Política

Delação de dono da Gol mostra acerto de Bolsonaro em não negociar cargos, dizem assessores

Em um momento em que o governo enfrenta novas dificuldades no Congresso e pressões dos partidos do Centrão, a delação do dono da Gol, revelando o uso político da Caixa Econômica Federal, mostra que o presidente Jair Bolsonaro está certo em não admitir negociar com aliados cargos em bancos públicos.

A avaliação é de assessores presidenciais, feita ao blog depois que foi revelado o acordo de Henrique Constantino, um dos donos da Gol, com o Ministério Público, no qual ele diz ter acertado pagamentos de R$ 7 milhões à cúpula do MDB em troca da liberação de empréstimos na Caixa e no FI-FGTS, fundo de investimentos em projetos de infraestrutura, para a companhia aérea.

Segundo esses assessores, a delação de Constantino reforça a posição do presidente Jair Bolsonaro de não querer entrar no toma lá dá cá para garantir a formação de uma base aliada dentro do Congresso Nacional. Durante a fase de transição e depois, no início do governo, partidos aliados chegaram a pressionar o Palácio do Planalto para que fosse aberta uma exceção e aceitasse nomeação de afilhados na Caixa.

Nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro cedeu às pressões de seus aliados e aceitou recriar dois ministérios, das Cidades e da Integração Nacional, na tentativa de convencer os partidos do Centrão a reduzirem pressões contra a reforma da Previdência e aprová-la o mais rápido possível.

Mesmo assim, porém, esses partidos acabaram derrotando o presidente na votação da medida provisória que reestrutura a Esplanada dos Ministérios, retirando, por exemplo, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) das mãos do ministro da Justiça, Sergio Moro.

Segundo interlocutores presidenciais, ele continua disposto a entregar o Ministério das Cidades a aliados, mas isso não significaria uma mudança de postura em relação à distribuição de cargos. Um assessor de Bolsonaro disse que seria um caso pontual, para garantir a aprovação do que é mais importante, a reforma da Previdência. Outros cargos, como postos em bancos públicos, continuariam fora das negociações.

Em sua delação, Henrique Constantino citou os nomes do ex-presidente Michel Temer, dos ex-presidentes da Câmara, Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, e do ex-ministro Geddel Vieira Lima. Eles teriam acertado receber uma propina de R$ 7 milhões em troca da liberação de empréstimos para a companhia aérea.

O acordo do dono da Gol com o Ministério Público, homologado pela Justiça Federal de Brasília, complica ainda mais a vida dos emedebistas. Os quatro estão ou foram alvos de prisão e respondem a mais de um processo. O ex-presidente Temer tentará obter nesta terça-feira (14) liminar no Superior Tribunal de Justiça para sair da prisão.

Blog Valdo Cruz – G1

 

Opinião dos leitores

  1. E a visita surpresa do Mito ao Bush? A dimensão disso vai entrar para a história. Um chefe de Estado faz uma viagem internacional e visita um ex-presidente americano sem qualquer agenda e sem avisar, só para tirara uma foto. Quem pagou essa viagem? O mito, que chamou os manifestantes de idiotas úteis, disse que entendeu o semblante de Bush.
    Sim, e o filho de Lula?

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Judiciário

Rodrigo Maia, sobre delação de dono da Gol: “Mais um inquérito a ser arquivado”

Rodrigo Maia, citado na delação de Henrique Constantino, negou ter recebido propina:

“Nunca me pagou nada, isso é mentira dele. Não tem como provar e vai ser mais um inquérito arquivado na justiça brasileira.”

E reforçou:

“Nunca tive relação com ele, nunca tive nenhum benefício deles.Como outras delações que já foram arquivadas, como da Odebrecht, essa vai ser arquivada também.”

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Esses MAIAS sempre aprontando. O daqui no Arena das Dunas já o outro em delação ao MPF. Sinceramente canoniza esses caras,são verdadeiros Santos. Nunca deixam rastros são profissionais,Fernandinho Beira Mar não joga nem na escolinha deles!!

