV Globo informou que o incêndio não deixou feridos e que não havia gravação nas instalações no momento.

NOTA TV GLOBO

Incêndio sem feridos em cenário da novela Dona de Mim

Está sendo combatido pelo 12º Batalhão do Corpo de Bombeiros, com o apoio da Brigada da Globo, um incêndio na cidade cenográfica de Dona de Mim, próxima novela das sete da TV Globo, nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro.

Não havia gravação no local no momento e não há feridos.

CNN Brasil

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Geral

Bolsonaro sobre Michelle a frente de Lula em pesquisa: “sinal que ele está derretendo, é um incompetente”

Foto: reprodução/CNN

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta terça-feira (18), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é um “incompetente” e afirmou que o governo só o deixa inelegível porque tem medo.

“A pesquisa, hoje, já me dá 5% a frente do nove dedos [Lula], inclusive a dona Michelle na frente dele, é sinal que ele está derretendo, é um incompetente”, disse Bolsonaro após almoço com a oposição.

Um levantamento do instituto Paraná Pesquisas, contratado pelo PL e divulgado nesta manhã, mostra que Jair e Michelle Bolsonaro ficariam a frente de Lula em eventuais cenários de segundo turno na eleição presidencial de 2026.

No cenário entre Jair Bolsonaro e Lula, o ex-presidente aparece com 45,1% das intenções de voto, contra 40,2% do atual chefe do Executivo. Já entre Michelle e o petista, a ex-primeira-dama surge com 42,9% e o atual mandatário, 40,5%.

Jair Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A corte entendeu que o ex-presidente cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação ao fazer uma reunião com embaixadores em julho de 2022 e atacar, sem provas, o sistema eleitoral.

CNN Brasil

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Geral

EUA e Rússia excluem Ucrânia da mesa de negociações para encerrar guerra; Zelensky reage

Autoridades dos EUA, Rússia e Arábia Saudita reunidas em Riade em 18 de fevereiro de 2025. — Foto: Evelyn Hockstein/Pool Photo via AP

Os Estados Unidos e a Rússia formarão equipes para negociar o fim da guerra na Ucrânia, mas sem ter o país de Volodymyr Zelensky como parte das tratativas.

O anúncio de Washington ocorreu após a reunião entre autoridades americanas e russas na Arábia Saudita, que teve a Ucrânia entre os temas. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, concordaram em nomear equipes de alto nível para começar o mais rápido possível a trabalhar por um acordo que encerre o conflito.

Em resposta, Zelensky criticou negociações feitas “pelas costas” de Ucrânia e Europa e disse que os países europeus deveriam ser incluídos nas tratativas pelo fim da guerra.

Zelensky também afirmou que não cederá a ultimatos da investida americana e russa —ele já havia dito na segunda-feira que não participaria do diálogo entre EUA e Rússia para discutir propostas para o fim da guerra e que não aceitará nenhuma proposta de paz vinda dessa negociação.

O encontro em Riade nesta terça-feira marcou a primeira discussão oficial entre os dois países sobre um acordo para o fim do conflito e ocorre menos de uma semana após os presidentes dos EUA e da Rússia, Donald Trump e Vladimir Putin, falarem pelo telefone e concordarem em iniciar “imediatamente” as negociações pelo fim do conflito.

O assessor de política externa da presidência russa, Yuri Ushakov, afirmou que a reunião correu bem e que “foi uma conversa séria sobre todas as questões”, segundo a agência de notícias russa Ifax.

Além de Rubio, o enviado especial de Trump para assuntos no Oriente Médio, Steve Witkoff, e o assessor de segurança nacional Mike Waltz, formaram a delegação americana. Do lado russo, o assessor de política externa da presidência russa, Yuri Ushakov, acompanhou Lavrov.

A reunião também teve como objetivo tratar sobre a restauração das relações bilaterais entre EUA e Rússia e a preparação de um encontro entre o Trump e Putin, segundo o Kremlin. Ushakov disse também que detalhes sobre o encontro entre os presidentes foram discutidos.

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Geral

Sicredi fortalece atuação em 2024 com prêmios e expansão

Instituição financeira cooperativa se destaca em rankings nacionais e internacionais, amplia presença e reforça compromisso com o desenvolvimento local

O ano de 2024 foi marcado por desafios, mas também por conquistas significativas para o Sicredi, que reforçou sua posição de destaque no cenário financeiro nacional. A instituição financeira cooperativa recebeu prêmios em diversas categorias, incluindo inovação, governança, responsabilidade socioambiental e relacionamento com seus associados, reafirmando seu compromisso com a excelência e o cooperativismo.

Entre os reconhecimentos, o Sicredi foi eleito a Melhor Empresa para Trabalhar no Brasil na categoria “empresas gigantes” pelo ranking Great Place To Work (GPTW). Também conquistou a 5ª posição no ranking brasileiro World’s Best Banks, da Forbes, que avalia bancos em 33 países com base na experiência dos clientes. No Melhores e Maiores 2024, foi campeã na categoria “Cooperativas” e ficou em 7º lugar entre os “100 Maiores Bancos” do anuário Valor 1000.

A agência de classificação de risco Fitch elevou a nota do Sicredi de AA+ para AAA (bra), a máxima na escala nacional, consolidando a instituição com avaliações de topo nas três principais agências globais de risco: Moody’s, S&P e Fitch. Além disso, o Sicredi manteve o 1º lugar na categoria “Top 10 Serviços Financeiros” e a 8ª posição no ranking geral “Top 100 Open Corps”, no maior levantamento de inovação aberta da América Latina, promovido pelo 100 Open Startups.

No Rio Grande do Norte, o Sicredi manteve seu compromisso com o desenvolvimento local através de linhas de crédito acessíveis e programas de incentivo ao empreendedorismo, apoiando pequenas e médias empresas, fomentando a geração de empregos e impulsionando a economia nas comunidades. Além disso, promoveu ações sociais e educacionais que beneficiaram milhares de pessoas. Entre as iniciativas, destacam-se o Natal Solidário, a Meia Maratona do Sol, o Dia C, cursos de educação financeira, a Caminhada da Mãe Potiguar e o apoio a projetos voltados à sustentabilidade.

“Essas conquistas só são possíveis graças à confiança dos nossos associados, que acreditam na força da cooperação para construir um futuro melhor”, afirma o presidente da Sicredi RN, Damião Monteiro. Segundo ele, um dos pilares do crescimento da instituição é o compromisso com o desenvolvimento das comunidades onde atua, fomentando negócios locais, oferecendo crédito e gerando emprego e renda.

Atualmente, o Sicredi administra R$ 386,1 bilhões em ativos totais e tem um patrimônio líquido de R$ 42,1 bilhões (dados de setembro de 2024). A instituição conta com mais de 8,5 milhões de associados e está presente em todo o Brasil com mais de 2,8 mil agências. No Rio Grande do Norte, onde atua há 31 anos, possui agências em municípios estratégicos, atende mais de 20 mil associados e se consolidou como a maior instituição financeira do cooperativismo de crédito no estado.

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