Carnaval 2024

Prefeito Álvaro Dias destaca o sucesso e a tranquilidade de mais uma edição do Carnaval em Natal

Foto: Frankie Marcone

Nesta terça-feira (13) de Carnaval, o prefeito Álvaro Dias, acompanhado da primeira dama Amanda Dias, visitou os Polos de Petrópolis e Ponta Negra. E como em todos os dias de folia, energia não faltou ao prefeito de Natal que prestigiou o show da cantora Priscila Freire, em Petrópolis, e em seguida marcou presença no show do Olodum e Paralamas do Sucesso, em Ponta Negra. Neste último, fez questão de descer e curtir a folia no chão com o público ao som do Olodum.

Bastante satisfeito com o sucesso desta edição do Carnaval, o prefeito fez questão de agradecer o empenho de todos os que trabalharam nos sete polos espalhados pela capital, e à população em geral que participou da folia com muita alegria e tranquilidade.

“Mostramos que é possível sim, realizar uma festa bonita, com shows gratuitos e com a participação popular, inclusive dos turistas, que abrilhantaram ainda mais o sucesso do Carnaval de Natal. Agradeço também as parcerias e, quero parabenizar todas as secretarias municipais que trabalharam incansavelmente durante os sete dias de folia para que tudo fosse realizado da melhor forma possível. O Carnaval de Natal só foi possível graças ao empenho de todos. Estou muito feliz. Superamos as expectativas. Podemos dizer, sem dúvida, que esse foi o maior carnaval de todos os tempos realizado na nossa capital”, disse o prefeito.

Promovido pela Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Fundação Capitania das Artes (Secult-Funcarte), a edição do Carnaval de 2024 contou com 12 palcos distribuídos em todas as regiões da cidade, 23 atrações nacionais e 151 artistas locais com os mais diversos estilos musicais, indo do axé, frevo, samba e pagode até o rock nacional. Para o secretário Municipal de Cultura, Dácio Galvão, o Carnaval de Natal se consolida mais uma vez como um evento multicultural sempre visando atrair os mais diversos públicos.

“O Carnaval de Natal é um sucesso absoluto e já faz parte do calendário turístico da região nordeste. O resultado disso é um trabalho pensado para o público, feito com muita responsabilidade, além de uma diversidade musical imensa. A cada edição, o carnaval vai sendo reconfigurado, e é uma festa feita a várias mãos, o que democratiza o processo.” declarou o secretário.

Durante boa parte da noite da terça-feira, uma chuva insistente caiu em alguns pontos da capital, mas mesmo assim as pessoas não deixaram os polos onde assistiram aos shows variados como do cantor Almir Rouche e Monobloco (Petrópolis), Perfume de Gardênia (Rocas), Olodum e Paralamas do Sucesso, em Ponta Negra. Este último terminou sob aplausos de uma multidão na Zona Sul de Natal, fechando os shows noturnos do Carnaval 2024 com chave de ouro.

“Quem está na chuva é para se molhar e nada me faria perder o show do Paralamas do Sucesso que marcou diversas gerações, inclusive a minha e do meu marido. Até meus filhos e sobrinhos adoram as músicas da banda e vieram prestigiar”, disse a dona de casa, Heloísa Almeida Fernandes, 48 anos, moradora de Capim Macio.

Petrópolis

No tradicional polo Petrópolis, o 6° dia de carnaval contou com as apresentações de Priscila Braw, Priscila Freire, Monobloco e Almir Rouche. O Monobloco, atração que já é tradição do carnaval da capital potiguar, inicialmente, se apresentaria no Polo Redinha, mas realizaram o show no polo Petrópolis após transferência motivada pelas fortes chuvas ocorridas no início da noite da terça-feira. O carnaval 2024 marca a 8° apresentação da banda na festa da Prefeitura de Natal, estando presente na programação carnavalesca desde 2015.

“A gente fica muito feliz de voltar mais uma vez, hoje nós vamos estrear no polo Petrópolis, vai ser incrível, e vamos tentar fazer aquele baile que todo mundo já tá acostumado”, disse, Pedro Luís, vocalista e idealizador do Monobloco. A banda carioca, trouxe para Natal neste ano um novo show e repertório homenageando Jorge Aragão, com o mote “Toca Esse Tambor”, que também é o nome da música em conjunto com o sambista, lançada no início deste mês.

A chuva, por sua vez, não desanimou os foliões que estavam presentes no polo Petrópolis. É o que afirma a fisioterapeuta Alessandra Tavares, que foi curtir o carnaval de Natal preparada com um guarda-chuva, mas não deixou de aproveitar a festa. “A chuva é até uma vantagem, passa o calor e a gente dança mais, tem mais energia. Estou vindo desde o primeiro dia de festa, não precisa sair de Natal para ter um carnaval organizado e maravilhoso”.

A cantora Priscila Braw abriu os shows da noite levantando o astral do público com os maiores sucessos do axé, e na sequência quem tocou a folia foi a cantora e apresentadora Priscilla Freire, marcando sua volta ao carnaval de Natal em grande estilo. “Depois de todo o carnaval, hoje eu encerro aqui no polo Petrópolis, aqui na minha cidade, na minha casa, com toda essa estrutura incrível que a Prefeitura de Natal faz, que o polo Petrópolis faz. Eu estou ansiosíssima, o coração tá saindo pela boca”, afirmou a cantora.

O prefeito Álvaro Dias também esteve presente no polo Petrópolis na noite desta terça-feira e fez um balanço do carnaval 2024 no último dia de folia. “O carnaval da família, não houve ocorrências, nem intercorrências graves, tudo na paz, na tranquilidade com grandes shows em todos os polos e realmente merece aplausos pois foi um grande carnaval que atendeu às expectativas, e eu diria até que superou as expectativas de todos”.

O encerramento do carnaval no polo Petrópolis foi embalado com muito frevo por Almir Rouche, tradicional cantor do maior bloco de carnaval do mundo, o Galo da Madrugada, que se apresentou neste ano no carnaval de Natal após 10 anos.

Para o secretário de cultura, Dácio Galvão, a Prefeitura de Natal encerra o Carnaval em Natal 2024 em grande estilo. “Vamos fechar a programação com chave de ouro, de forma apoteótica, porque a população tem dado retorno. A empregabilidade, a renda, a economia, vem circulando, é visível isso. A união do trabalho da Prefeitura, das secretarias integradas, a segurança pública do estado, todos fortemente se comprometeram e conseguiram executar um carnaval à altura do que se esperava”.

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Política

Lula convida Camilo Santana para o MEC, mas ex-governador do Ceará defende Izolda

Divulgação

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou o ex-governador do Ceará Camilo Santana (PT) para ser ministro da Educação. Segundo fontes, no entanto, ele teria recusado inicialmente porque defende o nome de Izolda Cela, sua vice no Estado e atual governadora, para a pasta. O interesse de Camilo seria outro ministério, como o de Desenvolvimento Regional. A escolha de Lula foi uma forma de acalmar os ânimos de alas do PT que resistem ao nome de Izolda por ela não ser filiada ao partido.

Izolda foi indicada a Lula por Camilo desde que ele se elegeu presidente. Seu nome havia sido amplamente aceito por setores da educação, até uma ala do PT começar movimentos contrários. Ela tem o apoio dos ex-ministros da Educação, Fernando Haddad (PT) e Aloízio Mercadante (PT), de alguns secretários de educação e de fundações empresariais ligadas à área.

Na segunda-feira, como mostrou o Estadão, ela chegou à diplomação de Lula acompanhada do presidente eleito. No mesmo dia, ele teria feito o convite a Camilo, que também estava no evento. Lula disse que quer o senador eleito no governo e sinalizou com o MEC.

Segundo interlocutores, ele ficou de conversar com as bases ainda sobre a proposta. O ex-govenador gostaria que o Ceará pudesse ter dois ministérios, Izolda no MEC e ele no Desenvolvimento Regional. Camilo também teme o desgaste de aceitar o cargo depois de Izolda ter sido apontada como favorita durante semanas. Passaria a impressão de que ele teria sido responsável por tirar a vaga de uma mulher e que estava praticamente certa para o ministério.

Mas se houver risco de o Estado ficar sem nenhum ministério, segundo interlocutores, ele pode aceitar o MEC e levar Izolda para ser secretária da Educação Básica, considerado o segundo cargo mais importante em um cenário de déficit de aprendizagem no País pós-pandemia.

Grupos ligados a sindicatos de trabalhadores da educação divulgaram carta defendendo o nome do deputado Reginaldo Lopes (PT) para o MEC e dizendo que o escolhido “não deve estar vinculado aos setores empresariais na educação” e “ter raiz na defesa da educação pública, habilidade nos diálogos com os amplos setores da sociedade, história de militância na educação e forte compromisso com o programa vitorioso do Presidente Lula”. Alguns deputados do PT também trabalham para que Reginaldo seja o escolhido.

Camilo se elegeu senador este ano pelo PT e foi por dois mandatos governador do Ceará, Estado referência em educação no País. Ele continuou a política iniciada pelo PDT cearense de incentivos fiscais aos municípios que mais avançam na aprendizagem dos alunos, com foco em alfabetização, formação de professores e avaliações. O Ceará aparece nas primeiras colocações de todos os rankings nacionais de avaliação há anos.

Izolda foi secretária de Educação em Sobral, primeira cidade a ter destaque na área e que se tornou referência internacional. Depois, como secretária estadual, ampliou a política para o Ceará todo. Psicóloga e mestre em gestão, está sem partido atualmente depois de deixar o PDT e é mulher do ex-prefeito de Sobral, o petista Veveu Arruda.

Ela sempre esteve ligada à educação pública, nunca trabalhou para fundações empresarias, mas tem o apoio desse grupo. Fundações como Lemann, Telefônica, Itaú Social, Instituto Natura e Unibanco financiam iniciativas como formação de professores, capacitação técnica, elaboração de materiais didáticos e currículos para redes de ensino do País, em parcerias com secretarias municipais e estaduais.

Durante a pandemia, com a ausência do MEC no governo Bolsonaro, esses apoios da sociedade civil foram intensificados e garantiram muitas vezes que as escolas pudessem continuar funcionando remotamente. Em recente evento da Fundação Lemann, Izolda foi ovacinada e chamada de “ministra” pela plateia. Grupos contrários, no entanto, acreditam que essas entidades seguem interesses do mercado e querem controlar a agenda educacional dos entes públicos.

Corre por fora ainda, o atual superintendente do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques, que já trabalhou no MEC e no Ministério do Desenvolvimento Social em governos petistas e foi um dos responsáveis pelo desenho do Bolsa-Família. Mas atualmente trabalha para uma fundação empresarial, grupo que uma ala do PT defende que não faça parte do governo.

Estadão

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Política

Futuro chanceler do governo Lula defendeu embaixador acusado de assédio

Foto: Reprodução

Anunciado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como futuro chanceler, Mauro Vieira fez uma defesa enfática do embaixador aposentado João Carlos de Souza-Gomes no depoimento prestado em 2018 no processo que levou ao afastamento e suspensão do diplomata por assédio sexual e moral.