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Judiciário

‘Reserva de poltrona’ e ‘localizador’ eram códigos para discutir propina, diz dono da Gol em delação

Mensagens trocadas entre dono da Gol Henrique Constantino e operador Lúcio Funaro para acertar propina Foto: Reprodução

Em sua delação premiada já homologada pela Justiça Federal , um dos donos da Gol , o empresário Henrique Constantino, revelou que usava expressões relacionadas a passagens aéreas para conversar sobre pagamentos de propina com o operador financeiro Lúcio Funaro . Constantino entregou cópias de mensagens trocadas via celular com Funaro, em material de sua delação obtido pelo GLOBO.

As expressões eram usadas para definir quais seriam as empresas de fachada de Funaro que receberiam os pagamentos de propina de Constantino, destinados ao grupo político do MDB.

“Outras vezes, eu mesmo fui questionado por Lúcio Funaro sobre os pagamentos, como pode ser comprovado pela troca de mensagens abaixo, na qual utilizamos termos como ‘passageiros’, ‘reservas’, ‘localizador’, ‘bilhetes’, ‘taxa de câmbio’ etc., como metáforas aos nomes das empresas que eram utilizadas à emissão de NF’s (notas fiscais) e aos pagamentos efetivos”, descreve Constantino em um dos anexos de sua delação.

Em mensagem de 1º de agosto de 2013, o empresário pede para Funaro:

“Você pode me mandar os dados da pessoa para a reserva da poltrona? Favor mandar para mim na Funchal. Abs.”

No dia seguinte, Funaro lhe envia os dados e manda uma mensagem para confirmar:

“Recebeu a lista com o nome dos passageiros que te mandei?”

Constantino dá uma resposta positiva:

“Recebi. Assim que concluir as reservas, te passo o localizador e a taxa de câmbio. Abs.”

O empresário também anexou à sua delação trocas de e-mails entre sua secretária e uma funcionária de Funaro, nas quais acertavam valores e pessoas jurídicas para transações bancárias. “Era comum Lúcio Funaro questionar sobre o andamento dos pagamentos indevidos. Algumas vezes por meio de nossas secretárias, por e-mail”, contou o empresário. Funaro também fez acordo de delação premiada com o MPF, há dois anos, e foi o primeiro a relatar os repasses de propina de Constantino.

A delação de Constantino foi assinada no dia 25 de fevereiro com a Força-Tarefa Greenfield e revelada ontem pelo GLOBO. O empresário relatou acertos de propina com políticos do MDB, fez acusações ao ex-presidente Michel Temer (MDB) e se comprometeu a pagar indenização de R$ 70 milhões aos cofres públicos.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. CLEPTOCRACIA : É UM TERMO DE ORIGEM GREGA QUE SIGNIFICA, LITERALMENTE, GOVERNO DE LADRÕES CUJO OBJETIVO É O DO ROUBO DE CAPITAL FINANCEIRO DE UM PAÍS E DO SEU BEM-COMUM.( É O QUE ACONTECEU COM O BRASIL NOS GOVERNOS DO PT) SIGNIFICADO COMPLETO DO QUE É CLEPTOCRACIA NO WIKIPEDIA.

    1. Uffffa, ainda bem que a corrupção acabou . Agora podemos relaxar (SQN) !!!

  2. CLEPTOCRACIA. CORRUPÇÃO SISTÊMICA. CORRUPÇÃO GENERALIZADA. NA ERA PT FOI ROUBO SAINDO PELO LADRÃO, PELO RALO DA CORRUPÇÃO. BILHÕES DE REAIS ROUBADOS DO POVO BRASILEIRO, MALAS DE DINHEIRO, CAIXAS DE DINHEIRO 56 MILHÕES DE REAIS DE GEDEL.

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Judiciário

Delação de um dos donos da Gol cita Henrique Alves

Um dos donos da companhia aérea Gol , o empresário Henrique Constantino assinou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal e pela primeira vez admitiu pagamentos de propina em troca da liberação de financiamentos da Caixa Econômica Federal para suas empresas. A delação foi homologada pelo juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal do DF, e traz acusações contra políticos do MDB, como o ex-presidente Michel Temer e o ex-ministro Geddel Vieira Lima.

O empresário relatou relacionamento com esses políticos do MDB e contou ter participado de uma reunião com o então vice-presidente da República Michel Temer, em 2012, na qual houve a solicitação de R$ 10 milhões em troca da atuação dos emedebistas em favor dos financiamentos pleiteados pelo seu grupo empresarial na Caixa.

