Política

Presidente sanciona lei que proíbe eutanásia de cães e gatos de rua

Foto: © Fábio Pozzebom / Agência Brasil 

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quarta-feira (20) a lei que estabelece a proibição da eutanásia de cães e gatos pelos órgãos de controle de zoonoses, canis públicos e outros estabelecimentos similares. Normalmente, animais recolhidos das ruas são encaminhados para essas unidades.

O texto havia sido aprovado no final de setembro pelo Congresso Nacional e é de autoria dos deputados federais Ricardo Izar (PP-SP) e Celio Studart (PV-CE).

Pela nova lei, somente os animais com doenças graves ou enfermidades infectocontagiosas incuráveis, que coloquem em risco a saúde humana e de outros animais, poderão sofrer eutanásia. Neste caso, o procedimento deve estar devidamente justificado por laudo veterinário prévio.

“A ideia central do projeto é a proteção animal e o incentivo à adoção, retirando de cena o abatimento desmotivado e desarrazoado de animais sem doença infectocontagiosa incurável”, informou a Secretaria-Geral da Presidência da República, em comunicado.

Agência Brasil

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Diversos

POLÊMICA: Senado belga autoriza eutanásia em crianças terminalmente doentes

 O Senado da Bélgica autorizou na quinta-feira (12) a eutanásia para crianças e adolescentes terminalmente doentes. O Senado belga aprovou por maioria grande a extensão aos menores de idade de uma lei de 2002 que legaliza a prática entre adultos.

Antes de ser promulgada, a mudança terá que ser aprovada pela Câmara dos Deputados. A expectativa é que a questão seja discutida na Câmara antes das eleições de maio. Parece provável que a medida seja aprovada. Se isso acontecer, a Bélgica será o o primeiro país a permitir a eutanásia para crianças e adolescentes.

Pela lei modificada, a eutanásia passará a ser legal para menores de idade que enfrentam “sofrimento físico constante e insuportável” e que possuem “a capacidade de discernimento”. Durante o debate público às vezes acalorado que precedeu a votação, líderes religiosos condenaram a iniciativa, considerando que isso significa entrar “em uma lógica que conduz à destruição das bases da sociedade”.

O senador do Partido Socialista Philippe Mahoux, que patrocinou a lei, disse que dar às crianças terminalmente doentes o direito de “morrer com dignidade” é o “gesto último de humanidade”. Ele rejeitou as críticas dos líderes religiosos, dizendo que não representam o ponto de vista de muitos fiéis comuns, que, segundo ele, apoiam a mudança na lei.

Para Mahoux, a legislação não procura definir a morte –“isso é da alçada dos teólogos e filósofos”–, mas permitir que crianças e adolescentes, com a concordância de seus pais e no caso de estarem terminalmente doentes e sofrendo dor física intolerável, escolham o modo como irão morrer.

Embora a aceitação da eutanásia e do suicídio assistido seja muito maior na Europa, de modo geral, que nos Estados Unidos, até agora apenas um punhado de países legalizou formalmente intervenções médicas para provocar a morte. O Luxemburgo permite a eutanásia de adultos, e a Suíça permite que médicos ajudem pacientes a morrer, mas não que os matem ativamente. A Holanda permite a eutanásia de pacientes de a partir de 12 anos de idade gravemente doentes, em casos especiais.

Mas a Bélgica, onde os casos de eutanásia de adultos chegam a cerca de mil por ano, é o primeiro país a propor a eliminação de todas as restrições de idade.

Cinquenta dos 71 membros do Senado belga votaram a favor da medida, na quinta-feira. Dezessete, principalmente do partido conservador e tradicionalmente católico Democrata Cristão, votaram contra. Quatro senadores não votaram.

A ideia da eutanásia de crianças é tabu na maioria dos países, não apenas por razões religiosas, mas também devido aos horrores da Alemanha nazista, em que milhares de crianças com deficiências mentais ou físicas foram mortas dentro de um programa conhecido como Eutanásia Infantil.

A lei emendada estendendo o “direito de morrer” às crianças exige que a eutanásia seja realizada apenas a pedido de um paciente e que o pedido seja “voluntário, refletido e repetido e que não seja fruto de pressões externas”.

Diferentemente dos adultos, as crianças não serão autorizadas a optar por morrer por motivo de sofrimento psicológico, mas apenas quando não houver esperança de recuperação de uma doença que implique em dor física extrema. Os pais deverão dar sua autorização por escrito.