A relação de proximidade entre Vieira e Souza-Gomes tem sido relembrada em tom crítico por diplomatas desde que o presidente eleito anunciou sua escolha para comandar o Itamaraty a partir de 2023.

Vieira lamentou à época o vazamento das informações à imprensa por prejudicarem o colega, um diplomata que, na avaliação do futuro chanceler, “sempre teve uma conduta profissional impecável em relação aos colegas”.

Além da defesa de Souza-Gomes, o futuro ministro das Relações Exteriores condenou o envio de queixas contra chefes de postos diplomáticos direto ao Itamaraty, em Brasília, sem antes uma tentativa de conciliação entre subordinados e superiores.

“O depoente [Vieira] crê que o adequado em uma relação de trabalho sempre é discutir quaisquer desavença e problemas existentes entre subordinados e superiores antes de encaminhar a questão a outras instâncias”, disse, respondendo a questionamento do acusado e seu advogado.

Vieira, por meio de sua assessoria, disse ao Painel que se referia apenas a discordâncias e que defende, sim, a denúncia de casos de assédio. Declarou ainda que o tema será prioridade em sua futura gestão.

O processo disciplinar contra Souza-Gomes foi aberto para apurar denúncias de agressão, assédio sexual e moral, racismo e homofobia supostamente cometidos quando o diplomata chefiava a delegação do Brasil junto à FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), em Roma.

Funcionárias da delegação relataram comentários de cunho sexual e situações constrangedoras criadas pelo diplomata durante a convivência em Roma. Uma delas afirmou que era obrigada a ajudá-lo a colocar suas camisas, inclusive inserindo ela dentro das calças do embaixador.

Colega de Souza-Gomes da turma de 1974 do Instituto Rio Branco, Vieira foi o primeiro de uma lista de 23 testemunhas arroladas pela defesa do diplomata.

Ele foi ouvido no processo apesar de não ter estado em Roma em nenhuma data em que Souza-Gomes chefiava a delegação do Brasil na FAO. O depoimento foi uma concessão da comissão que conduziu o processo, que havia estabelecido como critério apenas colher depoimentos de testemunhas que tivessem passado pelo posto no período.

“Quanto ao histórico de vida do acusado, a comissão recorda que já examinou seu maço pessoal que é o arquivo por excelência do histórico do funcionário. […] Nestas condições, a comissão considera o suficiente para dispensar quaisquer outros depoimentos que não tenham relação com os fatos acontecidos em Roma”, escreveu a comissão, ao aprovar a oitiva de Vieira.

Na quarta-feira (14), o futuro ministro havia afirmado à Folha que, em seu depoimento, “falou que não tinha conhecimento dos fatos que geraram a acusação, inclusive por residir em cidade diferente da do referido embaixador”.

Contudo, a transcrição do depoimento de Vieira tem seis páginas de elogios ao colega de turma, descrevendo episódios e relatos positivos que ouviu sobre ele durante sua carreira.

Entre as missões de Souza-Gomes elogiadas por Vieira está a do Uruguai, posto em que foi alvo em 2011 de inspeção do então corregedor Gélson Fonseca por denúncias de assédio. O futuro ministro disse que o diplomata promoveu na Embaixada de Montevidéu “clima positivo de convívio e deixou boas lembranças nos servidores e nos contratados locais”.

Vieira também foi questionado pela defesa do diplomata sobre como avaliava o comportamento de servidores que gravam despachos e telefonemas com seus chefes. A pergunta não faz referência, mas parte das provas do caso é composta por gravações feitas por funcionários de Roma.

“[Vieira] Julga tal fato grave e o considera como sendo um desrespeito e uma insubordinação funcional. Segundo a testemunha, atitude dessa natureza só pode ter sido motivada por um conluio ou por uma vingança”, diz a transcrição do depoimento.

Ao final do depoimento, o futuro ministro também afirma, sem ser perguntado, que Souza-Gomes tinha como “inimigo notório” o diplomata Antônio Ricarte, representante-adjunto do posto chefiado pelo investigado.

Ricarte foi quem recebeu as primeiras denúncias de funcionários da delegação sobre o que ocorria. Um dos objetivos da defesa ao longo do processo era desqualificar as informações do diplomata.

A comissão concluiu que Souza-Gomes praticou assédio moral, mas afirmou que o caso de agressão não ficou comprovado. Ele foi suspenso por 85 dias e foi alvo de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal, ainda não julgada. O diplomata se aposentou no ano seguinte.

Procurado diversas vezes ao longo dos anos para reportagens de diferentes veículos de imprensa, Souza-Gomes preferiu não se manifestar.

Vieira nomeou o colega de turma como assessor especial de Assuntos Parlamentares em 2015, quando assumiu o Ministério das Relações Exteriores na gestão Dilma Rousseff (PT), mesmo depois dos relatos de assédio no Uruguai. O futuro chanceler disse que não tinha conhecimento dos fatos à época da escolha.

A lembrança recente dos casos tem um componente adicional: uma das vítimas de comentários racistas de Souza-Gomes, de acordo com depoimento do processo, foi a embaixadora Maria Laura da Rocha, escolhida agora por Vieira como secretária-geral do Itamaraty, primeira mulher a ocupar o cargo.

A embaixadora antecedeu Souza-Gomes na delegação brasileira junto à FAO. De acordo com depoimento do processo, o embaixador “fez um comentário sobre a pele escura da embaixadora Maria Laura da Rocha”.

Havia expectativa entre diplomatas de que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva escolhesse uma mulher para chefiar o Itamaraty. Rocha era um dos nomes cotados.

Folha de S. Paulo

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Política

Lira chama líderes partidários em meio ao recesso para definir prioridades da volta dos trabalhos na Câmara

Foto: ZECA RIBEIRO/CÂMARA DOS DEPUTADOS

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chamou os líderes partidários para uma reunião na segunda-feira (29). As atividades legislativas só devem ser retomadas a partir do dia 5 de fevereiro, mas decisões tomadas por outros Poderes durante o recesso parlamentar motivaram a organização do encontro antecipado. Entre as prioridades de alinhamento estão as discussões sobre a medida provisória que reonerou os 17 setores que mais empregam, sobre os cortes promovidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em emendas de comissão e sobre o papel do Supremo Tribunal Federal.

Os temas causaram grande repercussão entre os parlamentares e, por isso, chegaram a ser debatidos entre as bancadas mesmo durante as férias dos deputados. A oposição, por exemplo, se reuniu na Câmara para acordar a agenda de prioridades e reforçar a pressão para reduzir poderes do STF. A movimentação teve como motivador a operação que mirou o líder da oposição na Câmara, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ). O fim do voto individual de ministros, mandato fixo e elevação de idade mínima para indicação estão entre os destaques.

STF

Ainda em relação às decisões do STF, deputados federais já se mobilizam para protocolar uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que dificulta buscas da Polícia Federal no Congresso. A matéria determina que mandados de busca e apreensão contra parlamentares somente poderão ser cumpridos após aval das mesas diretoras da Câmara ou do Senado.

O texto é uma reação às operações mirando Jordy e também o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), alvo de buscas e apreensões autorizadas pelo Supremo. O gabinete dele foi um dos locais onde os agentes coletaram provas no âmbito da operação que investiga o suposto uso ilegal de uma ferramenta de espionagem em sistemas da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

MP da reoneração

A medida provisória que reonera a folha de pagamento dos 17 setores que mais empregam também é prioridade de discussão. Após reunião com equipe de governo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou o compromisso do Executivo reeditar o texto. “A desoneração da folha, tendo sido uma lei aprovada pelo Congresso, e com um veto derrubado, ela valerá. Há um compromisso do governo federal de reeditar a MP, retirando a desoneração do texto”, disse Pacheco, durante evento do grupo Lide, em Zurique, na Suíça.

Cortes bilionários

O presidente da República vetou R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão ao sancionar a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024. Ainda assim, esse tipo de investimento vai direcionar R$ 11 bilhões. O corte bilionário é motivo de descontentamento dos parlamentares. Por isso, em uma tentativa de evitar uma crise com o Congresso Nacional, Lula já afirmou que vai conversar com lideranças parlamentares para explicar a decisão. “Tenho o maior prazer em juntar lideranças, conversar com lideranças e explicar por que foi vetado”, disse Lula em entrevista.

Os congressistas querem que o governo reponha o orçamento. Do contrário, há possibilidade de derrubada do veto.

R7

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Cultura

Confira a programação do São João de Natal

Foto: Joana Lima

Os Festejos Juninos promovidos pela Prefeitura do Natal seguem neste fim de semana com a realização da 5ª edição da Feirinha da Árvore, em Mirassol. A programação começa nesta sexta-feira (17), com espetáculo circense de Cebolinha e Yuri (19h) e show de legítimo forró com Selminha, às 21h.

No sábado dia 18 de junho tem o palhaço Maçaroca (17h), João da Banda, Ryan o Mágico (18h) e shows de Nailson (19h) e Panka de Bakana às 21h. No domingo (19h) a festa começa com os palhaços Cebolinha e Yuri (17h), João da Banda e shows de Kanelinha (19h) e Trancilin (21h).

Na segunda-feira (20) a Feirinha da Árvore segue com shows de Papel Gomes (19h) e Nara Costa (21h). E na terça-feira (21) sobe ao palco Cida Lobo, fechando a quinta edição da tradicional Feirinha da Árvore em ritmo de São João.

Arena das Dunas

Na Arena das Dunas, quarta dia 22, tem Festival Gastronômico Junino e o Festival “Faz Mais Elino 2022”, com shows de Leão Neto (18h30), Concurso de Marchinhas com os finalistas (20h), Ivando Monte, Léo Namanha, Rodolfo Amaral (21h) e Padre Caio às 22h.

Na quinta-feira, 23 de junho, tem shows de Nailson (18h), Rodolfo Lopes (19h30) e Jaina Elne (21h). Na sexta-feira, dia 24, é a vez de Bira Santos (18h), Roberto do Acordeon (19h), Yrahn Barreto (22h) e Forró Namanha às 0h.

No sábado (25), sobem ao palco Zé Hilton (18h), banda Forraço (19h), Luizinho Nobre (22h) e Khrystal às 0h. E no domingo (26) shows de Deusa do Forró (18h), Hugo & Heitor (20h) e Circuito Musical às 21h30.

Faz mais Elino 2022

No 4º Concurso de Marchinhas Juninas se apresentam a partir das 18h, no dia 22, na Arena das Dunas: Beija Flor de Mandacaru (Du7, Chico Sete e Rauzito), Festa de São João (de Francisco Lima e Cláudio Saraiva); Festa Todo Dia (Ney César Freitas); Junto com Você (Yrahn Barreto), Preces de Esperança (Luiz Antônio e Jubileu Filho); Sanfoninha Choradeira (Alexandre Moreira); São João do Centro Histórico (Jamilly Mendonça); São João do Meu Nordeste (Selminha Ferrari); São João Voltou (Beto Cunha); Sobe Balão (Selminha Ferrari e Henrique Compositor); Sou Quadrilheiro (Fernanda Azevedo e Jaciel Duarte) e Viva o Nosso São João (Gilson Cavalcante da Silva).