Após o início desse relacionamento, em junho de 2012 Constantino participou de uma reunião com Temer, o então deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) e o então deputado Henrique Eduardo Alves (MDB-RN). Todos os três foram presos por conta das investigações da Lava-Jato, mas Henrique Alves acabou solto posteriormente.

Veja mais: Dono da Gol assina delação premiada e acusa Temer, Cunha e Geddel

“Sobre a reunião em junho de 2012 em Brasília com Eduardo Cunha e Henrique Alves, informou ainda que se reuniu com eles e o então vice-presidente Michel Temer; que foi solicitado pelo grupo o valor de global de R$ 10 milhões em troca de atuação ilícita de membros do grupo em diversos negócios, como foi o caso da operação da Via Rondon com o FI-FGTS”, disse em seu depoimento.

Em outra referência a Temer, Constantino afirma que o ex-presidente foi citado por Funaro como integrante do grupo de influência que poderia atuar em favor do empresário, em troca de propina. “Funaro expôs o poder de influência que tinha junto com seu grupo no âmbito do governo federal e instituições diversas, como o Postalis”, afirmou. O operador financeiro, então, “mencionou o então deputado federal Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, líderes que, segundo Funaro, poderiam auxiliar o depoente em outros negócios de seu interesse, em troca de vantagens indevidas; que, da mesma forma mencionou Michel Temer como membro desse grupo”, disse no depoimento.

Com informações de O Globo

Opinião dos leitores

  1. Isso é uma delação seletiva, é perseguição política contra Henrique e Lula, dois inocentes. Kkkkkkk

  2. Onde estão as provas??? Delações são apenas ilações que visam prejudicar politicamente os citados!!! #henriquelivre, #temerlivre, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk…Eleição sem eles é golpe!!!! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

    1. Ivan,
      Malas de dinheiro com 500 mil correndo pelas ruas de S. Paulo, bunker com 52 milhões de reais na Bahia, grampos telefônicos com o presidente dizendo a Joesley "tem que manter isso aí, viu?" , Trustes na Suíça da qual Cunha era beneficiário, Jatinhos com dinheiro vindo de Brasília ou Rio de Janeiro correndo com este pela Via Costeira, em Natal. Issso não são provas materiais incontestes??

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Judiciário

MPF faz nova denúncia contra Wesley Batista por uso de informação privilegiada de delação para operações de câmbio

O empresário Wesley Batista presta depoimentos às CPI da JBS e do BNDES, em 2017 — Foto: Marcelo Camargo, Agência Brasil

O Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) denunciou pela segunda vez o empresário Wesley Batista pelo crime de insider trading, que é o uso de informações privilegiadas para lucrar no mercado financeiro. A denúncia foi protocolada na Justiça Federal na manhã desta terça-feira (7).

Segundo o MPF, como gestor da Seara Alimentos e Eldorado Celulose, Wesley comandou operações de câmbio das empresas em maio de 2017, quando ainda estava sob sigilo o acordo de delação premiada que ele e o irmão Joesley Batista firmaram com a Procuradoria Geral da República (PGR) e executivos do grupo J&F.

Após a divulgação do teor das colaborações, o dólar teve alta expressiva, o que rendeu ao empresário quase R$ 70 milhões a partir dos contratos de dólar negociados dias antes, afirma o Ministério Público.

A defesa de Wesley foi procurada, mas não retornou até a última atualização deste texto.

Ainda segundo o MPF, relatórios periciais da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da PGR demonstraram transações atípicas realizadas pelo grupo.

No caso da Eldorado, os procuradores estimam que a empresa adquiriu contratos de dólar a termo (que já tem um valor futuro pré-determinado e não sofre variações) nos dias 9 e 16 de maio de 2017. O valor total dos contratos foi de US$ 280 milhões, equivalente ao triplo de todo o lucro obtido pela empresa no ano anterior, de acordo com a investigação.

Já a Seara efetuou a compra de US$ 25 milhões de dólar futuro (um contrato para compra da moeda estrangeira que considera ajustes diários do mercado de câmbio) entre os dias 10 e 16 do mesmo mês. A estimativa é que a quantia seja 50 vezes superior à média das operações que a empresa estava realizando no mercado cambial desde o segundo semestre de 2016.

