Economia

Natalenses estão pagando em média R$ 120 pelo gás de cozinha

Foto: Alessandro Marques/Procon Natal

O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor de Natal (Procon Natal) divulgou pesquisa de preço do gás liquefeito de petróleo, mais conhecido como GLP ou gás de cozinha, realizada no último dia 23 de março. O Núcleo de Pesquisa percorreu um total de 21 pontos de venda, levando em consideração o porte do estabelecimento e o registro de licenciamento de comercialização do produto fixado e identificado junto com a placa de preço. O levantamento encontrou o preço médio do botijão GLP de 13 kg de gás de cozinha em Natal por R$ 119,86.

O reajuste do gás de cozinha anunciado pela Petrobras em 10 de março chegou a 16% nas refinarias, passando de R$ 3,86 para R$ 4,48 o quilo. Assim, no preço do botijão pago pelos consumidores nos pontos de revenda também estão incluídos os custos e as margens de comercialização das distribuidoras e dos pontos de revenda, onde representam 19,9% e 23,5%, respectivamente.

A pesquisa encontrou o botijão de 13 kg sendo vendido no comércio de Natal ao preço mais comum de R$ 120,00, ou seja, 42% dos estabelecimentos pesquisados tinham esse valor de venda ao consumidor. Este deve estar atento também aos preços praticados no comércio, uma vez que a pesquisa encontrou estabelecimento com o menor preço de R$ 110,00. Isso representa uma economia de R$ 9,86. Foi observado, ainda, que 28,57% dos estabelecimentos estão com seus preços abaixo da média pesquisada, o que representa uma economia significativa para o consumidor.
Análise dos dados

O maior preço encontrado foi de R$ 125,00 e o menor preço chegou a R$ 110,00, preços praticados à vista. A variação entre o maior e o menor preço é de 13,64%. Na última pesquisa, em dezembro de 2021, o preço médio do produto era de R$ 108,48. O maior preço encontrado foi de R$ 113,00 e o menor de R$ 100,00, preços praticados à vista. A variação entre o maior e o menor preço é de 13%. Analisando as duas pesquisas, a variação no preço médio da pesquisa anterior para a atual chega a 10,49%.

O Núcleo de Pesquisa orienta os consumidores que existe diferença no preço do gás de cozinha à vista e no cartão que chega a R$ 5,00, uma vez que em determinados estabelecimentos o preço é de R$ 125,00, à vista, e 130,00, no cartão, prática legal aos comerciantes pela Lei 13.455, de 2017. Pela norma, os comerciantes estão autorizados a oferecer preços diferenciados para pagamentos em dinheiro ou cartão de crédito ou débito, desde que devidamente explícito ao consumidor. Entretanto, a pesquisa também identificou que 38% dos pontos de venda localizados na zona Norte e na zona Sul, não fazem diferenciação de preço a essa prática.

O Procon Natal disponibiliza a pesquisa na íntegra aos consumidores em sua página virtual no site www.natal.rn.gov.br/procon/pesquisa. O órgão orienta os consumidores que se utilizem da pesquisa para economizar na hora da compra do GLP, uma vez que encontrará o endereço dos estabelecimentos pesquisados e os preços praticados à vista e no cartão.

Opinião dos leitores

  1. 🚨🚨 O mito não quer que você espalhe essa notícia tá? Ele gosta de divulgar que abaixa impostos então isso acabaria com a fake news!

    Bolsonaro autoriza o MAIOR REAJUSTE DE REMÉDIOS DA ÚLTIMA DÉCADA! Podem ficar quase 11% mais caros!

    1. Tá de graça.
      Que tu quer falar de aumento de preços??
      Esqueceu de Dilmanta foi???
      Depois, vc é um folgado bom de bolso, Lula ladrão tirou vc da pobreza, es um milionário.
      Rsrsrs.
      Tá chorando de barriga cheia.

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Saúde

NULLOS: Cirurgia de anulação sexual promove retirada total de genitais

Foto: Mia M/Arte/Metrópoles

Cresce nas redes sociais, especialmente no X (antigo Twitter), a presença de pessoas identificadas como nullos. Esses indivíduos querem fazer ou já fizeram uma modificação corporal extrema: a retirada dos genitais com os quais nasceram, mas sem a substituição por outro aparelho, como ocorre em pessoas trans.

O procedimento visa deixar o paciente “liso” (smooth, como se definem em inglês), com apenas pequenas aberturas para a uretra e sem sexo aparente — a ideia é ficar sem genitais, como um boneco. A cirurgia é polêmica e pouco conhecida: por isso, são poucos os médicos que se especializam na prática e a divulgam publicamente.

No continente americano, só um médico realiza o procedimento abertamente, o urologista mexicano Iván Aguilar. Em entrevista ao Metrópoles, ele explica que tem um compromisso com a saúde dos seus pacientes.

“Os indivíduos que eu atendo têm uma disforia de gênero muito específica, uma repulsa ao seu pênis ou à sua vagina, mas não se identificam com o gênero oposto. Querem continuar sendo homens ou mulheres, ou mesmo pessoas não-binárias. De certa forma, podemos dizer que o objetivo deles é ficar como a Barbie: em vez de fazer uma cirurgia de confirmação de gênero, popularmente conhecida como troca de sexo, o que fazemos é uma nulificação”, resume o médico.

Aguilar diz ter feito o procedimento em 170 pacientes desde 2013 e observa um aumento de interesse recente, mas afirma que nada em sua clínica é feito com pressa. Cada novo cliente passa por pelo menos um ano de acompanhamento psicológico antes que o procedimento seja efetivamente realizado.

“Só faço a cirurgia quando tenho certeza que meu paciente não irá se arrepender. Todos os que passaram pela minha sala de operações se sentem muito gratos e satisfeitos com as modificações feitas”, garante o médico.

Como funciona a cirurgia?

A cirurgia funciona de duas formas diferentes, a depender do gênero que será anulado. O procedimento dura no máximo duas horas, mas em mulheres pode ser mais rápido, concluído em 1h30.

Homens

Em homens, é feito um corte no períneo que permite retirar todo o cordão espermático e os testículos. O saco escrotal é removido e se separa a uretra do pênis. O corpo cavernoso do pênis é ressecado e retirado, mantendo-se apenas uma abertura pequena para a uretra. A depender da preferência do paciente, pode-se manter a glande do pênis.

Mulheres

Nas mulheres, a maioria das pacientes já retirou previamente o útero e os ovários. O médico localiza o clítoris e o disseca até a sua base; os lábios da vagina são retirados e se costura a antiga abertura, mantendo apenas a saída da uretra.

Relato de um operado: “era chato ter ereções inesperadas e ter um pênis grande pendurado no meu corpo esguio”

Identificado como Layli Nullo, diz se sentir “paradoxalmente mais masculino” depois de realizar o procedimento em maio de 2023. Segundo ele, a preparação para passar pela cirurgia começou em 2019 e exigiu muita coragem, determinação e conhecimento de como gostaria de ser.

“Lembro como era chato ter ereções inesperadas, além de ter um pênis grande pendurado no meu corpo esguio. Não sei se estou começando a ter níveis menores de testosterona, mas me sinto mais calmo, contente e, algumas vezes, mais sensível e esperançoso”, explica.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Eu chamo isso de mutilação. O médico e os pacientes precisam de tratamento psiquiátrico. Arrependimento não tem vez.

  2. Óbvio que são pessoas que precisam de tratamento psicológico e não de cirurgia! Um crime o que fazem com essas pessoas!

  3. As psicopatias estão sendo resolvidas com mutilações genitais ? Que tipo de sociedade estamos criando criando.

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Política

Municípios do RN conseguem liminar e FPM é mantido

Foto: Reprodução.

Prefeituras  do Rio Grande do Norte que estão ameaçadas de perdas de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) estão acionando a Justiça para garantir a manutenção dos valores. A possível redução está prevista devido às mudanças de faixas de coeficientes com base na queda populacional, conforme resultado prévio do Censo Demográfico de 2022. Até a noite de ontem, quatro dos 27 municípios que serão afetados conseguiram na Justiça liminares garantindo a manutenção dos valores previstos antes dos dados apontados previamente pelo IBGE.

Todos os 27 municípios potiguares  ameaçados de redução do FPM acionaram a Justiça e, até agora, já conseguiram liminar na Justiça Federal do Rio Grande do Norte Nova Cruz, Pau dos Ferros, São Paulo do Potengi e São Miguel.

Juiz federal no plantão da terça-feira (3), José Carlos Dantas de Souza determinou a suspensão dos efeitos da normativa 201/2022 do Tribunal de Contas da União (TCU), que deverá utilizar como  parâmetro para cálculo da quota do FPM os mesmos coeficientes utilizados em 2021, devendo a União tomar providências no prazo de cinco dias, sob pena de multa diária de R$ 5 mil por atraso.

Na decisão liminar, o juiz José Carlos de Souza relata que a alteração do coeficiente individual do FPM afeta a quota de valores destinados aos municípios, “com consequente reflexo no orçamento municipal, sendo justificável a apreciação da liminar durante o recesso forense”.

Segundo os autos, os municípios argumentaram que foram surpreendidos com a Decisão Normativa 201/2022 do Tribunal de Contas da União (TCU), datada de 29 de dezembro do ano passado, aprovando para o exercício de 2023, os coeficientes a serem utilizados nos cálculos das quotas para distribuição dos recursos previstos no artigo 159 da Constituição Federal e na Reserva instituída pelo Decreto-Lei 1.881/1981, sem ter observado a Lei Complementar 165/2019, “uma vez que a alteração promovida pelo TCU foi realizada antes da conclusão oficial do novo Censo Demográfico providenciado pelo IBGE, o qual ainda se encontra em vias de finalização e conclusão dos novos dados somente em 2023”.

Ocorre que a LC 165/2019 estabelece que a partir de 1º de janeiro de 2019, “até que sejam atualizados com base em novo Censo Demográficos, ficam mantidos, em relação aos municípios que apresentem redução de coeficientes decorrentes de estimativa anual do IBGE, os coeficientes de distribuição do FPM utilizados em 2018”.

Para o juiz José Carlos Dantas de Souza, a determinação do TCU para que o cálculo dos coeficientes para 2023 seja realizado com base nos dados coletados pelo Censo do IBGE até 25 de dezembro de 2022, de fato surpreendeu os municípios e, segundo ele, “gerando a necessidade urgente de adequação do orçamento ao novo coeficiente”.