Festival de Quadrilhas

A Prefeitura do Natal lançou seleções públicas voltadas para os Festejos Juninos num investimento total de R$ 517 mil (quinhentos e dezessete mil reais) para atender arraiás de rua e quadrilhas juninas.

O edital apoia financeiramente Quadrilhas Juninas de Natal e região metropolitana em diversas categorias para participar do XXXI Festival de Quadrilhas Juninas, que começa no dia 22, na área externa da Arena das Dunas.

Foram selecionadas as quadrilhas Balão Dourado, Quadrilha Junina Rei do Baião, Quadrilha Arrocha o Milho; Quadrilha Tradicional Padre Piná, Associação Cultural Encanta São João, Arraiá Tradicional Brilho Matuto, Arraiá Zé Matuto, Junina Luar Alegre, Junina K Pra Nós, Quadrilha Junina Estrela Matutina, Associação Cultural e Social Arraial Coração Nordestino; Quadrilha Junina Flor do Sertão, Grupo Junino Vice e Versa e “As Bibas de Santos”.

“O Festival de Quadrilhas Juninas é uma tradição que leva mais de três décadas. Atende o segmento e brinda uma super estrutura para apresentação no pátio da Arena das Dunas”, comenta o Secretário de Cultura de Natal, Dácio Galvão.

Arraiás de rua

A outra seleção pública é voltada para apoiar Arraiás de rua em Natal. Cada selecionado irá receber R$ 5 mil de apoio financeiro para poder realizar o festejos na rua do seu bairro. Os arraiás selecionados deverão acontecer no período de 15 de junho até 30 de julho de 2022.

Arraiá da Balanço do Morro, Arraiá do Vida Nova, Arraiá da Tiradentes, Arraiá Faz Mais Elino, Arraiá da Jacutinga, Arraiá da Zona Leste, Arraiá do Zé Roqueiro, Arraiá da Imperatriz, Arraiá Vim pra Ficar, Arraiá da São Luiz, Arraiá Potiguar de Morro Branco, Arraiá Preta Pretinha, Arraial dos Amigos, Arraiá do Bairro Nordeste, Arraiá da Antonieta, Arraia dos Amigos da rua do Ferro, Arraia da Coronel, Arraia do Arroxono, Arraia da Fran , Arraial de Nós , Arraia do Gami, Arraia do seu nascimento, Arraiá do Parque Floresta, Arraia Bom ki Só, Aarraiá Pordosol, Arraiá do Girassol, Luar do Sertão, Arraiá dos Priziakas, Arraiá das Comadres e dos Compadres, Arraiá Santa Clara, Arraiá do Peba, Arraiá do Didi, Arraia São Rafael, Arraia da colheita, Arraia do Redlley e Arraia de rua Vice e Versa.

 

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Judiciário

Com fim da montagem de ministérios, corrida por STF domina bastidores em Brasília

Foto: Reproduçã/TSE

Com o fim da montagem do primeiro escalão do governo Lula 3, dominam os bastidores de Brasília as conversas e articulações para saber quem ocupará as duas vagas do Supremo Tribunal Federal (STF) que vão abrir em 2023 com a saída de Ricardo Lewandowski e Rosa Weber.

Ambos completam 75 anos em 2023, idade-limite para ministros do STF estabelecida pela Constituição.

Para a primeira vaga, que será aberta em maio, Lula (PT) tem dito a aliados que vai ouvir Lewandowski, indicado pelo próprio petista para STF e a quem o presidente é grato pela atuação na Corte.

O nome de Lewandowski, segundo integrantes do Judiciário, é o de Manoel Carlos, que foi secretário-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e braço-direito do ministro quando ele ocupou a presidência do STF.

Atualmente, ele está na iniciativa privada, mas segue como uma espécie de herdeiro de Lewandowski no meio jurídico. Segundo interlocutores, caso Lula opte pelo jurista, será para dar continuidade ao modelo de trabalho do atual ministro nos processos e na Corte em geral.

No núcleo duro do PT, entretanto, o favorito é Cristiano Zanin, advogado de Lula na Lava Jato e um dos nomes mais próximos e de confiança do presidente atualmente. Discreto, Zanin não busca respaldo para ser indicado, mas conta com o apoio de quadros importantes do PT, além de ser tratado como o “nome de coração” do presidente da República.

Concorrem também Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União, que é próximo do MDB do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e do ex-presidente José Sarney.

A grande questão, hoje, é qual será a ordem de indicações.

Dentre os cotados, Zanin é dado como o nome do “coração” de Lula – e avaliam que ele será indicado ao STF em alguma vaga. Uma corrente do PT pondera, no entretanto, que se o advogado ficar para a segunda vaga, teme que Lula enfrente pressão para indicar uma mulher para substituir Rosa Weber.

Existe, por outro lado, a aposta de que um terceiro ministro pode deixar o cargo e dar a Lula uma mais uma indicação ao STF: Luís Roberto Barroso, que, aos 64, poderia antecipar a aposentadoria – mas só após suceder Weber na presidência da corte.

O presidente da República, então, poderia indicar uma mulher nessa vaga.

Critério

Fato é que Lula tem repetido a aliados que as indicações para o STF serão criteriosas, pois ele não pode errar, como considera ter feito em algumas delas.

Dois dos casos que petistas relatam com tom de arrependimento são os dos ministros Dias Toffoli e Edson Fachin.

Lula já ouviu de ministros do STF que ele foi para a cadeia “pelas mãos de ministros indicados pelo PT”, o que acreditam que nunca teria acontecido com Bolsonaro.

Com base nessa avaliação, Lula considera que Bolsonaro, se acertou em algo em sua administração, foi nas escolhas de André Mendonça e de Kassio Nunes Marques, alinhados ao Palácio do Planalto, para o STF.

G1 por Andréia Sadi

 

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Política

Em 2021, MST e deputados do PT, Psol e PCdoB saíram em defesa do Hamas

Sâmia Bomfim, Zeca Dirceu e Jandira Feghali estão entre os apoiadores do Hamas | Foto: Montagem Oeste com imagens da Câmara dos Deputados e do Psol

Em 2021, representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e deputados do Partido dos Trabalhadores (PT), do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) assinaram um manifesto em defesa do grupo terrorista Hamas, que atacou Israel no sábado 7.

Os militantes de esquerda se manifestaram em resposta à decisão do Reino Unido de classificar o Hamas como uma organização terrorista.

A posição britânica não é anomalia entre as democracias liberais. Os Estados Unidos, Japão, Canadá, União Europeia e claro, Israel, também reconhecem o Hamas como um grupo terrorista.

A esquerda brasileira, entretanto, insiste em chamar o grupo de um movimento de “resistência”. A palavra, inclusive, deu título ao manifesto: “Resistência não é terrorismo!”.

Confira, a seguir, o manifesto da esquerda de 2021 a favor do Hamas. Ele elenca nomes conhecidos como signatários, como Sâmia Bomfim, deputada federal do Psol, o petista Zeca Dirceu, a comunista Jandira Feghali e até de um professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA):

“Resistência não é terrorismo!

Todo apoio ao povo palestino na luta por legítimos direitos

Os parlamentares, entidades e lideranças brasileiras que subscrevem este documento, expressam o seu profundo descontentamento à declaração da secretária do Interior da Inglaterra, Priti Patel, que atribuiu ao Movimento de Resistência Islâmico – Hamas, a designação de “organização terrorista”, alegando falsamente que o Movimento palestino seria “fundamentalmente e radicalmente antissemita”.

Este posicionamento representa uma extensão da política colonial britânica, em desacordo com a posição da maioria do povo da Inglaterra, que se opõe à ocupação israelense e aos seus crimes. Seu objetivo é claro: atingir a legítima resistência palestina contra a ocupação e o apartheid israelense, numa clara posição tendenciosa em favor de Israel e tornando-se cúmplice das constantes agressões aos palestinos e aos seus direitos legítimos.

O direito à resistência assegurados pelo Direito Internacional e Humanitário, pela Carta das Nações Unidas e por diversas Resoluções da ONU, entre elas as de nº 2.649/1970, 2.787/1971 e 3103/1974, reiterando o direito de todos os povos sob dominação colonial e opressão estrangeira de resistir ao ocupante usurpador e se defender.

A resistência é um legítimo direito dos palestinos contra a ocupação e as reiteradas violações dos direitos humanos, bem como os crimes de guerra. Direito que os palestinos não abrem mão e para o qual, contam com o nosso apoio e solidariedade à sua causa de libertação e pelo seu Estado nacional palestino.

Brasil, 23 de novembro de 2021.”

O site Monitor do Oriente (Memo), que divulgou o manifesto, também criticou os britânicos por considerar o Hamas “fundamentalmente e radicalmente antissemita”.  O Memo indica os seguintes nomes como signatários do manifesto:

  • Deputada Érika Kokay (PT-DF)
  • Deputada Melchionna (PSOL-RS)
  • Deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ)
  • Deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC)
  • Deputada Professora Rosa Neide (PT-MT)
  • Deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP)
  • Deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ)
  • Deputado Alexandre Padilha (PT-SP)
  • Deputado Camilo Capiberibe (PSB-AP)
  • Deputado David Miranda (PSOL-RJ)
  • Deputado Enio Verri (PT-PR)
  • Deputado Glauber Braga (PSOL-RJ)
  • Deputado Helder Salomão (PT-ES)
  • Deputado Ivan Valente (PSOL-SP)
  • Deputado Nilto Tatto (PT-SP)
  • Deputado Orlando Silva (PCdoB-SP)
  • Deputado Padre João (PT-MG)
  • Deputado Paulão (PT-AL)
  • Deputado Paulo Pimenta (PT-RS)
  • Deputado Zeca Dirceu (PT-PR)
  • Instituto Brasil Palestina – IBRASPAL
  • Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
  • Central Única dos Trabalhadores – CUT
  • Partido Socialismo e Liberdade – PSOL
  • Federação Árabe Palestina do Brasil – FEPAL
  • Aliança Palestina do Maranhão
  • Aliança Palestina Recife
  • Amigos de Palestina
  • Associação de Solidariedade e pela Autodeterminação do Povo Saaraui – ASAARAUI
  • Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz – Cebrapaz
  • Centro Cultural Manoel Lisboa
  • Ciranda Comunicação Compartilhada
  • Comitê Anti-imperialista General Abreu e Lima – CAL
  • Comitê Brasileiro em Defesa dos Direitos do Povo Palestino
  • Comitês Islâmicos de Solidariedade – CIS
  • Espaço cultural e político al Janiah
  • Frente Nacional de Luta Campo e Cidade – FNL
  • Fórum Latino Palestino – FLP
  • Grupo de Estudos Retóricas do Poder e Resistências – GERPOL/UnB
  • Instituto de Estudos sobre Geopolítica do Oriente Médio – IGEOP
  • Instituto Estudos e Solidariedade para Palestina Razan al-Najjar
  • Movimento pela Libertação da Palestina – Ghassan Kanafani
  • Movimento Policiais Antifascistas do Maranhão
  • Movimento Popular Socialista – MPS-PSB
  • Observatório Proletário
  • Sociedade Palestina de Brasília
  • Acilino Ribeiro, Advogado
  • Adilson Araújo, Pres. da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB
  • Adriana Maria de Souza, Coordenadora Promotoras Legais Populares -PLP
  • Ahmed Shehada, Médico e presidente do Instituto Brasil-Palestina
  • Ana Cláudia Cruz, Psicóloga/psicanalista
  • Ângela Facundo, Professora Doutora do Departamento de Antropologia/UFRN
  • Ahmad Alzoubi, jornalista
  • Antonio Barreto de Souza, Diretor do Cebrapaz
  • Antonio Carlos Andrade, Psicólogo
  • Baby Siqueira Abrão, Jornalista e Escritora
  • Berenice Bento, Professora Doutora do Departamento de Sociologia da UnB
  • Bruna Brelaz, Estudante, presidenta da União Nacional dos Estudantes – UNE
  • Camila Tenório Cunha, Professora
  • Cesar Sanson, Professor Doutor Departamento de Ciências Sociais/UFRN
  • Dioclécio Luz, Jornalista e Escritor
  • Divina Lúcia Rezende, Socióloga
  • Durand Noronha, Bancário aposentado, diretor do Cebrapaz
  • Eduardo José Santana de Araujo, Professor de história
  • Edval Nunes Cajá, Sociólogo
  • Elianildo da Silva Nascimento, Rede Nacional da Diversidade Religiosa e Laicidade
  • Estenio Ericson Botelho de Azevedo, Professor Doutor Univ. Estadual do Ceará
  • Flávia Calé, Presidenta da Associação Nacional dos Pós-Graduandos – ANPG
  • Francisco Miguel Lopes, Ativista por Direitos Humanos
  • Frej Hanizeh, Jornalista
  • Gabriel de Souza Fernandes Silva, Tradutor e Ativista
  • Getúlio Vargas Júnior, Pres. da Conf. Nac. das Associações de Moradores – CONAM
  • Gillian Nauman Iqbal, Historiadora
  • Glorinha Silva, Ativista dos Direitos Humanos
  • Heba Ayyad, Jornalista palestina e poeta
  • Heitor Claro da Silva, Sociólogo, Mestre em Ciências Sociais e Professor
  • Hélio Doyle, Jornalista
  • Heloisa Vieira, Professora aposentada, diretora do Cebrapaz
  • Inácio Carvalho, Jornalista, Editor do Portal Vermelho
  • Inayatullah Khan Zaigham Al Mashriqi, Líder anti-imperialista
  • Ismael César, membro da Executiva Nacional da CUT
  • Jacques de Novion, Professor Doutor do Nescuba/Ceam
  • Jamil Abdala Fayad, Pesquisador sênior aposentado da Epagri-SC
  • Jamil Murad, Médico, ex-Deputado Federal e Presidente do Cebrapaz
  • Jeanderson de Sousa Mafra, Policial civil
  • Jerusa Hawass, Muçulmana e ativista negra
  • João Emiliano Fortaleza de Aquino, Professor Doutor Univ. Estadual do Ceará
  • José Reinaldo, Jornalista, Secretário-Geral do Cebrapaz
  • Jussara Cony, Farmacêutica ex-deputada Estadual (PCDOB-RS), Direção Cebrapaz
  • Khaksar Tehrik, Movimento contra o Imperialismo britânico
  • Laís Vitória Cunha de Aguiar, Estudante e mídia ativista
  • Levante Feminista Contra o Feminicídio – DF
  • Lucas Assis Souza, Professor, Diretor do Ibraspal
  • Lucia Helena Issa, Jornalista e escritora
  • Luís Gustavo Guerreiro Moreira, Indigenista, diretor de pesquisa do Cebrapaz
  • Manoela Gouveia, Advogada, Diretora do Ibraspal
  • Marcos Antonio Costa, Professor, Cebrapaz/RJ
  • Maria Antonia Dal Bello, Comitê General Abreu e Lima
  • Maria José Maninha, Médica e ex-deputada federal
  • Marianna Ribeiro, Professora do Instituto Federal do Tocantins
  • Marlon Sergio Perondi Soares, Ativista da causa palestina
  • Milton Temer, Jornalista e ex-Deputado Federal
  • Moara Crivelente, Cientista Política, da Direção Executiva Cebrapaz
  • Mônica Santos, Enfermeira, Cebrapaz/ES
  • Mohamad el Kadri, presidente da Associação Islâmica SP
  • Muhammad Nauman Iqbal, Ativista anti-imperialista Nagib Nassar, Professor Emérito da UnB
  • Otamir de Castro, Professor
  • Patrícia Soares Barbosa, Professora e história Secretária Geral do IGEOP
  • Paulo Romão, Sociólogo
  • Pedro César Batista, Jornalista
  • Pedro Paulo Gomes Pereira, Professor Doutor da Unifesp
  • Raul Carrion, Historiador, Ex-Deputado Estadual (PCdoB-RS)
  • Renatho Costa, Professor Doutor UNIPAMPA
  • Rita Freire, Editora do Monitor do Oriente Médio
  • Roberto Miguel, Vigilante, Secretário Geral CUT/DF
  • Rozana Barosso, Pres. da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – UBES
  • Saulo Pinto, Professor Doutor do Departamento de Economia da UFMA
  • Sayid Marcos Tenório, Historiador e vice-presidente do Ibraspal
  • Sergio Abdul Rashid, Professor e ativista
  • Sergio Benassi, ex-Vereador Campinas-SP, Direção Cebrapaz
  • Shirley de Souza Rodrigues Kozlowski, Professora e Mestre em Educação
  • Socorro Gomes, ex-Deputada Federal, presidenta do Conselho Mundial pela Paz
  • Soraya Misleh, jornalista
  • Tali Feld Gleiser, Tradutora
  • Teresinha Braga, Médica, diretora do Cebrapaz
  • Thiago Ávila, Socioambientalista e youtuber no canal Bem Vivendo
  • Tiago Morbach, presidente da União da Juventude Socialista – UJS
  • Vanja Andréa Santos, Presidenta nacional da União Brasileira de Mulheres – UBM
  • Vinícius Pedreira Barbosa da Silva, Professor e Jornalista
  • Walter Sorrentino, Médico e ativista internacionalista
  • Wevergton Brito Lima, Jornalista e vice-presidente do Cebrapaz
  • Yasser Jamil Fayad, Médico

Revista Oeste

Opinião dos leitores

  1. Sabendo quem são os testas oleosas metidos a mentes brilhantes, já se espera que apoiem o grupo terroristas em desfavor da única democracia (Israel) naquela região.
    Os apoiadores não passam de pilantras que reforçam o terror e o crime

    1. Serve para mostrar quem são esses canalhas desgraçados

  2. Todos que assinaram esse manifesto mancharam suas mãos de sangue quando esses terroristas assassinaram inocentes de Israel.

  3. Todo extremismo é nocivo e prejudicial, seja de esquerda ou de direita. Qualquer um que deseja ser um chefe do executivo e representante dos interesses do povo, deve ter uma postura de diplomacia, mas acima tudo, de justiça. E condescender com o extremismo só ajuda a perpetuar a polarização que retroalimenta o lulismo e o bolsonarismo. Guilherme Boulos parecer ser bem intencionado, mas precisa ter as atitudes que se espera dele se quiser ter protagonismo na política.

    1. Boulos jamais teve boa intenção em nada haha visto que seu cartão de apresentação e como invasor da propriedade alheia , está dando uma de bem intencionado para pegar votos dos otários e menos avisados , ele e tão nocivo quanto os demais dessa lista nefasta.

    2. Acorda pra jesus! Onde é que esse canalha desse Guilherme Boulos tem boas intenções? Isso é um invasor de propriedade privada. Defensor de tudo quanto não presta.

  4. Você quer saber quem é Bolsonaro, é só observar quem é contra ele. Vejam a relação dos sem futuros que tá aí acima! Jandira, Sâmia, pimenta, orlando Silva, Zeca Dirceu…. Vejam a raiva que esse povo tem do Bolsonaro! É só ver quem é contra ele que você sabe quem ele é.

  5. Fico só me perguntando, alguém não sabia quem é a esquerda? Acredito que nem o maior retardado dos retardados. Resolveram ser cúmplices, simples assim.

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Brasil

Voo da FAB, agenda casada e reembolso. Veja como os ministros de Lula foram ao casamento de Bruno Dantas

Reprodução

Os ministros do governo Lula adotaram estratégias diferentes para comparecer ao casamento do presidente do Tribunal da União (TCU), Bruno Dantas, em São Paulo, no último sábado: de uso de jatos da Força Aérea Brasileira (FAB) em agendas casadas, passando por carona no avião presidencial a reembolso dos custos da passagem pelo dinheiro público.

A festa de casamento de Dantas e da empresária Camila Camargo, CEO do Grupo Esfera, ocorreu no Centro Hípico de Santo Amaro, zona sul de São Paulo, e contou com a presença de autoridades do Judiciário, Legislativo e Executivo, além de empresários que representam uma parcela considerável do PIB do País. Camila é filha do empresário João Camargo, chairman da CNN Brasil. Havia cerca de 700 pessoas na festa, incluindo 13 ministros do governo Lula.

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, usou dinheiro público custear as passagens, com base em uma regalia incluída na legislação há pouco mais de um mês, a pedido do governo Lula, que permite o pagamento de passagens pela União a magistrados e ministros de Estado que desejam viajar para as cidades onde moram, mesmo não tendo uma agenda de trabalho no local.

Carvalho viajou para São Paulo na sexta-feira, 2, participou da festa no sábado e, no domingo, 4, retornou a Brasília. A CGU confirmou que as passagens foram pagas com dinheiro público e que Cavalho não tinha agenda oficial no Estado. Até 31 de dezembro de 2023 isso poderia configurar uma irregularidade.

No entanto, uma brecha incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 autoriza a regalia. A emenda, apresentada pelo líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP), e aprovada por deputados e senadores, estabelece o custeio com verba pública do “transporte entre Brasília e o local de residência de origem de membros do Poder Legislativo e ministros de Estado”. São Paulo é a residência de origem de Vinícius Marques de Carvalho.

Além de Vinícius Marques de Carvalho, marcaram presença Geraldo Alckmin (Desenvolvimento e Indústria), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Renan Filho (Transportes), Carlos Fávaro (Agricultura), Esther Dweck (Gestão e Inovação), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Fernando Haddad (Fazenda), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), José Múcio (Defesa) e Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública).

