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Sinal Fechado: George Olímpio nega pagamento de propina a José Agripino

Em nota divulgada agora há pouco, o advogado George Olímpio negou qualquer tipo de pagamento de propina ao senador José Agripino, presidente nacional do DEM e foi enfático ao dizer que tudo é mentira.

Pra quem não se lembra, Olímpio é réu no processo acusado de ser o mentor e principal articulador do esquema de fraudes e corrupção no processo de instalação do programa de inspeção veicular entre os anos de 2008 e 2010, através do Departamento de Trânsito (Detran), desbaratado pelo Ministério Público no dia 24 de novembro de 2011 através da Operação Sinal Fechado.

Ontem, o BG havia antecipado a informação do suposto pagamento de propina, que surgiu durante a análise do depoimento do empresário Alcides Fernandes, suposto lobista do esquema, após um acordo de delação premiada.

Segue a nota na íntegra

“Acerca das matérias veiculadas sobre o “Acordo de Delação Premiada” entre 0 Sr. Alcides Barbosa e 0 Ministerio Público do Rio Grande do Norte, me posiciono da seguinte maneira: 

1. Todas as declarações, inclusive as que imputa prátieas de corrupção a mim, ao Senador José Agripino Maia e outras pessoas, repito que são MENTIROSAS, desprovidas de provas concretas (justamente por serem devaneios de um Senhor em desespero) e se deram, única e exclusivamente para que 0 Sr. Alcides, conseguisse a liberdade de sua prisäo preventiva, ou ainda, pela quantidade de agentes políticos que aponta (sem uma única prova), talvez por cunho de perseguiçäo política, 0 que ja me foge à razäo. 

2. NÃO houve pagamento de propina ou mesmo promessa ao Senador José Agripino Maia ou qualquer outras pessoas, com ou sem a emissäo de cheques do Banco do Brasil ou de outra instituiçäo 
bancaria. 

3. É fato público que fui investigado por mais de 9 (nove) meses tendo meu sigilo bancário devassado pelo Ministério Público 0 qual continua a ter acesso aos meus dados e informaçöes de movimentaçâo bancária e nesse sentido, desafio 0 Ministério Público Estadual ou qualquer pessoa (inclusive 0 Sr. Alcides) a comprovar a emissäo de cheques, sua compensacäo ou sua entrega nara fins ilícitos ou mesmo lícito a qualquer político ou agente público, 0 que repito, näo passam de palavras de uma pessoa desesperada pela sua liberdade! 

4. Aqui no Estado do Rio Grande do Norté, no processo contendo denúncia  me acusa de fatos ilícitos, instalou-se um ESTADO TOTALITARIO, onde palavras jogadas ao vento säo tidas como verdadeiras, por si só, sem provas concretas, perigo e doença social ao que deveria ser um Estado Democrático de Direito, onde prevalecem, ou deveriam prevalecer, 0 devido processo legal e não o pré-julgamento sem base probatória, ou mesmo a condenaçäo  prévia! Nossa Constituiçäo condena tais práticas, faltam aos operadores do direito local a obediência à Lei maior e cabe à sociedade e à impressa a busca pela verdade e pelas provas que näo Vieram acompanhadas das declaraçöes do Sr. Alcides. 

5. Sou um jovem advogado e empresário próximo a completar 10 (DEZ) anos de carreira, que gerei emprego, renda e sempre paguei os impostos advindos das minhas atividades lícitas.

6. NUNCA recebi urn só centavo de dinheiro público, pois como já disse em minha entrevista, quem pagavam os registros de contratos eram os bancos e não 0 Detran – Desafio 0 Ministerio Público a dizer qual a rúbrica da dotação orçarnentária de dinheiro público entrararn em minhas contas-  Está documentalmente cornprovado que recebi dinheiro de entes privados) e quanto a Inspeçäo Veicular, esta näo ehegou a funcionar, portante näo houve faturamento! 

7. Rechaço, abismado, com a ingenuidade do Ministério Público Estadual, que foi enganado pelo Sr. Alcides Barbosa, através de declarações fantasiosas e sem provas quaisquer, com o único fim de conseguir, como “DELATOR”, a sua liberdade, conquistada em bases mentirosas e sem apresentaçäo de provas. 

8. Por fim, gostaria de declarar que permaneço  na justiça e afirmo que todas as medidas judiciais cabíveis seräo tomadas contra quem me acusar sem provas, seja quem  Reañrmando que 0 Sr. Alcides MENTIU em afirmar 0 pagamento ou promessa de propina seja la a que quem for! 

Natal/RN, 10 de maio de 2012.”

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Sinal Fechado: Juíza pede transcrição, mas vai receber cópia do vídeo com depoimento de empresário

O vídeo com o depoimento do empresário Alcides Fernandes Barbosa vai ser entregue a juíza Emanuella Cristina Pereira Fernandes, da 6ª Vara Criminal da Comarca de Natal, nos próximos dias.

O motivo? Simples. A juíza solicitou ao Ministério Público que enviasse a transcrição das mais de 10 horas de depoimento de Alcides em um prazo de 15 dias. Ciente de que o prazo não tinha condições de ser cumprido, o Ministério Público optou por enviar uma cópia para a magistrada. Detalhe: o depoimento é tão longo que a transcrição já vem sendo feita há mais de duas semanas.

Emanuella Cristina quer analisar o conteúdo do depoimento e as novas acusações que nele são feitas. Isso, porque, tem muita gente, por ele apontada, que não consta no rol de réus do processo. Entre eles, o senador José Agripino Maia, que tem foro privilegiado por prerrogativa de função, que faz com que o processo seja remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF), fora da jurisdição da magistrada.

