Saúde

Nova fase do Mais Médicos tem 92% das vagas preenchidas por brasileiros

mais_ma©dicos_1_Depois dos médicos cubanos, que predominaram na primeira etapa, a nova fase do Mais Médicos tem agora 92% das vagas abertas preenchidas por brasileiros.

De 4.146 vagas ofertadas com a ampliação do programa, 3.830 já foram ocupadas por médicos com registro no país. O resultado inverte o cenário das cinco seleções da primeira etapa do programa, em que, após a baixa adesão de brasileiros, 80% das vagas iam para médicos cubanos.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Ministério da Saúde.

As vagas restantes serão abertas para brasileiros formados no exterior. As inscrições ocorrem entre 10 e 20 de abril. Caso não sejam preenchidas, uma nova chamada será aberta para médicos estrangeiros e, em seguida, para cubanos.

A maior adesão de brasileiros ocorre após a incorporação de um outro programa federal ao Mais Médicos, o Provab, que oferta 10% de bônus em provas de residência após um ano de trabalho nas unidades de saúde. Com isso, médicos podem escolher entre o bônus ou auxílio-moradia e alimentação, nos moldes anteriores. Em ambos os casos, há uma bolsa de cerca de R$ 10 mil.

MÉDICOS CUBANOS

Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o resultado torna “pouco provável” um novo convênio com a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), responsável pela vinda dos médicos cubanos ao país e alvo de críticas no Senado.

Desde o início do mês, tramita na Casa um projeto de lei, de autoria de dois senadores do PSDB, que visa anular um termo de ajuste com a organização, o que pode impedir a atuação de 11 mil médicos cubanos no país.

Chioro rebate. “Evidentemente restam alguns parlamentares que fazem oposição ao Mais Médicos, mas o grau de apoio ao programa é impressionante. Temos apoio de prefeitos de todos os partidos.”

Em meio às críticas, o Ministério da Saúde também divulgou o resultado de uma pesquisa que afirma que 90% dos médicos brasileiros que já atuam no Mais Médicos recomendam o programa. Já 93% dizem estar satisfeitos em participar.

O levantamento foi feito pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), em parceria com o Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas). Foram ouvidos 391 bolsistas.

Para o Ministério da Saúde, “essa constatação dos profissionais da seriedade e legalidade do Mais Médicos” justifica o aumento do interesse dos médicos brasileiros em atuar no programa.

Folha Press

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Saúde

Cubanos podem ficar fora da nova fase do Mais Médicos, diz ministro da Saúde; RN preencheu vagas

B9ljGN8IQAEeWpAMesmo com mais de 15 mil candidatos para ocupar pouco mais de 4 mil vagas, 67 cidades que aderiram à última fase do programa Mais Médicos não conseguiram atrair nenhum profissional. Até agora, somente médicos com registro profissional no Brasil puderam se inscrever no programa. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, acredita que, com as demais chamadas, não será necessário recorrer a médicos cubanos. Hoje, eles representam 79% dos 14.462 médicos em atuação no Brasil por meio do Mais Médicos.

— Não podemos descartar os médicos cubanos, porque ainda temos 210 vagas em aberto. Parece-me que não teremos participação de médicos cubanos, mas os números ainda precisam se confirmar — disse Chioro.

Na semana passada, os profissionais puderam escolher as cidades onde queriam trabalhar. Segundo o Ministério da Saúde, dos 1.294 municípios que participam da nova fase do Mais Médicos, 1.181 supriram todas as sua vagas e 46 as preencheram parcialmente. Até agora, das 4.146 vagas novas ou repostas, 3.936 já foram ocupadas.

As 210 vagas restantes estão disponíveis para a segunda chamada dos médicos com registro no Brasil, a ser feita em 23 e 24 de fevereiro. Dos 15.747 que se inscreveram, 12.580 indicaram a cidade onde queriam atuar. Os 3.936 selecionados têm até o dia 20 de fevereiro para se apresentarem nos municípios e começam a trabalhar em março. Quem não aparecer será considerado desistente e a vaga dele estará também disponível na segunda chamada, da qual poderão participar os 8.644 não selecionados agora.

Os estados com pior desempenho no preenchimento de suas vagas foram o Pará, Amazonas e Mato Grosso. Chioro atribuiu isso ao isolamento de vários municípios na Amazônia. No Amazonas, 42 das 68 (61,8%) já foram ocupadas. No Pará, foram 170 das 236 vagas (72%). Em Mato Grosso, 50 das 59 (84,7%).

— Aí é a questão do isolamento mesmo, são cidades de mais difícil acesso — afirmou o ministro.

Os três estados também se saíram mal em outro quesito. No processo de escolha das cidades onde querem trabalhar, o médico pode indicar quatro opções. Das 67 cidades em que não foram alocados profissionais, 30 não foram apontadas em nenhum momento como uma opção de local de trabalho pelos médicos inscritos. São 11 cidades no Pará, sete no Amazonas, cinco em Mato Grosso, e uma cada nos seguintes estados: Ceará, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Su.

Alguns estados conseguiram preencher todas as vagas. É o caso do Rio de Janeiro, que tinha 236 vagas disponíveis distribuídas por 34 municípios. Outros estados que conseguiram o mesmo foram Minas Gerais, Sergipe, Rio Grande do Norte, Tocantins, Amapá, Roraima, Acre, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Em números absolutos, o Pará é onde mais vagas não foram preenchidas: 66. Em seguida vem o Ceará: das 528 vagas disponíveis – o que o torna o estado mais beneficiado na nova fase do Mais Médicos -, 35 ainda não foram preenchidas.

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Opinião dos leitores

  1. E os medicos brasileiros formados no exterior, eles tem preferencia antes dos cubanos. A reportagem não menciona, mas eles existem.

  2. A principal crítica ao programa era a participacao de médicos cubanos, que atuavam no país sem serem avaliados nem terem seus diplomas revalidados por nenhuma instituição médica, muitas vezes não sabiam nem falar português direito, e ainda eram obrigados a repassar mais de 70% do que o Brasil pagava aos governo de Cuba. Pelo que me parece na matéria, as vagas estão sendo preenchidas por médicos brasileiros. Assim, tirando o fato do governo interiorizar uma medicina muitas vezes sem oferecer às condições mínimas necessárias, não vejo outros motivos para críticas.

  3. E ai? Os coxinhas ficam maluuucos!!!!! O Mais Médico,inicialmente tão criticado, é um sucesso.

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