Parte deles aproveitou uma agenda com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ir a São Paulo no avião presidencial. São os casos de Fernando Haddad, Alexandre Padilha e Simone Tebet, que pegaram uma carona. Na sexta, Lula participou da cerimômia em comemoração aos 132 anos do Porto de Santos e do anúncio das obras do túnel entre Santos ao Guarujá.

Silvio Costa Filho também esteve nesses compromissos, mas sua ida foi feita com recursos próprios. Renan Filho participou de outros eventos no Estado. Sua ida foi paga com recursos próprios, apesar da agenda pública. O Ministério dos Transportes bancou a passagem de volta. Geraldo Alckmin não respondeu aos questionamentos da reportagem.

Múcio, da Defesa, estava em Recife, na sexta-feira, quando pediu uma aeronave da FAB para ir a São Paulo. Na capital paulista ele participou de uma única agenda na manhã de sábado com o comandante militar do Sudeste, o general de Exército Guido Amin Naves. O encontro durou duas horas. O ministério não esclareceu desde quando a reunião estava marcada. Mais tarde, ele participou da festa de casamento acompanhado da esposa, Vera Brennand.

Lewandowski solicitou um outro jato do Comando da Aeronáutica para ir de Brasília a São Paulo. O recém-empossado ministro da Justiça viajou para o Estado às 12h20 de sexta-feira. Naquele dia, participou de uma solenidade no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). No dia seguinte, foi à festa.

Para solicitar as aeronaves, Múcio e Lewandowski alegaram questões de segurança. Um voo de FAB para São Paulo chega a custar R$ 70 mil aos cofres públicos, valor bem maior se comparado a uma passagem de avião comercial, até mesmo na classe executiva. Em contrapartida, a Aeronáutica oferece mordomia e conforto que não costumam existir em voos comerciais. Não é preciso entrar em fila, sentar em poltronas apertadas ou enfrentar muitas vezes atrasos das companhias aéreas.

Já os ministros Jorge Messias, Esther Dweck e Alexandre Silveira disseram que custearam as passagens para o casamento de Bruno Dantas com dinheiro próprio. Carlos Fávaro não explicou à reportagem como foi a São Paulo, mas ele teve agendas no Estado, conforme publicações em redes sociais.

O uso de avião da FAB é regulamentado por um decreto presidencial. O texto prevê uma ordem de prioridade. Primeiro, em casos de emergências médicas. Segundo, quando há razões de segurança. Depois, viagens a serviço. No caso do ministro da CGU, a regalia foi incluída na LDO de 2024. Ao apresentar a emenda, Randolfe disse que o objetivo era garantir a isonomia entre os Poderes, uma vez que o Legislativo conta com o benefício. Para o relator Danilo Forte (União Brasil-CE) a nova regalia é “justa”.

“Eu acho que é justo, não é imoral, não é ilegal. Por exemplo, o cara está em uma atividade pública. É melhor do que estar burlando a lei, inventando eventos no Estado para poder ir em avião da FAB, que sai muito mais caro. Melhor pagar a passagem, acabar com a hipocrisia”, disse Forte.

Em agosto, o Estadão mostrou que ministros de Lula estavam usando aeronaves da FAB para passar o final de semana em seus redutos eleitorais. Era como se coincidentemente quase toda sexta-feira o ministro tivesse agenda de trabalho sempre no mesmo local – sua cidade natal – com volta para Brasília na segunda-feira. Em fevereiro, a reportagem do Estadão também revelou que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), usou um avião da Aeronáutica para ir a São Paulo e participar de leilões de cavalos de raça. Os voos de ida e volta custaram cerca de R$ 130,4 mil. Esse caso chegou à Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República, que arquivou o processo ao entender que o fato de Juscelino ter outras agendas no Estado justificava o uso do jatinho, apesar dele ter dedicado a maior parte do tempo a assuntos privados.

Em julho, a Comissão de Ética puniu, no entanto, o ex-ministro Ricardo Salles (PL-SP) justamente por entender que ele burlou a regra para ir de aeronave para casa com dinheiro público. Salles foi ministro do Meio Ambiente entre janeiro de 2019 e junho de 2021. Nesse período, realizou mais de 130 viagens nacionais. Dessas, 90 foram para São Paulo, de acordo com levantamento do colegiado. Parte delas ocorriam, no entanto, sem os devidos registros de compromissos públicos.

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

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Política

Aprovação ao governo Lula piora entre mulheres e mais pobres

Foto: Ricardo Stuckert/PR

No fim do 1º ano de governo, as taxas de aprovação da administração petista registram quedas acentuadas em grupos que serviram de apoio à campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022: mulheres e pessoas com renda de até 2 salários mínimos ou desempregadas. Os dados são de pesquisa PoderData realizada de 16 a 18 de dezembro de 2023.

Em janeiro, o governo era aprovado por 52% da população feminina. Hoje, são 46%. Durante o ano, os percentuais oscilaram dentro da margem de erro do grupo demográfico na pesquisa, de 2,7 pontos percentuais. Entretanto, ao comparar a taxa do início e do fim do ano, é possível perceber que, no acumulado do período, oscilou desfavoravelmente ao petista. Caiu 6 pontos percentuais –fora da margem de erro.

A taxa das mulheres que dizem desaprovar a gestão foi de 38% para 43% em 1 ano. Os percentuais oscilaram para cima, mas dentro do limite da margem de erro –2,7 p.p.

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No grupo que tem renda de até 2 salários mínimos (que inclui os desempregados e sem renda fixa), a aprovaçãodo governo caiu 5 pontos percentuais em 1 ano. Começou 2023 em 53%. Oscilou 1 ponto para baixo em abril. Subiu para 54% em junho, atingindo seu maior nível numérico do ano. Caiu para 49% em setembro. Agora, oscilou 1 ponto percentual para baixo e encerra o ano em 48%.

Os percentuais dos que dizem desaprovar o governo nesse estrato social subiram 8 pontos de janeiro a dezembro. Era de 35% em janeiro. Oscilou para 37%, em abril. Subiu para 40%, em junho. Em setembro atingiu o maior nível: 45%. Fecha o ano em 43%.

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É preciso considerar que por se tratar de grupos demográficos específicos, logo, um recorte do estrato geral do levantamento, a margem de erro nesses estratos é maior que na população total da pesquisa (2 p.p.).

Apesar disso, os resultados por região e por sexo mostram o mesmo cenário divulgado pelo PoderData nesta semana sobre a aprovação do governo na população geral. O PoderData fez 5 pesquisas nacionais em 2023 para avaliar vários aspectos da administração do presidente Lula. Esse cenário, de janeiro a dezembro, permite observar com clareza um viés negativo para o governo em suas curvas de avaliação. Há uma queda gradual na taxa de aprovação e uma leve tendência de subida nos percentuais negativos.

Lula foi eleito em 2022 com 50,90% dos votos. Hoje, tem menos apoio do que isso. Encerra o 1º ano sem conseguir cumprir o discurso de unir o país. Pelo contrário, conseguiu até afastar alguns de seus próprios apoiadores.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 16 a 18 de dezembro de 2023, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 244 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro no estrato geral da pesquisa é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Aos poucos as expectativas vão se frustando.
    Jaja o encanto por esse bandido, vagabundo ex presidiário vai se acabando.
    Próximo ano.
    A tendência é piorar.

  2. Não me preocupa isso. Na verdade o nosso querido e amado presidente LULA, ja está dando um banho de administração tanto na economia como na qualidade de vida. O POVO ama Lula é LULA ama o povo. Queria ser uma formiguinha para dizer ao presidente: EU TE AMO presidente LULA

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Esporte

Corpo de Pelé chega à Vila Belmiro para velório, que terá caixão com urna aberta

Foto: Divulgação/Santos.

O corpo de Pelé chegou à Vila Belmiro, em Santos, na madrugada desta segunda-feira, 2, para o velório em que os fãs, amigos e convidados darão o último adeus ao Rei do Futebol. O carro com o caixão entrou por um dos portões do estádio às 3h55. A cerimônia será aberta ao público às 10h e se estende até as 10h de terça-feira.

O traslado começou às 2h, quando deixou o hospital Albert Einstein, no bairro do Morumbi, em São Paulo, e terminou às 3h55, com a chegada à Vila Belmiro em carro fechado da funerária O trajeto, de 80 km, foi percorrido via rodovia Anchieta com escolta especial feita pela tropa de choque da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal.

A chegada do corpo do Rei ao palco em que tanto brilhou foi acompanhada de perto por um grupo de fãs – alguns deles dormiram na fila – e torcedores organizados do Santos, que renderam homenagens com fogos de artifícios, bandeiras e aplausos, além de jornalistas brasileiros e estrangeiros. São mais de mil jornalistas credenciados, de todos os continentes. O Santos não faz estimativa de público. O carro preto da funerária com o corpo de Pelé entrou de ré pelo portão 4 do estádio.

Os acessos às ruas próximas ao estádio foram bloqueados para o tráfego de veículos a partir da meia-noite desta segunda, com abertura prevista para as 12h de terça.

O velório do maior jogador de futebol de todos os tempos tem início sob rígido protocolo de segurança em razão do grande fluxo de autoridades, convidados e fãs. Como no funeral da Rainha Elizabeth 2ª, no Reino Unido, não será permitido parar perto do caixão, nem fotografá-lo. O fato de o corpo ter sido embalsamado e ficado em área refrigerada no hospital permite que o caixão fique aberto durante a cerimônia.

Foram instaladas duas tendas no gramado do estádio. Uma menor, a principal, comporta aproximadamente 100 pessoas, e será destinada a familiares e ídolos eternos do Santos, como Pepe e Mengálvio.

O caixão com o corpo de Pelé ficará disposto embaixo da tenda menor, no centro do gramado, entre as cadeiras. Foram postos tablados dos dois lados de fora da tenda para a passagem de fãs, com distância de cinco metros para o caixão. A outra tenda, maior, vai receber autoridades e convidados, que poderão entrar na tenda principal caso a família libere.

A PM informou que disponibilizou estrutura “robusta” de meios e contingentes policiais para o velório e afirmou que, além do policiamento territorial de Santos, destinou equipes da Rota e do Batalhão de Choque para reforçar o patrulhamento na cidade, além de helicópteros Águia.

Também disse que destacou agentes do Comando de Policiamento da Capital, do Policiamento Metropolitano, do Policiamento do Interior-6 (Santos), do Policiamento de Choque, do Policiamento Rodoviário, do Policiamento de Trânsito, do Comando de Aviação da PM e do Corpo de Bombeiros.

Personalidades do esporte e ídolos dos Santos, como Pepe e Mengálvio, estarão presentes. Entre autoridades, Gianni Infantino, presidente da Fifa, Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, e Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol já confirmaram presença.

Outras autoridades, entre chefes de Estado e convidados, também darão presencialmente o último adeus a Pelé. É esperado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viaje de Brasília a Santos para o funeral, que será o primeiro evento da agenda oficial na presidência. A tendência é de que Neymar fique em Paris e não venha ao velório.