Alcides Fernandes é acusado de ser o lobista do esquema de fraudes e corrupção no processo de instalação do programa de inspeção veicular entre os anos de 2008 e 2010, através do Departamento de Trânsito (Detran), deflagrado através da Operação Sinal Fechado desbaratada no dia 24 de novembro do ano passado. Ele deu o depoimento após firmar um acordo de delação premiada com o Ministério Público.

São réus do processo da Operação Sinal Fechado:

George Anderson Olímpio
João Faustino Neto
Wilma de Faria
Iberê Ferreira de Souza
Lauro Maia
Alcides Fernandes Barbosa
Marcus Vinícius Furtado
Carlos Theodorico
Marcos Vinícius Saldanha
Eduardo Oliveira Patrício
Marco Aurélio Doninelli
José Gilmar Lopes (Gilmar da Montana)
Edson Cesar Cavalcante (Mou)
Carlos Alberto Marcelino
Jailson Herikson
Caio Biaggio
Fabian LIndenberg
César Augusto Carvalho
Newton José de Meira
Flávio Ganen
Marluce Olímpio
Jean Queiroz
Luiz Cláudio Correia
Bevenuto Pereira
Érico Valério Ferreira
Cintya Kelly Nunes
Maria Selma Maia de Medeiros Pinheiro

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Sinal Fechado: Com delação, empresário diz que propina para financiar campanha do DEM foi paga a José Agripino

Desde o dia 5 de abril que o Blog do BG já havia falado do acordo de delação premiada firmado entre o Ministério Público e o empresário Alcides Fernandes Barbosa. Pra que não se lembra ele é acusado de ser o lobista do esquema de fraudes e corrupção no processo de instalação do programa de inspeção veicular entre os anos de 2008 e 2010, através do Departamento de Trânsito (Detran), deflagrado através da Operação Sinal Fechado desbaratada no dia 24 de novembro do ano passado.

E como mais uma vez o blog havia adiantado no dia 13 de abril, o conteúdo do depoimento de mais de 11 horas conseguido através da delação é nitroglicerina pura.

De acordo com o depoimento de Alcides, o presidente nacional do DEM, o senador José Agripino Maia, teria sido um dos beneficiários do esquema. Ele disse que foi convidado pelo suplente de senador  João Faustino Neto, no final de 2010, para um coquetel na casa de Agripino. O principal motivo do encontro era exatamente pra conhecer o político pessoalmente.

A partir desse suposto encontro, ele afirma ter estreitado as relações com o senador, chegando a presenciar um suposto encontro entre o advogado George Olímpio (acusado de ser o mentor e principal beneficiário do esquema) com ele e que nesse encontro, Olímpio prometeu R$ 1 milhão para a campanha de 2010, pagos em quatro cheques do Banco do Brasil a partir de janeiro de 2012, já com a propina do esquema. Nesse encontro, inclusive, na versão de Alcides Fernandes, Agripino ainda botou banca, dizendo que queria tudo em parcela única e na hora.

Esse valor sustenta a versão ou pelo menos aponta indícios da origem do suposto pagamento de R$ 1 milhão feito pelo empresário José Gilmar de Carvalho Lopes, o “Gilmar da Montana”, para o advogado George Olímpio que seriam destinados ao senador Agripino Maia. Durante o depoimento, Gilmar chegou a revelar que o pagamento foi feito de forma parcelada e que seria destinado ao ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado, marido da governadora Rosalba Ciarlini, e para o parlamentar, para financiar a campanha do DEM em 2010. Esse dinheiro seria fruto do desvio de recursos públicos do próprio Detran. Histórias parecidas.

O senador José Agripino foi procurado pelo blog para dar sua versão sobre os fatos, mas os telefones só deram sinal de desligado. Procurado pela reportagem da revista Carta Capital, Agripino negou todas as acusações, disse que nunca houve o referido coquetel no apartamento dele, muito menos repasse de 1 milhão de reais das mãos da quadrilha para sua campanha eleitoral, em 2010. O senador afirma ser vítima de uma armação de adversários políticos e se apóia em outro depoimento de Gilmar da Montana, onde ela nega ter participado do coquetel na casa do senador.

Essa foi apenas a primeira das explosões que o depoimento de Alcides Fernandes está provocando. A nitroglicerina está apenas começando.

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Gravações revelam que Demóstenes contratou funcionários fantasmas a pedido de Cachoeira

As gravações da PF (Polícia Federal) que fazem parte do inquérito do STF (Supremo Tribunal Federal) contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) indicam a contratação de funcionários fantasmas em seu gabinete, a pedido do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

De acordo com relatório, o senador comunicou a Cachoeira que estava exonerando servidores do seu gabinete. Segundo anotações da polícia, a contratação se deu, aparentemente, a pedido de Cachoeira.

Na conversa, que aconteceu no dia 22 de junho de 2009, às 15h32, Demóstenes informa a Cachoeira que precisaria demitir dois funcionários, uma mulher de nome Quênia e um homem não identificado, porque estariam “procurando servidores fantasmas”.

O senador diz que as demissões serão necessárias por causa de uma “caça às bruxas” para checar possíveis irregularidades nos gabinetes.

Ele também explica a Cachoeira que não é uma decisão final, garantindo que “daqui a uns dois, três meses a coisa aquieta e a gente retoma”.