Relembre

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Não adianta de nada pois esses irmãos parecem serem imunes a cadeia. Fizeram o que quiseram nos governos do PT, se beneficiaram de bilhões do dinheiro público e hoje estão aí curtindo a liberdade, usufruindo dos desvios e assistindo a JBS valer muito mais. Até o chefe da quadrilha está preso e os cúmplices zombando do Ministério Publico e do Poder Judiciario.

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Judiciário

PT usou PCC para lavar dinheiro com empresas no CE, afirma Palocci em delação; prática teria usada pelo país

O esquema envolveu o uso de propina na compra de imóveis, como um luxuoso apartamento, Ceará estaria na lista do esquema.

O ex-ministro Antonio Palocci, em delação premiada afirmou que o partido dos trabalhadores (PT) teria usado por diversas vezes a facção criminosa PCC “Primeiro Comando da Capital” para lavar dinheiro no Brasil, incluindo o Estado do Ceará.

Segundo foi apurado em uma das partes mais polêmicas da colaboração premiada do ex-ministro dos governos Lula, Antonio Palocci, trata de seu envolvimento direto com integrantes de uma rede de lavagem de dinheiro usada pelo crime organizado orquestrado com apoio da facção PCC.

Pelo Ceará, o PCC foi parceiro de políticos poderosos, bancando-os e financiando-os em campanhas milionárias. O secretário Nacional de Segurança, general Guilherme Theophilo, garante que fará uma investigação sobre essa aliança ainda esse ano.

Segundo depoimento de Palocci, o esquema envolveu o uso de propina na compra de vários imóveis, como um luxuoso apartamento em Moema, registrado em nome de uma empresa de Gesmo Siqueira Santos. Seu irmão Gildasio Siqueira Santos, já falecido, foi denunciado pelo MP por integrar esquema de lavagem de dinheiro do PCC por meio de postos de combustíveis. Gildásio foi sócio (e inquilino) de Leonardo Meirelles, também sócio do doleiro Alberto Youssef.

Para quem não se lembra, Meirelles foi preso na primeira fase da Lava Jato por causa do esquema do Labogen, que também levou à prisão o ex-deputado petista André Vargas. Essa parte explosiva da delação de Palocci está em Brasília.

Revista Ceará
https://www.revistaceara.com.br/pt-usou-pcc-para-lavar-dinheiro-com-imoveis-e-postos-no-ceara-afirma-palocci-em-delacao/

Opinião dos leitores

  1. Essa chamada deveria ter aparecido como a mais importante aqui!! Poderia ter vindo ate como Extra BG !! Apesar de que nao é novidade , mas é importante q todos saibam!!

  2. Onde há PT… E quem dizendo isso são as instituições nacionais. Tem gente ruim em todo lugar, é claro. Mas no PT a concentração do que não presta é assombrosa. Desde o chamado Mensalão que a PF, o MP e a Justiça estão nos mostrando isso. Onde está o "grande líder", o "dono" dessa turma? Pois é.

  3. Partido literalmente de bandidos. Ainda tem inocente que só olha para o próprio bolso e defende essa raça.

  4. Por isso a expansão de 10.000 % das facções criminosas no país, antes do petralhismo não tinha facções, só se institucionalizaram no governo luladrão/dilmanta

  5. Olhem só o perigo que esse povo passou, se envolvendo com esse tipo de gente…Coitado do pessoal do PCC!

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Diversos

Delação da OAS fala em R$ 16 milhões em caixa dois para Rosalba

Reportagem de O Globo nesta quarta-feira(27) revela que a OAS pagou R$ 125 milhões em propinas e caixa dois em troca de apoio para obras entre 2010 e 2014 para 21 políticos, dentre eles, a prefeita de Mossoró Rosalba Ciarlini (PP).

De acordo com a reportagem, a então governadora teria recebido R$ 16 milhões em caixa dois da empreiteira, e este pagamento estaria relacionado a obras da Arena das Dunas.

Segundo O Globo, a delação foi feita por oito ex-funcionários que atuavam na “Controladoria de Projetos Estruturados”, o que seria o departamento clandestino da empreiteira.