Em sua decisão liminar, o magistrado leva em consideração que o Censo iniciado em 2022 ainda não chegou ao fim. “Ao determinar que deveriam ser mantidos os coeficiente de distribuição do FPM até que houvesse uma atualização com  base em novo Censo Demográfico, o Poder Legislativo considerou um cenário em que fossem aproveitados os dados demográficos de um novo Censo efetivamente concluído, não devendo ser autorizada a superação do dispositivo previsto em lei complementar com base apenas em dados parciais de um Censo cuja conclusão está prevista para ocorrer apenas no  curso de 2023, sob pena de violação da segurança jurídica”.

O juiz concluiu, ainda, que os dados obtidos pelo Censo do IBGE até dezembro de 2022, podem ser alterados. “Não apenas em razão da conclusão da coleta junto à população, como também em razão do ajuste de dados supostamente incorretos, sendo comum esse procedimento após a realização dos Censos, a ponto de haver na  jurisprudência do Superior Tribunal Federal (STF) registros de decisões envolvendo ajustes de coeficiente de distribuição do FPM em razão de correções de dados de Censos anteriores”.

Advogado das ações ajuizadas pelos municípios de Nova Cruz, São Paulo do Potengi e São Miguel, Dennis Deques explicou que chegou a se cogitar que a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) acionasse coletivamente a Justiça Federal, mas a instituição “não tem competência postulatória”. Por isso, as prefeituras estão movendo ações individualmente, considerando uma minuta que foi divulgada pela Confederação Nacional dos Municípios. “Por esse entendimento, decidimos não acionar a Justiça, mas prestamos o apoio a todas as cidades que ingressaram na Justiça”, explicou o presidente da Femurn, Anteomar Pereira, o Babá, prefeito de São Tomé.

De acordo com a sentença, uma nota técnica do próprio TCU levou em consideração dados parciais do Censo apurado até 25 de dezembro, em flagrante violação da Lei, que determina que os dados a serem aproveitados pelo TCU devem ser remetidos pelo IBGE até 31 de outubro.

 
Chapa consensual vai comandar Femurn
Prefeitos de várias regiões do se reuniram para agregar forças na luta para fortalecer o municipalismo. Em uma carta, o prefeito Luciano Santos (Lagoa Nova), candidato de consenso à presidência da Femurn, apresentou metas e eixos com o intuito de planejar um trabalho para o biênio 2023/2024 na instituição, que reúne hoje todos os 167 municípios do estado.

A Chapa “Municipalismo Forte, Municípios Desenvolvidos” é composta por representantes de todas as regiões do Estado. A prefeita Mariana Almeida (Pau dos Ferros) será uma das representantes do Alto Oeste Potiguar, em uma das vice-presidências. Também em uma das vice-presidências, a região Metropolitana é representada pelo prefeito Emídio Jr. (Macaíba). A prefeita Marina Marinho (Jandaíra) é outra mulher que compõe a chapa, representando o Mato Grande. O prefeito Reno Marinho (São Rafael), que hoje preside a Associação dos Municípios da Região Central e do Vale do Açu Potiguar representa as regiões Central e do Vale do Açu como um dos vice-presidentes.

“Vamos propor uma Femurn itinerante, para atender aos municípios nas suas respectivas regiões, possibilitando, assim, um melhor relacionamento e debate. Por isso vamos criar um Conselho Político Regional com representantes de todas as regiões do Estado”, adiantou Luciano Santos, que vai ouvir os gestores para preencher todo o conselho, que será integrado por 13 prefeitos. “Defendo uma chapa de consenso. É importante a união a favor do municipalismo”, afirmou Babá Pereira.

Os prefeitos Pedro Henrique (Pedra Grande), além do prefeito Fernando Teixeira (Espírito Santo), prestigiaram o ato. Do Médio Oeste e entorno de Mossoró, o prefeito Alan Silveira (Apodi) e a prefeita Shirley Targino (Messias Targino), do Alto Oeste Potiguar, foram convidados a compor a chapa. Os Conselhos Fiscais e as suplências também estão com representantes do Seridó, Agreste, Trairi, e Potengi contemplando vários gestores.

Ainda integraram o ato os prefeitos Dr. Judas Tadeu (Caicó), Luciano (Lajes Pintadas), e Pacelli, de São Paulo do Potengi. Os gestores Flávio Nogueira (Nova Cruz) e Joãozinho (Brejinho), também participaram do evento de lançamento.

Outra idéia da chapa é efetivar a Escola dos Municípios, cujo objetivo é auxiliar os entes na capacitação e treinamentos dos agentes públicos para uma melhor execução dos seus serviços. Além desses projetos, outra idéia da chapa que vai dirigir a Femurn é desenvolver intercâmbios regionais e defender a reforma tributária pró-municípios.

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Cidades

Com subsídio de R$ 20 milhões por mês, Natal poderia ter ônibus com passe livre, diz Seturn

Foto: Alex Régis / Prefeitura do Natal

A tarifa do transporte público de Natal, hoje em R$ 4,00, poderia ser zerada caso as empresas de ônibus que operam na cidade recebessem do poder público um subsídio de R$ 20 milhões por mês. O cálculo é do Seturn, o sindicato das empresas de ônibus da capital potiguar.

De acordo com Nilson Queiroga, consultor técnico do Seturn, o custo para operação do sistema de transporte público é atualmente de R$ 9 por quilômetro, em média, já considerando todos os custos, inclusive com depreciação dos veículos e renovação periódica da frota.

“O sistema roda em torno de 2 milhões de quilômetros por mês. Então, o custo é de em torno de R$ 20 milhões por mês”, afirmou o consultor, em entrevista à 98 FM na noite desta terça-feira (29). Por ano, a despesa seria de aproximadamente R$ 240 milhões por ano.

O que o Seturn tem defendido, no entanto, é que o poder público libere um subsídio de cerca de R$ 5 milhões por mês. Essa verba pagaria, segundo Nilson, os custos para transporte de idosos e pessoas com deficiência – que, pela lei, têm direito à gratuidade. Atualmente, cerca de 1 em cada 4 passageiros transportados em Natal não paga tarifa.

Nilson Queiroga enfatiza, ainda, que os custos do transporte aumentaram significativamente nos últimos três anos. Apesar disso, a tarifa, que é a única fonte de receita do sistema, está congelada desde maio de 2019. De lá para cá, o óleo diesel – que representa metade dos custos – dobrou de preço.

Considerando apenas a média de inflação, a tarifa já deveria estar em R$ 4,85. Mas, estudos realizados pelo Seturn apontam que, para cobrir todas as despesas, a tarifa ideal seria em torno de R$ 6. Como a Prefeitura do Natal resiste em subir o valor da passagem, por isso o Seturn tem reafirmado a cobrança por um subsídio ao menos para pagar as gratuidades.

“O Seturn reconhece que toda vez que aumenta, há dificuldade de as pessoas andarem. O melhor caminho era que o Município assumisse as gratuidades”, afirmou Nilson Queiroga.

O consultor técnico do Seturn acrescenta que as empresas de ônibus vão cobrar também do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que sejam liberados subsídios para o sistema. “É um trabalho político. O Congresso atual deu uma grande sinalização. Reconheceu uma grande injustiça. O cidadão paga uma tarifa com dificuldade. Mas para a tarifa dele e um ‘plus’ para cobrir o direito dos idosos e pessoas com deficiência”, destaca.

Nilson Queiroga criticou, ainda, a Prefeitura do Natal por não lançar a licitação que vai organizar o sistema de transporte da cidade. “A prefeitura não quer lançar isso para não cobrar R$ 6 do usuário e nem quer pagar a diferença através do subsídio. Quer empurrar com a barriga, jogando um prejuízo de mais de R$ 2 (por tarifa) para as empresas operarem”, assinala.

Cobrança por repasse

Ainda durante a entrevista, o consultor técnico do Seturn cobrou da Prefeitura do Natal que seja repassado às empresas o auxílio financeiro liberado pelo Governo Federal em agosto. A gestão do prefeito Álvaro Dias (PSDB) recebeu R$ 10 milhões, mas ainda não divulgou como distribuirá o dinheiro.

Segundo Nilson Queiroga, o dinheiro amenizaria o prejuízo financeiro das empresas, embora não cubra os custos com as gratuidades. “Só de janeiro a outubro, as empresas transportaram 4,6 milhões de passagens idosas em Natal. Isso dá em torno de R$ 17 milhões. Ou seja, nem cobre. Não há questionamento para a prefeitura estar segurando esses recursos nesse período de fim de ano, com pagamento de 13º. Pedimos agilidade, celeridade”, afirmou.

Procurada, a Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (STTU) disse que não vai se manifestar sobre as cobranças.

98FM

Opinião dos leitores

  1. Realmente poderiamos buscar algum meio alternativo para que essa combrança seja realizada indiretamente, seja por meio do IPTU através de uma taxa de transporte público, pesando sobre os principais polos comerciais da cidade. Por exemplo: Rocas = R$ 1,00 / Alecrim = R$ 3,00 / Nsa Apresentação = R$ 1,00 / Potengí = R$ 3,00. Aonde existe comércio, o empresariado poderia suprir. #tarifazero

    1. Você não acha que os empresários já são penalizados demais com tantas, taxas, tributos e encargos, sujeito?

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Brasil

Cartão corporativo pagou R$ 8,5 milhões em viagens internacionais de Lula em 2023

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O cartão corporativo pagou mais de R$ 8,5 milhões em despesas com viagens internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2023. O montante inclui gastos de janeiro a dezembro, no primeiro ano do mandato do petista.

De acordo com o Planalto, as idas do titular do Planalto ao exterior servem para recuperar a imagem do Brasil e seriam um “investimento”.

Comparado ao primeiro ano de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), houve aumento de 182,56% em despesas com viagens internacionais no cartão corporativo.

Os valores foram corrigidos pela inflação, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA.

Contudo, enquanto os gastos de Lula se referem a 21 países visitados, as despesas de Bolsonaro contemplam viagens a apenas 10 nações.

Vale destacar que o governo Lula tem apostado na diplomacia para restabelecer vínculos com aliados estratégicos e revigorar a imagem do Brasil no exterior. O número de idas do petista a outras nações superou a quantidade registrada em todo o primeiro ano do governo de Bolsonaro.

Os valores foram obtidos pelo Metrópoles, via pedido, com base na Lei de Acesso à Informação (LAI), enviado à Casa Civil.

As despesas pagas pela Presidência da República, por meio do cartão de pagamentos do governo federal, inclui serviços de apoio de solo, provisão de bordo (fornecimento de alimentação aos passageiros e à tripulação) e telefonia.