A íntegra do documento foi divulgado na sexta-feira (27) pelo site Brasil 247 e traz parte das gravações feitas pela PF na Operação Monte Carlo, que começou em 2008 e investigou a quadrilha que explorava jogos ilegalmente.

Procurado pela reportagem, o advogado de Demóstenes, Antonio Castro de Almeida Castro, o Kakay, não foi encontrado.

Fonte: R7

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Geraldo Melo passa por cirurgia no coração e se recupera bem

O ex-senador Geraldo Melo foi submetido a um procedimento cirúrgico no coração, na manhã desta quarta-feira (25), para colocação de um stent.

A cirurgia foi realizada no hospital Albert Einstein. Ele está se recuperando bem.

Assim que receber alta, ele volta para Natal. Diga-se de passagem, já volta para enfrentar a campanha municipal para disputar o pleito em Ceará-Mirim.

Opinião dos leitores

  1. Bom dia! Eu quero perdi uma informação qual é tamanho da casa de Geraldo melo quanto quarto tem à casa de Geraldo melo.

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Caso Demóstenes: Partidos políticos começam a indicar nomes para a CPMI do Cachoeira

Os partidos políticos se mobilizam no Congresso Nacional para indicarem os nomes dos deputados e dos senadores que irão compor a comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que irá investigar o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e suas relações com autoridades e outros empresários.

Ao todo, a CPMI do Carlinhos Cachoeira terá 16 senadores, 16 deputados titulares e o mesmo número de suplentes. A expectativa é que de ela seja protocolada na próxima terça-feira (17) e lida em plenário pelo presidente do Congresso Nacional, o senador José Sarney (PMDB-AP), na quarta-feira (18).

Para que a CPMI seja criada, são necessárias assinaturas de pelo menos 171 deputados e 27 senadores. Todos os partidos já declararam apoio à criação da comissão.

Apesar dessas assinaturas ainda não terem sido coletadas em quantidade suficiente, os partidos na Câmara e no Senado estão, aos poucos, divulgando os nomes de seus representantes.

O PTB no Senado anunciou que será representado pelo ex-presidente da República, Fernando Collor (PTB-AL). A outra vaga, do bloco União e Força, formado por PTB, PR e PSC, será do senador Vicentinho Alves (PR-TO).

O bloco de apoio ao governo no Senado – formado por PT, PDT, PSB, PCdoB e PRB – terá direito a cinco vagas, uma delas do PDT. Hoje (13), o líder do partido, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), anunciou que a vaga será ocupada pelo senador Pedro Taques (PDT-MT).

Os outros partidos que formam o bloco ainda não divulgaram suas escolhas. O líder do PT, o senador Walter Pinheiro (PT-BA), anunciou que fará uma reunião na próxima terça-feira (17) para tratar do assunto.

Na Câmara, o PR já escolheu seus representantes, os deputados Ronaldo Fonseca (PR-DF) e Maurício Quintella Lessa (PR-AL). O partido, no entanto, ainda não definiu quem será titular e quem será suplente.

O PSDB, que terá direito à indicação de dois titulares e dois suplentes na comissão, já definiu que o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) será um dos titulares. O líder tucano, o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), disse à Agência Brasil que as outras vagas estão sendo disputadas internamente por nove colegas de partido.

“Na próxima terça-feira a gente define os outros três nomes, já que, na nossa avaliação, a CPI deve ser protocolada no mesmo dia”, disse o líder.

Até a próxima semana, quando as assinaturas para a CPMI tiverem sido todas coletadas, os outros partidos deverão definir as suas indicações.

O PMDB terá direito a cinco vagas de titulares no Senado e a duas na Câmara. PSDB e DEM terão direito, cada um, a três titulares no Senado e três na Câmara.

Entre os deputados, ainda haverá uma vaga para o PR, uma para o PSB, uma para o PTB, uma para o PSC, uma para o PP e uma que será dividida entre PV e PPS. Em cada Casa haverá ainda uma vaga de rodízio, que será destinada às bancadas dos partidos menores, que não alcançam o critério de proporcionalidade.

Na Câmara, a vaga ficará com o PCdoB, que deverá indicar o deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP). No Senado, ainda não está definido quem ficará com a vaga de rodízio.

A presidência da CPMI ficará com um senador do PMDB e a relatoria com um deputado do PT. Os dois partidos têm direito aos cargos por terem as maiores bancadas do Congresso Nacional, mas os partidos de oposição ainda brigam para que a minoria alcance uma das duas vagas. Reclamam, ainda, que de outra forma ficarão fora das decisões mais importantes.

“A CPI é um instrumento da oposição. Então é importante termos um cargo”, alega o líder Bruno Araújo (PSDB-PE).

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Deputado admite que sabia de contravenções de Carlos Cachoeira

Amigo de Carlos Cachoeira há 25 anos, o deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) disse à Folha que tinha conhecimento do envolvimento do empresário com contravenção.

“Se eu falar para você que não tinha conhecimento de que ele mexia com jogo seria hipócrita”, disse em entrevista a Andreza Matais e Catia Seabra, publicada na Folha deste sábado.

Leréia é um dos três deputados que serão investigados por envolvimento com o empresário, o que pode levar à cassação.

Cachoeira foi preso no dia 29 de fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que desarticulou organização que explorava máquinas de caça-níqueis no Estado de Goiás.

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Jornalismo

Conselho de Ética abre processo para apurar caso Demóstenes

O novo presidente do Conselho de Ética, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), aceitou na tarde desta terça-feira (10) a representação do PSOL contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) e abriu processo para verificar se houve quebra de decoro parlamentar, o que pode levar à perda do mandato.