A delação homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado era mantida até agora em sigilo.

À reportagem de O Globo, Rosalba disse desconhecer nesse sentido com a OAS.

Opinião dos leitores

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Denúncia

Delação da OAS cita pagamentos a Cabral, Aécio, Serra e mais 18

Os ex-governadores José Serra (PSDB-SP), Aécio Neves (PSDB-MG) e Fernando Pimentel (PT-MG) Foto: Ailton de Freitas / Jorge William / Agência O Globo

A construtora OAS distribuiu entre 2010 e 2014 cerca de R$ 125 milhões em propinas e repasses de caixa dois a pelo menos 21 políticos de oito partidos . A revelação é parte da delação premiada feita por oito ex-funcionários que atuavam na “Controladoria de Projetos Estruturados”, o departamento clandestino da empreiteira, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado e que era mantida até agora em sigilo.

O GLOBO teve acesso a um relatório de 73 páginas da Procuradoria-Geral da República (PGR) em que a procuradora-geral, Raquel Dodge, resume as revelações dos ex-executivos, contidas em 217 depoimentos, e pede providências ao ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo. Os funcionários do setor revelaram os nomes dos políticos, as campanhas financiadas irregularmente, as obras superfaturadas para alimentar o caixa clandestino da empreiteira e o método de funcionamento do esquema.

A lista de beneficiários elencada pelos delatores é multipartidária e reuniria alguns dos mais proeminentes políticos do país no período. Entre os acusados de receber propina estão o senador Jaques Wagner (PT) e o ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União, além do ex-governador Fernando Pimentel (PT-MG), do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) e do ex-ministro Edison Lobão (MDB-MA). Vários outros teriam recebido caixa dois, entre eles o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o senador José Serra (PSDB-SP), o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), o ex-prefeito Eduardo Paes e o ex-governador Sérgio Cabral. Procurados, eles refutaram as acusações ou negaram-se a comentá-las.

Há ainda uma longa lista de burocratas de estatais, integrantes de fundos de pensão, empresários e doleiros que também são citados como beneficiários de dinheiro do setor. É a primeira vez que integrantes da OAS explicam como funcionava o sistema de propinas da empreiteira. O esquema ilegal da construtora envolvia ainda o superfaturamento de obras emblemáticas, como estádios da Copa de 2014, a transposição do Rio São Francisco, o Porto Maravilha, no Rio, e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, além de empreendimentos no exterior.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Já sei que não vai dar em nada porquê o atual presidente da Câmara de Deputados está no meio.

  2. VIXE, VAO PRENDER ESSES NAO É ????? E SE PRENDER VIRARAO COMPANHEIROS DE CELA DE LULA ??? OU FARAO UM PRESIDIO CINCO ESTRELAS??? E AGORA…………?!?!?!?

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Polícia

DELAÇÃO DE PALOCCI PARA A PF: propinas, Belo Monte, África e relação do PT com o instituto de pesquisas Vox Populi, destaca site

O Antagonista obteve em primeira mão o acordo de colaboração premiada que Antonio Palocci firmou com a Polícia Federal em Curitiba.

O ex-ministro de Lula entregou detalhes do esquema de propinas na Sete Brasil, nas obras de Belo Monte, na compra de blocos de exploração na África e na relação entre o grupo Schahin, o PT e o instituto de pesquisas Vox Populi.

Palocci também colaborou nos autos do inquérito aberto para apurar o vazamento da operação contra Lula.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Acredito no Pallocci, ele conhece muito bem, toda a trajetória do PT, não teria necessidade de mentir. O Italiano é respeitado por todos que compõem a máfia partidária .

  2. A casa do PT vai desmoronando com passar dos dias, vão querer eleger o "poste" para da o indulto ao 4 dedos, para ser ministro e ter foro privilegiado. Mas a sociedade está mais consciente do seu papel como cidadão e eleitor, #PTNão é a solução! Avante Brasil pois seus filhos necessitam de Ordem e Progresso.

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Polícia

Delação de Palocci preocupa PT

Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters

A delação de Antonio Palocci preocupa o PT. Líderes do partido buscam informações sobre o conteúdo dos depoimentos do ex-ministro à Polícia Federal.