Terminado o velório na Vila Belmiro, o corpo será levado em cortejo fúnebre até o canal 6 (Avenida Joaquim Montenegro) onde mora a mãe de Pelé, Celeste Arantes, com o trajeto feito na ida pelo canal 2 e praia e retorno pela praia até o Canal 1, até chegar ao Memorial Necrópole Ecumênica, para o sepultamento, reservado a familiares.

A previsão é de que o corpo chegue ao cemitério às 12h e a cerimônia comece às 14h. Ele será enterrado no mausoléu que fica no primeiro andar do Memorial, homologado há mais de 20 anos como o mais alto cemitério do mundo.

Pelé morreu na última quinta-feira, 29. Seu atestado de óbito apontou insuficiência renal, insuficiência cardíaca, broncopneumonia e adenocarcinoma de cólon como causas da morte. Ele lutava contra o câncer de cólon havia mais de um ano.

Estadão Conteúdo

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Política

PEC da transição vira moeda de troca para barganhas entre Congresso e governo Lula

Foto: Wilton Junior/Estadão

BRASÍLIA — O apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição virou moeda para barganhas políticas. Desde que desembarcou em Brasília, no início da semana, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva tem sido pressionado a assinar a fatura e entregar cargos e verbas antes mesmo da votação da medida. Para bancar o programa Bolsa Família e outras despesas, a partir de janeiro de 2023, o futuro governo pede ao Legislativo uma licença para gastar de aproximadamente R$ 200 bilhões acima do teto de gastos – valor que muitos economistas consideram um exagero.

Líderes do Congresso, porém, condicionam a aprovação do texto à ocupação de ministérios e vagas regionais, além da manutenção do orçamento secreto e do apoio à reeleição de Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao comando da Câmara e do Senado, respectivamente.

A bancada petista anunciou apoio a novo mandato para Lira à frente da Câmara e deve oficializar o acordo com Pacheco nos próximos dias. Lula conversou com os dois nesta quarta-feira, 30. Foi aconselhado a preservar o orçamento secreto, que terá R$ 19,4 bilhões em 2023 e foi chamado por ele de “excrescência”, para não arriscar a formação da base aliada no Congresso. Como revelou o Estadão, o presidente Jair Bolsonaro mandou suspender a liberação dessas emendas até o fim do ano, após Lira receber aval do PT.

MDB, União Brasil e PSD querem pelo menos duas pastas cada, sob o argumento de que é preciso contemplar a bancada da Câmara e a do Senado. Esses partidos compõem a cúpula do Senado e representam mais de um terço dos parlamentares.

Os ministérios de Infraestrutura, Minas e Energia, Agricultura, Transportes, Ciência e Tecnologia, Cidades e Integração Nacional – duas pastas que serão recriadas – se transformaram em alvo de cobiça. Na prática, os partidos estão de olho nos R$ 105 bilhões que, de acordo com a PEC, ficarão livres no Orçamento para irrigar novas despesas, sem contar os recursos que já estão garantidos para os ministérios e emendas parlamentares. A negociação pode aumentar a verba sob domínio dos líderes do Congresso.

O PT quer aprovar a PEC no Senado na semana que vem e finalizar o texto na Câmara em seguida, a tempo de adequar o Orçamento de 2023 com as novas despesas. O líder do União Brasil e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (AP), assumiu a articulação para aprovar a proposta e cobra pelo menos um ministério para a bancada na Casa.

Alcolumbre indicou que pautará a PEC na próxima terça-feira. Cabe a ele, também, nomear o relator. Os senadores, no entanto, querem reduzir o período de flexibilização do teto de gastos dos quatro anos sugeridos pelo futuro governo para um ou, no máximo, dois. O valor da PEC também pode ser reduzido, se Lula não entregar os cargos a contento.

“Há uma boa vontade para votar. Só fica dependendo das negociações para definir o tempo e o valor”, afirmou o senador Jayme Campos (União Brasil-MT), referindo-se à proposta da equipe de Lula.

Nos bastidores, Alcolumbre contabiliza que sete dos dez senadores do União Brasil estarão com o governo Lula em 2023, desde que sejam atendidos com cargos de seu interesse. O senador chegou a essa conclusão após consultar colegas de partido. Sérgio Moro (PR), Soraya Thronicke (MS) e Alan Rick (AC) não entraram no “pacote”, como foi chamada a articulação.

Além do apoio do Planalto à reeleição de Pacheco, que agora enfrentará o senador eleito Rogério Marinho (PL-RN), o PSD cobra de Lula pelo menos dois ministérios. “Vou apoiar a PEC sem contrapartida, mas talvez não tenhamos 49 votos para aprová-la para quatro anos. Tudo depende do conjunto”, admitiu o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Otto Alencar (BA).

Depois de negociar com União Brasil, MDB e PSD, o próximo desafio de Lula será com o PP de Lira, expoente do Centrão. Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil de Bolsonaro, barrou a tentativa de integrantes do partido de compor com Lula antes da posse. Parlamentares da legenda defendem agora uma negociação no varejo, assunto que deve ser discutido pela bancada com Lira na próxima terça-feira.

“Não vejo problema nenhum em fazer uma coalizão com todos os partidos. Duas ou três cabeças pensando é melhor que uma. Então, que possamos ter projetos e levar recursos para os municípios”, disse o deputado eleito Maurício Neves, que assumiu a presidência estadual do PP em São Paulo e tomará posse na Câmara em fevereiro.

Estadão

Opinião dos leitores

  1. Ele pode entregar o brasil, vender, lotear, dividir, dar aos aos amigos, roubar, esconder, inclusive a Amazônia, que nunca tirei nada de lá, nem ir lá eu posso de tão caro, eu quero mesmo é que aconteçam coisas concretas e reais nas nossas vidas, termos salário de judiciário, universidade e escolas fundamentais de vergonha com professores comprometidos, sérios e gratuita, nada de educação privada, FIES, carne de soja ou caju, tem que ser carne de verdade e de primeira, não foi assim que parte de nós nordestinos optamos? Isso é democracia submetida a burrice, fazer o que? Tentar sorrir e sobreviver, a conta vem.

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Judiciário

Lava Jato, propina e ação de ex-partido: veja como Dino votou na 1ª semana como ministro do STF

Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF

De volta ao Judiciário após 18 anos de vida política, o recém-empossado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino estreou a semana no novo cargo com votos em processos sobre a Operação Lava Jato, os ataques do 8 de janeiro, o vínculo entre entregadores e empresas de aplicativo, um caso de propina entre advogado e colegiado de um Tribunal Federal, as “sobras eleitorais” e uma condenação trabalhista contra a Petrobras.

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Política

Número de ministérios e partidos apoiadores: conta do governo Lula não fecha

Foto: Juca Varella

Quando Luiz Inácio Lula da Silva anunciou os primeiros cinco nomes de seu ministério, no último dia 10, declarou que “na semana que vem” anunciaria “pelo menos o dobro” de nomes. A “semana que vem” passou e o presidente eleito fez apenas um anúncio, e, ainda assim, para o comando de uma empresa pública federal — o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que será presidido pelo ex-ministro Aloizio Mercadante.

A falta de definições na montagem do primeiro escalão do Poder Executivo expõe a dificuldade de formar uma equipe que faça justiça à expressão “frente ampla”, que marcou a coligação responsável pelo suporte político à vitória de Lula, tanto no primeiro quanto no segundo turno da eleição presidencial — e que, nas últimas semanas, está sendo reforçada por partidos como MDB, PSD e União Brasil.

A menos de duas semanas para a posse, pouco foi anunciado pelo presidente eleito. A expectativa, agora, é pelo reinício das divulgações de membros do primeiro escalão do governo nesta semana que antecede o Natal. Até agora, dos nomes tornados públicos pelo futuro presidente, dois são do PT — Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda); dois são ex-ministros de gestões petistas — José Múcio Monteiro (Defesa) e Mauro Vieira (Relações Exteriores); um é mais próximo de Lula do que de seu partido de filiação – Flávio Dino, senador eleito pelo PSB-MA, ocupará o Ministério da Justiça e Segurança Pública; e uma é ligada aos movimentos sociais – Margareth Menezes (Cultura) —, que se autoanunciou futura ocupante da pasta na portaria do CCBB, onde funciona o governo de transição. 

Na semana que passou, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), ao ser perguntada pela jornalista Míriam Leitão, da GloboNews, sobre onde está a frente ampla, pediu “calma” porque “tem muito ministério ainda para anunciar”. O redesenho da Esplanada, pelo menos, foi anunciado no sábado por Rui Costa. Serão 37 pastas, duas a menos que o recorde da ex-presidente Dilma Rousseff, que chegou a ter 39.

Um número elevado, mas insuficiente para acomodar a quantidade de candidatos dos partidos aliados às vagas disponíveis. Quando esteve com Lula, há duas semanas, para apresentar as demandas do Solidariedade, o deputado Paulinho da Força (SP) deu o tom das dificuldades para transformar a frente ampla em governo de coalizão. “Talvez alguns ainda imaginem que há disputa de cargos, ‘quero isso, quero aquilo’. Mas, para construir maioria, Lula vai ter que negociar com os demais partidos que não estavam na base dele nas eleições, nem têm expectativa de estar agora”, disse, abrindo ainda mais o leque da governabilidade.

Tripé político

A base que se dispõe a assegurar a governabilidade dos primeiros meses do terceiro mandato de Lula pode ser dividida em três grupos: a federação PT/PCdoB/PV; os sete partidos progressistas que se uniram para caminhar com Lula ainda no primeiro turno eleitoral (PSB, Solidariedade, Pros, Avante, Agir e federação PSol/Rede), mais o PDT, que aderiu após o naufrágio da candidatura de Ciro Gomes à Presidência; e os partidos de centro e centro-direita (MDB, PSD e União Brasil) que se integraram à frente ampla a partir da vitória da chapa do petista. O problema é como acomodar tantas forças que divergem entre si e, também, internamente.

O PT, força amplamente majoritária à esquerda, tem muita dificuldade para ceder espaços de poder. Além de protagonizar os primeiros anúncios de cargos do primeiro escalão, o partido se posiciona de forma pouco flexível na negociação de pastas nas quais se vê historicamente vinculado, como Desenvolvimento Social, Educação, Agricultura Familiar e Alimentação saudável (ex-Desenvolvimento Agrário) e Direitos Humanos, além dos órgãos dedicados a atender movimentos identitários, como Mulheres, Igualdade racial e Povos Originários. 

O PT admite repartir algum poder com legendas aliadas da esquerda, como Meio Ambiente, que tem na ex-ministra e deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) o principal nome para ocupar o cargo. O PDT não reclamaria se retornasse ao Ministério do Trabalho. E o Ministério da Previdência também pode ficar com um aliado do campo progressista.