Demóstenes será investigado por denúncias de que usou seu mandato para beneficiar o bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal sob suspeita de chefiar uma quadrilha de jogo ilegal. Devido às denúncias, Demóstenes deixou a lidenraça do DEM na Casa e se desfiliou do partido.

“Acato a presente representação. Determinando seu registro e a notificação do representado para que no prazo de 10 dias úteis contados da intimação pessoal ou por intermédio do seu gabinete apresente sua defesa prévia”, disse o presidente do conselho.

Apesar da abertura do processo no Conselho de Ética, foi adiada para a próxima quinta-feira (12), às 10h, a escolha do relator para o processo. A escolha será mediante sorteio, de acordo com o novo presidente do conselho.

Valadares afirmou que tomou uma atitude “importante” ao aceitar o pedido. “Eu já fiz a coisa mais importante, aceitar a representação. O processo tem início aqui”, disse o novo presidente. Ao final da sessão, Valadares disse que Demóstenes não tem mais como escapar de um eventual processo de cassação.

“O clima aqui no Senado, que antes era de torcida para que não fossem verdadeiras as acusações hoje é de inteira decepção e frieza com o nome do Demóstenes Torres […] Não há mais como [Demóstenes] escapar de um processo de cassação”, disse Valadares.

A partir da abertura do processo, Demóstenes terá 10 dias úteis para prestar explicações prévias ao Conselho. Valadares afirmou que espera que Demóstenes preste explicações pessoalmente ao grupo. O senador Demóstenes Torres não vai ao Senado há cerca de três semanas, desde o dia 20 de março, no auge das denúncias.

Fonte: G1

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Política

Demóstenes Torres: Se ficar o bicho pega, se correr o bicho fica

Em privado, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) discutia na noite passada a hipótese de renunciar ao mandato de senador. Trocou ideias sobre o tema com amigos e com Antonio Carlos de Almeida Castro, o advogado que o defende no processo que apura suas relações com o contraventor Carlinhos Cachoeira.

Com a corda no pescoço, Demóstenes retarda sua decisão por receio de perder a prerrogativa de foro. Renunciando à cadeira no Senado, o inquérito em que arde sua reputação não seria mais julgado pelo STF.

Demóstenes é promotor de Justiça licenciado do Estado de Goiás. Teria de reassumir suas funções. Em tese, como o escândalo envolve crimes federais, o foro passaria a ser o Tribunal Regional Federal –no caso, o TRF da primeira região, sediado em Brasília.

Porém, o STF já decidiu em episódios anteriores que os promotores devem ser julgados pelos tribunais estaduais mesmo quando chamados a responder por delitos federais. Prevalecendo esse entendimento, Demóstenes iria à grelha do Tribunal de Justiça de Goiás.

A eventual renúncia sujeitaria Demóstenes a riscos adicionais. Não são negligenciáveis as chances de que venha a responder a processo disciplinar no Ministério Público goiano. No limite, pode ser expulso da carreira de promotor.

Nesse caso, perderia também o foro do Tribunal de Justiça. Ficaria ao alcance de um juiz de primeiro grau, o mesmo que mandou para a cadeia o “amigo” Cachoeira e o bando dele. Em meio a tantas variáveis, Demóstenes hesita.

Sabe que se tornou uma cassação esperando para acontecer. Não desconhece que terá de se desfiliar do DEM caso não queira ser expulso da legenda. Mas tenta administrar a derrocada política de olho nas consequências jurídicas. Consolidado o terremoto, Demóstenes busca o mal menor.

Na melhor das hipóteses, o caso seria mantido no STF por envolver outros congressistas. Algo parecido com o que ocorre no processo do mensalão. Gente como José Dirceu permanece no banco de réus do Supremo mesmo sem dispor mais de mandato parlamentar. Na pior das hipóteses, Demóstenes seria submetido aos humores do primeiro grau.

Fonte: Josias de Souza

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Sinal Fechado: MP quer que PGR investigue suposta participação de José Agripino

O Ministério Público do Rio Grande do Norte enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedido para que investigue o presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), apontado como beneficiário de pagamentos feitos pela máfia da inspeção veicular em seu Estado. Em depoimento, o empresário José Gilmar de Carvalho Lopes, o Gilmar da Montana, preso na Operação Sinal Fechado, relatou o suposto repasse de R$ 1 milhão ao parlamentar e a Carlos Augusto Rosado, marido da governadora do RN, Rosalba Ciarlini (DEM).

Segundo a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, Lopes é sócio oculto do advogado George Olímpio, apontado como mentor das fraudes na inspeção veicular e outros projetos do Detran-RN. Nas declarações, de 24 de novembro, mesmo dia das prisões de envolvidos no esquema, ele disse que Olímpio lhe relatou ter feito pagamentos a Agripino e Rosado.

O valor teria sido pago em dinheiro, parcelado, na campanha de 2010, e a negociação teria ocorrido no sótão do apartamento do senador em Natal. Agripino nega ter recebido propina, mas diz que Olímpio esteve no imóvel, interessado em implementar o contrato de inspeção veicular no governo de Rosalba.

Agripino pediu ao grupo Estado que ligasse para o advogado de Lopes, José Luiz Carlos de Lima, que desmentiu o depoimento do cliente. Segundo ele, Lopes estava sob efeito de medicamentos quando fez as acusações. As informações sobre a operação foram enviadas à PGR, que decidirá se há elementos para pedir ao Supremo Tribunal Federal investigação contra o senador.