DIRETO 

Embora sigilosos, trechos das falas têm vazado a conta-gotas para a imprensa. Palocci teria afirmado que Lula se envolveu diretamente em esquemas de propina.

ÀS CEGAS 

O partido até agora, no entanto, não tem informações precisas sobre o conteúdo das falas.

E PERGUNTO 

Lula já foi consultado, na prisão, sobre a possibilidade de uma delação de Palocci ter consistência suficiente para conturbar a campanha do partido na reta final das eleições, caso ela seja divulgada.

TE RESPONDO 

O ex-presidente disse para o interlocutor que ficasse tranquilo pois ele havia reexaminado seu relacionamento com o ex-ministro —que não teria como comprometê-lo de forma comprovada em nenhum delito.

EM MARTE 

A delação de Palocci já tinha sido descartada pelo Ministério Público Federal. O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima chegou a afirmar que ela estava “mais para o acordo do fim da picada”. O ex-ministro acabou acertando colaboração com a PF.

Mônica Bergamo – Folha de São Paulo

 

Opinião dos leitores

  1. Os Petistas estão morrendo de medo de descobrir os podres de sua administração .. A verdade pode atrapalhar o plano de eleger o Haddad, outro mal sucedido em São Paulo, caso toda a trama seja posta ao público antes das eleições…. Conta tuuuudo Palocciiiiii…

  2. De novo? Matérias desse tipo são positivas, pois mostram o desespero da velha mídia com o crescimento a jato do Haddad. Requentar pela milionésima vez o mesmo assunto? O titular da ação penal, o MPF, não quis acordo com Palocci, já que os procuradores entenderam que ele não tinha provas mínimas pra sustentar o que afirmava. Ai a PF se prestou ao papel de fazer essa delação mandrake. Alguém acredita mesmo que se o Palocci tivesse provas contra Lula e PT ele estaria ainda preso…. "só burro não toma castanhodo", dizia Nezinho do Jeque.

    1. Ele não está preso e sim refugiado em lugar seguro e com muita proteção pois iria acontecer algum
      “ACIDENTE “ com ele
      Seria capaz de cair um disco voador na cabeça dele
      O carro dele iria caPoTar entendeu

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Esporte

Emerson Sheik é citado por delator que revelou esquema de venda de dólares

Foto: SC Timão

O jogador de futebol Emerson Sheik, que atualmente defende o Corinthians, aparece citado em uma das delações feitas pelo doleiro Claudio Barboza, o Tony, como revelado nas investigações da Operação “Câmbio, desligo”. De acordo com o delator, o atacante fez uma transação com um operador brasileiro e o próprio Tony, quando teria vendido cerca de 500 mil dólares para receber um montante em reais no Brasil.

A transação, segundo a delação, foi feita através de uma conta sediada na Ásia e o objetivo seria o de comprar um apartamento no Brasil para a volta do atleta ao país.

Sheik não é alvo da operação, mas é citado nas delações tanto de Tony quanto de seu sócio, Vinicius Claret, o Juca Bala, onde aparece associado a figura desse terceiro operador. Este outro doleiro era um dos colaboradores dos dois operadores e era principalmente responsável pela geração de reais em espécie para o abastecimento do mercado interno criado pelos esquemas de lavagem.

Procurada, a assessoria do jogador ainda não se manifestou sobre o caso.

O Globo

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Política

Defesa de Jerônimo Melo nega acordo de delação premiada

A defesa do ex-secretário de Serviços Urbanos de Natal Jerônimo Melo negou ao BlogdoBG que ele tenha celebrado delação premiada com o Ministério Público.

Nos últimos dias, com base em apuração com várias fontes que acompanham o caso, o blog publicou com exclusividade a informação, revelando ainda parte do teor relatado ao Ministério Público do Estado.

De acordo com a advogada Juliana Cavalcante, o que há é “especulação”.

“No momento não há delação. Só especulação. Seria uma ótima alternativa para ele, considerando que todo mundo já fez”, disse ela.

Melo foi denunciado em duas ações penais, segundo sua defesa.