Mas grupos religiosos vêem os esforços da Bélgica para estender às crianças sua lei de 2002, já controversa, como perigosa erosão das barreiras morais que protegem a santidade da vida.

Folha

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Diversos

Gêmeos surdos belgas recorrem à eutanásia após ficarem cegos

Gêmeos nasceram surdos e estavam perdendo a visão progressivamenteFoto: Reprodução / Mail Online
 

 Dois gêmeos belgas, que nasceram surdos e depois perderam a visão, foram submetidos à eutanásia. Os médicos deram aos irmãos de 45 anos uma injeção letal após eles terem tomado café juntos e se despedido, contou nesta segunda-feira um porta-voz do hospital onde o procedimento foi executado. A Bélgica é um dos poucos países onde a eutanásia é permitida.

– Não é simplesmente por que eles eram cegos e surdos que eles tiveram o direito da eutanásia. É por que eles não aguentavam mais não poder ver e ouvir um ao outro – disse.

Os gêmeos estavam perdendo progressivamente a visão e pediram a médicos de Bruxelas que os ajudassem a morrer, apesar de não sofrerem de doença em fase terminal.

– Os irmãos eram inseparáveis. Eles viviam juntos e tinham o mesmo trabalho – afirmou o porta-voz. Ele disse que os gêmeos morreram no dia 14 de dezembro e que a família respeitou a vontade dos dois.

Para se submeter à eutanásia, o paciente deve ser adulto, capaz de fazer julgamento e o desejo de morrer deve ser voluntário. O paciente deve ainda sofrer de persistente dor física e mental. Além disso, a situação deve ser séria e não ter cura, tendo sido provocadas por doença ou lesão.

A Bélgica legalizou a eutanásia em 2002 e o número de casos tem aumentado todos os anos. Em 2011, foram 1.133, sendo que 86% das pessoas tinham ao menos 60 anos e 72% sofriam de câncer. A Holanda e Luxemburgo também legalizou o procedimento.

O Globo.

 

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Jornalismo

Atendendo à suplica, adolescente simula assalto e mata irmão tetraplégico

Um rapaz tetraplégico de 28 anos foi morto com dois tiros pelo irmão, de 22, que simulou um assalto à própria casa, em Rio Claro (a 173 quilômetros de Ssão Paulo), no sábado. O jovem confessou o crime, segundo a polícia. O crime foi planejado pelos dois a pedido da vítima, que culpava o irmão pelo acidente que o deixou tetraplégico, em 2009.

O caso foi registrado inicialmente como latrocínio (roubo seguido de morte), mas levantou suspeitas da polícia porque o suposto assaltante atirou em Geraldo Rodrigues de Oliveira, que não tinha movimentos do pescoço para baixo e não teria como reagir. O suposto ladrão ainda teria roubado R$ 800 da vítima.

Além disso, de acordo com a polícia, causou estranheza o fato de o sobrinho de Oliveira, que tem 15 anos e também estava no imóvel na hora do crime, não ter sofrido nenhuma agressão no suposto assalto.

Em depoimento à polícia, o adolescente contou que a ação foi planejada porque Geraldo afirmava que não queria mais viver. Familiares de Geraldo confirmaram à polícia que ele havia pedido a várias pessoas que o matassem. O irmão da vítima, Roberto Rodrigues de Oliveira, aceitou fazer os disparos, segundo a polícia, mas simulou o assalto para não ser responsabilizado pelo crime.

Em 22 de março de 2009, durante um racha disputado pelos irmãos, Geraldo bateu o carro e ficou tetraplégico. “Depois do acidente, ele se separou da mulher e do filho, de 8 anos, que nasceu paraplégico”, disse o investigador Álvaro Ferreira.

Segundo o investigador de polícia, Geraldo culpava Roberto, que cuidava dele na casa em que moravam com o sobrinho, pelo acidente de carro e por sua atual situação. Depois de conversar sobre o assunto com o irmão, Roberto comprou uma arma para executar o plano. Na sexta-feira passada, segundo a polícia, o rapaz voltou para casa de madrugada, chutou a porta da cozinha, anunciou o assalto e fez os disparos.

De acordo com a polícia, a mãe dos dois, que também mora na cidade, nunca soube do plano. Roberto foi encaminhado para a cadeia da cidade, onde aguardará decisão da Justiça. Ele não tem advogado, segundo o investigador.

Fonte: Jornal do Commercio

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