A Operação Sinal Fechado apurou o desvio de recursos do Detran-RN para empresas de Olímpio e pessoas ligadas a ele. Segundo o MP, políticos receberam vantagens para favorecê-las em licitação e contratos públicos.

* Com informações do jornal O Estado de S. Paulo e da revista Veja.

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Jornalismo

Demóstenes Torres usou cargo em favor de Carlinhos Cachoeira

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) utilizou o seu mandato para beneficiar os negócios do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, revelam gravações feitas pela Polícia Federal.

De acordo com as escutas, divulgadas nesta sexta-feira (30) pelo jornal “O Globo”, o senador acertou com o empresário ajuda em processo judicial e em projeto de legalização de jogos de azar em tramitação no Congresso. O empresário foi preso pela Polícia Federal no dia 29 de fevereiro, durante a Operação Monte Carlo.

Nas gravações divulgadas pelo jornal, Demóstenes também fala com Cachoeira de negócios com a Infraero na época que ele era relator da CPI do Apagão Aéreo.

Os grampos, segundo o jornal “O Globo”, foram gravados durante a Operação Vegas.

Em um diálogo gravado em 22 de abril de 2009, o empresário pede ao senador que faça um levantamento sobre o projeto de lei 7.228, que trata de jogos de azar.

“Anota uma lei aí. Você podia dar uma olhada. Ela tá na Câmara. 7.228 2002. PL (projeto de lei)”, diz Cachoeira.

O senador pede mais informações. “Vou levantar agora e depois te ligo aí.”

Ele também pede a Demóstenes que fale com o então presidente da Câmara dos Deputados e agora vice-presidente, Michel Temer. O senador diz que vai tentar fazer com que o plenário da Câmara vote a proposta, o que não aconteceu.

Em outra conversa, Demóstenes afirma que o texto do projeto, na verdade, prejudica Cachoeira.

“Regulamenta, não [as loterias estaduais]. Vou mandar o texto procê. O que tá aprovado lá é o seguinte: ‘transforma em crime qualquer jogo que não tenha autorização’. Então inclusive te pega, né? Então vou mandar o texto pra você. Se você quiser votar, tudo bem, eu vou atrás. Agora a única coisa que tem é criminalização, transforma de contravenção em crime, não regulariza nada”, afirma o senador.

Cachoeira discorda. “Não, regulariza, sim, uai. Tem a 4-A e a 4-B. Foi votada na Comissão de Constituição e Justiça.”

Avião

Reportagem de “O Globo”, publicada semana passada, com gravações da mesma operação já haviam mostrado que Demóstenes pediu dinheiro a Cachoeira para pagar despesas com táxi-aéreo, no valor de R$ 3.000.

Na conversa, ao dizer que iria pagar, o empresário aproveita para pedir ao senador que o ajude em um processo judicial.

“Deixa eu te falar. Aquele negócio [processo] tá concluso aí, aquele negócio do desembargador Alan, você lembra? A procuradora entregou aí para ele. Podia dar uma olhada com ele. Você podia dar um pulinho lá para mim?”

O senador pergunta sobre um detalhe e acedia o pedido. “Tá tranquilo. Eu faço.”

Outra conversa, gravada em 4 de abril de 2009, mostra também que os dois poderiam estar de olho em um milionário “negócio” em andamento da Infraero.

“O negócio da Infraero, conversei com a pessoa que teve lá. Disse o seguinte: o nosso amigo marcou um encontro com ele em uma padaria, não sei o quê. E levou o ex-presidente [José Carlos Pereira, da Infraero], cê entendeu? E que aí o trem lá não andou nada. Eles nem sabem o que tá acontecendo”, afirma Demóstenes.

Cachoeira pede que o senador faça o serviço. “Mas tem que ser você mesmo. Você que precisava ligar para ele.”

Sigilo

Ontem, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski determinou a quebra de sigilo bancário de Demóstenes, por cerca dois anos, período em que ele foi flagrado em conversas telefônicas com o empresário.

Lewandowski é o relator do inquérito sobre Demóstenes apresentado na terça-feira pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Outras gravações reveladas anteontem mostravam o nome do senador mencionado em conversas em que Cachoeira e integrantes de seu grupo discutiam cifras milionárias.

O ministro pediu ainda ao Senado a lista das emendas ao Orçamento apresentadas por Demóstenes –isso pode indicar que uma de suas linhas de investigação será analisar se o senador utilizou prerrogativas de seu cargo para favorecer Cachoeira.

Lewandowski negou, no entanto, pedido do procurador-geral para um depoimento de Demóstenes por entender que ainda não é a hora.

Investigações da PF também apontam que Cachoeira repassou informações sobre apurações contra o seu grupo a Demóstenes.

A Folha obteve 12 mil páginas do inquérito da PF que culminou na Operação Monte Carlo. Ela investigou Cachoeira e mais 80 pessoas, todos denunciados neste mês pelo Ministério de Público Federal sob acusação de explorar máquinas caça-níquel e corromper agentes públicos para manter o negócio.

No inquérito a que a Folha teve acesso, o nome de Demóstenes aparece, por exemplo, num relatório da PF sobre um diálogo gravado com autorização judicial no dia 13 de março do ano passado, às 15h37. Nele, conversam Carlinhos Cachoeira e o sargento aposentado da Aeronáutica Idalberto Matias, o Dadá –apontado pela Procuradoria como o principal araponga da quadrilha. Ambos estão presos.

De acordo com a PF, eles falavam sobre investigações sigilosas que o grupo sofria à época, quando a Monte Carlo já estava em andamento.