A soma não inclui despesas de responsabilidade do Ministério das Relações Exteriores, como as referentes à hospedagem.

Gastos do cartão corporativo com viagens internacionais de Lula (2023)

Com gastos acima de R$ 1,6 milhão, a viagem de Lula ao Japão foi a que teve maior despesa. O chefe do Executivo brasileiro visitou Hiroshima, no Japão, entre 13 e 21 de maio, para participar da cúpula do G7. O Brasil não era convidado para a cúpula desde 2009, durante o segundo mandato do petista.

Confira nota do Planalto

As viagens internacionais realizadas pelo presidente Lula ao longo de 2023, além de recuperar a imagem do Brasil no exterior, foram um investimento. Só em anúncios de investimentos e doações ao Fundo Amazônia, os valores ultrapassam em 8.600% os custos citados pela reportagem. O Fundo recebeu R$ 726,4 milhões em doações da Suíça, dos EUA, da Alemanha e do Reino Unido no ano passado, maior valor desde 2009.

Já na viagem à China, foram fechados 15 acordos de cooperação, que podem render investimentos da ordem de R$ 50 bilhões, além de novas tecnologias. Na volta, foram fechadas parcerias que podem render até R$ 12,5 bilhões em recursos dos Emirados Árabes.

Com a Arábia Saudita, foram firmados 25 acordos de investimento em agosto, quando o ministro de Investimentos saudita esteve no Brasil, totalizando US$ 3,5 bilhões. E na recente visita do presidente Lula ao país, o lado saudita reiterou intenção de investir US$ 10 bilhões do Fundo de Investimento Público (PIF) no Brasil, em particular em empresas como Vale, Minerva Foods e BRF, e em projetos de energias renováveis.

Por sua vez, na viagem à Alemanha, foram anunciados dois acordos entre o BNDES e o banco de desenvolvimento alemão KfW, um de € 15 milhões para o Floresta Viva; e outro de € 100 milhões em empréstimo para mobilidade urbana sustentável.

O Brasil destacou ainda, durante a COP28, as potencialidades para a produção de biocombustíveis: produção do combustível sustentável de aviação (SAF), do diesel verde (também chamado de HVO), do etanol de segunda geração, além dos já conhecidos etanol hidratado e biodiesel. Essa iniciativa deverá atrair mais de R$ 200 bilhões em investimentos para o Brasil até 2037.

Além disso, ao longo de 2023, o Brasil abriu 78 novos mercados externos para os produtos agropecuários nacionais em 39 países.

Opinião dos leitores

  1. Aí sabe o que é bom, conseguir gastar R$1,6 milhão em uma única viagem. Como é que ele dizia? “Nossa classe média ostenta muito” com duas TVs. Toda pêia pra petista é pouca kkkkkkkkk

  2. Gustavo MALA(fra) faz um comentário aí para o seu nine que você tanto admira. Se fosse Bolsonaro né?…..

  3. Eu preferia quando o ex presidente não trabalhava mas ficava fazendo motociata e gastando milhares de reais em padarias usando o cartão corporativo , inclusive aqui no RN talkei!

    1. Eu também, a moto era minha, a coxinha foi na minha padaria, eu chupo o dedo, minha genitora me limpa, não sei ler, ninguém me aguenta, sou burro, estou vivendo de um auxílio do estado, tem mais bando aloprados, sou gago e radical.

  4. Aquela musica de Bel marques.
    O lê lê lê lêlê…
    Quem sabe canta!!!
    Kkkkkkkkkk.
    Faz o lê!
    E se lasquem!!

  5. Quero parabenizar o Lula e catervas por esse dia especial: 07 de abril de 2018 é um dia histórico porque o maior ladrão do mundo foi para a prisão. Parabéns.

    1. Presidente costuma dizer que foi absolvido, mas, na prática, teve processos trancados e arquivados; casos não chegaram à última instância. Há exatos 5 anos, em 7 de abril de 2018, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 77 anos, era preso. Começava a cumprir pena de 12 anos e 1 mês em regime fechado. 👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏

    2. Os usuários de cangalhas sonham muito em poder falar isso do Bolsonaro kkk 😭😭😭😭

    1. Lula tem mais gastos no cartão corporativo que Bolsonaro, Dilma e Temer – foice de São Paulo

    2. Lembrou de MACRON foi tio? Os olhares estavam para lá de ligados kkkkkk, mais fale aí do gordinho que fraudou uma tese, é desempregado e tava xingando e batendo na mulher. Pensa numa esquerda “feminista” e sebosa, ninguém sabe de nada, a não ser, papito me ajuda, ele sabe como resolver isso.

    1. Nosso país Ta lascado com este nove dedos só vai sobra p nos ele e está janja dele vão falir este pais e depois vão mora lá em Cuba.

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Esporte

Presidente do Corinthians revela que fez tudo para manter Vítor Pereira: ‘Ele mentiu’

Reprodução

O Corinthians realizou uma coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (14) com o presidente Duílio Monteiro Alves. O assunto principal foi a saída do técnico Vítor Pereira: o português alegou problemas pessoais, como a doença de sua sogra, para não renovar com o Timão. No entanto, veio à tona que ele negociava para assumir o comando técnico do Flamengo. O mandatário alvinegro revelou que o clube “fez de tudo” para que VP parmanecesse e ainda questionou o caráter do profissional.

“O Corinthians fez todos os esforços para Vítor continuar. Fizemos um contrato muito bom, até melhor do que ele tinha. Deixamos claro para ele que teria carta branca para trabalhar. Trouxemos os reforços pedidos por ele: Rafael (Ramos), Fausto Vera, Maycon, Júnior Moraes. E dissemos que neste ano iríamos reforçar. Um cara que passou, chamou jornalista de mal-educado. Não sei que educação é essa (a de Vítor Pereira), que não forma caráter”, disse Duílio, que exaltou a grandeza do Timão.

“O Corinthians é muito maior e segue a sua vida, como sempre seguiu. Essa situação é passado. A gente não comanda o caráter das pessoas.”

De acordo com o presidente corintiano, ele e a Fiel compartilham o sentimento de traição. Duílio contou que foi enganado por Vítor Pereira, alguém que considerava um “irmão”.

“Compartilho o sentimento do torcedor. Reforçamos que queríamos a permanência. É uma decepção, mas não vou mudar meu jeito. O errado não sou eu. Ele mentiu, fui enganado”, afirmou, mas negou que haja uma mágoa pessoal

“Não é pessoal. O cara enganou todo mundo. A torcida se apaixonou por ele. Eu também sou torcedor e convivi com ele. Fizemos de tudo para ele continuar por entender que seria bom para o Corinthians. Do nosso lado, foi verdade, oferecemos tudo para o cara continuar, e ele mentiu. Ele achou melhor sair para cuidar da sogra, e hoje vai fazer outra coisa.”

Mesmo com o acerto de Vítor Pereira com o Flamengo, anunciado pelos cariocas na última terça-feira (13), o treinador ainda tem contrato em vigência com o Corinthians. Duílio Monteiro falou que não tem mais o que fazer sobre essa situação.

“Li algumas manchetes que o Corinthians ainda deve a Vitor. A gente deve porque o mês está em aberto. Não atrasamos nunca (o salário) Vitor e os seus auxiliares. Agora é uma questão mais jurídica e ver se algo pode ser feito. Acredito que não. Foi alguém que passou por aqui e saiu pela porta dos fundos. Não tem o que ser feito, o contrato termina. Se tiver que pagar mais alguma coisa, o Corinthians vai pagar; se não tiver, não vai”, explicou.

O escolhido para ser o substituto de VP foi Fernando Lázaro, ex-analista de desempenho do clube. O mandatário do Timão revelou as razões que motivaram a efetivação de Lázaro.

“Muito se falou de Fernando ser um cara da casa, amigo, e o elenco vai fazer o que quiser. Fernando tem mais de 20 anos de Corinthians e carreira. Foi crescendo no clube e na profissão. Foi auxiliar de grandes treinadores aqui: Mano, Vítor, Tite, Sylvio, seleção brasileira. Construiu a carreira com estudo, conhecimento, trabalho. Todos nós tivemos oportunidade para chegar até onde chegamos. Alguém acreditou neles. Motivo de orgulho ter alguém aqui dentro em que podemos acreditar. A Argentina chegou à final da Copa do Mundo com um treinador que era auxiliar até outro dia. Temos totais condições para que ele possa fazer um grande trabalho.”

R7

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Geral

Governo tem ao menos 10 mil servidores em cargos obsoletos como datilógrafo

Foto: Sergio Lima/Poder 360

Profissões como açougueiro, vaqueiro, recreador e vendedor de artesanato não costumam ser associadas ao setor público. No entanto, pelo menos 10 mil servidores no Executivo federal, ou 2% do total de permanentes, ocupam cargos em funções como essas, desde áreas obsoletas, como editor de videotape, até outras hoje exercidas por terceirizados, como cozinheiros.

Especialistas afirmam que reestruturar carreiras do Estado é principal solução para evitar a obsolescência, com servidores tendo atribuições menos específicas e capacidade de atuar em diferentes órgãos públicos.

Adotar esse modelo está nos planos de longo prazo do governo federal, de acordo com José Celso Cardoso Jr., secretário de Gestão de Pessoas do MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos).

O governo planeja reduzir as 250 tabelas de remuneração e os mais de 300 agrupamentos de carreiras no setor para um número mais “racional”, ainda a ser determinado.

Segundo o secretário, a pasta deve publicar uma portaria neste mês com diretrizes para nortear esse processo e buscar a aderência de órgãos e servidores ao longo do mandato.

Cardoso afirma que parte dessas diretrizes estão incorporadas no Concurso Nacional Unificado, dividido em sete áreas do conhecimento. Funções que já são mais universais e com vagas abertas, como analista de tecnologia da informação, devem abastecer mais de um ministério.

“É preciso fazer o que estamos chamando de racionalização do sistema, diminuindo o número de carreiras e transformando cargos vagos e obsoletos em cargos com atribuições mais amplas e modernas, para permitir a transversalidade e mobilidade.”

Hoje, há um excesso de funcionários em cargos atípicos, como afinador de instrumentos musicais e eletricista de espetáculo. Muitas dessas funções já deixaram de existir por lei, embora ainda sejam ocupados por profissionais. É o caso dos datilógrafos, cargo extinto em 2018, que ainda soma mais de 1,8 mil servidores.