Sem trampolim para Tebet

É na disputa pelos ministérios do Desenvolvimento Social e da Educação que o PT complica a vida do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva na formação do primeiro escalão do futuro governo. Aliada desde que foi derrotada pelo petista no primeiro turno da corrida ao Palácio do Planalto, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) era dada como certa na pasta do Desenvolvimento Social, que abriga o programa mais importante do PT — o Bolsa Família. Ela foi uma das coordenadoras do grupo correlato do gabinete de transição, conhece a situação deixada pelo atual governo de Jair Bolsonaro e já declarou que não está disposta a ser realocada em outro ministério.

Mas o PT não a quer no cargo — passar a Tebet a poderosa plataforma que o Bolsa Família pode ser para as próximas eleições. Lula, porém, tem uma dívida de gratidão pelo apoio que recebeu dela no segundo turno da eleição, considerado fundamental para a apertada vitória sobre Bolsonaro.

O MDB negocia mais duas pastas. Uma já está bem encaminhada, que é o Ministério do Planejamento, oferecido por Lula ao senador eleito e ex-governador de Alagoas Renan Filho. Ele representaria a bancada emedebista no Senado. Na Câmara, o padrinho da indicação é o governador reeleito do Pará, Hélder Barbalho, campeão nacional de votos em outubro e responsável pela eleição de nove deputados federais. Na mira, uma das pastas ligadas à infraestrutura.

Para o PSD e o União Brasil devem ser destinadas duas vagas para cada legenda, entre Agricultura, Minas e Energia, Transportes, Indústria e Comércio Exterior, Turismo, Desenvolvimento Regional e Pesca.

Situação difícil se encontra o PSB, do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin. Com um desempenho aquém do esperado nas eleições de outubro — reelegeu apenas dois governadores, além das bancadas na Câmara e no Senado terem sido desidratadas —, o partido ambicionava três cargos. Entre eles, a cobiçada cadeira de ministro das Cidades para abrigar o ex-governador Marcio França. Mas deve se contentar com Ciência e Tecnologia, além do Ministério da Justiça e Segurança Pública, com Flávio Dino.

Nesse organograma, sobra pouco espaço para a pluralidade de raça e de gênero prometida por Lula. Até agora, apenas dois cargos de relevo foram destinados às mulheres negras: os de ministra da Cultura, com Margareth Menezes, e o de secretária-geral do Itamaraty, com Maria Laura da Rocha. Tebet ajudaria a melhorar essa relação, assim como Nísia Trindade, presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), cotada para o Ministério da Saúde.

Na Educação, a atual governadora do Ceará, Izolda Cela, era tida como nome forte, mas acabou atropelada pela intransigência do PT em ceder a vaga. Ela, que era do PDT e é especialista em políticas públicas para educação, foi ultrapassada pelo senador eleito pelo estado, Camilo Santana (PT), a convite de Lula. Pelas indicações dos partidos até agora, a lista de pretendentes segue majoritariamente formada por homens brancos. Mas esse é outro problema que Lula terá que resolver.

Correio Braziliense 

 

Opinião dos leitores

  1. Lula é praticante da velha forma de fazer política, do toma lá da cá, sabe falar essa linguagem como ninguém. Vai afundar o Brasil pois não tem compromisso com o País somente com seus parceiros de empreitada.

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Judiciário

Decisão do STF traz insegurança sobre reintegração de posse de imóveis invadidos

Foto: CARLOS MOURA/SCO/STF

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que referendou nesta semana, por maioria, a decisão cautelar do ministro Luís Roberto Barroso para que tribunais criem comissões para mediar desocupações coletivas antes de qualquer decisão judicial pode trazer insegurança jurídica. Juristas analisam que essa medida pode adentrar a competência do Executivo e tornar mais difícil para o proprietário reaver um imóvel que foi invadido, o que compromete o direito constitucional à propriedade.

Os tribunais que tratam de casos de reintegração de posse deverão agora instalar comissões para mediar eventuais despejos. Segundo o ministro, trata-se de uma medida de transição que visa reduzir os impactos habitacionais e humanitários em casos de desocupação coletiva. De início, as comissões precisam elaborar estratégias para retomar decisões de reintegração de posse suspensas, de maneira gradual e escalonada.

Alegando que “é grave o quadro de insegurança habitacional” no Brasil, Barroso disse que, mesmo no cenário atual a manutenção integral da medida cautelar não se justifique, a retomada das reintegrações de posse deve se dar de forma responsável, cautelosa e com respeito aos direitos fundamentais em jogo. “Por isso, em atenção a todos os interesses em disputa, é preciso estabelecer um regime de transição para a progressiva retomada das reintegrações de posse”, afirmou.

O Presidente da Comissão de Direito Imobiliário e Condominial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RN), Marcílio Mesquita, analisa que essa decisão adentra na competência do Executivo. “A responsabilidade de políticas públicas é do Estado. Não cabe ao judiciário, que regula casos concretos. A decisão invade diretamente a iniciativa privada no direito de propriedade. Ao meu ver, só vai postergar o problema, podendo até evitar que ocorra a desocupação e que o proprietário tenha seu bem de volta”, sugere o jurista.

Isso pode ocorrer porque há crimes que podem prescrever e, por isso, traz insegurança jurídica aos casos de reintegração de posse, com risco de prejuízo para os proprietários. “Causa insegurança jurídica porque na hora que a pessoa tem uma decisão judicial em seu nome e vem uma decisão dessas, fica sem saber quando poderá usufruir do seu bem, seja no sentido de moradia ou mesmo de investimento”, disse ele.

A decisão do ministro Barroso prevê que as comissões de conflitos fundiários devem realizar inspeções judiciais e audiências de mediação antes de qualquer decisão para desocupação, mesmo em locais nos quais já haja decisões que determinem despejos. Ministério Público e Defensoria Pública devem participar.

Além de decisões judiciais, quaisquer medidas administrativas que resultem em remoções também devem ser avisadas previamente, e as comunidades afetadas devem ser ouvidas, com prazo razoável para a desocupação e com medidas para resguardo do direito à moradia, proibindo em qualquer situação a separação de integrantes de uma mesma família

O advogado Diógenes da Cunha Lima Neto, que atua na área do direito imobiliário, acredita que a decisão do STF é viável para o momento, mas defende que precisa haver um equilíbrio para que nenhuma das partes saia prejudicada.

“Eu acho que o problema deve ser tratado através de soluções. Não pode arvorar-se de dizer que a pessoa vai morar de graça pelo resto da vida num imóvel que não lhe pertence. Mas é preciso que se dê condições às pessoas de permanecerem ali no período considerado necessário sempre se buscando um limite. A pandemia acabou e por isso é importante a mediação para que se veja os dois lados”, disse ele.

O jurista relembra que há estatísticas que apontam para mais de 10% da população natalense – o dobro da média nacional – vivendo em assentamentos informais, nas chamadas ocupações, por falta de uma política pública da parte Executivo, o que obriga esses grupos a ocuparem terrenos ou prédios, geralmente públicos ao longo dos anos.

Os conflitos gerados passam pelo judiciário, que é quem determina como deve ser feita a desocupação desses imóveis.

“Cabe ao judiciário mediar esses conflitos, mas respeitando os direitos. É preciso entender que existe a posse de boa fé e a posse de má fé. É preciso analisar a utilização do imóvel, o tempo de ocupação e estudar uma solução de forma equilibrada”, ressalta Diógenes Neto.

Regime de transição

O ministro do STF, Luiz Roberto Barroso proferiu a decisão no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 828, na qual proíbe a reintegração de posse de natureza coletiva em imóveis que sirvam de moradia ou que representem área produtiva pelo trabalho individual ou familiar de populações vulneráveis, nos casos de ocupações anteriores a 20 de março de 2020, quando do início da vigência do estado de calamidade pública (Decreto Legislativo nº 6/2020), em virtude da pandemia da covid-19. A suspensão era inicialmente por seis meses.

O magistrado considerou que despejos em meio à crise da covid-19 poderiam prejudicar famílias vulneráveis e, no fim de 2021, prorrogou a proibição de despejos até 31 de março de 2022. Depois, em uma terceira decisão, deu prazo até 31 de junho e, por fim, estendeu a proibição até 31 de outubro de 2022.

Ao analisar um novo pedido de prorrogação feito por partidos políticos e movimentos sociais, Barroso decidiu, então, atender em parte. Ele não voltou a prorrogar a proibição de despejos, mas determinou um regime de transição a ser adotado após quase um ano e meio de proibição das desocupações.

Barroso autorizou ainda a retomada do regime legal para ações de despejo em caso de locações individuais sem necessidade de regras de transição. Para ele, essas locações estão reguladas em contrato e não têm a mesma complexidade do que ocupações coletivas. A decisão individual será levada a referendo no Plenário Virtual.

“Segundo levantamento do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, divulgado na mídia em 13 de outubro de 2022, pelo menos 38.605 novas pessoas começaram a morar nas ruas em todo o Brasil desde o início da pandemia da Covid-19”, alertou o ministro.

Casas sofrem invasões na Praia da Pipa

Apesar de não estarem incluídos na decisão do Supremo Tribunal Federal, casos de invasões de imóveis particulares não são difíceis de acontecer. Na praia da Pipa, município de Tibau do Sul, por exemplo, tem sido freqüente a invasão de residências à beira mar, que geralmente são mais utilizadas na alta estação, por pessoas que não têm moradia fixa.

As imagens foram publicadas pelo blog Gustavo Negreiros. Prefeitura de Tibau do Sul confirmou em nota que está ciente da situação e que já identificou que não se trata de pessoas que se instalam de forma duradoura nessas casas. “Foram identificadas como passantes e não como ambulantes. Portanto, não cabe ao âmbito de atuação do poder público municipal a defesa da propriedade privada.

Sobre os objetos de ambulantes mostrados nas imagens, os ambulantes responsáveis pelas infrações já foram notificados por diversas vezes. Fiscais da Secretaria de Meio Ambiente deverão agir conforme o rigor da lei, com multas e até a cassação da permissão concedida”, informou a prefeitura da cidade.

Segundo o advogado Marcílio Mesquita, presidente da Comissão de Direito Imobiliário da OAB/RN, nessas situações o proprietário pode promover a desocupação por conta própria ou pedir o ajuda policial. “Mas não aconselho que o faça porque pode desaguar para um problema maior com uso da violência. O adequado é buscar o judiciário através de um advogado para que adote medidas  necessárias para que o proprietário tome a posse do imóvel. O direito de cuidar da propriedade é do dono, o braço estatal nesse caso é o judiciário”, relembra.

Segundo o advogado, não caberia a intervenção estatal por não se verificar a questão social do imóvel como ocorre em casos de ocupações dos movimentos da população sem moradia em prédios que não estejam sendo utilizados naquele momento. Nessas situações, avalia-se a função social do imóvel e o Estado pode intervir mediando o conflito ou iniciando um processo de desapropriação. “O Estado pode promover a ocupação e indenizar o dono. Se for verificado a questão do beneficio social só resta ao proprietário discutir o valor para que aquela população fique ali assentada”, diz Marcílio Mesquita.