Outro diálogo revela que Demóstenes atuava para ajudar Cachoeira na escolha de integrantes para o governo de Goiás, comandado pelo tucano Marconi Perillo. Em uma conversa no dia 5 de janeiro do ano passado, o empresário menciona duas vezes o nome do senador a um integrante de seu grupo, de acordo com a PF.

Outro lado

Questionado sobre as gravações da Polícia Federal na Operação Monte Carlo, o advogado de Demóstenes Torres, Antonio Carlos de Almeida Castro, afirmou que elas não têm valor jurídico e são totalmente nulas.

Isso porque o senador só poderia ser investigado com autorização do STF. O advogado afirmou não ter tido acesso à íntegra de todos os diálogos interceptados pela PF, mas critica a atuação da polícia.

“Como vou fazer interpretação de uma suposta interpretação do que a polícia ouviu?”, questionou.

Segundo a defesa, caberia ao juiz de primeira instância remeter o caso de Demóstenes ao Supremo logo nos primeiros dias de escutas.

* Com informações da Folha

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Denúncia

Demóstenes Torres fazia Lobby para Cachoeira

A cachoeira de grampos que despeja diálogos radioativos sobre a reputação de Demóstenes Torres (DEM-GO) não pára de jorrar. Vieram à luz novas gravações. Revelam indícios de que o senador valeu-se do mandato e do prestígio pessoal para intermediar interesses do contraventor Carlinhos Cachoeira.

De acordo com os elementos colecionados pela Polícia Federal, Demóstenes moveu-se como lobista a pedido de Cachoeira no Judiciário de Goiás, no Congresso e até na Infraero. Os grampos são de 2009.

Foram transcritos no inquérito da Operação Vegas. Essa ação precedeu a Operação Monte Carlo, que levou Cachoeira à prisão no mês passado. Os detalhes ganharam as páginas do Globo.

Num dos diálogos, captado em 22 de junho de 2009, o senador pede que a Cachoeira que pague uma fatura de táxi aéreo da empresa Sete: “Por falar nisso, tem que pagar aquele trem do Voar. Do Voar, não, da Sete, né?”

Cachoeira concorda: “Tá, tu me fala aí. Eu falo com o… com o Vilnei. Quanto foi lá?” Demóstenes declina o preço: “R$ 3 mil”. Na mesma conversa, o contraventor como que cobra sua própria fatura.

“Deixa eu te falar”, diz Cachoeira a Demóstenes. “Aquele negócio tá concluso aí, aquele negócio do desembargador Alan, você lembra? A procuradora entregou aí para ele. Podia dar uma olhada com ele. Você podia dar um pulinho lá para mim?”

O “negócio” a que se referia Cachoeira era um processo judicial. Encontrava-se sobre a mesa do desembargador Alan Sebastião de Sena Conceição, do Tribunal de Justiça de Goiás.

Os autos envolviam um delegado e três agentes da Polícia Civil goiana, lotados na cidade de Anápolis. A tróica era acusada de tortura e extorsão. Após perguntar sobre detalhe do processo, Demóstenes aceita o encargo: “Tá tranquilo. Eu faço.”

Cachoeira, chamado de “professor” pelo senador, já havia conversado sobre o mesmo processo noutros diálogos que mantivera com Demóstenes, tratado pelo contraventor de “doutor”.

Num grampo de 6 de abril de 2009, a voz do “doutor” soa assim: “Fala, professor. Acabei de chegar lá do desembargador. O homem disse que vai olhar o negócio e tal.” Cachoeira pergunta se o julgamento será célere.

E Demóstenes: “Vai julgar rápido. Mandou pegar o papel, já pegou o… negócio lá. Diz que vai fazer o mais rápido possível.” Ouvido, o desembargador Alan Sebastião confirmou que tratou do caso dos policiais goianos.

O magistrado disse não se recordar se recebeu a visita de Demóstenes. Alegou que muita gente vai ao seu gabinete para pedir a análise de processos com “carinho”. Rogou: “Se você for escrever alguma coisa, escreva que meu voto foi pela manutenção da condenação dos policiais.”

Noutro diálogo, recolhido pelas escutas da PF em 22 de abril de 2009, Cachoeira pede a Demóstenes que levante o andamento de um projeto de lei. Fala como se desse uma ordem: “Anota uma lei aí. Você podia dar uma olhada. Ela tá na Câmara:  7.228/2002. PL [projeto de lei].”

O projeto em questão fora apresentado em 2002 por um ex-congressista goiano: Maguito Vilela, do PMDB. Tratava de jogos de azar. Assunto caro a Cachoeira. Demóstenes, de novo, aceita a missão: “Vou levantar agora e te ligo depois”.

Decorridos dois dias, o “professor” cobra uma posição do “doutor”. Cachoeira pede a Demóstenes que converse com Michel Temer (PMDB-SP). Nessa época, o atual vice-presidente da República presidia a Câmara.

Demóstenes compromete-se a ajudar. Diz que tentará fazer com que o projeto chegue ao plenário da Câmara. Algo que não ocorreu. Entre um grampo e outro, o “doutor” alertou ao “professor” que a proposta de Maguito proibia os jogos de azar.

Cachoeira deu de ombros. Disse que, em contrapartida, o projeto regulamentaria as loterias estaduais, um ramo do seu interesse. Demóstenes insistiu: “Regulamenta não”.

O senador informou ao contraventor: “Vou mandar o texto procê. O que tá aprovado lá é o seguinte: ‘transforma em crime qualquer jogo que não tenha autorização’. Então, inclusive, te pega, né? Então vou mandar o texto pra você.”