Os salários variam: um operador de máquina de lavanderia, por exemplo, pode ganhar R$ 4.000, enquanto um recreador recebe cerca de R$ 7.000, segundo o portal da transparência. Os dados sobre servidores são de dezembro de 2023 do Painel Estatístico de Pessoal do governo federal.

Quando um cargo deixa de existir, o servidor vai ocupar outro, com salário e atribuições similares. Enquanto o processo de eliminação da função não termina, é possível que os funcionários permaneçam na posição até que o último se aposente, e aí a carreira deixa de existir.

Caso prático

É o que ocorreu com Natanael Galvão, 60, contratado como açougueiro na UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) em 1985.

Ele entrou como celetista, antes de os concursos serem obrigatórios. Trabalhou por dez anos na cozinha do restaurante universitário e se tornou estatutário.

Quando o restaurante passou à iniciativa privada, foi transferido para um açougue associado ao curso de zootecnia, onde preparavam as carnes para o refeitório.

Em 2011, o açougue foi fechado, e a carreira de açougueiro havia sido extinta. Natanael se tornou então auxiliar da área administrativa do restaurante, responsável pelo controle de entrada dos alunos.

‘Herança’ do regime jurídico único

Essas ocupações são legado de uma época que a maior parte dos contratos no setor público eram de regime jurídico único com direito à estabilidade, segundo Humberto Martins, professor de gestão pública da FDC (Fundação Dom Cabral).

Parte delas são anteriores à Constituição, que determinou a obrigatoriedade de passar por concurso público para entrar no setor.

Um terço dos 10 mil servidores trabalham em funções hoje ocupadas principalmente por terceirizados ou temporários, como motoristas, trabalhadores de cozinha e de limpeza.

Antes da Constituição, contratos sem vínculo permanente eram menos comuns. O documento determinou que funcionários temporários podem ser admitidos se houver excepcional interesse público.

Folhapress

Opinião dos leitores

  1. Com certeza trabalham em outras funções, pois é cediço que o computador substituiu a máquina de datilografia faz décadas.

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Geral

Governo federal prevê R$ 11,7 bilhões para reajuste de servidores em 2023

Foto: Sarah Teófilo/R7

O projeto de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2023 traz um espaço fiscal para reajuste e reestrutução das carreiras do funcionalismo público da União. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Economia na manhã desta segunda-feira (18), depois de a pasta ter enviado, na última semana, o projeto ao Congresso Nacional. A reserva prevista pela equipe econômica é de R$ 11,7 bilhões, R$ 10 bilhões a mais que o previsto no Orçamento de 2022.

O secretário Especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, afirmou que não é possível dizer se o aumento será linear ou focado em determinadas carreiras, por ser uma decisão que ainda será tomada. “A ideia é criar uma reserva semelhante ao que temos neste ano, e a decisão fica a cargo do presidente. Por questão prudencial, incluímos uma previsão para o próximo ano. Reserva para que o próximo presidente tenha um pouco mais de tranquilidade nessa decisão”, afirmou.

Se neste ano houver reajuste salarial do funcionalismo, o valor concedido deverá ser descontado do valor previsto para 2023.

Neste momento, o governo prevê um reajuste de 5% para funcionários públicos da União, de forma linear – ou seja, para todos os servidores. Colnago afirmou que o aumento de 5% não é ainda oficial e que a questão está sendo discutida. A previsão desse reajuste geraria um impacto de R$ 6,3 bilhões no ano, o que significa que em 2023 o valor direcionado aos servidores chegaria a R$ 12,6 bilhões. Se assim for, a previsão de R$ 11,7 bilhões será insuficiente.

Apesar disso, Colnago afirma que um aumento de 5% já configura um “esforço fiscal considerável”. “O teto de gastos existe para você olhar as contas do governo. Projetamos 11 meses de déficit. Não estamos em superávit. Não estamos em uma situação em que o país está tranquilo”, disse.

O impacto de R$ 6,3 bilhões já é muito superior ao que o governo previa na peça orçamentária. A informação sobre o aumento de 5% para todos os servidores gerou reação de categorias da segurança pública, tendo em vista que o presidente Jair Bolsonaro (PL) havia prometido um reajuste maior para essas categorias, mas depois voltou atrás diante de manifestação de servidores de outras áreas.

O presidente havia prometido um reajuste salarial a servidores da PRF (Polícia Rodoviária Federal), da PF (Polícia Federal) e do Depen (Departamento Penitenciário Nacional). No ano passado, o governo articulou a aprovação no Congresso de R$ 1,7 bilhão no Orçamento para reajuste de servidores e prometeu conceder um aumento a categorias de policiais, importante base para a sua eleição.

A postura do governo gerou questionamentos e movimentos de outras categorias, que passaram a protestar pedindo isonomia por parte da gestão pública — ou seja, reajuste para todos. Ao sancionar o orçamento, Bolsonaro manteve R$ 1,7 bilhão para o reajuste de servidores, mas sem especificar quais. No início do ano, o presidente suspendeu o aumento aos policiais e disse que poderia dar um aumento de 1% para todos, pois não havia recursos.

A ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal) divulgou na última quinta-feira (14) uma nota em que manifesta indignação com a notícia de que o governo federal vai conceder reajuste de 5% a todos os servidores federais, e não um benefício maior direcionado às forças de segurança da União. A entidade afirmou que, se a notícia se confirmar, o governo “não cumprirá com o compromisso firmado pelo presidente da República [Jair Bolsonaro] de promover a reestruturação das forças policiais da União”.

O projeto de LDO também prevê a possibilidade de aumentar o valor dos benefícios pagos aos servidores públicos, como auxílio-alimentação e auxílio pré-escolar.

R7

Opinião dos leitores

  1. são 600 mil servidores públicos federais. Se não der o aumento esse ano, são votos perdidos deles e de suas famílias.

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Polícia

PF apreende 2,7 toneladas de cocaína no PA; uma das maiores apreensões da droga em portos no Brasil

Em sacas de farelo de soja, quase 3 toneladas de cocáina são apreendidas em porto de Barcarena, na Grande Belém. — Foto: Ascom PF e Receita Federal

Agentes da Receita Federal e da PF (Polícia Federal) apreenderam na noite de sexta-feira (4) 2,75 toneladas de cocaína no Porto Vila do Conde, em Barcarena, no Pará. As investigações apontam que a droga teria como destino a cidade europeia de Sines, em Portugal.

Agentes da Receita Federal confirmaram ao UOL que a apreensão é uma das maiores já registradas em portos brasileiros. A droga estava escondida em contêiner, dentro de sacas de farelo de soja. Os agentes informaram que ninguém foi preso durante a ação. Os federais contaram com a ajuda do cão farejador Isa.

Essa melhora nos resultados está atrelada a troca de informações entre as autoridades aduaneiras e as autoridades policiais, o que tem potencializado o resultado. Essa foi com certeza a maior apreensão do ano de cloridrato de cocaína no estado Pará e a maior apreensão do Brasil dentro de um porto. As investigações prosseguirão para encontrar os reais responsáveis por esse mega contrabando“, disse à reportagem um dos auditores da Receita Federal, que, por motivos de segurança, não pode ser identificado.

A PF dará início a uma nova investigação, a partir da operação de ontem, para tentar identificar e prender os integrantes da quadrilha responsável pela droga.

Rota “Pará-Portugal”

O percurso é bastante conhecido pelos órgãos de segurança federal, sendo utilizada para acessar a Europa por meio fluvial.

Segundo a Polícia Federal, nos anos de 2021 e 2022 foram encontradas ao menos cinco toneladas de cocaína no porto paraense de Vila do Conde. A última apreensão aconteceu no dia 5 de outubro deste ano. Os agentes acharam 320 kg da droga em meio a uma carga de açaí.

Na ocasião, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão nas cidades de Belém, Ananindeua, Marituba e Barcarena. A cocaína também teria como destino Portugal.

A operação do mês passado, batizada de Euterpe, foi um desdobramento da operação Norte Tropical, deflagrada em junho deste ano pela Polícia Federal e Receita Federal, em parceira com a Polícia Judiciária de Portugal e o Europol (Serviço Europeu de Polícia).

A ação conjunta culminou com a prisão em flagrante de três paraenses em Portugal. Um deles é o tenente Aderaldo Pereira de Freitas Neto, da Polícia Militar do Pará. Eles respondem a processo por tráfico internacional de drogas, associação à organização criminosa e lavagem de dinheiro.

No mês passado, um quarto paraense foi preso ao desembarcar no aeroporto do Galeão (RJ), vindo de Madri (Espanha). Natural do município de Barcarena, ele era considerado foragido suspeito de participação no esquema. No momento do desembarque, ele apresentou o passaporte com nome de outro brasileiro.

‘Escobar Brasileiro’

As investigações apontaram que Freitas Neto integrava a quadrilha de Ruben Oliveira, 38, o Xuxas, considerado um dos maiores traficantes de drogas de Portugal, e do brasileiro Sérgio Roberto de Carvalho, 63, o Major Carvalho, ex-policial militar do Mato Grosso do Sul.

Carvalho é conhecido na Europa como “Escobar brasileiro”. O apelido é em alusão ao narcotraficante colombiano Pablo Escobar. O major foi preso na Hungria em 21 de junho deste ano e deverá ser extraditado para o Brasil. Xuxas foi detido uma semana depois em Portugal.

A reportagem não conseguiu contato com os advogados do tenente Freitas Neto, do Major Carvalho e de Ruben Oliveira, todos, presos na Europa, mas publicará a versão dos defensores deles na íntegra, caso haja uma manifestação.

Josmar Jozino – UOL

Opinião dos leitores

  1. 🇧🇷 Não vai ser difícil descobrir os envolvidos é só verificar a placa do caminhão que levou o container nos vídeos do terminal, localizar o motorista e monitorar o trajeto do caminhão pelas câmeras das cidades.
    E esses excelentes trabalhos da PF irão acabar caso o ex-presidiario assuma , a dívida é grande com o crime organizado.🇧🇷

  2. Já informaram qual local o XANDAO ta detido?

    Ser já pode visitar ele?

    Alguém tem esse informação?

  3. Alguém sabe INFORMAR como vai ser a distribuição dos FUZIS que chegaram no Exército brasileiro na BAHIA?

  4. Vai no Google e Digita ai:

    DEUS PÁTRIA E FAMÍLIA 1930.

    Veja de onde o MITO O MESSIAS resgatou essa idéia.

    Era bom os Projetos de jornalistas fazerem uma matéria sobre o assunto.