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. STF carcomido. Nada que vem desde grupo nos traz segurança e credibilidade. Alguns devem ter muito o que esconder, isso explica o desespero. Só pode ser chantagem.

  2. A partir de 2023 com a nova gestão federal, a tendência é acabar com a propriedade privada no Brasil, a exceção será para os brasileiros diferenciados, os que trabalham na justiça, esses vão poder manter a regalia de ter imóvel próprio!

  3. Os vagabundos do mst, vão estar com a faca e o queijo para invadir propriedades particulares.

  4. O STF está a 4 anos dando passos largos na direção do executivo, fazendo e desfazendo. A OAB segue observando de longe e sem fazer movimento em prol da defesa da separação dos poderes. Daqui pra frente veremos o parlamento sem autonomia enquanto o executivo vermelho e o STF seguirão fortalecendo o SISTEMA.

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Jornalismo

VÍDEO: Rede Jovem Pan se posiciona sobre decisão do TSE: ‘censura’

A rede Jovem Pan se posicionou após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinar que a emissora não aborde alguns fatos envolvendo a condenação do candidato petista Lula. No posicionamento, a rede afirmou estar sob censura.

A Justiça Eleitoral determinou a retirada do ar de peças publicitárias de campanha eleitoral, feita por adversários, com a temática “Lula mais votado em presídios” e “Lula defende o crime” de todas as plataformas da emissora.

A decisão da principal corte eleitoral do país também impede que o conteúdo seja abordado pelo profissionais da Jovem Pan, seja de modo informativo ou crítico.

Em resposta, jornalistas do grupo também se posicionaram contra a decisão do TSE. A comentarista Ana Paula Henkel chegou a recitar uma receita de pudim, em alusão ao subterfúgio utilizado pelos jornalistas no tempo da ditadura militar no Brasil.

Confira a nota da rede Jovem Pan na íntegra:

“A Jovem Pan, com 80 anos de história na vida e no jornalismo brasileiro, sempre se pautou em defesa das liberdades de expressão e de imprensa, promovendo o livre debate de ideias entre seus contratados e convidados em todos os programas da emissora no rádio, na TV e em suas plataformas da internet. Os princípios básicos do Estado Democrático de Direito sempre nos nortearam na nossa luta e na contribuição, como veículo de comunicação, para a construção e a manutenção da sagrada democracia brasileira, sobre a qual não tergiversamos, não abrimos mão e nos manteremos na pronta defesa — incluindo a obediência às decisões das cortes de Justiça. O que causa espanto, preocupação e é motivo de grande indignação é que justamente aqueles que deveriam ser um dos pilares mais sólidos da defesa da democracia estão hoje atuando para enfraquece-la e fazem isso por meio da relativização dos conceitos de liberdade de imprensa e de expressão, promovendo o cerceamento da livre circulação de conteúdos jornalísticos, ideias e opiniões, como enfatizou a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao arrepio do princípio democrático de liberdade de imprensa, da previsão expressa na Constituição de impossibilidade de censura e da livre atividade de imprensa, bem como da decisão do Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADPF 130, que, igualmente proíbe qualquer forma de censura e obstáculo para a atividade jornalística, determinou que alguns fatos não sejam tratados pela Jovem Pan e seus profissionais, seja de modo informativo ou crítico. Não há outra forma de encarar a questão: a Jovem Pan está, desde a segunda-feira, 17, sob censura instituída pelo Tribunal Superior Eleitoral. Não podemos, em nossa programação — no rádio, na TV e nas plataformas digitais —, falar sobre os fatos envolvendo a condenação do candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva. Não importa o contexto, a determinação do Tribunal é para que esses assuntos não sejam tratados na programação jornalística da emissora. Censura.

É preciso lembrar que a atuação do TSE afeta não só a Jovem Pan e seus profissionais, mas todos os veículos de imprensa, em qualquer meio, que estão intimidados. Justo agora, no momento em que a imprensa livre é mais necessária do que nunca. Enquanto as ameaças às liberdades de expressão e de imprensa estão se concretizando como forma de tolher as nossas liberdades como cidadãos deste país, reforçamos e enfatizamos nosso compromisso inalienável com o Brasil. Acreditamos no Judiciário e nos demais Poderes da República e nos termos da Constituição Federal de 1988, a constituição cidadã, defendemos os princípios democráticos da liberdade de expressão e de imprensa e fazemos o mais veemente repúdio à censura.”

Com informações de Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. Aos 81 anos de idade, ja vi e votei em muitas eleições, mas nunca uma como essa, suja, confusa, desigual. De dar nojo em qualquer estômago.

  2. Primeiro calam a imprensa, depois calam os homens, não satisfeitos fecham os veículos de comunicação, depois prendem os homens, engraçado é que esse povo da imprensa marrom critica a ditadura.

  3. “Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
    Como não sou judeu, não me incomodei.
    No dia seguinte, vieram e levaram
    meu outro vizinho que era comunista.
    Como não sou comunista, não me incomodei.
    No terceiro dia vieram
    e levaram meu vizinho católico.
    Como não sou católico, não me incomodei.
    No quarto dia, vieram e me levaram;
    já não havia mais ninguém para reclamar…

    Martin Niemöller

    Pensem bem em quem vocês irão votar…

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Política

No terceiro mandato, Lula passa 28 dias a menos viajando pelos estados do que em seu primeiro governo

Foto: Ricardo Stuckert

Criticado por ter viajado à Índia na semana passada em vez de visitar cidades do Rio Grande do Sul assoladas por enchentes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inverteu a lógica na escolha de destinos em relação aos seus mandatos anteriores e reduziu o tempo que passou rodando o país.

De janeiro até agora, o presidente ficou fora de Brasília por 57 dias para cumprir agendas dentro do território nacional — 28 a menos do que quando assumiu a Presidência da República pela primeira vez, em 2003. Enquanto isso, passou mais tempo no exterior, 67 dias, superando o início de seus dois primeiros mandatos.

O Nordeste aparece como a região favorita de Lula para as suas viagens nacionais. Até este mês, foram 16 passagens, incluindo períodos de descanso nos feriados de carnaval e Corpus Christi. Só para a Bahia o presidente foi sete vezes, inclusive em seus dias de folga.

O presidente também escolheu a Bahia para fazer lançamentos importantes do governo, como a retomada do Minha Casa Minha Vida, programa vitrine das gestões petistas; o Programa Escola em Tempo Integral; e a sanção da Lei Paulo Gustavo, uma das principais políticas para a área cultural. O estado é governado pelo petista Jerônimo Rodrigues, que sucedeu Rui Costa, atual ministro da Casa Civil.

Entre os estados, contudo, o principal destino foi São Paulo, que recebeu o presidente 11 vezes. Foi para lá que Lula fez sua primeira viagem após assumir seu terceiro mandato, para participar do enterro do Pelé e foi também onde escolheu passar o seu feriado de Páscoa. Essa viagem, no entanto, precisou ser interrompida em razão dos temporais no Maranhão.

Diferentemente da Bahia, São Paulo é comandado por um aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador Tarcísio de Freitas, que chegou a ser atacado após encontros com Lula.

Ausência incômoda

Antes de embarcar para mais um tour internacional, na sexta-feira, Lula chegou a pedir a auxiliares que incluíssem no roteiro uma passagem por Pernambuco, onde pretendia anunciar a retomada das obras da refinaria Abreu e Lima. A visita chegou a ser confirmada pelo Planalto, mas foi cancelada na véspera por falta de tempo. O presidente seguiu direto para Cuba, onde cumpriu compromissos ontem, antes de ir a Nova York para participar da abertura da Assembleia Geral da ONU, na terça-feira.

Apesar da agenda nacional mais enxuta, o tempo que o presidente passou fora do país é o que vem gerando mais ruídos internos. No começo da sua gestão, por exemplo, o governo teve uma série de derrotas no Congresso, e a ausência de Lula nas negociações foi um dos principais pontos citados por parlamentares para justificar as dificuldades. À época, o petista sofria críticas em razão do desequilíbrio entre volume de sua agenda internacional na comparação com a dedicação para a construção da base do governo.

Contabilizando a viagem para Nova York, o número de dias ausente é 55% maior do que o total registrado em 2003, quando ficou 43 dias fora do Brasil de janeiro até o fim de setembro.

As viagens de Lula também são interpretadas como uma estratégia para ganhar tempo e arrastar decisões. Um exemplo foi a última reforma ministerial, desenhada para acomodar o PP e o Republicanos. Lula finalizou o arranjo às vésperas de embarcar para a Índia, após dois meses de negociação. As mudanças chegaram a ser adiadas em meio a agendas de viagens.

Essas viagens têm feito Lula ganhar tempo de algum modo. O Lula é um sujeito forjado na negociação, e com o Arthur Lira e com o Centrão não é nada fácil. O Lula opera também nos silêncios. Ele ganha tempo com essas viagens — analisa o cientista político Carlos Melo, professor do Insper.

A agenda intensa de Lula deve ter uma pausa de aproximadamente seis semanas para que o presidente se recupere de uma cirurgia do quadril, prevista para acontecer entre a última semana deste mês e a primeira semana de outubro.

O presidente sofre com intensas dores na cabeça do fêmur, provocadas por uma artrose. Em julho, Lula reclamou publicamente de suas dores durante uma live e afirmou que que tem ficado “irritado, “nervoso” e de “mau humor”. No mês passado, quando esteve na África, conforme o GLOBO apurou, Lula voltou a reclamar de dores e em alguns momentos, apareceu mancando.

A falta de conforto do atual avião presidencial é uma das justificativas do Palácio do Planalto para estudar trocá-lo por um mais moderno. O objetivo é que a nova aeronave tenha autonomia suficiente para fazer voos diretos nas viagens internacionais, além de oferecer mais estrutura de trabalho. A Aeronáutica deve abrir, ainda neste ano, um edital para adquirir um modelo — provavelmente usado — já adaptado para o segmento VIP, com valor próximo de US$ 80 milhões.

O Globo, por Alice Cravo

Opinião dos leitores

  1. Presidente do Brasil, presidente do G20 e presidente do Brics, queriam que ele fosse fazer motociatas, Jetskiciatas, gadociatas, jovemklanciatas? Não, ele precisa cumprir as agendas que lhes foram dadas. Isso é responsabilidade. Existem 50 líderes mundiais querendo reunião com o Lula. Diferente do ladrão de joias que apenas os da papuda o esperam para fazerem uma avaliação de onde foi que erraram.

  2. O Lula recebe convites de Líderes mundiais para reuniões de cúpulas dos Países, enquanto o Bolsonaro era simplesmente ignorado pelo os chefes de Estados

  3. Esbanja quer lá saber de Brasil! Quer é fazer turismo mundial. Afinal, quem manda é ela. Não foi à toa as visitas ao presídio.

    1. Chora gadaiada e jumenta. Tá indo todo mundo pro buraco mesmo

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