Solícito, Demóstenes prosseguiu: “Se você quiser votar, tudo bem, eu vou atrás. Agora a única coisa que tem é criminalização, transforma de contravenção em crime, não regulariza nada”.

Cachoeira parecia familiarizado com a proposta: “Não, regulariza, sim, uai.” Ele citou dois incisos do projeto: “Tem a 4-A e a 4-B. Foi votada na Comissão de Constituição e Justiça.” Ouvido, Temer disse jamais ter sido procurado por Demóstenes para tratar de projetos relacionados a jogos.

Nem só de jagatina eram feitos os interesses de Cachoeira. Numa conversa grampeada em 4 de abril de 2009, ele trata com Demóstenes de contratos de informática na Infraero, estatal que gere os aeropostos brasileiros.

Demóstenes não era propriamente alheio ao setor. Atuara como relator de uma CPI constituída para perscrutar as causas do caos aéreo. A certa altura, o senador relata ao contraventor o resultado de um encontro realizado por um intermediário.

“O negócio da Infraero, conversei com a pessoa que teve lá. Disse o seguinte: o nosso amigo marcou um encontro com ele em uma padaria, não sei o quê. E levou o ex-presidente [José Carlos Pereira, da Infraero], cê entendeu? E que aí o trem lá não andou nada. Eles nem sabem o que tá acontecendo.”

Cachoeira diz que o negócio exige a interferência direta de Demóstenes, sem intermediários: “Mas tem que ser você mesmo. Você que precisava ligar para ele.” A julgar pelo que diz o brigadeiro José Carlos Pereira, ex-presidente da Infraero, Demóstenes deu ouvidos a Cachoeira.

“Houve uma época, durante a CPI [do Caos Aéreo], eu senti que o Demóstenes poderia estar interessado em assuntos muito internos da Infraero, principalmente ligados à área de informática. E eu cortei na raiz. Eram licitações”, rememora o brigadeiro.

Como se vê, a cada novo jorro da cachoeira de grampos, Demóstenes distancia-se mais um pouco da imagem de Demóstenes que construíra. Hoje, mais se parece com um ex-Demóstenes. De defensor da renovação dos costumes, tornou-se alvo de investigação autorizada pelo STF para esquadrinhar os indícios de maus hábitos.

Fonte: Josias de Souza

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Política

Demóstenes se enrola mais. Até tu Demóstenes?

Iniciado há 15 dias, em ritmo de conta-gotas, o vazamento de dados que ligam Demóstenes Torres ao contraventor Carlinhos Cachoeira ganhou uma dinâminca de enxurrada. Líder do DEM no Senado, notabilizado pelo discurso ético-oposicionista, o senador encontra-se num ambiente muito parecido com um abismo.

O repórter Rodrigo Rangel trouxe à luz transcrições de grampos captados pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo. São diálogos do ano passado. Conversas que revelam a intimidade de Demóstenes com Cachoeira e indica a concessão de favores do explorador de jogos ilegais ao senador, um promotor licenciado.

Num dos diálogos, ocorrido em 4 de junho de 2011, Demóstenes diz a Cachoeira que seu tablet enguiçara. O amigo o tranquiliza. A PF resumiu a conversa em seu relatório: “Demóstenes reclama que seu iPad deu pau, Carlinhos diz que vai mandar alguém entregar um novo.”

Dias antes, em diálogo telefônico de 20 de maio de 2011, o senador conversa com o bicheiro sobre avião. “Carlinhos oferece aeronave para Demóstenes”, eis o título anotado pela PF nesse ponto de seu relatório. O documento reproduz trechos da conversa:

Demóstenes – Fala, professor.

Cachoeira – Não esquece do avião não, tá aí esperando, tá?

Demóstenes – Já liguei pra ele, tô indo lá, dei uma enrolada aqui.

Mais cedo, o Globo já havia informado sobre a existência de outro inquérito, anterior à Operação Monte Carlo. Nesse processo, Demóstenes soa num grampo pedindo R$ 3 mil a Cachoeira para pagar uma despesa com táxi aéreo. A PF acusa-o também de ter compartilhado com o bicheiro informações obtidas nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Noutra notícia, redigida pelo repórter Leandro Fortes, informa-se que a PF acusa Demóstenes de ter extraído vantagens financeiras milionárias de seu relacionamento com Cachoeira. Coisa de R$ 50 milhões. Em seus relatórios, a PF sustenta que o senador amealharia 30% dos negócios ilícitos do amigo, estimados em R$ 170 milhões.

Se 5% do que a PF diz de Demóstenes for confirmado, o país estará diante de um personagem que é o avesso do avesso do que diz ser.

Fonte: Josias de Souza

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Denúncia

Paulo Davim nega a existência de funcionários fantasmas no seu gabinete

Senador na vaga aberta devido à nomeação de Garibaldi Filho (PMDB) para o Ministério da Previdência, Paulo Davim (PV) explicou que as contratações “são absolutamente pertinentes e necessárias”.

Para a contratação da médica por seu gabinete, Davim explica que “80% dos seus pronunciamentos no Senado Federal, além de proposições de projetos de Lei, versam sobre a temática da saúde”, o que faz necessária a consultoria da médica. Sobre a permanência do advogado, ele explicou que o profissional presta assessoria na parte legal das proposições parlamentares.

“Todas nossas medidas estão abrigadas pela Lei. A Constituição diz que o profissional médico pode trabalhar até 60 horas em até dois vínculos públicos. Carla Karini é uma profissional autônoma, não tem vínculo público e, portanto obedece a todos os pré-requisitos legais para o assessoramento parlamentar, pela total disponibilidade e competência”, disse Davim.