  5. Excelente!
    Tem que fazer o máximo de apreensões até o dia 31.12.2023. Depois é a libertinagem quem domina.

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Saúde

Pelo menos 5 milhões de crianças perderam um dos pais ou cuidador devido à Covid em todo o mundo

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O número estimado de crianças que perderam um dos pais ou cuidador, como resultado da pandemia de Covid-19, aumentou para mais de 5,2 milhões em todo o mundo. O alerta é de um amplo estudo publicado no periódico científico Lancet Child & Adolescent Health.

As estimativas do número de crianças afetadas pela morte de um dos pais e de responsáveis quase dobraram nos seis meses, de 1º de maio de 2021 a 31 de outubro de 2021, em comparação com o índice após os primeiros 14 meses da pandemia (1º de março de 2020 a 30 de abril de 2021).

Globalmente, o novo estudo sugere que duas em cada três crianças impactadas são crianças e adolescentes de 10 a 17 anos. Além disso, de acordo com as evidências de que as mortes pela doença afetam desproporcionalmente os homens, três em cada quatro crianças em todo o mundo que sofreram a morte de um dos responsáveis durante a pandemia perderam o pai.

Em geral, as crianças que sofrem a perda de um cuidador têm um risco aumentado de pobreza, exploração e violência ou abuso sexual, infecção por HIV, desafios de saúde mental e sofrimento grave e, em alguns contextos, maior vulnerabilidade ao envolvimento com gangues e extremismo violento, alerta o estudo.

Destaques da análise

Antes da pandemia, havia cerca de 140 milhões de crianças órfãs em todo o mundo. O impacto da Covid-19 na orfandade foi revelado pela primeira vez em um estudo publicado em julho de 2021, que estimou que 1,5 milhão de crianças sofreram a morte de um dos pais ou cuidador entre março de 2020 e abril de 2021 como resultado da doença.

O novo estudo aumenta essa estimativa para mais de 2,7 milhões de crianças no mesmo período, recalculando os dados de números atualizados de mortes por Covid-19, juntamente com os informações em excesso de mortalidade para explicar as mortes indiretas associadas à pandemia.

Enquanto as estimativas de julho de 2021 consideravam 1.562.000 crianças afetadas, as mais recentes apontam 2.737.300 crianças. “Infelizmente, por mais altas que sejam nossas estimativas de orfandade e mortes de cuidadores, elas provavelmente serão subnotificadas, esses números devem crescer à medida que mais dados globais sobre as mortes por Covid-19 ficam disponíveis”, afirmou a pesquisadora Juliette Unwin, do Imperial College, de Londres, em um comunicado.

Usando a mesma metodologia, os pesquisadores estenderam a análise até 31 de outubro de 2021, analisando dados de mortalidade e fertilidade de 20 países que representaram a maior proporção de mortes por Covid-19, incluindo o Brasil, Argentina, Colômbia, Inglaterra, França, Alemanha, Índia, África do Sul, Espanha, Estados Unidos, entre outras nações.

Como realizado anteriormente, a equipe estimou a perda de avós cuidadores usando dados de composição familiar das Nações Unidas (ONU) para a proporção de adultos com mais de 60 anos que moravam na mesma casa que menores de 18 anos, com ou sem um dos pais. Essas proporções foram multiplicadas pelas mortes associadas à Covid-19 na faixa etária relevante para estimar o número de crianças afetadas.

A equipe estima que, durante todo o período de 20 meses do estudo, um mínimo de 3.367.000 crianças sofreram a perda de um dos pais. Outras 1.833.300 crianças foram afetadas pela morte de um avô ou cuidador idoso que morava na mesma casa.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

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Cidades

Paralisação afeta o registro de boletins de ocorrência

Foto: Magnus Nascimento

Os últimos dias têm sido marcados, para a população potiguar, pelo início de várias greves que afetam diretamente serviços básicos ofertados pelo poder público. Investigações de crimes e o registro dos boletins de ocorrência, aulas na UFRN e no IFRN, além de vários serviços nos hospitais, estão paralisados por conta das greves iniciadas nos últimos dias. Além disso, servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RN) também ameaçam paralisar os serviços e realizarão uma assembleia nesta quarta-feira, (24). Neste cenário, a população do Rio Grande do Norte lida com as consequências de paralisações e greves, desencadeadas por categorias ligadas as principais necessidades da sociedade.

Durante a paralisação realizada pelos policiais civis, nesta terça-feira (23), pelo menos 400 agentes lotados em diversas delegacias se reuniram na Central de Flagrantes da zona Sul de Natal, onde os serviços também foram suspensos, assim como em todo o Estado, segundo o Sinpol RN. Pessoas vítimas de crimes em várias partes da Grande Natal procuraram a delegacia, mas não conseguiram ser atendidas. O Governo do RN informou que hoje a Delegacia de Plantão da Zona Sul de Natal voltaria a funcionar.

Mas durante esta terça não foi isso o que aconteceu. O entregador Kevin Emanuel relatou que procurou a delegacia por ter sido roubado em um assalto no domingo (21), enquanto trafegava pelo bairro de Nova Parnamirim. Ele acionou a PM e o veículo foi recuperado horas depois, na zona Leste de Natal. Porém, os criminosos cometeram infrações de trânsito, o que gerou uma multa ao entregador. Ele foi à delegacia para tentar comprovar, por meio do boletim, que não foi responsável pelo delito.

“Agora, vou ter que acionar um advogado para reverter isso. Como eu achei na mesma hora, os policiais me permitiram levar a moto. Mas a multa causou a suspensão da minha CNH. Não julgo os policiais pelo movimento já que estão exigindo os direitos deles. O governo daqui não valoriza o servidor”, afirmou.

Na tarde do dia 22, mais uma rodada de negociação foi realizada entre os policiais civis e a equipe do Governo. Na ocasião, o SINPOL e demais entidades aguardavam uma sinalização em relação à proposta de 10% que havia sido aprovada pelos Policiais Civis e seria avaliada pelo Comitê Gestor do Estado. A proposta do Estado foi de 5%.

Educação
Na educação, a greve dos servidores dos institutos federais causou a suspensão de aulas e colações de grau, sendo estas apenas liberadas se foram marcadas antes da greve. Apenas serviços considerados essenciais, como pagamentos de salários de servidores ativos, aposentados e pensionistas, estão acontecendo. Na universidade, a suspensão afeta um número estimado de 57,2 mil estudantes de graduação, pós-graduação e de cursos técnicos oferecidos.

Segundo informou o Adurn-Sindicato, o Governo Federal fez uma contraproposta para os docentes da universidade na última sexta-feira (19). A contraproposta será discutida em assembleia da categoria nesta quarta-feira (24), às 14h, no auditório da reitoria.

Enquanto outras categorias realizam a interrupção dos serviços pela falta de consenso, nas negociações salariais entre estas e o Governo do RN, policiais e bombeiros militares fecharam acordo com o Estado, na segunda-feira (22), e terão um reajuste salarial de 8%. O percentual será implantado em janeiro de 2025, mais uma estimativa do IPCA no mês de abril também do próximo ano e um segundo reajuste de 5% em janeiro de 2026, mais a reposição do IPCA a cada mês de abril.

Outro ponto que também foi aprovado pela categoria foi o encaminhamento do PL que promove a reestruturação na carreira dos Militares Estaduais, viabilizando a promoção EX-Ofício do Soldado (ingressos pós 2015) à graduação de Cabo com 4 anos e 6 meses.

O Projeto de Lei será enviado à Assembleia Legislativa em 15 de maio. A mesa de negociação permanece aberta para discussões de outras pautas que ficaram pendentes e que são do interesse da categoria.

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. Essa culpa eu não levo kkk Faz o L !! vcs vão eleger novamente um bando de sem futuro agora nas eleições municipais… o povo tem o governante que merece. continue votando no PT !

  2. Ja passou da hora de mandar f.atão de volta pra paraiba.
    A onde é ela e um tal de Mineiro, pensem em dois improdutivos.
    Chegaram aqui os dois puxando uma cachorra, enricaram, são milionários as custas dos militontos potiguares.
    Não produzem absolutamente nada.
    Não conheço nenhuma Obra de Fátima Bezerra no RN, e nenhum projeto de relevância desse tal de mineiro.
    Isso é uma vergonha, aprendam a votar bando de jegues.
    Eles no bem bom e vcs lascados aí, sem estradas sem segurança sem atendimento de vergonha na saúda, é ou não é??
    A exceção é os que estão dependurados nas tetas do governo, o resto todos relinchando pra largarem de ser otários.
    Bando de burros.

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Brasil

Advogado diz que Cid “assumiu tudo” e não responsabilizou Bolsonaro

Foto: Sérgio Lima

 O advogado Cezar Bitencourt, responsável pela defesa do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, teve um áudio vazado em que afirma que, sobre o suposto esquema de venda de joias no exterior, o militar não acusou o ex-chefe do Executivo de nada e “assumiu tudo” em depoimentos prestados à PF (Polícia Federal).

“Estão colocando palavras que não tem no Cid. Acusações ao Bolsonaro que não existem […] O Cid assumiu tudo, não colocou o Bolsonaro em nada”, diz um trecho do áudio enviado pelo advogado a uma pessoa chamada Camila, que seria apresentadora de um programa televisivo.

Bitencourt diz também que não está “jogando” Cid contra Bolsonaro e que o tenente-coronel faz “a sua defesa”. O advogado disse não ter “nenhuma simpatia” pelo ex-presidente, mas considerou os comentários da interlocutora como um “desrespeito” à defesa do ex-ajudante de ordens e ao ex-chefe do Executivo.

Ele ainda questiona: “Esses aspectos, essas suspeitas de que poderia ter envolvimento do Bolsonaro, ter corrupção, ter desvio –inclusive de militares, de generais– o que que é isso?”.

Conforme a defesa, a única quantia que Cid movimentava para Bolsonaro tinha relação com o seu salário como presidente da República e da aposentadoria como capitão reformado do Exército, já que o ex-presidente “não gosta de cartão de crédito” e preferia fazer o pagamento de suas contas em dinheiro físico.

Não há informações de quando o áudio foi enviado. O Poder360 entrou em contato com a equipe de Cezar Bitencourt, que informou que não se manifestará sobre o caso.

Em novembro de 2022, o Portal da Transparência informava que Bolsonaro recebia R$ 42.880,19 por mês. Os valores eram referentes aos R$ 11.945,49 brutos mensais da aposentadoria do Exército e R$ 30.934,70 (R$ 23.453,43, descontados os impostos) do salário como presidente da República.