Opinião dos leitores

  1. Quando negam é porque estão fechando os últimos detalhes. Se confessarem as tratativas pode azedar.

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Política

BOMBA: Campanha de Carlos Eduardo teria sido abastecida com dinheiro desviado de contratos da iluminação

O BlogdoBG através de várias fontes que estão acompanhando o processo da Operação Cidade Luz, que apura desvios de dinheiro no contrato de iluminação pública de Natal confirmou que o ex-secretário da SEMSUR, Jerônimo Melo fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público.

Já haviam fechado delação Allan Emanuel, Felipe Gonçalves de Castro, Sérgio Pignataro e Kelly Patrícia e agora foi finalizada a de Jerônimo.

No processo, segundo informaram as fontes, constam áudios de secretário atual da gestão de Carlos Eduardo pedindo dinheiro para a campanha à reeleição do atual prefeito e do vereador Kleber Fernandes.

O BlogdoBG também confirmou que o MP já está em posse de vários elementos que mostram que a campanha de Carlos Eduardo foi abastecida com dinheiro vindo das empresas que detinham os contratos com a Semsur.

Na delação de Jerônimo Melo, ele teria confirmado as informações mostrando o caminho que o dinheiro tomou. Antes dele, Fred Queiroz, na Operação Manus, também falou sobre a Semsur e repasses na casa de milhão para champanhas municipais.

Também foi confirmada a informação de que havia pagamento de mesada das empresas investigadas para políticos, em torno do percentual de 15% ao mês entre 2013 a 2016.

Opinião dos leitores

  1. Como sempre, estamos falando de corrupção e desvios de recursos públicos. Temos que acreditar que um dia tudo isso será parte da história e que teremos a Justiça feita. Mas, temos que fazer nossa parte nessa próxima eleição e expulsar essas oligarquias que chupam nosso sangue à décadas. Fora Alves, fora Maias, fora Rogério Marinho e seus herdeiros!!!!!

  2. Qual é a campanha que não é mantida e turbinada por dinheiro?
    De doação se forem amigos da Corte, e de Propina se forem da esquerda oriunda dos movimentos populares e trabalhistas.

  3. Imagino esses recursos desviados investidos no hospital de Natal ou em construções e manutenções de novas creches. Como seria um orgulho para nós moradores desta linda cidade!

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Política

Operação Candeeiro: Gutson muda versão de delação e PGR estuda rescindir acordo

por Dinarte Assunção

A Procuradoria Geral da República estuda rescindir o acordo de colaboração premiada com Gutson Reinaldo, que firmou o acordo de contribuição com o Ministério Público do Rio Grande do Norte e o MPF no RN.

A consideração sobre a rescisão começou a ser ventilada depois que o delator mudou diametralmente os fatos que entregou inicialmente aos membros do Ministério Público.

O Blog do BG confirmou, pelo menos, uma versão que foi modificada.

Na primeira versão que entregou à promotoria, Gutson afirmou que um acerto foi feito entre o desembargador Cláudio Santos e o deputado estadual Ricardo Motta sobre troca de cargos entre o Tribunal de Justiça, o Tribunal de Contas e Assembleia Legislativa.

Quando os fatos vieram a público, novas diligências sobre o assunto foram feitas, o que levou a Procuradoria Geral da República a convocar Gutson para depor.

No novo depoimento, ele esclareceu à PGR que os fatos sobre o desembargador o deputado não tinham fundamento.

Posteriormente, a mãe de Gutson, Rita das Mercês, no âmbito da Operação Dama de Espadas, por ocasião de sua delação, também afirmou desconhecer os fatos narrados por Gutson na primeiro depoimento.

A PGR passou então a questionar a validade do que o delator entregou à promotoria.

A delação de Gutson está no Supremo Tribunal Federal por envolver agentes com prerrogativa de foro naquela corte.

Opinião dos leitores

  1. O tempo é o senhor da razão. Aos poucos as ilações do condenado Gutson vão caindo por terra. Primeiro levantam afirmações sem nenhum arcabouço probatório. Aí agora muda de versão como quem muda de roupa.

    Pena que não existe tempo nem dinheiro que recupere a imagem manchada injustamente.

    Qual a credibilidade do delator? A mando de quem Gutson constrói seus argumentos?
    Lembrando que ele é assistindo por Fábio Holanda, advogado já conhecido pelo seu histórico nada “saudável”, digamos.