Sobre a contratação do advogado, Davim também disse que está amparado pela lei. Segundo o senador, o advogado João Henrique Oliveira Sales, lotado no escritório em Natal, faz MBA em Finanças e Administração Pública na Paraíba, mas apenas dois dias por semana.

“A iniciativa de aperfeiçoamento técnico em sua área de atuação também é uma prática absolutamente amparada pela Lei, que permite ao servidor a busca por esse tipo de aprimoramento”.

Fonte: Tribuna do Norte

Do blog: Excelente as explicações do senador Paulo Davim, mas cá pra nós, ele não precisava ter exposto a gente boa Carla Karini a uma situação dessas. Para bom entendedor, meia palavra basta.

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Jornalismo

Senador Marcelo Crivella é o novo ministro da Pesca

Por interino

O Palácio do Planalto anunciou nesta quarta (29) que o ministro da Pesca, Luiz Sérgio (PT-RJ), vai deixar o cargo e será substituído pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ).

O PRB é o partido do ex-vice-presidente José Alencar, morto em março de 2011. O partido agrega parte da bancada evangélica no Congresso, integrou a base de sustentação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e segue na base aliada no governo Dilma Rousseff.

Até então, o PRB não tinha representantes no ministério de Dilma. Segundo nota divulgada pelo Palácio do Planalto, a “mudança permite a incorporação ao Ministério de um importante partido aliado da base do governo”.

Crivella será o terceiro ministro da Pesca no governo Dilma. O primeiro foi Ideli Salvatti (PT-SC), que em junho do ano passado trocou de pasta com Luiz Sérgio – ela foi para as Relações Institucionais, que cuida da articulação política do governo, e ele, para a Pesca.

O suplente de Crivella, que deve assumir a cadeira no Senado, é o ex-deputado federal Eduardo Lopes (PRB-RJ).

A mudança no ministério foi anunciada no Palácio do Planalto pelo porta-voz da Presidência, Thomas Traumann. Ele leu nota assinada pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República com o seguinte teor:

“O ministro da Pesca e Aquicultura, deputado Luiz Sérgio de Oliveira, está deixando o cargo depois de prestar inestimável contribuição ao governo. À frente da Secretaria de Relações Institucionais e, depois, como responsável pela pasta da Pesca e Aquicultura, Luiz Sérgio desempenhou com dedicação e compromisso com o país todas as tarefas que lhe foram atribuídas pela presidenta Dilma Rousseff.

Em seu lugar, assume o senador Marcelo Crivella, representando o PRB, partido do inesquecível ex-vice presidente José Alencar. A mudança permite a incorporação ao Ministério de um importante partido aliado da base do governo. A presidenta está segura de que, à frente do Ministério da Pesca e Aquicultura, o senador Marcelo Crivella prestará relevantes serviços ao Brasil.

O ministro Luiz Sérgio retorna à Câmara dos Deputados, onde continuará a merecer o apoio e a confiança da presidenta Dilma Rousseff e a prestar excepcional contribuição ao país.”

Marcelo Crivella

Marcelo Crivella foi eleito senador em 2002 pelo Partido Liberal (PL). Desde então, foi candidato a prefeito do Rio em 2004, derrotado no primeiro turno por César Maia (PFL). Em 2010, foi reeleito, já pelo PRB.

Depois do escândalo do chamado “mensalão”, que atingiu o PL, ele decidiu formar um novo partido junto com o restante do núcleo evangélico do partido.

No Senado, foi membro titular das comissões de Assuntos Sociais, Relações Exteriores e Defesa Nacional, Comissão de Ciência e Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática, e suplente nas comissões de Assuntos Econômicos, de Educação, de Constituição, Justiça e Cidadania, e de Direitos Humanos e Legislação Participativa.

Formado em Engenharia Civil, chegou a gravar dez CDs como cantor evangélico da Igreja Universal do Reino de Deus, onde também foi pastor e escreveu dez livros.

No estado do Rio, foi diretor de Planejamento da Empresa de Obras Públicas (Emop), do governo estadual.

Fonte: G1

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Jornalismo

José Agripino afirma que aliança DEM e PSDB não tem candidato fechado

Presidente nacional do DEM, o senador José Agripino Maia descartou que a aliança do DEM com o PSDB para o pleito 2012 na cidade de Natal seja um alinhamento direto com a candidatura do deputado federal Rogério Marinho, pré-candidato pelo PSDB. Para o líder do DEM, a aliança dos tucanos com o seu partido não está fechada em torno de um candidato definido e busca novos aliados.

Exatamente para não descartar novos partidos aliados é que o DEM não confirma a candidatura de Rogério Marinho. “Na hora que a gente define um candidato pode impedir de fazer novas alianças. A decisão do candidato virá depois”, disse José Agripino, confirmando que a união do DEM com o PSDB foi fechada para as cidades de Fortaleza, Salvador, Aracaju e Natal.

As declarações do senador José Agripino Maia apontam que nessa união das duas legendas de oposição ao Governo Federal poderá levar a um segundo candidato, que não seja o deputado federal Rogério Marinho. “Asseguro que não há nome definido, como prego batido em ponta virada. Nas quatro cidades vamos observar as circunstâncias, não fechamos os candidatos”, destacou o líder do DEM, confirmando que o acerto para união das duas legendas passou também pela concordância da governadora Rosalba Ciarlini, única chefe do Executivo estadual do DEM no país.

Fonte: Blog Panorama Político

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