Na 5ª feira (31.ago), Cid depôs por 12 horas sobre o suposto esquema de venda de joias no exterior. Já Osmar Crivelatti, ex-assessor de Bolsonaro, deixou o prédio da PF por volta de 20h. As oitivas começaram às 11h –todos os depoimentos foram marcados para o mesmo horário.

Bolsonaro e Michelle ficaram em silêncio. Segundo a defesa do casal, só haverá esclarecimentos quando o caso for submetido à 1ª Instância. Eis a íntegra da petição enviada pelos Bolsonaros ao delegado do caso (PDF – 191 kB).

Poder 360 

Opinião dos leitores

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Política

Senado adia votação da PEC que amplia auxílio-gás e cria voucher caminhoneiro

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado/Flickr

A votação do parecer do relator, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia uma série de benefícios sociais em ano eleitoral ficou para quinta-feira, 30, no plenário do Senado. O relatório foi apresentado nesta quarta-feira, 29, e discutido pelos senadores, mas o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu adiar a votação.

Após críticas sobre a instituição de estado de emergência para viabilizar a proposta, ideia prevista no parecer, senadores entraram em acordo para que a discussão continuasse nesta quarta-feira, mas com a votação no dia seguinte. A sessão está marcada para as 16h. Segundo Pacheco, a PEC será o primeiro assunto a ser votado pelo plenário na quinta-feira.

O texto, entre outros pontos, aumenta o auxílio-gás, amplia o valor e zera a fila do Auxílio Brasil e prevê um “voucher” de R$ 1 mil para caminhoneiros autônomos. As medidas custarão R$ 38,75 bilhões até o fim do ano e serão custeadas por meio de crédito extraordinário, fora do teto de gastos.

Para ser aprovada, a PEC precisa passar por dois turnos de votação no Senado, com pelo menos 49 votos a favor. Em seguida, se receber o aval dos senadores, o texto vai para análise da Câmara dos Deputados, onde também precisará passar por dois turnos de votação.

Bezerra apresentou o parecer na manhã desta quarta-feira. O texto original da PEC 16/2022, chamada de PEC dos Combustíveis, previa compensação aos estados pela redução a zero das alíquotas de ICMS do diesel e do gás de cozinha, o que custaria R$ 29,6 bilhões. Essa compensação não faz parte do novo parecer.

Pacheco apensou (anexou) ao texto a PEC 1/2022, de autoria do senador Carlos Fávaro (PSD-MT), que trata de benefícios sociais, como o auxílio aos caminhoneiros. Bezerra fez, então, um parecer com base nessa PEC, considerando que a PEC 16 “terminou não prosperando” por avaliação do governo e resistências no Senado.

Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, Bezerra afirmou que, com o agravamento da pobreza devido aos desdobramentos da crise econômica pós-covid, o ideal seria conceder benefícios sociais diretos às camadas mais vulneráveis da população. “A PEC 1 tinha mais a ver com o espírito que agora dominava dentro do Senado”, disse.

A PEC 1 já foi chamada de “PEC Kamikaze” no Ministério da Economia, pelo alto impacto fiscal, de cerca de R$ 100 bilhões, previsto no texto original. Agora, a versão atualizada por Bezerra é defendida pelo governo.

Criar benefícios sociais em ano eleitoral, no entanto, é proibido por lei. Para contornar essa vedação, Bezerra sugere, no texto, a decretação de estado de emergência no país, “decorrente da elevação extraordinária do petróleo e os impactos sociais deles recorrentes”. Nesse caso ou no caso de calamidade pública, a legislação prevê exceção à regra.

Senadores da oposição se posicionaram contra o dispositivo, por entenderem que seria um “cheque em branco” para o governo. Um dos incisos da matéria deixava claro que, durante o estado de emergência, seria observada a “não aplicação de qualquer vedação ou restrição prevista em norma de qualquer natureza“. O relator retirou esse trecho após as discussões.

“Não vai ser uma porta aberta para realização de novas despesas. O estado de emergência limita a utilização de recursos para o enfrentamento da crise social. Não é um cheque em branco, é um reconhecimento limitado às medidas que estão sendo sugeridas”, disse Bezerra.

Os senadores também divergem sobre a criação de um auxílio para motoristas de táxi e de aplicativos, de R$ 1 mil por mês. Os governistas são contra essa inclusão, que pode ser discutida por meio de destaques ao texto.

O que prevê o texto

O parecer de Bezerra amplia o Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 por mês, além de zerar a fila, com o cadastro de 1,6 milhão de novas famílias. O custo dessas medidas é estimado em R$ 26 bilhões até o fim do ano.

O texto também cria um “voucher” de R$ 1 mil a caminhoneiros autônomos, ao custo de R$ 5,4 bilhões até o fim do ano. As transferências serão feitas assim que for promulgada a PEC. O benefício só vale para caminhoneiros autônomos cadastrados na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) até 31 de maio.

O auxílio-gás será ampliado para o valor de um botijão a cada dois meses. O custo é estimado em R$ 1,05 bilhão. Hoje, o benefício garante 50% do preço médio de revenda do botijão de GLP, de R$ 53, a cada dois meses. A proposta amplia para 100% do valor. Segundo Bezerra, 5,8 milhões de famílias são beneficiadas. Pelas regras atuais, famílias inscritas no CadÚnico, com renda familiar mensal de até meio salário mínimo, têm direito ao vale-gás.

Outro ponto incluído no parecer, já previsto na PEC 1, é uma compensação a estados para atender a gratuidade de transporte público gratuito de idosos, prevista em lei. O custo é estimado em R$ 2,5 bilhões.

Por fim, o texto prevê o repasse de até R$ 3,8 bilhões para manter a competitividade do etanol sobre a gasolina, por créditos tributários. Os estados repassarão esse benefício para os produtores.

Exame

Opinião dos leitores

  1. 🇧🇷Os esquerdopatas ficam doidos, de onde vem tanto dinheiro? Vai furar teto de gastos, pode? É só eleitoreira? Vai ficar só até o fim do ano e depois? Para esses negacionistas é bom lembrar que neste governo sobra dinheiro para ajudar a todos viverem melhor, não há roubos de trilhões como no governo dos petralhas.🇧🇷

  2. Eita! Abrindo a porteira para a boiada. Pode isso Arnaldo? O doído está doído, se o genocida não acreditasse em pesquisa não faria tudo isso.

  3. Esse bandido desse Pacheco, tá preocupado é em fazer politicagem e abrir outra CPI do circo. Não tá preocupado em ajudar ninguém. Pra ele, quanto pior o povo brasileiro tiver, melhor.

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Política

Com presença dos chefes dos Três Poderes, reforma tributária é promulgada no Congresso; veja o que muda

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

A reforma tributária foi promulgada no Congresso Nacional na tarde desta quarta-feira (20), em sessão solene. A matéria foi aprovada na semana passada depois de mais de três décadas de debates no legislativo.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, alguns de seus ministros e os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, estavam presentes no evento.

Na última sexta (15), a Câmara aprovou o texto que vem sendo discutido desde o início do ano e era uma das prioridades da agenda econômica do governo.

No primeiro turno, a proposta recebeu 371 votos a favor e 121 contrários. No segundo turno, o placar foi de 365 a 118 pela aprovação da matéria. Eram necessários 308 votos para a aprovação do texto.

O que muda

Em linhas gerais, o texto da reforma tributária prevê que todos os produtos e serviços vendidos no país terão um imposto federal unificado por meio de um “IVA dual”. Atualmente, o Brasil tem cinco tributos federais: IPI, PIS e Cofins; o estadual ICMS e o municipal ISS.

A ideia é que o novo imposto una IPI, PIS e Cofins em uma tributação federal e outra estadual e municipal, que unificaria ICMS e ISS.

O que diz a PEC

Pela proposta, haverá um período de transição para que a unificação de impostos ocorra. A ideia é que o prazo dure sete anos, entre 2026 e 2032.

A partir de 2033, os tributos atuais serão extintos e passará a valer a unificação. Além disso, o texto prevê que, em 2026, haja uma alíquota de 0,9% para a CBS (IVA federal) e de 0,1% para IBS (IVA compartilhado entre estados e municípios).

Em 2027, os tributos PIS e Cofins deixam de existir e a CBS será totalmente implementada. A alíquota para IBS permanecerá em 0,1%.

Entre 2029 e 2032, as alíquotas do ICMS e do ISS serão reduzidas, enquanto o IBS terá uma elevação gradual.

Por fim, em 2033, o novo modelo tributário passa a vigorar de forma integral e o ICMS e o ISS são extintos.

O relatório final da reforma tributária, apresentado por Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), excluiu mecanismo, adicionado pelo Senado, que premiava estados que elevassem arrecadação em período de transição.

Utilizando o mecanismo, governadores de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Paraná sinalizaram aumento da alíquota-base de ICMS para 19,5% em novembro.

O dispositivo contido no parecer do senador Eduardo Braga (MDB-AM) estabelecia que a arrecadação do ICMS entre 2024 e 2028 seria a base para a distribuição de parcela da arrecadação do IBS (imposto estadual criado pela reforma) entre 2029 e 2077.

Incentivo para veículos

Os deputados mantiveram uma emenda incluída pelos senadores que diz respeito à possibilidade de adoção de crédito presumido para incentivar a produção de veículos elétricos e flex (combustíveis derivados de petróleo e biocombustíveis).

Na prática, a medida permite que a empresa que utilize o crédito seja ressarcida pelo imposto pago.

O benefício se estenderá até 2032 e poderá ser utilizado por montadoras das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste que iniciarem a produção de veículos elétricos e flex até 1º de janeiro de 2028.

Zona Franca de Manaus

O deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), retirou de seu parecer a criação de uma Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide) para beneficiar a Zona Franca de Manaus.

A Cide substituiria o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que seguirá valendo para as mercadorias similares àquelas produzidas pelo polo industrial.

A Cide não teve apoio das demais regiões e gerou um entrave entre os deputados. A solução encontrada foi manter a existência do IPI, imposto que tem a arrecadação com todos os estados.

O parecer também rejeitou a possibilidade de que a Zona Franca de Manaus importe petróleo, lubrificantes e combustíveis com isenção.