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Política

Fred Queiroz reforça confissão de crimes em defesa à acusação

por Dinarte Assunção

Na defesa que apresentou contra a denúncia do Ministério Público Federal na Operação Manus, o empresário Fred Queiroz reforça a confissão de crimes já no início de sua peça.

“Cumpre esclarecer que a contratação da PRATIKA LOCAÇÕES DE EQUIPAMENTOS LTDA, mediante o pagamento de R$ 9.031.500,00 (nove milhões, trinta e um mil e quinhentos reais), transferidos da conta da campanha de Henrique Eduardo Lyra Alves, a pretexto da prestação de serviços voltados às atividades de militância e mobilização de rua, visava, na verdade, prioritariamente, a compra de apoio político de prefeitos, ex prefeitos, deputados e lideranças políticas com atuação no Rio Grande do Norte”, diz o documento.

A estratégia de Queiroz não poderia ser outra, já que ele é delator, o que implica abrir mão do direito que prevê não ser obrigado a produzir provas contra si.

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Geral

EXCLUSIVO – Acordo de delação de Fred Queiroz prevê condenação de até de 10 e 2 de cumprimento em regime aberto

por Dinarte Assunção

Pelo acordo que o MPF propôs, o delator da Operação Manus será condenado, no máximo, a 10 anos de prisão, mas a execução da pena serpa de dois anos, em regime aberto, com a prestação de serviços comunitários.

Ele ainda fica obrigado a pagar multa no valor de R$ 270 mil, em prestações de R$ 3 mil.

A esposa de Fred, Érika Nesi, e o filho, Mateus Nesi, não deverão enfrentar condenações, mas multa de R$ 293 mil.

O Ministério Público do Rio Grande do Norte, parte do acordo, se comprometeu a não pedir nenhuma medida cautela contra os três.

Os quatro anexos da delação de Fred Queiroz que já foram noticiados pela imprensa não são os únicos de sua colaboração.

Advogados confirmaram ao blog que há outros termos em sigilo. O blog apurou que, no total, a contribuição de Fred se espalha em 16 anexos.

::: VEJA AQUI O TERMO DO ACORDO E A ÍNTEGRA DOS ANEXOS DA DELAÇÃO QUE ESTÃO NOS AUTOS DA OPERAÇÃO MANUS:::

 

Opinião dos leitores

  1. Francamente, espera-se que o cidadão em questão tenha delatado questões mais graves e mais difíceis de serem descobertas…Quem é que não sabe dessa compra descarada de lideranças do interior? Não só por candidatos ao governo, mas de todos os outros cargos. Aliás, o que faz o MP mesmo nessas horas?

  2. Interessante como esses acordos de delação auteram a legislação a seu bel prazer. Uma pena de dez anos o regime inicial e k fechado e nunca o semi aberto quanto mais o aberto. Isso está no código penal que pelo que vejo não existe mais para o MPF. E o pior é o judiciário aceitar e homologar a nova legislação penal fixada no acordo de delação. E os pobres mortais que nak azem parte destes processos de colarinho não branco, o MPF também vai aplicar essa alteração legislativa para eles?

  3. É urgente a necessidade de determinar regras parabesses acordos…

    Da forma q está e em nome de prender um último, todos ficarão soltos.

    Eu prefiro 250 presos e Temer solto…

  4. Palhaçada!!!!! Cada vez mais é notório que vale a pena roubar neste país!!! Porquê uma pessoa mais simples que, em uma situação extrema, teve que roubar para alimentar a família, qdo é presa tem que cumprir pena na cadeia, aí um engomadinho desse, que roubou e ajudou a roubar dinheiro público, prejudicando a população em infraestrutura, saúde, segurança, etc, terá apenas que fazer serviços comunitários??

    Esse MPF só pode tá de brincadeira. Instituição falida!

  5. 270.000 parecelados em 3.000? Kkkkkk Nem o melhor refis que já fizeram é tão bom assim. O texto é confuso: será condenado a 10 anos e ficará 2 no aberto, é isso? E os outros 8? Não passar nem um dia na cadeia? No Brasil o crime compensa. Vai pagar com o próprio dinheiro roubado.

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