Setores com alíquotas reduzidas

A proposta estabelece que 13 setores do país terão um corte de 60% de tributos. São eles:

  • Serviços de educação
  • Serviços de saúde
  • Dispositivos médicos, incluindo fórmulas nutricionais
  • Dispositivos de acessibilidade para pessoas com deficiência
  • Medicamentos
  • Produtos de cuidados básicos à saúde menstrual
  • Serviços de transporte coletivo de passageiros rodoviário e metroviário de caráter urbano, semi urbano e metropolitano
  • Alimentos destinados ao consumo humano e sucos naturais sem adição de açúcares e conservantes
  • Produtos de higiene pessoal e limpeza majoritariamente consumidos por famílias de baixa renda
  • Produtos agropecuários, aquícolas, pesqueiros, florestais e extrativistas vegetais in natura
  • Insumos agropecuários e aquícolas
  • Produções artísticas, culturais, jornalísticas e audiovisuais nacionais, atividades desportivas e comunicação institucional
  • Bens e serviços relacionados a soberania e segurança nacional.

A PEC prevê que a manutenção das reduções dessas alíquotas deverá ser reavaliada a cada cinco anos.

Templos religiosos

A PEC prevê que a cobrança de tributos será proibida para entidades e tempos religiosos, e organizações que prestem serviços assistenciais e beneficentes que estejam vinculados a entidades e templos.

Atualmente, a Constituição já proíbe a criação de impostos sobre a atividade de tempos religiosos.

Imposto do pecado

No último minuto da votação da PEC, a bancada da bala conseguiu retirar do texto da reforma tributária um dispositivo que determinava a incidência do imposto seletivo sobre armas e munições.

O trecho recebeu o aval de 293 deputados e 198 votos contrários e foi retirado do texto da PEC durante a votação em segunda turno da proposta.

A bancada da bala tentou votar o mesmo dispositivo durante a votação em primeiro turno, mas o mesmo foi rejeitado por 326 deputados.

O texto da reforma tributária ainda prevê a criação de um “Imposto Seletivo”, que será de competência federal e irá incidir sobre bens e serviços prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como cigarros e bebidas alcoólicas, armas e munições. O novo tributo é apelidado de “Imposto do pecado”.

A ideia é que o imposto seja cobrado em uma única fase da cadeia, sem incidir sobre exportações e operações com energia elétrica e telecomunicações.

Cesta básica e “cashback”

Quando a PEC passou pelo Senado, foram alterados aspectos relacionados à cesta básica que estavam contidos no texto aprovado inicialmente pela Câmara, em julho.

Na prática, o relatório manteve a isenção à cesta básica, mas limitou seus itens, que serão definidos por lei complementar. O dispositivo foi mantido pelos deputados durante a votação desta sexta-feira.

Os senadores também criaram uma “cesta estendida”, com desconto de 60% do IVA. O trecho, porém, foi retirado pela Câmara.

A devolução de parte do imposto pago pelos consumidores, chamada de cashback, foi incluída pelo Senado e mantida no texto aprovado na Câmara. Os reembolsos serão feitos à população de baixa renda que consumir serviços de energia elétrica, gás de cozinha e outros itens de consumo básicos.

Saneamento, teles e aéreas

Também foram retirados do texto seis setores econômicos que haviam sido incluídos na lista de regimes específicos de tributação.

Foram excluídos os serviços de:

  • Saneamento básico
  • Concessões de rodovia
  • Transporte aéreo de passageiros
  • Telecomunicações
  • Bens e serviços de economia circular
  • Micro e minigeração distribuída de energia elétrica

As companhias aéreas vinham alegando que, sem alíquotas menores do futuro Imposto sobre Valor Agregado (IVA) ou um regime próprio de tributação, cada uma das três grandes do setor teria aumento de custo adicional de até R$ 3 bilhões por ano.

No caso do saneamento, a previsão é que as tarifas de água e esgoto subam 18% em média, segundo estimativas apresentadas pela Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) e pela Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon). O marco legal do setor prevê a universalização dos serviços até 2033.

Comitê Gestor

A PEC também criou um Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). O grupo será uma entidade pública sob regime especial, com independência técnica, administrativa, orçamentária e financeira.

O colegiado será composto por 27 membros representando cada estado e o Distrito Federal; outros 27 membros representando o conjunto dos municípios (14 representantes escolhidos de forma igual entre os municípios e 13 considerando o tamanho da população).

Quando o texto passou pelo Senado, os senadores definiram que o presidente do Comitê Gestor seria aprovado em sabatina na Casa, podendo ser convocado para prestar informações ao Congresso.

Além disso, previa que o controle da atuação do comitê seria feito pelas câmaras e assembleias legislativas, com auxílio dos tribunais de contas.

Na Câmara, porém, foi retirada a necessidade de aprovação do nome do presidente do colegiado pelo Senado — o que equiparava o presidente do Comitê Gestor a autoridades federais diretamente subordinadas à Presidência da República — e deixou a fiscalização da atuação do comitê apenas aos tribunais de contas estaduais.

CNN Brasil *Com informações de Mayara da Paz, Daniel Rittner e Luciana Amaral

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Polícia

Classificados do concurso da Polícia Civil cobram providências do Governo do Estado: “Há necessidade de efetivo maior, previsão no orçamento e dinheiro em caixa”

Foto: Divulgação/Polícia Civil RN

O último concurso da Polícia Civil do RN foi autorizado em 2019, com edital publicado em 2020 e provas realizadas em 2021. Esse concurso público possui cerca de 2 mil candidatos classificados. Em 2022 somente 400 deles foram convocados para a etapa final: Curso de Formação Policial (CFP), sendo 300 agentes, 50 delegados e 50 escrivães.

Mas esse quantitativo já se encontra desfalcado em razão de desistências ocorridas ao longo do curso. Além disso, o número já é defasado. Nos últimos anos, cerca de 470 policiais civis deixaram seus cargos, por motivo de aposentadorias, exonerações e falecimentos. Outros 145 encontram-se aptos à aposentadoria voluntária, estes recebem uma retribuição adicional de abono de permanência. Além dos aproximadamente 470 policiais existem ainda mais de 155 com expectativa de completar os requisitos para aposentadoria até 2025.

Mesmo Havendo a contratação imediata de 600 novos policiais civis, o governo ainda respeitará a Lei de Responsabilidade Fiscal, tendo em vista que esse incremento será apenas para reposição dos cargos vagos recentemente, o que não implicará em aumento de despesa com o quadro funcional“, explica Adson Felipe, representante da Comissão dos Classificados no Concurso da Polícia Civil do RN.

Essa primeira turma com 400 alunos sequer irá repor as vacâncias geradas em anos recentes. E mais, vários alunos do curso de formação, que está acontecendo, já pediram desligamento, e essas vagas não podem ser repostas. Isso significa que o teremos bem menos policiais contratados. Existe o risco da PCRN ter menos efetivo, após o concurso, do que havia antes da autorização do concurso“, completa Adson.

Ainda segundo a Comissão, a Lei Orçamentária Anual (LOA 2022) prevê 942 nomeações para a Polícia Civil ainda neste ano de 2022. Os membros da comissão cobram do Governo o atendimento dos termos desse ordenamento legal, para que seja executada a ação estratégica prevista na Meta de Segurança Pública da recente atualização do Plano Plurianual 2020-2023 que tem entre seus objetivo, até o final de 2023, adequar o efetivo da Polícia Civil em até 3.768 servidores, a partir da realização de concurso público voltado para os quadros de carreira.

Mais do que possibilidades legais e orçamentárias para compor o efetivo legal da PCRN, há necessidade urgente e imperativa de mais policiais civis, por tratar-se do direito fundamental à segurança pública, assegurado pela Constituição Federal de 1988”, explica Adson.

Os membros da Comissão alertam ainda para o fato de que a falta desses policiais compromete a investigação criminal e prejudica o atendimento à população.

Existem mais de 11.800 inquéritos parados, sem solução, em 34 das 131 unidades operacionais da polícia civil, contribuindo com o aumento da sensação de impunidade, o que pode fomentar a criminalidade.

Somado a isso, salta aos olhos o fato de haver mais de 100 municípios que não dispõe de delegacia distrital, o que revela uma ausência do poder estatal na proteção de seus cidadãos e na preservação da paz e harmonia social.

Vale lembrar ainda que o Estado vem alcançando recordes na arrecadação fiscal, além de verbas oriundas de emendas parlamentares, bem como o aporte de recursos do governo federal, por meio de convênios com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), além de ganhos orçamentários em 2022.

O governo tem condições financeiras para mudar essa trágica realidade vivida pela polícia civil e pelo povo potiguar. É urgente a realização de um segundo curso de formação policial, com mais vagas, ainda esse ano.“, conta Adson.

Menor efetivo do Nordeste e 4º menor do Brasil

A Polícia Civil do RN possui o menor efetivo do Nordeste e o 4º menor do Brasil, segundo levantamento feito pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Atualmente com um efetivo de aproximadamente 1.280 policiais, amarga um déficit superior a 75% em seu quadro funcional, conforme dados divulgados pelo Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança do Rio Grande do Norte (Sinpol).

Além do efetivo ínfimo, a escassez se agrava quando considerados os afastamentos por motivo de férias e licenças e os servidores cedidos para outros órgãos. Assim, estima-se haver cerca de 900 policiais em serviço, para atender todas as demandas criminais de um Estado, cuja população está estimada em 3,5 milhões de habitantes, conforme última projeção feita pelo IBGE em 2021.

Somado a isto, ainda existem policiais destinados ao serviço administrativo, uma vez que não há concurso para essas atividades há mais de 30 anos, o que prejudica muito a atuação na atividade fim da PCRN. Na prática, muitas delegacias funcionam com apenas uma equipe simples (1 escrivão, 1 agente e 1 delegado), e necessitam do serviço extra de policiais na folga para incrementar o efetivo do dia a dia.

Novas Delegacias precisam de policiais

A necessidade de realização de mais cursos de formação e nomeação de Agentes, Delegados e Escrivães, torna-se ainda mais urgente, em razão da vigência de decreto estadual recente que cria, no papel, 29 novas delegacias no Estado.

Detalhe, a instalação de 20 delas está condicionada necessariamente à nomeação de mais policiais civis, além dos que já estão no curso de formação em andamento.

Opinião dos leitores

  1. Sem Policia Civil não há investigação e nem combate efetivo ao crime, temos que fortalecer urgentemente a nossa PCRN !

  2. Sem Investigação não há punição! A polícia civil combate a criminalidade por meio de investigação que reúna elementos de prova para que se concretize a justiça.

  3. O povo do Rio Grande do Norte clama por mais segurança! Precisa de efetivo humano para um melhor funcionamento das delegacias, são mais de 11 mil inquéritos parados, pois não tem efetivo suficiente e isso acaba que a impunidade toma conta do nosso Estado!

  4. Tem orçamento, tem recorde de arrecadação e tem déficit. Falta apenas o governo querer! Quanto mais policiais civis formados, mais a população ganha!

  5. Rapaz, um incremento grande de pessoas aptas, classificadas em todas as fases do concurso, prontas para servir nessa segurança pública que tanto reclamam… e o pessoal nós comentários falando besteira. Cada um tem o governo que merece mesmo

  6. Direito subjetivo não, mas não impede contestar decisões e correr atrás de melhorias, até porque, quem ganha com isso é a sociedade, segurança pública é essencial, deveria estar ajudando e não se conformando, quanto mais policiais, melhor será a segurança pública do Estado

  7. 5% dos crimes no RN são solucionados, a chance de quebrar uma empresa nos 5 primeiros anos é de 80%… ta melhor roubar do que empreender no RN… só PM não resolve. Tem q investigar.

  8. Precisamos de segurança pública de qualidade. A segurança pública é um direito fundamental de todo ser humano, e o aumento do efetivo da PCRN contribuiria com o aumento da resoluções de crimes através de inquéritos policiais solucionados e concluídos, dessa forma, garantiria ao judiciário auxílio para o julgamento do réu de forma efetiva, promovendo justiça e punibilidade do réu. Portanto, é necessário que o governo do RN chame mais Policiais para a melhoria da segurança publica do nosso estado.

    1. Convocar todos os classificados e aumentar o número de investigação e assim diminuir a imunidade no Estado.mais investigação menos impunidade.

    2. O governo do RN chamou além das vagas concursos como Polícia Militar e Polícia Penal, por que não poderia chamar mais além da vagas para polícia civil? Dinheiro tem, recorde de arrecadação, recorde de repasses do governo federal para a área da segurança pública.

  9. É sempre assim. Pede pelo amor de Deus, fazem até associação de concursados, quando entram começa o mimimi, reclamam de tudo é greve todo anos, mesmo com salários muito mais altos q a média da população.

    1. Verdade, talvez não devemos contestar alguma melhoria para nós mesmos ou para sociedade, porque já que a maioria do pessoal ganha mil reais, então temos que ganhar também 🙂

    2. Vá estudar para ser Servidor Público, Chicão!
      Meu Papa na sua mão!!

    1. Infelizmente é verdade. Isso só vai mudar com mais efetivo na Policia Civil investigando e prendendo, vamos lutara para que isso aconteça.

  10. Já chamaram todos os classificados DENTRO DAS VAGAS previstas no edital ? Então nenhuma candidato tem direito a ser convocado a mais…

    1. Sim, mas a deficiência no serviço aumenta ainda mais se chamar apenas as vagas. A população já está cobrando nas mídias sociais a resolução de crimes, veja como exemplo o caso do Educador Físico que foi assassinado por causa de discussão no trânsito, a família está protestando no Tribuna do Norte, as pessoas querem justiça e segurança de qualidade, pouco efetivo não vai contribuir em nada para segurança. Outra coisa, o governo do RN chamou além das vagas concursos como Polícia Militar e Polícia Penal, por que não poderia chamar mais além da vagas para polícia civil?

    2. Outro reprovado. Vai abrir concurso para Coveiro na China. Começa a estudar!!

    3. Depois não vá chorar quando for mais uma vítima de um crime e chegar em uma delegacia onde o delegado atua em mais três cidades, só tem dois agentes, um escrivão e 3 mil inquéritos parados. Vai ficar registrado e seu crime nunca vai ser solucionado. Tem dinheiro, tem aprovados, e tem 4 MIL CARGOS VAGOS. se chamar esse pessoal aí não completa nem metade.

    4. Sim 300 vagas muito mal elaboradas, visto que a população do RN ultrapassa 3 milhões de habitantes, para um contingente de pouco mais de mil policiais civis, para atender as demandas de investigação. Meu muito amigo André Damásio, ex gerente da farmácia pague menos, que foi assassinado a sangue frio, e até hoje está impune este crime. Motivo? nem precisa falar…

    5. Existe necessidade, existe dinheiro, existe cargo vago….e existe um crime organizado tirando a paz do povo potiguar. Somente com investigação vamos vencer esse guerra, quem faz isso é PCRN.

    1. A convocação de todos os classificados do último concurso é uma demanda urgente, a PCRN necessita de efetivo!

    2. Vamos aos fatos : esse governo chamou mais de 1200 soldados da PM, está aberto um concurso para Oficial da Saude da PM, tem previsão pra mais 2 concursos da PM (um para oficial e outro de soldado), além disso, fez 2 turmas de Policia Penal, fez 2 turmas de bombeiros, triplicou as vagas do ITEP….mas quando chegou a vez da PCRN a coisa ficou lenta, infelizmente. Vamos lutar para que isso mude.

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Política

Após 10 anos, Câmara vai apreciar contas da gestão Carlos Eduardo de 2013


Após cerca de 10 anos, as contas de gestão do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) referentes ao ano de 2013 chegaram à Câmara Municipal de Natal para serem avaliadas e votadas. A conclusão do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN) é que elas devem ser aprovadas, com ressalvas.

No acórdão publicado em março de 2023, os conselheiros concordaram em aceitar um recurso, dando parcial provimento, “remanescendo apenas as divergências na apuração dos saldos da dívida ativa, de restos a pagar e da dívida fundada”.

Além dessas contas, ainda há outras quatro contas de gestão do ex-prefeito que ainda precisam passar pela Câmara (2014, 2015, 2016 e 2017). Com relação à de 2018, ele renunciou ao cargo de prefeito em abril para concorrer ao governo.

Caso os vereadores votem pela desaprovação de qualquer uma delas e o processo seja consumado, o ex-prefeito poderá ficar impedido de disputar cargos eletivos. Isso porque a reprovação das contas de gestão é um dos possíveis impeditivos à candidatura de uma pessoa.

Porém, mesmo que isso aconteça, ainda há a possibilidade prevista de que uma decisão judicial permita a candidatura. E também é possível que a própria Justiça Eleitoral avalie que a reprovação não implica improbidade administrativa e permita a candidatura.

Ano que vem, o ex-prefeito deverá ser candidato novamente a prefeito de Natal. A apreciação da contas feita no TCE é uma avaliação técnica. A análise das contas na Câmara é um processo político. São necessários 2 terços da Câmara para que as contas sejam aprovadas ou reprovadas.

As contas de gestão do ex-prefeito chegaram ao TCE em maio de 2014. E levaram 9 anos serem concluídas na Corte de Contas. O processo só chegou à Câmara Municipal dia 22 de novembro deste ano.

No dia 6 de dezembro último, elas chegaram à Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final. De acordo com o sistema de informações da Câmara, ainda não há relator.

Segundo o TCE, alguns fatores explicam o tempo que a análise das contas levou: “Somente uma diretoria fica com as contas anuais das 167 prefeituras e 167 câmaras; a possibilidade de recursos e o amplo direito ao contraditório; a mudança de leis e normativos; e a obrigação de passar pelo parecer do Ministério Público de Contas (MPC) desde 2017”.

Apesar dessa dificuldade, o TCE afirma que a “atual gestão está priorizando a análise das contas municipais para agilizar o envio dos processos a julgamento”.

Procurado pelo NOVO, o ex-prefeito disse que aguarda da Câmara o mesmo resultado do TCE. “O Tribunal de Contas aprovou com ressalvas. E essa ressalva é costumeira. Então, eu espero que a Câmara também aprove”, disse.

Em reportagens anteriores, Carlos Eduardo afirmou que não tinha contas reprovadas e que o que havia era apenas uma divergência de entendimento entre os técnicos do Tribunal de Contas do Estado e os da Prefeitura.

Outras contas

Além das contas de 2013, agora na Câmara Municipal, o ex-prefeito Carlos Eduardo ainda possui outras três contas do mandato que ele conquistou em 2012 e que durou de 2013 a 2016.

As contas referentes a 2014 estão com o relator para julgamento das respostas enviadas pela Prefeitura, após diligências. Ainda não passaram pelo Ministério Público de Contas, mas há relatório da Diretoria de Administração Municipal (DAM) sobre as diligências. “A conclusão do corpo técnico é para parecer pela desaprovação das contas.”

As contas de 2015 estão com o MPC para julgamento do pedido de reexame. “Há relatório da DAM requisitando a manutenção do parecer prévio pela desaprovação”. Com relação a 2015, de acordo com o TCE, foi encontrada “divergência entre o valor do saldo do exercício seguinte apresentado no balanço Financeiro e o valor apurado na auditoria”.

Já as contas de 2016 estão sob avaliação da DAM “para relatório acerca do pedido de reexame”. Além dessas contas, Carlos Eduardo ainda terá avaliada sua gestão pelos anos de 2017 e 2018, mandato para o qual foi reeleito em 2016, mas que renunciou para poder disputar o cargo de governador, em 2019, não se elegendo.

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Opinião dos leitores

  1. Não são as “contas de gestão” do Município, onde o TCE julga os gestores municipais ( Secretários Municipais, etc . ). São “contas de Governo” em que o TCE emite PARECER e não julga. Quem julga é a Câmera Municipal de Natal.

  2. Cade a cadeia pra esse Maldito lagartixa, depois de matar muita gente continua gozando de liberdade, essa justiça é muito sem
    Justica

  3. Penso que é por esse motivo que Fátima Bezerra, anda cantando a bola dando vitória ao PT pra prefeitura de Natal.
    Coitado do carlos alves.
    Vão cassar os diteitos políticos.
    Agora, vou te dizer, a Natália Bonavides eleita prefeita de Natal tirando proveitos dos votos dos eleitores ignorantes e desinformados, é o fim da picada.
    Natal acaba, no retrocesso.
    Vai frear tudo que é obra, junto a órgãos ambientais.
    Perguntem a ela o que acha da engorda da praia de ponta negra e trincheira no cruzamento da Prudente com Alexandrino, perguntem pra vcs verem o que é um atraso.
    Perguntem!
    É só passo pra trás meu povo.
    Presta atenção em quem vc vai votar.
    Vejam o rumo que vamos tomar.

  4. Basta de Alves!! Esse aí nunca trabalhou na vida e é um homem rico. Como?? Com o salário de prefeito não dá pra ficar milionário.

  5. Por isto quando tem uma matéria para ser aprovada eles se escondem e não faz o dever deles, igual aí s deputados se escondem para não trabalhar.

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